CAPÍTULO IV SISTEMA DE PROTEÇÃO



Documentos relacionados
SISTEMAS PREDIAIS II. Sistemas Prediais de Proteção contra Descargas Atmosféricas - SPDA

SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DISCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPDA)

Disciplina: Instalações Elétricas Prediais

Ar quente e Åmido sobe formando cristais de gelo no interior das nuvens; Cristais de gelo subindo e gotas de Çgua caindo no interior da nuvem colidem

NBR 5419 : 2005 Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas. Eng. Antonio Carlos Mori

Manual de proteção contra raios DPS STAL ENGENHARIA ELÉTRICA. Saiba como proteger você, seus aparelhos eletroeletrônicos e o seu imóvel.

Montagem de SPDA e Aterramento

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL UEMS CURSO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA II. Gerador de Van De Graaff

Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas.

Aterramentos. por Rafael Alves

Aterramento. 1 Fundamentos

Instalações Elétricas Prediais. Aterramento. Prof. Msc. Getúlio Teruo Tateoki

Carga Elétrica e Eletrização dos Corpos

SAIU A NOVA NORMA NBR 5419 PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS O QUE MUDOU?

MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO SPDA. Índice

MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO EXECUTIVO PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

SPDA PARA RAIOS CATALOGO DE SERVIÇOS.

Curso Técnico em Informática. Eletricidade Instrumental Prof. Msc. Jean Carlos

instalação de sistemas de terras

Critérios Construtivos do Padrão de Entrada

Podem-se destacar alguns equipamentos responsáveis pelo baixo fator de potência nas instalações elétricas:

OBJETIVO: IDENTIFICAR AS EXIGÊNCIAS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPDA) FEITAS PELO REFERIDOS SISTEMAS.

DESCARGAS ELÉTRICAS ATMOSFÉRICAS

TÍTULO DA PALESTRA. Logomarca da empresa

raios Saiba como prevenir acidentes

Introdução à Eletricidade e Lei de Coulomb

F q. Vetor campo elétrico O campo elétrico pode ser representado, em cada ponto do espaço por um vetor, usualmente simbolizado por E.

Propriedades Rurais. O Gado Solto

NORMA TÉCNICA 40/2014

MEMORIAL DESCRITIVO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DECARGAS ATMOSFÉRICAS SPDA PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DO MUNICÍPIO DE PRIMAVERA DO LESTE MT

INSTALAÇÕES DE S P D A

Manual de proteção de cercas e currais contra raios

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ELETRICA

MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS NA AGÊNCIA DE CORREIOS DE MAUÉS/AM

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

O SPDA Estrutural é uma solução tecnológica aperfeiçoada pela Termotécnica Para-raios, com o intuito de oferecer além de segurança, ganho estético

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BRASÍLIA MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO SPDA BRASÍLIA - DF

Aterramento em Sites de Telecomunicações

SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPDA) NAS EDIFICAÇÕES

Volume 6 eletricidade

Passar o conhecimento adiante como forma de melhoria da sociedade.

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento

Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas SPDA

AV. Herminio Gimenez RC - RUC: COR: CIUDAD DEL ESTE-PY TEL: contato@options-sa.net -

Capítulo 1: Eletricidade. Corrente continua: (CC ou, em inglês, DC - direct current), também chamada de

PROJETO DE SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Esquemas de Aterramento. Sérgio Ferreira de Paula Silva

PROJETO DE SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

-Transformadores Corrente de energização - inrush

Sistema de Proteção Elétrica em Subestações com Alta e Média Tensão Parte I

ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Disciplina: Instalações Elétricas I Carga Horária: 60H

Os procedimentos para determinar a resistência do condutor são:

22/3/2010. Dentre os tipos de resistores fixos, destacamos os de: Fio Filme de carbono Filme metálico. Resistor de Fio

SOBRETENSÃO. saiba como se proteger

Uma viagem pelas instalações elétricas. Conceitos & aplicações

A Norma NBR

Seminário Online DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS

CENTRO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES GERAÇÃO FUTURA

Problemas de eletricidade

Eletricidade Aula 1. Profª Heloise Assis Fazzolari

SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ELÉTRICAS ATMOSFÉRICAS

Cabeamento Estruturado

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

MÓDULO 4 Meios físicos de transmissão

Um Raio no Céu Azul. Antônio Carlos Fontes dos Santos. Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro

White Paper sobre Antiestática

Instruções de segurança VEGAFLEX FX61/62/65/66/67.CI****H**** VEGAFLEX FX63.CI***H**** AEX X

FÓRUM DE POÇÕES MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO DAS INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO E SPDA

SITRANS LVL200H.ME****A****

CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA. Felipe dos Santos Menezes Wanderly Gomes da Fonseca

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES:

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006

Tipos de linhas. Sumário Linhas Elétricas Dimensionamento. Aspectos Gerais Características Tipos de Linhas

