1 NORMA PARA PRÉ-QUALIFICAÇÃO DOS OPERADORES PORTUÁRIOS 1. OBJETO A presente Norma tem por objeto estabelecer os procedimentos e os requisitos para atender à pré-qualificação de Operador Portuário na área do Porto Organizado de Vitória e Barra do Riacho, nos termos do Artigo 9º da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. 2. DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma, considera-se: 2.1- Porto Organizado: O construído e aparelhado para atender as necessidades da navegação e da movimentação e armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações portuárias estejam sob a jurisdição de uma autoridade portuária; 2.2- Operação Portuária: Os serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias destinadas ou provenientes de transporte aquaviário, realizados no porto organizado por operadores portuários; 2.3- Operador Portuário: A pessoa jurídica pré-qualificada para execução de operação portuária na área do porto organizado; 2.4- Área do Porto Organizado: A compreendida pelas instalações portuárias, quais sejam: ancoradouros, docas, cais, pontes e píeres de atracação e acostagem, terrenos, armazéns, edificações e vias de circulação interna, bem como pela infra-estrutura de proteção e acesso aquaviário ao porto, tais como guias-correntes, quebra-mares, eclusas, canais, bacias de evolução e áreas de fundeio que devam ser mantidas pela Administração do Porto, referida na Seção II, Capítulo VI, da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. 3- COMPETÊNCIAS Compete a Administração do Porto Organizado: 3.1- Constituir e extinguir anualmente a Comissão Especial de Análise para a Préqualificação do Operador Portuário; 3.2- Indicar, anualmente, três membros efetivos e três suplentes, dentre os funcionários da CODESA, para compor a Comissão Especial; 3.3- Fiscalizar e acompanhar as atividades dos operadores portuários, quanto ao efetivo cumprimento das Normas de Pré-qualificação;
2 3.4- As demais atribuições legais e regulamentares, nos termos da Lei nº 8.630, de 25/02/93. 4- DO OPERADOR PORTUÁRIO Uma vez pré-qualificados, os operadores portuários encontram-se habilitados para exercerem todas as atividades relativas às operações portuárias, em conformidade com os Artigos 11 a 16 da Lei nº 8.630/93, observado o cumprimento das demais normas técnicas estabelecidas pelos órgãos competentes. 5- CONDIÇÕES GERAIS DE HABILITAÇÃO 5.1- Toda e qualquer pessoa jurídica legalmente registrada no país, inclusive cooperativa, que tenha sua atividade restrita à área portuária, formada por trabalhadores portuários avulsos, registrados no OGMO, nos termos do Art. 17, da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, poderá se habilitar e vir a ser pré-qualificado como operador portuário, desde que satisfaça plenamente as condições desta Norma. 5.2- A pré-qualificação deverá ser solicitada pelo interessado através de requerimento à Comissão Especial de Análise para a Pré-qualificação do Operador Portuário, da CODESA. 5.3- Ao requerimento deverá ser anexada a documentação relativa a: 5.3.1- Capacidade Jurídica e Situação Fiscal Regular; 5.3.2- Capacidade e Idoneidade Financeira; 5.3.3- Capacidade Técnica. 5.4- A CODESA, através da Comissão Especial, deverá deferir ou não a solicitação, no prazo máximo de 30(trinta) dias, contados da data do protocolo do requerimento. Caso a CODESA solicite complementação de documentação, ficará interrompida a contagem do aludido prazo até o seu cumprimento, que não deverá ultrapassar 60 (sessenta) dias, sob pena de caducidade do pedido. 5.5- Os requerentes que tiverem seu pedido de pré-qualificação indeferido, poderão recorrer, no prazo de 30 dias, diretamente ao CAP, que terá 30 dias para decidir. 5.6- A Pré-qualificação do Operador Portuário será formalizada pela Administração do Porto, mediante emissão do Certificado de Pré-qualificação, assinado pelo seu Diretor- Presidente e com validade a partir da data de sua emissão, respeitado o previsto no item 7 desta Norma.
