DESENVOLVIMENTO DE FILTRO DE CARVÃO ATIVADO PARA PRÉ- TRATAMENTO DE ÓLEO ORIUNDOS DE FRITURAS.

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Transcrição:

DESENVOLVIMENTO DE FILTRO DE CARVÃO ATIVADO PARA PRÉ- TRATAMENTO DE ÓLEO ORIUNDOS DE FRITURAS. Antônio Anderson da Silva Gomes 1 ; Felipe Medson Matos Cruz 2 ; Maria da Conceição Martins Ribeiro³; André Luiz Santos Patriota 4 ; 1 Bolsista PIVIC, Instituto Federal do Sertão Pernambucano Campus Salgueiro, antonioandersom@outlook.com; 2 Bolsista PIBIC Jr, Instituto Federal do Sertão Pernambucano Campus Salgueiro, felipemedson@outlook.com; ³Tecnóloga em Gestão de Produção Industrial, Instituto Federal do Sertão Pernambucano Campus Salgueiro, conceicaoribeiro06@gmail.com; 4 Coordenador do Curso de Edificações, Instituto Federal do Sertão Pernambucano Campus Salgueiro, patriota.andre@gmail.com; INTRODUÇÃO Com o grande aumento dos processos de industrialização, os resíduos gerados pelos mesmos crescem de forma semelhante, ou até mesmo de uma forma mais ordenada, degradando assim, o meio ambiente. Desse modo, uma das maneiras de impedir a oneração do nosso ecossistema é a obtenção de métodos que visem à redução do descarte desses resíduos ou a utilização desses resíduos para a obtenção de um novo subproduto, visando assim à redução dos impactos ao meio. Levantamentos e pesquisas realizadas pela Organização Mundial de Saúde, a OMS, apontam que o óleo de cozinha é um material de extrema periculosidade para o meio ambiente, já que o mesmo, com cerca de um litro, poluem cerca de um milhão de metros de água, métrica realizada no ano de 2010, e devido à falta de conhecimento sobre tais problemas, o resíduo de óleo gerado diariamente em lares e restaurantes, acaba sendo despejados nas instalações hidrossanitárias, que por sua vez transporta o resíduo até os reservatórios hídricos, o que é altamente prejudicial para a mesma. Segundo Santos (2009), o descarte de forma errônea, como a citada anteriormente, acaba resultando em pontos negativos para o meio ambiente e para aquele que serve de transporte para o resíduo, pois o mesmo aumenta as pressões internas das tubulações causadas pelas incrustações, podendo romper os dutos e contaminar o solo e o lençol freático, além de ser necessária a utilização de produtos tóxicos nocivos ao meio ambiente para a retirada dessas crostas formadas a partir da emulsificação das gorduras presentes no resíduo. O descarte de forma errônea do resíduo de óleo ocorre em diversas cidades, por todo o mundo, inclusive na cidade de Salgueiro, pertence à Mesorregião do Sertão Pernambucano, tendo sua população estimada em 2014, em um total 59.409 habitantes, um contingente muito grande e que pode acabar propiciando impactos negativos à região decorrentes do descarte de forma incorreta desses resíduos, já que a cidade não dispõe de uma coleta seletiva desses resíduos. Nesse parâmetro, é perceptível a necessidade de projetos e investimentos que tenham por finalidade resolver o problema de descarte de forma errônea desse resíduo, seja de modo de reciclagem desse óleo pós-consumo através de um beneficiamento químico, ou até mesmo com a reutilização desse subproduto, além de propiciar alternativas e geração de renda e inclusão social nas diferentes comunidades existente na região de Salgueiro.

