CURSO Delegado de Polícia Civil Nº13

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Transcrição:

CURSO Delegado de Polícia Civil Nº13 DATA 18/08/2016 DISCIPLINA Direito Civil Família e Sucessões PROFESSORA Reyvani Jabour MONITORA Cleide Tibúrcio AULA 01/05 EMENTA CASAMENTO A Constituição de 1988 trouxe evolução ao Direito de Família conferindo judicialidade a outros arranjos familiares. A partir de 1988 passou-se a considerar como entidade familiar não só casamento, como também a União Estável, caracterizada pela convivência pura, contínua e duradoura entre um homem e uma mulher, por fim, a família monoparental. Contudo, há modelos de família que não foram tratados na Constituição. Diante disso, questionase se o rol inscrito na Constituição é taxativo. Desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos a família é considerada a base da sociedade e, portanto, deve ser protegida pelo Estado. Segundo Maria Berenice Dias as famílias podem ser compreendidas como todos os tipos de relacionamentos entre as pessoas, sob o laço de consanguinidade, afinidade e sobretudo afetividade. São pessoas envolvidas por laços de sangue e afeto, enfim, uma relação de pura afetividade. Assim, são perceptíveis outros tipos de envolvimento entre pessoas. O STF em 2011 pacificou o entendimento devido duas ações que questionavam a omissão do legislador em uniões homoafetivas. O STF decidiu que é necessário respeitar as minorias e sua orientação sexual. E que é necessário proceder com a integração das normas, não existe lei em abstrato para ser aplicado no caso concreto. Portanto, é preciso proceder com a integração de normas.