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

INTERFERÊNCIAS ELÉTRICAS

Transformador. Índice. Estrutura

VERIFICAÇÃO FINAL DOCUMENTAÇÃO

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta *

MEMORIAL DESCRITIVO INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

AULA 02 REVISÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS TRANSFORMADORES DE MEDIDAS DISJUNTORES DE POTÊNCIA

REVISÃO ENEM. Prof. Heveraldo

SESI - SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA SESI DE SIMÕES FILHO QUADRA POLIESPORTIVA. Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas

LAUDO DE VISTORIA ELÉTRICA José Antonio Mocarzel engenheiro eletricista CREA RJ

Modos de Propagação. Tecnologia em Redes de Computadores 5º Período Disciplina: Sistemas e Redes Ópticas Prof. Maria de Fátima F.

Possibilidades de corrente através do corpo humano

NR-10 MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO

Critérios para selecção e Instalação de Equipamentos Eléctricos. Apresentado por Eng.º José Barão

Acessórios Desconectáveis 200A

CAPACITORES IMPREGNADOS X CAPACITORES IMERSOS (PPM) EM BT

Proteção Contra Sobretensões ( NBR 5410)

MANUAL TÉCNICO DRENO CORRUGADO CIMFLEX

condutores em equilíbrio eletrostático. capacitância eletrostática

RESISTORES, TIPOS DE RESISTORES, IDENTIFICAÇÃO E PRÁTICA DE MEDIÇÃO.

Os capacitores são componentes largamente empregados nos circuitos eletrônicos. Eles podem cumprir funções tais como o armazenamento de cargas

Art Estas normas não serão aplicadas aos sistemas destinados à proteção de instalações elétricas ou de telecomunicações.

Prof. Rogério Eletrônica Geral 1

ELETRODO OU SEMIPILHA:

Manual de Instruções. Rádios para telemetria

Condensação. Ciclo de refrigeração

Transcrição:

CAPÍTULO IV SISTEMA DE PROTEÇÃO PROFESSOR: SÉRGIO QUEIROZ DE ALMEIDA 1

CAPÍTULO IV SISTEMA DE PROTEÇÃO 4.1 PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS - CONCEITOS Um Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) é destinado a proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas. É composto de um sistema externo e de um sistema interno de proteção. Sistema externo de proteção: sistema que consiste em subsistema de captores, subsistema de condutores de descida e subsistema de aterramento. 2

4.1 PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS - CONCEITOS Sistema interno de proteção: conjunto de dispositivos que reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da corrente de descarga atmosférica dentro do volume a proteger. DPS Dispositivo de Proteção contra Surtos transitórios de tensão provocados por descargas atmosféricas. Descarga atmosférica - descarga elétrica de origem atmosférica entre uma nuvem e a terra ou entre nuvens, consistindo em um ou mais impulsos de vários quiloamperes (ka). 3

4.1 PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS - CONCEITOS Raio - um dos impulsos elétricos de uma descarga atmosférica para a terra. Relâmpago - luz gerada pelo arco elétrico do raio. Trovão - ruído produzido pelo deslocamento do ar devido ao súbito aquecimento causado pela descarga do raio. NBR 5419 Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas de estruturas, bem como de pessoas e instalações elétrico-eletrônicas 4

Não existe nenhum sistema de proteção 100% eficiente, porém um SPDA que segue a aplicação da norma reduz substancialmente os riscos e torna a instalação eficiente e confiável. 5

Formação das cargas nas nuvens: A forma mais comum de explicar a formação das cargas e o modelo das nuvens é a representação bipolar: a nuvem como um enorme bipolo com cargas positivas na parte superior e as negativas na inferior. A nuvem carregada, induz no solo cargas positivas, que ocupam uma área correspondente ao tamanho da nuvem. Como a nuvem é arrastada pelo vento, a região de cargas positivas no solo acompanha o deslocamento dela, formando uma forma de sombra de cargas positivas que seguem a nuvem. 6

Formação das cargas nas nuvens: Esse bipolo tem uma altura de 10 a 15 km e extensão de alguns km 2. A diferença de temperatura entre a base e o teto da nuvem (65 a 70 ºC) provoca a formação de correntes ascendentes no centro da nuvem e descendentes nas bordas. Essas correntes de ar deslocando as partículas provocaria o atrito e consequente carregamento, formando o bipolo. 7

Formação das cargas nas nuvens: 8

Formação das descarga atmosféricas Ocorre um raio quando a diferença de potencial entre a nuvem e a superfície da Terra ou entre duas nuvens é suficiente para ionizar o ar; os átomos do ar perdem alguns de seus elétrons e tem início a uma corrente elétrica (descarga). 9

Ação dos raios em seres vivos Uma descarga penetrando o solo pode gerar um gradiente de potencial perigoso para as pessoas e animais chamada de Tensão de Passo. 10

