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Transcrição:

Informe 18/2009 SITUAÇÃO MUNDIAL E POSIÇÃO BRASILEIRA NO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS EM 2008 Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais ABIROCHAS Avenida Paulista, 1313 8º andar sala 802 Bela Vista São Paulo SP Cep 01311-200 Fone (11) 3253-9250 Fax (11) 3253-9458 abirochas@abirochas.com.br - www.abirochas.com.br

SITUAÇÃO MUNDIAL E POSIÇÃO BRASILEIRA NO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS EM 2008 1 Na última edição da Feira de Verona (Marmomacc 2009), realizada no período de 30 de setembro a 03 de outubro de 2009, foram divulgadas as informações relativas à produção mundial e ao mercado internacional de rochas ornamentais e de revestimento em 2008. Tais informações são devidas a Carlo Montani e estão apresentadas na publicação Stone 2009 World Marketing Handbook. Segundo Montani, a produção mundial de rochas ornamentais e de revestimento totalizou 105, 0 milhões de toneladas em 2008, mantendo-se pouco acima do patamar de 2007 (103,5 milhões t) e interrompendo uma sequência de avanços significativos registrados a partir de 2001. A produção apresentada para o Brasil foi de 6,4 milhões t, correspondentes a 6,1% do total mundial. O Brasil teria assim se colocado como o 6º maior produtor mundial, atrás da China (27,5 milhões t), Índia (13,5 milhões t), Turquia (8,25 milhões t), Itália (7,9 milhões t) e Irã (6,9 milhões t). Segundo estimativas da ABIROCHAS 2, a produção brasileira teria, no entanto, somado 7,8 milhões t, superior, portanto, à do Irã e muito próxima à da Itália. A produção mundial de 2008 corresponderia a cerca de 1,15 bilhões m 2 equivalentes de chapas, com 2 cm de espessura. Deste total, segundo Montani, 70% seriam destinados para o revestimento de edificações (pisos, paredes, fachadas, degraus e trabalhos especiais) e 30% a outros usos (paisagismo, arte funerária, outros). As exportações mundiais de 2008 teriam por sua vez somado 45,19 milhões t, das quais 20,8% correspondentes a rochas carbonáticas brutas (código 2515), 23,9% a rochas silicáticas brutas (código 2516), 8,2% a rochas processadas simples (código 6801), 43,8% a rochas processadas especiais (código 6802) e 3,3% a produtos de ardósia (código 6803). Frente as 46,23 milhões t exportadas em 2007, registrou-se, portanto, recuo de 2,25% no volume físico das transações internacionais em 2008. Com 1,99 milhões t exportadas, o Brasil teria respondido por 4,4% do total mundial e se colocado como 7º maior exportador, atrás da China (26,1%), Índia (12,0%),Turquia (10,8%), Itália (7%), Espanha (5,4%) e Egito (4,6%). 1 Este texto foi elaborado pelo geólogo Cid Chiodi Filho Kistemann & Chiodi Assessoria e Projetos, para a ABIROCHAS Associação Brasileira das Indústrias de Rochas Ornamentais, em 04 de novembro de 2009, Belo Horizonte MG. Os dados primários sobre exportações brasileiras foram obtidos a partir de consulta à Base ALICE do MDIC. (www.aliceweb.desenvolvimento.gov.br). 2 Nos últimos quatro anos, a ABIROCHAS tem fornecido, para a publicação de Carlo Montani, os dados referentes à produção e exportações brasileiras do setor de rochas. Os números referentes às exportações são sempre reproduzidos com fidelidade. Contudo, Montani subestima aqueles referentes à produção brasileira (de acordo com Montani, a produção brasileira teria evoluído de 5,75 milhões t em 2007 para os referidos 6,4 milhões t em 2008 quando, segundo a ABIROCHAS, esta produção teria recuado de 8 milhões t em 2007 para 7 milhões t em 2008). Informe ABIROCHAS 18/2009 2