O STF decidiu que não temos leis para reger as relações homoafetivas, mas que devem ser aplicadas as mesmas regras de União Estável, pois, a única coisa que as distingue é a igualdade ou não de sexos. Ementa: 1. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). PERDA PARCIAL DE OBJETO. RECEBIMENTO, NA PARTE REMANESCENTE, COMO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. UNIÃO HOMOAFETIVA E SEU RECONHECIMENTO COMO INSTITUTO JURÍDICO. CONVERGÊNCIA DE OBJETOS ENTRE AÇÕES DE NATUREZA ABSTRATA. JULGAMENTO CONJUNTO. Encampação dos fundamentos da ADPF nº 132-RJ pela ADI nº 4.277-DF, com a finalidade de conferir interpretação conforme à Constituição ao art. 1.723 do Código Civil. Atendimento das condições da ação. 2. PROIBIÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO DAS PESSOAS EM RAZÃO DO SEXO, SEJA NO PLANO DA DICOTOMIA HOMEM/MULHER (GÊNERO), SEJA NO PLANO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL DE CADA QUAL DELES. A PROIBIÇÃO DO PRECONCEITO COMO CAPÍTULO DO CONSTITUCIONALISMO FRATERNAL. HOMENAGEM AO PLURALISMO COMO VALOR SÓCIO-POLÍTICO-CULTURAL. LIBERDADE PARA DISPOR DA PRÓPRIA SEXUALIDADE, INSERIDA NA CATEGORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO INDIVÍDUO, EXPRESSÃO QUE É DA AUTONOMIA DE VONTADE. DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA PRIVADA. CLÁUSULA PÉTREA. O sexo das pessoas, salvo disposição constitucional expressa ou implícita em sentido contrário, não se presta como fator de desigualação jurídica. Proibição de preconceito, à luz do inciso IV do art. 3º da Constituição Federal, por colidir frontalmente com o objetivo constitucional de promover o bem de todos. Silêncio normativo da Carta Magna a respeito do concreto uso do sexo dos indivíduos como saque da kelseniana norma geral negativa, segundo a qual o que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido. Reconhecimento do direito à preferência sexual como direta emanação do princípio da dignidade da pessoa humana : direito a auto-estima no mais elevado ponto da consciência do indivíduo. Direito à busca da felicidade. Salto normativo da proibição do preconceito para a proclamação do direito à liberdade sexual. O concreto uso da sexualidade faz parte da autonomia da vontade das pessoas naturais. Empírico uso da sexualidade nos planos da intimidade e da privacidade constitucionalmente tuteladas. Autonomia da vontade. Cláusula pétrea. 3. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DA INSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA. RECONHECIMENTO DE QUE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL NÃO EMPRESTA AO SUBSTANTIVO FAMÍLIA NENHUM SIGNIFICADO ORTODOXO OU DA PRÓPRIA TÉCNICA JURÍDICA. A FAMÍLIA COMO CATEGORIA SÓCIO-CULTURAL E PRINCÍPIO ESPIRITUAL. DIREITO SUBJETIVO DE CONSTITUIR FAMÍLIA. INTERPRETAÇÃO NÃO-REDUCIONISTA. O caput do art. 226 confere à família, base da sociedade, especial proteção do Estado. Ênfase constitucional à instituição da família. Família em seu coloquial ou proverbial significado de núcleo doméstico, pouco importando se formal ou informalmente constituída, ou se integrada por casais heteroafetivos ou por pares homoafetivos. A Constituição de 1988, ao utilizar-se da expressão família, não limita sua formação a casais heteroafetivos nem a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa. Família como instituição privada que, voluntariamente constituída entre pessoas adultas, mantém com o Estado e a sociedade civil uma necessária relação tricotômica. Núcleo familiar que é o principal lócus institucional de concreção dos direitos fundamentais que a própria Constituição designa por intimidade e vida privada (inciso X do art. 5º). Isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos que somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família. Família como figura central ou continente, de que tudo o mais é conteúdo. Imperiosidade da interpretação não-reducionista do conceito de família como instituição que também se forma por vias distintas do casamento civil. Avanço da Constituição Federal de 1988 no plano dos costumes. Caminhada na direção do pluralismo como categoria sócio-político-cultural. Competência do Supremo Tribunal Federal para manter, interpretativamente, o Texto Magno na posse do seu fundamental atributo da coerência, o que passa pela eliminação de preconceito quanto à orientação sexual das pessoas. 4. UNIÃO ESTÁVEL. NORMAÇÃO CONSTITUCIONAL REFERIDA A HOMEM E MULHER, MAS APENAS PARA ESPECIAL PROTEÇÃO DESTA ÚLTIMA. FOCADO PROPÓSITO CONSTITUCIONAL DE ESTABELECER RELAÇÕES JURÍDICAS HORIZONTAIS OU SEM HIERARQUIA ENTRE AS DUAS TIPOLOGIAS DO GÊNERO HUMANO. IDENTIDADE CONSTITUCIONAL DOS CONCEITOS DE ENTIDADE FAMILIAR E FAMÍLIA. A referência constitucional à dualidade básica homem/mulher, no 3º do seu art. 226, deve-se ao centrado intuito de não se perder a menor oportunidade para favorecer relações jurídicas horizontais ou sem hierarquia no âmbito das sociedades domésticas. Reforço normativo a um mais eficiente combate à renitência patriarcal dos costumes brasileiros. Impossibilidade de uso da letra da Constituição para ressuscitar o art. 175 da Carta de 1967/1969. Não há como fazer rolar a cabeça do art. 226 no patíbulo do seu parágrafo terceiro. Dispositivo que, ao utilizar da terminologia entidade familiar, não pretendeu diferenciá-la da família. Inexistência de hierarquia ou diferença de qualidade jurídica entre as duas formas de