Com esse possível beneficiamento químico, é esperado analisar um método de tornar o óleo pós-consumo em um material que seja menos poluente e que quando aplicado ao mercado, não se torne um produto com valor elevado. METODOLOGIA Com a finalidade de realizar pré-tratamento em óleos oriundos de frituras, foi desenvolvido um filtro de carvão utilizando garrafa PET, manta de carvão ativado, carvão ativado granulado e brita 19mm granítica (ver figura 1). O óleo foi oriundo de frituras domésticas de residências da região do Sertão Central. Após a coleta do óleo foram criadas duas famílias de amostras e posteriormente foram filtradas sendo realizados ensaios de densidade, viscosidade cinética e absoluta, nas amostras filtradas e não-filtradas. O ensaio de densidade absoluta dos líquidos teve, por objetivo, medir a densidade absoluta do fluído, utilizando o método dos picnômetros. Onde se tem que, densidade absoluta ou massa específica de uma substância qualquer de massa (M) e volume (V) é a razão entre a massa de um corpo pelo volume que o mesmo ocupa. Já no ensaio de viscosidade, foi utilizado o método do Copo Ford, que infere a viscosidade do fluido a partir da medida do tempo gasto para esvaziar o recipiente normalizado. É um método que requer um pequeno volume de amostra de fluido, onde o principio do Copo Ford é bem similar ao do viscosímetro capilar. Figura 1 - Filtro de carvão ativado em uso RESULTADOS E DISCUSSÕES

É possível observar no quadro 01 que as amostras filtradas e não-filtradas apresentaram pouca variação da densidade em relação a amostra de referência. A amostra filtrada 01 obteve densidade 1,53% menor que o óleo virgem, sendo equivalente a 0,8710 g/cm³. Já o óleo não-filtrado da família 01 obteve densidade igual a 0,8855 g/cm³, sendo 0,11% superior. Já as densidades da amostra 02 alcançaram valores próximos do óleo referência, com 0,8853 g/cm³ e o,8829 g/cm³, para as filtradas e não filtradas. Por possuir partículas sólidas oriundas das frituras, as densidades das amostras não-filtradas são superiores à do óleo in natura. Quadro 01 Resumo das densidades das amostras filtradas, não filtradas e óleo IN NATURA. Óleo Virgem AMOSTRA 01 AMOSTRA 02 Densidade g/cm³ (ρ) 0,8845 NÃO- FILTRADA FILTRADA NÃO- FILTRADA FILTRADA 0,8855 0,8710 0,8853 0,8829 Análise percentual em relação as amostras nãofiltradas Δ % -1,64 Δ % -0,27 Análise percentual em relação ao óleo IN NATURA Δ % 0,11-1,53 0,09-0,18 O Quadro 02 apresenta o resumo das viscosidades cinéticas das amostras não-filtradas, como esperado o óleo virgem apresentou menor viscosidade em relação aos demais fluidos. O óleo virgem alcançou viscosidade de 62,28 cst, sendo 14,65% menor que a amostra 02 e 5,82% que a amostra 01. Quadro 02 Viscosidade cinética das amostras não-filtradas ANÁLISE DA VISCOSIDADE CINÉTICA cst - MÉTODO COPO FORD AMOSTRAS NÃO-FILTRADAS AMOSTRA TEMPO (s) VISCOSIDADE (cst) MÉDIA 22 67,41 21 63,56 1 22 67,41 Sd 2,22 Cv 3,36 66,13 2 23 71,25 73,83 24 75,11

ÓLEO IN NATURA 24 75,11 Sd 2,23 Cv 3,02 21 63,56 21 63,56 20 59,71 Sd 2,22 Cv 3,57 62,28 Sd = Desvio Padrão; Cv = Coeficiente de Variação A maior viscosidade foi alcançada pela amostra 02 com 73,83 cst. A viscosidade absoluta seguiu a mesma tendência da cinética, pois, esses resultados são obtidos em função da densidade dos fluidos. A amostra 02 apresentou o maior índice com 65,36 cps, seguido do fluido 01 com 58,54 cps sendo 10,43% superior. As viscosidades absolutas apresentaram índices inferiores, uma vez que são obtidas em função das densidades dos fluidos, resultando na minoração desses índices, conforme quadros 03 e 04. Quadro 03 Viscosidade absoluta das amostras não-filtradas. ANÁLISE DA VISCOSIDADE ABSOLUTA cps - MÉTODO COPO FORD AMOSTRAS NÃO-FILTRADAS AMOSTRA VISCOSIDADE (cst) DENSIDADE (g/cm³) VISCOSIDADE (cps) 1 66,13 0,8855 58,56 2 73,83 0,8853 65,36 ÓLEO IN NATURA 62,28 0,8845 55,09 É possível perceber no quadro 4 que os índices de viscosidades absolutas foram minorados pela densidade de cada amostra. É notável que as amostras possuem índices de densidade equivalentes, resultando numa minoração proporcional das viscosidades absolutas. Quadro 04 Viscosidade absoluta das amostras filtradas ANÁLISE DA VISCOSIDADE ABSOLUTA cps - MÉTODO COPO FORD AMOSTRAS FILTRADAS AMOSTRA VISCOSIDADE DENSIDADE VISCOSIDADE