3 6- DA DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA Para fins de pré-qualificação o interessado deverá encaminhar a seguinte documentação no ato do requerimento: 6.1- Capacidade Jurídica e Situação Fiscal Regular 6.1.1- Estatuto, Contrato Social ou ato constitutivo de pessoa jurídica, em vigor, devidamente registrado no órgão competente; 6.1.2- Prova de registro, arquivamento ou inscrição na Junta Comercial, no Registro Civil das Pessoas Jurídicas ou em repartição competente do ato constitutivo, bem como da investidura dos representantes legais da Pessoa Jurídica; 6.1.3- Prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CNPJ; 6.1.4- Prova de situação regular perante as Fazendas Federal, Estadual e Municipal; 6.1.5- Prova de situação regular perante o Sistema de Seguridade Social INSS (Art. 195, parágrafo 3º, da Constituição Federal); 6.1.6- Prova de Situação regular perante o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço FGTS; 6.1.7- Certidões negativas de pedido de falência ou concordata e de ações de execução patrimonial, expedidas pelos distribuidores localizados na região de sua sede, dentro do prazo de validade legal; 6.1.8- Autorização expedida por órgão oficial, devidamente registrada, em se tratando de Empresa ou Sociedade estrangeira em funcionamento no país. 6.2- Capacidade e Idoneidade Financeira 6.2.1- Situação regular de pagamento das tarifas e serviços da CODESA; 6.2.2- Prova de quitação com as contribuições Sindicais Patronal e de Empregados; 6.2.3- Certidões negativas de protestos de títulos dos cartórios de sua sede; 6.2.4- Cópia da Apólice de Seguro de Responsabilidade Civil Geral compreendendo todos os riscos inerentes à operação portuária, com cobertura suficiente para fazer frente às obrigações decorrentes das responsabilidades previstas no Art. 11, da Lei nº 8.630/93; 6.2.5- Prova de quitação com as contribuições e responsabilidades perante o OGMO-ES.
4 6.3- Capacidade Técnica 6.3.1- O Operador Portuário deverá apresentar um responsável técnico da empresa, com experiência comprovada em operações portuárias, de no mínimo de 03 (três) anos; 6.3.2- O Operador Portuário deverá apresentar currículo sucinto das atividades portuárias exercidas pelo seu responsável técnico, acompanhado de cópia xerografada da carteira profissional de trabalho, se empregado; 6.3.3- Os responsáveis técnicos poderão ser empregados, sócios, sócios gerentes ou proprietários obedecendo ao disposto no item 6.3.2, para comprovação de experiência; 6.3.4- Somente poderão ter como responsáveis técnicos, nos termos do item 6.3.3, aquelas empresas que possuam comprovadamente, na data da solicitação da Préqualificação, um mínimo 03 (três) pessoas entre empregados e sócios; 6.3.5- Para comprovação de registro, deverá ser apresentada a cópia do livro de registro de empregados, devidamente fiscalizado pelo Ministério do Trabalho; 6.3.6- No caso de empregado, o responsável técnico somente poderá ter vínculo empregatício com uma única empresa, sendo vedado o vínculo ou a responsabilidade por mais de uma empresa; 6.3.7- Caso o técnico responsável pelas operações portuárias seja demitido, o operador portuário deverá comunicar a Comissão Especial da CODESA, no prazo máximo de 10 (dez) dias, o nome do novo responsável técnico pelas operações, preenchidos os requisitos necessários. 7- DO CANCELAMENTO DO REGISTRO DE OPERADOR PORTUÁRIO 7.1- Pedidos de cancelamento do Registro de Operador Portuário poderão ser solicitados junto a CODESA pelo mesmo, ou por parte diretamente interessada, nos termos da Lei nº 8.630/93. 7.2- O não cumprimento do Regulamento de Exploração do Porto (Art. 10, da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993), da legislação vigente, desta Norma ou das deliberações aprovadas pelo CAP, acarretará as penalidades previstas no Art. 38, que serão aplicadas na forma dos Artigos 39 à 44 da Lei nº 8.630/93, ressalvado o direito de ampla defesa, através dos recursos pertinentes. 7.3- O Operador Portuário que não tiver atuação no Porto Organizado de Vitória e Barra do Riacho, por um período de 12 meses, terá o seu Certificado de Pré-qualificação cancelado.