constituição de um novo e autonomizado núcleo doméstico. Emprego do fraseado entidade familiar como sinônimo perfeito de família. A Constituição não interdita a formação de família por pessoas do mesmo sexo. Consagração do juízo de que não se proíbe nada a ninguém senão em face de um direito ou de proteção de um legítimo interesse de outrem, ou de toda a sociedade, o que não se dá na hipótese sub judice. Inexistência do direito dos indivíduos heteroafetivos à sua não-equiparação jurídica com os indivíduos homoafetivos. Aplicabilidade do 2º do art. 5º da Constituição Federal, a evidenciar que outros direitos e garantias, não expressamente listados na Constituição, emergem do regime e dos princípios por ela adotados, verbis: Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 5. DIVERGÊNCIAS LATERAIS QUANTO À FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO. Anotação de que os Ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cezar Peluso convergiram no particular entendimento da impossibilidade de ortodoxo enquadramento da união homoafetiva nas espécies de família constitucionalmente estabelecidas. Sem embargo, reconheceram a união entre parceiros do mesmo sexo como uma nova forma de entidade familiar. Matéria aberta à conformação legislativa, sem prejuízo do reconhecimento da imediata auto-aplicabilidade da Constituição. 6. INTERPRETAÇÃO DO ART. 1.723 DO CÓDIGO CIVIL EM CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL (TÉCNICA DA INTERPRETAÇÃO CONFORME ). RECONHECIMENTO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO FAMÍLIA. PROCEDÊNCIA DAS AÇÕES. Ante a possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do Código Civil, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de interpretação conforme à Constituição. Isso para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. (STF - ADI: 4277 DF, Relator: Min. AYRES BRITTO, Data de Julgamento: 05/05/2011, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-198 DIVULG 13-10-2011 PUBLIC 14-10-2011 EMENT VOL-02607-03<span id="juscitacao"> PP-00341</span>) O STJ em uma decisão proferida há dois anos permitiu que dois irmãos pudessem adotar conjuntamente uma criança, porque também formam uma família Família Ana parental. Portanto, é necessário aceitar a modernidade para se adequar à atualidade no que tange às Famílias. CASAMENTO Casamento é a união formal entre pessoas que tenham o objetivo de uma Comunhão plena de vida. Tal conceito teve que se adaptar à atualidade, não se trata mais de união entre homem e mulher, mas sim, união entre pessoas. Contudo, não há nenhuma lei vigorando no Ordenamento Jurídico Brasileiro quanto às relações homoafetivas. OBJETIVO DO CASAMENTO Estabelecer uma comunhão plena de vida busca pela felicidade, carinho, afeto e amor. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 66, DE 13 DE JULHO DE 2010 Dá nova redação ao 6º do art. 226 da Constituição Federal, que dispõe sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo divórcio, suprimindo o requisito de prévia separação judicial por mais de 1 (um) ano ou de comprovada separação de fato por mais de 2 (dois) anos.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: Art. 1º O 6º do art. 226 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 226....... 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio."(nr) Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, em 13 de julho de 2010. Com o advento da EC 66/2010 quem casou ontem poderia se divorciar hoje. Há quem entende que tal emenda banalizou o casamento, contudo, tem que se levar em consideração que a Emenda facilitou o fim do casamento, mas, não necessariamente o banalizou. Para o casamento se manter é necessário que ambos queiram, pois, não há maneiras de obrigar alguém a se manter casado. Portanto, não há nada a se fazer quando o divórcio é pedido DIREITO POTESTATIVO = não depende de outra pessoa para dar, fazer ou deixar de fazer algo. Esse Direito Potestativo não sofre qualquer limitação no tempo. Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. NATUREZA JURÍDICA Teorias: 1) Clássica: o casamento tem natureza jurídica negocial. O casamento é um contrato (vontade). Porque quando duas pessoas se casam estão assumindo outros tipos de obrigações, e também uma obrigação negocial. Portanto, para essa teoria o momento consumativo é a partir da manifestação de vontade. 2) Supraindividualista: para essa teoria o casamento não é um Contrato, mas sim, um Ato Administrativo (Estado). Não são as pessoas que se casam, é o Estado que casa as pessoas. Contudo, se o casamento fosse um Ato Administrativo as regras inerentes a ele não estaria previsto no Código Civil, mas sim, pelo Direito Administrativo. 3) Eclética: Ato complexo Vontade (partes) + celebração (Estado) Essas teorias acabam refletindo no plano existencial do casamento. Para Teoria Clássica o casamento é reconhecido a partir da manifestação de vontade.

Para a Teoria Supraindividualista é necessária a celebração. Por fim, para a Teoria Eclética a manifestação de vontade inicia o casamento, mas é necessária a celebração para que esse seja consumado. Momento consumativo: art. 1514 Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados. O artigo 1.514 apresenta uma divergência doutrinária quanto à natureza da Declaração do Juiz o juiz está casando as pessoas ou está apenas homologando a manifestação de vontade? Atualmente o entendimento majoritário é que essa declaração possui apenas natureza homologatória. Ainda que o casamento seja um contrato, trata-se de um Contrato Especial. Esse contrato irá constituir uma relação jurídica especial. Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família. Há uma vedação expressa quanto à interferência do Estado na vida privada das pessoas. O casamento é um contrato especial, pois, ele possui regra-teoria própria. Para o casamento não se utiliza as regras do Código Civil Obrigações, mas sim, o Livro IV Do Direito de Família, é instituto de natureza privado e um contrato sui generis especial. VALIDADE DO CASAMENTO A validade do casamento depende da aptidão. E requer: 1. Idade núbil: idade mínima que as pessoas precisam ter para constituir um vínculo matrimonial. Em regra, somente os maiores de 16 anos estão aptos a se casar. Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631. A exceção está contida no artigo 1.520 do CC.

Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. Parte do artigo 1.520 do Código Civil se tornou inaplicável com a reforma do Código Penal, o casamento deixou de ser motivo para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal. Portanto, o artigo 1.520 do Código Civil será considerado mediante prova do estado gravídico para os menores de 16 (dezesseis) anos. 2. Legitimação Estar legitimado a casar é a mesma coisa que não estar impedimento de fazer. Legitimação é a ausência de impedimentos matrimoniais. Art. 1.521. Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. O artigo 1.521 trata-se de impedimento não podem se casar, enquanto o artigo 1.523 do Código Civil fala de pessoas que não devem se casar. Enquanto a infringência inscrita no artigo 1.521 do Código Civil compromete a validade do casamento, o artigo 1.523 do mesmo diploma, infringirá sob a esfera patrimonial do casamento. Decreto Lei 3200/41 - Dispõe sobre a organização e proteção da família e autoriza o casamento entre tios e sobrinhos. Ressalta-se que o Decreto Lei 3200/41 não foi revogado pelo Código Civil de 2002, seja expressamente ou tacitamente. Pois, uma Lei Geral não pode revogar ou modificar uma Lei Especial, assim como, uma Lei Geral não pode revogar ou modificar uma Lei Especial. Portanto, por força desse Decreto é possível casamento entre tios e sobrinho, desde que faça o exame cariótipo, que estuda a compatibilidade ou incompatibilidade genética entre o casal como forma de evitar uma filiação doentia.

O inciso VI do artigo 1.521 do CC protege a monogamia. Mas, se mesmo sendo casadas já estiverem separadas de fato, poderão constituir a União Estável. Os impedimentos matrimoniais poderão ser alegados por qualquer pessoa capaz. Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz. Mesmo que o impedimento não seja apresentado na cerimônia de celebração, o impedimento poderá ser apresentado em uma Ação Direta Declaratória de Nulidade do Casamento. Quando o casamento for nulo ele poderá ser invalidado a qualquer tempo. Art. 1.522. ( ) Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo. Na prática ainda que a pessoa não seja capaz, se ela leva ao juiz ou celebrante o impedimento, esse munido da informação deverá declarar o impedimento e não realizar o casamento. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES PROCESSO DE HABILITAÇÃO É um Processo Administrativo, porque tramitará no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais. Esse processo inicia-se com Requerimento assinado pelos próprios noivos ou por intermédio de advogado. Esse requerimento deve ser instruído com toda a documentação exposta no artigo 1.525 do Código Civil. Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos: I - certidão de nascimento ou documento equivalente; II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra; III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;

IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio. No caso do inciso V será exigida a certidão somente para aqueles que já foram casados. O oficial do cartório que preside todo o processo de habilitação de posse do Requerimento e da Documentação fará expedir editais nas própria sede do cartório com publicação da imprensa local onde houver. Para dar às pessoas conhecimentos e oportunidade de apresentar fatos impeditivos. E após será encaminhado para o MP para parecer ministerial favorável. Após ocorrerá a expedição da certidão de que os requerentes estão habilitados a se casar. Essa certidão terá eficácia por 90 (noventa) dias, ou seja, o casamento tem que ser realizado no prazo de até 90 dias, sob pena de a certidão caducar/expirar. De posse da certidão os noivos poderão requerer à autoridade celebrante o dia, hora, local para celebração do casamento. CELEBRAÇÃO Lugar: de regra, o casamento civil acontece na própria sede do cartório, nada impede que seja realizado em outro edifício público ou particular. Desde que, nessa última hipótese as portas estejam abertas. O objetivo das portas abertas é dar amplo acesso às pessoas que queiram apresentar impedimentos matrimoniais. Ressalta-se que CF/88 conferiu ao casamento religioso os mesmos efeitos do casamento civil. Quando o casamento for religioso ele não será celebrado na sede do cartório e quem presidirá esse casamento será a autoridade religiosa. No casamento civil será necessária a presença dos noivos, pessoalmente ou mediante procuradores. Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais. 1 o A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos. 2 o O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo. 3 o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias. 4 o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.