Para-Raios Como funcionam? As descargas elétricas das nuvens de tempestades se dirigem para o solo. Um campo elétrico que sai do para-raios intercepta a carga e completa um circuito. O resultado é uma grande carga de eletricidade, chamada de raio. O para-raios dissipa esta carga ao levá-la para o solo. 11

12

Para-Raios Como funcionam? As descargas elétricas das nuvens de tempestades se dirigem para o solo. Um campo elétrico que sai do para-raios intercepta a carga e completa um circuito. O resultado é uma grande carga de eletricidade, chamada de raio. O para-raios dissipa esta carga ao levá-la para o solo. É um SPDA que tem como objetivo encaminhar a energia do raio, desde o ponto que ele atinge a edificação até o aterramento, o mais rápido e seguro possível. O SPDA não para o raio, não atrai raios e nem evita que o raio caia. 13

Para-Raios Como funcionam? O SPDA protege o patrimônio (edificação) e as pessoas que estão dentro da edificação que é protegida. O Para-raios tende a neutralizar, pelo poder de atração das pontas, o crescimento do gradiente de potencial elétrico entre o solo e as nuvens, por meio do permanente escoamento de cargas elétricas do meio ambiente para a terra. Oferece à descarga elétrica que for cair em suas proximidades um caminho preferencial, reduzindo os riscos de sua incidência sobre as estruturas. 14

significativamente os perigos e os riscos de danos, pois captará os raios que iriam cair nas proximidades Para-Raios Como funcionam? Um para-raios corretamente instalado reduz de sua instalação. 15

fábricas, o princípio da gaiola pode se tornar mais econômico. E no caso de edifícios destinados a Tipos de SPDA Existem basicamente dois tipos de SPDA Pontas ou Hastes Gaiola de Faraday Os sistemas que utilizam o efeito das pontas são mais econômicos, mas para edifícios longos, como equipamentos eletrônicos torna-se indispensável. 16

haste elevada. Esta haste, em forma de ponta, concentração de cargas elétricas, juntamente com um efetiva de nuvem carregada, o que propicia o raio através do rompimento da rigidez dielétrica da Hastes ou do tipo Franklin O método proposto por Franklin tem por base uma produz, sob a nuvem carregada, uma alta campo elétrico intenso. Isto produz a ionização do ar diminuindo a altura camada de ar. Utiliza a propriedade das pontas metálicas de propiciar o escoamento das cargas elétricas para 17 a atmosfera, chamado de poder das pontas.

18

Hastes ou do tipo Franklin Formado por um mastro galvanizado, suportes isoladores para o mastro, base de fixação e um condutor de descida que leva a descarga elétrica até a malha de aterramento. 19

de descida e escoado na terra pelo sistema de aterramento. Se o diâmetro do cabo de descida, conexões e aterramento não forem adequados, as raios, deve-se ter sempre o princípio básico da Hastes ou do tipo Franklin O raio captado pela haste é transportado pelo cabo tensões ao longo do sistema que constitui o pararaios serão elevadas e a segurança estará comprometida. Ao se instalar um sistema de proteção com para- proteção: É preferível não ter para-raios do que ter um mal 20 dimensionado ou mal instalado.

Componentes do sistema tipo Franklin Captor principal componente do para-raios, formado por três pontas ou mais de aço inoxidável ou cobre. É denominado de ponta. Mastro ou haste é o suporte do captor, constituído de um tubo de cobre de comprimento igual a 5 m e com 55 mm de diâmetro. A sua função é suportar o captor e servir de condutor metálico. Isolador é a base de fixação do mastro ou haste. Em geral, de porcelana vitrificada ou de vidro temperado para nível de tensão de 10 KV. 21

Componentes do sistema tipo Franklin Condutor de descida é o condutor que faz ligação entre o captor e o eletrodo de terra. Tem a função de conduzir o raio desde o captor até o sistema de aterramento. Esta condução deverá ser feita de modo a não causar dano na estrutura protegida, manter os potenciais abaixo do nível de segurança e não produzir faiscamentos laterais com estruturas metálicas vizinhas. Deve ser contínuo. Se não for possível, usar emendas metalizadas. Estas emendas devem ter seção maior ou igual ao cabo de descida. 22

Componentes do sistema tipo Franklin Condutor de descida é o condutor que faz ligação entre o captor e o eletrodo de terra. Os condutores de descida devem ser instalados nos cantos principais da edificação e ao longo das fachadas, de acordo com o nível de proteção. No caso de edifícios com os andares superiores em balanço, não é permitido que o condutor de descida contorne o balanço. Poderia por em risco a segurança de uma pessoa que aí estivesse. Neste caso é obrigatório que o condutor de descida passe por um local protegido como um poço interno, por exemplo. 23