Observa-se na Tabela 1 que a participação brasileira, no total das exportações mundiais, recuou de 6,1%, em 2006, para 5,4% em 2007 e 4,4% em 2008. No mesmo período, o Brasil passou de 5º maior exportador mundial, em 2006, para o 6º lugar em 2007 e 7º lugar em 2008. Como exportador de rochas de processamento especial (código 6802), a participação brasileira recuou de 5,1% para 2,2%, tendo o Brasil passado do 4º para o 5º posto entre os maiores exportadores mundiais. Nos produtos de ardósia, conforme também observado na Tabela 1, a participação brasileira caiu de 15,7% para 14,7% e o seu posicionamento recuou do 2º para o 3º posto entre os grandes exportadores, perdendo lugar para a China. Mesmo mantendo-se no 9º posto mundial entre os exportadores de rochas processadas simples (código 6801), a participação brasileira nesse grupo de produtos recuou de 3,5% em 2006 para 3,1% em 2008, depois de atingir 3,9% em 2007. Caiu da mesma forma, ainda mantendo-se em 2º lugar, a participação brasileira nas exportações de rochas silicáticas brutas (código 2516), de 11,8% em 2006, para 10,3% em 2007 e 8,3% em 2008. Exportações Brasileiras Tabela 1 Participação e Ranqueamento das Exportações Brasileiras no Volume Físico das Exportações Mundiais de Rochas Ornamentais 2006 2007 2008 Código NCM A B C A B C A B (%) C 2515 11 0,15-6 0,07-7 0,07-2516 1.248 11,8 2º 1.180 10,3 2º 906 8,3 2º 6801 135 3,5 9º 148 3,9 9º 113 3,1 9º 6802 927 5,1 4º 928 4,4 5º 744 2,2 5º 6803 215 15,7 2º 240 15,3 2º 220 14,7 3º Total 2.536 6,1 5º 2.502 5,4 6º 1.990 4,4 7º A Volume físico (1.000 t); B Participação nas exportações mundiais (%); C - Ranqueamento entre os maiores exportadores. Código NCM: 2515 rochas carbonáticas brutas; 2516 rochas silicáticas brutas; 6801 rochas de processamento simples; 6802 rochas processadas especiais; 6803 produtos de ardósia. Na Tabela 2 percebe-se porque recuou a participação brasileira no total das transações internacionais e nos grupos de produtos que a compõe, na medida em que o volume físico das vendas brasileiras diminuiu mais expressivamente que a queda do total mundial. Destaca-se nestes termos que, enquanto as exportações brasileiras totais, do setor de rochas, recuaram 20,5% em 2008, frente a 2007, as exportações mundiais recuaram apenas 2,2%. Destaca-se ainda o recuo bem mais significativo, frente às exportações mundiais, das vendas dos principais grupos de produtos brasileiros exportados, como os dos códigos 6802, 2516 e 6803. Informe ABIROCHAS 18/2009 3