(cst) (g/cm³) (cps) 1 67,41 0,871 58,71 2 71,26 0,8829 62,92 ÓLEO in natura 66,13 0,8845 58,49 INDICADORES DE EFICIÊNCIA DO FILTRO Densidade Absoluta g/cm³ (ρ) Visc. Cinética (cst) Quadro 05 Viscosidade absoluta das amostras filtradas ÓLEO VIRGEM AMOSTRA 01 AMOSTRA 02 N-F Δ % F Δ % N-F Δ % F Δ % 0,8845 0,8855 0,11 0,871-1,55 0,8853 0,09 0,8829-0,18 62,28 66,13 5,82 67,41 7,61 73,83 15,64 71,26 12,60 Visc. Absoluta 55,09 58,56 5,93 58,71 6,17 65,36 15,71 62,92 12,44 (cps) F = AMOSTRA FILTRADA; N-F = AMOSTRA NÃO FILTRADA; Δ% = VARIAÇÃO PERCENTUAL EM RELAÇÃO AO ÓLEO IN NATURA O quadro 05 apresenta o resumo dos índices estudados que estão diretamente relacionados com a eficiência do filtro. É possível observar que a amostra filtrada 02 obteve redução da densidade em 0,18%. Já a viscosidade cinética reduziu a e da viscosidade cinética da amostra 02 filtrada em 3,48%, sendo indicador de eficiência do filtro, sendo correlacionado com retenção de partículas sólidas. Figura 01 Análise das variáveis das amostras não-filtradas. As figuras 01 e 02 ilustram o comparativo dos indicadores de eficiência do filtro. Pode-se observar um comportamento similiar nas duas figuras. Como esperado, as amostras não filtradas apresentaram indicadores mais elevados. É notável o nivelamento das densidades e a redução proporcional das viscosidades absolutas, minoradas pelas densidades dos flúidos.

Figura 02 Análise das variáveis das amostras não-filtradas. CONCLUSÕES É perceptível que as amostras de óleo virgem apresentaram menores índices de viscosidade devido ao fato de não possuírem contato com matéria sólida.com relação à eficiência do filtro, é notável que os óleos filtrados de ambas as amostras reduziram sua densidade ao passar pelo filtro de carvão. A densidade da família 01 reduziu -1,64% e da família 02 reduziram -0,27%. Provavelmente a redução da densidade dos óleos filtrados é causada pela retenção de partículas sólidas pelos elementos filtrantes. Não apenas ocorreu redução da densidade, também, ocorreram mudanças na coloração e redução de odores. De acordo com os resultados obtidos, é indicada a utilização do filtro no pré-tratamento de óleos oriundos de frituras residenciais destinados à reciclagem. Saliente-se que, o óleo como subproduto oferece muitos usos, usos esses comprovados pelos ensaios de viscosidade e de densidade, expostos anteriormente. Com a coleta dos resíduos do óleo, é visível que a poluição ambiental local seria reduzida, existindo a possibilidade de políticas para geração de rendas de cooperativas de reciclagens, devido ao desenvolvimento de novos produtos e derivados do óleo pós-consumo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PITTA JUNIOR, O. S. R.; NOGUEIRA NETO, M. S.; SACOMANO, J. B.; LIMA, J. L. A. Reciclagem do óleo de cozinha usado: uma contribuição para aumentar a produtividade do processo.2 nd International Workshop Advances in Cleaner Production. São Paulo Brasil, 20 à 22 maio, 2009, p. 1 a 10. Disponível em: <http://www.advancesincleanerproduction.net/second/files/sessoes/4b/2/m.%20s.%20nogue ira%20-%20resumo%20exp.pdf>. Acesso em: 10 outubro 2014

SANTOS, Renato de Souza; Gerenciamento de Resíduos: Coleta de óleo Comestível São Paulo, SP: [s.n], 2009.