5 7.3.1- O Operador Portuário deverá encaminhar à Comissão Especial da CODESA, a cada 06 (seis) meses, a estatística de suas movimentações realizadas, sob pena de aplicação do previsto no ítem 7.2; 7.3.2- Para fins de cumprimento do item 7.3, a Comissão Especial da CODESA poderá solicitar ao Órgão de Gestão de Mão-de-obra OGMO a relação de Operadores Portuários que não requisitaram mão-de-obra avulsa durante um período de 01 (um) ano. 7.4- O Operador Portuário deverá encaminhar para a Comissão Especial da CODESA a renovação da Apólice de Seguro de Responsabilidade Civil Geral apresentada por ocasião da obtenção do Certificado de Pré-qualificação, toda a vez que o período de vigência da mesma houver expirado, sob pena de aplicação do previsto no ítem 7.2. 8- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 8.1- Todos os documentos referentes ao item 6, desta Norma e quaisquer outros necessários à comprovação para efeito de Pré-qualificação, devem conter reconhecimento de firma e/ou autenticação. 8.2- Sempre que julgar necessário, a Comissão Especial da CODESA poderá solicitar ao requerente, subsidiariamente, documentação complementar ao previsto no item 6 desta Norma, para fins de Pré-qualificação. 8.3- Caso o Operador Portuário tenha seu Certificado de Pré-qualificação cancelado, para novamente se habilitar ficará obrigado a requerer nova Pré-qualificação. 8.4- A Pré-qualificação de Operador Portuário poderá ser requerida em qualquer época do ano. 8.5- Os documentos vencidos durante a tramitação do processo na CODESA serão válidos para a Pré-qualificação. 8.6- A Administração do Porto dará ciência ao plenário do CAP, através de listagem nominal, das empresas Pré-qualificadas como Operador Portuário, a cada 06 (seis) meses. 8.7- Caso ocorram, os casos omissos serão dirimidos pelo CAP.
TERMO DE RESPONSABILIDADE 6 Número : Vencimento : / / Processo : O Sr.... responsável legal da Empresa... Estabelecida à..inscrita no CGC/MF sob o número declara que para fins de pré-qualificação como Operador Portuário junto à CODESA, durante o período de vigência do presente instrumento, ser responsável por: a) Obedecer o Regulamento de Exploração do Porto e cumprir deliberações baixadas pelo CAP. b) Aprimorar permanentemente os serviços prestados, com vistas a aplicação de novas técnicas de movimentação e manuseio de cargas, investindo em tecnologia que envolva instalações, equipamentos e recursos humanos. c) Fornecer à CODESA dados operacionais para fins estatísticos, no prazo de 10(dez) dias após o término da operação portuária. d) Responder pela preservação do meio ambiente, cumprindo rigorosamente toda a legislação e normas relativas à matéria que declara conhecer. e) Não subempreitar qualquer operação portuária de sua responsabilidade, exceto quando o outro for operador portuário qualificado. f) Submeter-se às combinações previstas no Art. 38 da Lei 8.630/93 pelo descumprimento ou não atendimento das obrigações ora assumidas bem como pelas infrações referidas no Art. 37 daquela Lei. g) Prestar caução e garantia para as operações que realizar e que resultarem em obrigações pecuniárias à CODESA, até 24(vinte e quatro) horas antes da realização das mesmas, na Tesouraria da CODESA. A caução deverá ser efetuada em moeda corrente, fiança bancária ou seguro garantia, no valor total da operação, sendo liberada após o cumprimento integral de suas responsabilidades. h) Cumprir todas as disposições legais e normativas referentes Medicina e Segurança do Trabalho, bem como as normas técnicas operacionais ABNT, ISO, IMO NR e outras. JOSÉ EDUARDO MADEIRA MAGALHÃES Presidente do CAP (Revisão aprovada pela Deliberação CAP nº 001/2006, de 29/06/2006) (Publicada no Diário Oficial ES nº 32, de 05/07/2006)