Condutor de Descida 24

Armadura de concreto como condutor de descida As armaduras de concreto armado podem ser consideradas condutores de descida naturais, desde que: Cerca de 50% dos cruzamentos de barras da armadura, incluindo os estribos, estejam firmemente amarrados com arame de aço torcido e as barras na região de trespasse apresentem comprimento de sobreposição de no mínimo 20 diâmetros, igualmente amarrados com arame de aço torcido, ou soldadas, ou interligadas por conexão mecânica adequada. 25

Eletrodo de terra o condutor de descida é conectado na sua extremidade inferior a três ou mais eletrodos de terra, cujo valor da resistência de aterramento não deverá ser superior a 10 ohms, na pior época do ano (período seco) para instalações em geral e de 1 ohm para edificações destinadas a materiais explosivos ou facilmente inflamáveis. A função do aterramento nos SPDA é dissipar no solo as correntes dos raios recebidas pelos captores e conduzidas pelas descidas. Quando da dissipação devem ser satisfeitas as seguintes condições: 26

Não devem surgir diferenças de potencial entre equipamentos ou partes de um mesmo equipamento; Não devem surgir no solo diferenças de potencial que causem tensões de passo perigosas às pessoas; Não devem surgir entre as partes metálicas e o solo diferenças de potencial que causem tensões de toque ou descarga laterais às pessoas. Para que estas condições sejam atendidas deve-se equalizar os referenciais de potencial das diferentes entradas (força e telefone, por exemplo) de modo que não surjam diferenças de potencial perigosas aos equipamentos. 27

4.1 ATERRAMENTO Conexão de medição conexão desmontável destinada a permitir a medição da resistência de aterramento. Deve ser instalada a 2 m ou mais acima do nível do solo. 28

4.1 TIPOS DE SPDA Gaiola de Faraday O princípio básico da proteção de Michael Faraday (1791-1867) é usar os condutores de captura em forma de anel. É uma proteção eficiente e largamente adotada. Para melhorar a sua eficiência, pode ser usada em conjunto com a proteção tipo Franklin. É formada por um captor, cabos de cobre no formato de uma malha, suportes isoladores e tubos de proteção para os condutores de descida até o solo. 29

4.1 TIPOS DE SPDA Gaiola de Faraday Largura do Módulo da Malha O módulo da malha deverá constituir um anel fechado, com o comprimento não superior ao dobro da sua largura. 30

Classificação de Estruturas (NBR 5419) 31

Para-raios radioativo Sua ação ativa é produzida pelos elementos radioativo que bombardeiam o ar, ionizando-o. Esta ação radioativa ocorre permanentemente durante toda a vida útil do para-raios. É semelhante ao para-raios de Franklin. No seu captor são colocados os elementos (material) radioativos. Inicialmente era utilizado o elemento radioativo Rádio- 266 que emite partículas alfa (núcleos de Hélio), mas como existe sempre em equilíbrio com o Radônio- 222, gás nobre e altamente difusível, foi abandonado por emitir radiações alfa e gama. 32

Para-raios radioativo Atualmente tem sido utilizado elementos sintéticos, como o transurânico Amerício 241, que praticamente não emite radiações gama. 33

Abolição Para-raios radioativo no Brasil A zona espacial de proteção não é muito maior que a do para-raios tipo Franklin. Risco na armazenagem e manuseio durante a instalação. Risco no uso indiscriminado de para-raios nos edifícios com alturas distintas. Vida útil do elemento radioativo (média de 450 anos), muito maior que a vida útil do edifício e dos elementos que compõem o para-raios. Quando o para-raios ficar velho e fora de uso, onde guardar a carcaça radioativa? 34

Proteção de instalações especiais ÁREAS ESPORTIVAS As áreas esportivas, camping, piscinas, estádios etc. devem ser protegidas. A solução mais simples é a proteção por meio de terminais em mastros de bandeira, ou torre de holofotes ou reservatórios de água. O número de terminais depende do caso específico (natureza, importância, área). 35

Proteção de instalações especiais IGREJAS São muito sujeitas às descargas atmosféricas, por causa da sua altura e das massas metálicas (sino) existentes nas torres. A torre do sino deve ser dotada de um captor, ao qual deve ser ligado à massa dos sinos, carrilhões ou relógios que existam. Se no alto existirem estátuas ou cruz, também estas devem ter um captor; se forem metálicas, elas mesmas devem participar do sistema. 36

Proteção de instalações especiais IGREJAS São muito sujeitas às descargas atmosféricas, por causa da sua altura e das massas metálicas (sino) existentes nas torres. A torre do sino deve ser dotada de um captor, ao qual deve ser ligado à massa dos sinos, carrilhões ou relógios que existam. Se no alto existirem estátuas ou cruz, também estas devem ter um captor; se forem metálicas, elas mesmas devem participar do sistema. 37