Código NCM Tabela 2 Evolução das Exportações Brasileiras e Mundiais de Rochas Ornamentais em 2008 Exportações Brasileiras 2008 Exportações Mundiais 2008 A B A B 2515 7 +16,7 9.384 +13,5 2516 906-23,2 10.816-5,4 6801 113-23,6 3.702-2,9 6802 744-19,8 19.791-6,4 6803 220-8,3 1.500-4,3 Total 1.990-20,5 45.193-2,2 A Volume físico (1.000 t); B Variação percentual 2008/2007 (%). Código NCM: 2515 rochas carbonáticas brutas; 2516 rochas silicáticas brutas; 6801 rochas de processamento simples; 6802 rochas processadas especiais; 6803 produtos de ardósia. Na Tabela 3 pode-se observar que a taxa de variação das exportações brasileiras de rochas, em 2008, foi a pior entre seus maiores concorrentes no mercado internacional (China, Índia, Turquia e Itália). Frente a 2007, o volume físico das exportações brasileiras de rochas teve a já referida queda de 20,5%, contra uma queda de 9,1% da Itália e de apenas 2,6% da Índia. No mesmo período, as exportações chinesas e turcas tiveram variação positiva de respectivamente 2,3% e 3,2%, indicando que o impacto da crise econômica mundial e do mercado imobiliário dos EUA não foi o mesmo em todos os global players do setor. Código NCM Tabela 3 Balanço das Exportações Brasileiras, Chinesas, Indianas, Turcas e Italianas de Rochas Ornamentais em 2008 Brasil China Índia Turquia Itália A B A B A B A B A B 2515 7 +16,7 69-28,1 218 +3,8 2.184 +27,1 1.007 +3,7 2516 906-23,2 713-24,3 4.136 +9,6 178 +2,3 170-13,7 6801 113-23,6 846 +51,6 n.d. n.d. 159-15,4 180-13,5 6802 744-19,8 9.756-0,2 1.038 +1,5 2.360-11,0 1.784-8,4 6803 220-8,3 409 +58,0 30-46,4 5 0,0 13-27,8 Total 1.990-20,5 11.793 +2,3 5.426-2,6 4.886 +3,2 1.977-9,1 A Volume físico (1.000 t); B Variação percentual 2008/2007 (%). Código NCM: 2515 rochas carbonáticas brutas; 2516 rochas silicáticas brutas; 6801 rochas de processamento simples; 6802 rochas processadas especiais; 6803 produtos de ardósia. n.d. não determinado. A partir dessas variáveis, e conforme mostrado na Tabela 4, as participações da Índia, China e Turquia, no mercado internacional de rochas, ao contrário do Brasil, tiveram incremento em 2008 frente a 2007. Especificamente no mercado dos EUA, em 2008, o volume físico das vendas brasileiras recuou 23,6%, o da Itália recuou 28,6%, o da China Informe ABIROCHAS 18/2009 4

23,3%, o da Índia 10,9% e o da Turquia 20,2% 3. Pela maior concentração de vendas, a crise imobiliária dos EUA teve impacto mais significativo sobre o Brasil e a Turquia. Tabela 4 Evolução da Participação Percentual Brasileira, Chinesa, Indiana e Turca nas Exportações Mundiais de Rochas Ornamentais 2006 a 2008 Brasil China Índia Turquia Código NCM 2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008 2515 0,15 0,07 0,07 1,14 1,16 0,73 2,31 2,53 2,32 28,4 20,1 23,3 2516 11,8 10,3 8,3 9,1 8,2 6,6 27,8 33,0 38,2 1,9 1,5 1,6 6801 3,5 3,9 3,1 11,0 14,6 22,6 14,7 17,6 n.d. 1,5 1,5 4,3 6802 5,1 4,4 2,2 48,1 46,2 49,3 4,9 4,8 5,2 9,1 12,5 11,9 6803 15,7 15,3 14,7 20,2 16,5 27,3 12,9 12,2 n.d. - - - Total 6,1 5,4 4,4 25,0 24,9 26,1 11,0 12,0 12,1 9,8 10,2 10,8 Código NCM: 2515 rochas carbonáticas brutas; 2516 rochas silicáticas brutas; 6801 rochas de processamento simples; 6802 rochas processadas especiais; 6803 produtos de ardósia. n.d. não determinado. Nestes termos, os números apresentados por Montani para o mercado internacional, em 2008, já refletiram os efeitos do estouro da bolha imobiliária dos EUA e da crise subseqüente da economia mundial. As dificuldades impostas para as exportações brasileiras de produtos manufaturados/industrializados, sobretudo pela forte valorização do Real frente ao US dólar, forjaram um grande desafio para o setor de rochas ornamentais: as exportações brasileiras de rochas sofreram queda de 13,2% no faturamento, em 2008, podendo recuar mais 30% em 2009. 3 No ano 2007, o Brasil perdeu, para a China, o 1º lugar geral entre os fornecedores de rochas para os EUA; essa perda foi registrada no volume físico das exportações, o que deverá também se repetir, para o faturamento, já no ano 2009. No ano 2008, também a Turquia ultrapassou o volume físico das exportações brasileiras de rochas para os EUA. Informe ABIROCHAS 18/2009 5