Uma mesma pessoa não pode ser procuradora dos dois noivos, em virtude da colidência de interesses. É necessárias duas testemunhas no mínimo, parentas ou não, podendo esse número dobrar passando para 04, se o casamento for realizado em edifício particular. E será necessário a autoridade do celebrante e a presença do oficial do cartório civil, a presença do oficial do cartório é para que esse assista todo o ato e pré-constitua a prova de que o casamento aconteceu. EFEITOS PESSOAIS DO CASAMENTO Os efeitos começam a serem estabelecidos a partir do artigo 1.565 do CC. Art.1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. O 1º do art. 1.565 traz um permissivo para a alteração do nome. Art. 1.565. (...) 1 o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro. É facultado acrescer no sobrenome do outro, mas não substituir. O 2º trata do planejamento familiar é de livre decisão do casal. Art. 1565 (...) 2 o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas. Emancipação pelo casamento: o artigo 5º parágrafo único, inciso II do CC trata da Emancipação pelo casamento. Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: (...) II - pelo casamento;

No artigo 1.567 temos o exercício / direção da sociedade conjugal. Art. 1.567. A direção da sociedade conjugal será exercida, em colaboração, pelo marido e pela mulher, sempre no interesse do casal e dos filhos. DEVERES Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges: I - fidelidade recíproca; II - vida em comum, no domicílio conjugal; III - mútua assistência; IV - sustento, guarda e educação dos filhos; V - respeito e consideração mútuos. A existência, validade ou eficácia do casamento ficará intocável nos incisos supramencionados. REGIME DE BENS Pacto antenupcial: possui natureza negocial. o É um negócio jurídico preliminar. São os noivos e não os cônjuges que irão escolher o Regime de Bens. o Solene: Escritura pública o Condicional: os efeitos ficarão subordinados a uma condição (evento futuro e incerto) o casamento é a condição que irá suspender os efeitos do pacto antenupcial. Os efeitos do pacto antenupcial serão produzidos durante toda a convivência conjugal. No pacto antenupcial os noivos terão a liberdade de escolher o regime que for melhor para eles, como querendo poderão criar um Regime novo para eles. Regimes Comunhão Universal Separação de bens Participação final nos aquestos

Comunhão parcial de bens A escolha do Regime é Direito que as pessoas têm para determinar como será a sua convivência. Se as pessoas quiserem casar com o Regime Parcial de bens será desnecessário o pacto nupcial, porque esse é o Regime determinado pelo legislador para aqueles que não escolheram. Para algumas pessoas o regime de bens é imposto - obrigatório às pessoas que se enquadram no artigo 1.641 do CC. Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; II- da pessoa maior de sessenta anos; II da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010) III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. Art. 1.523. Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo. Alteração do regime de bens através do que a doutrina chama de pacto da maturidade. Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. 1 o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.

2 o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. O juiz terá que apurar a procedências das alterações invocadas. O pedido só será deferido se o juiz ficar convencido que não há prejuízo para terceira pessoa. A própria sentença autoriza e altera o Registro de Casamento. A doutrina rígida afirma que o Regime é imutável, quem se casou no Código Civil de 1916 não pode alterar o regime. A Teoria moderna afirma que a alteração é possível e os efeitos são ex nunc. Caso contrário, haveria violação ao Princípio da Igualdade. Os bens anteriores dependem do regime antes para o que será alterado. Se o regime era de Comunhão Universal e quer alteração para Separação será necessário uma liquidação; Se for Regime de Separação e altera-se para Comunhão Universal, ocorrerá a juntada dos bens particulares, tornando-se um. Se for Comunhão Universal e altera-se para Comunhão Parcial, ocorrerá uma liquidação. As pessoas que foram obrigadas a se casar pelo Regime de Separação de bens poderão alterar o regime, desde que, desapareça o motivo que levou o legislador a impor o Regime de Separação de Bens não haverá problema. Da mesma forma a regra é aplicável aos que se casaram após os 70 (setenta) anos também não terão problema se a causa da cessão desaparecer. CARACTERÍSTICAS Comunhão universal: até 1977 o Regime Universal era o determinado em lei. Atualmente é imprescindível a celebração de pacto antenupcial. E esse se caracteriza pelo patrimônio comum do casal. Não é relevante o momento ou a forma como foi adquirido o bem. Este é o regime em que a massa patrimonial será dividida ao meio. Exceto, as dívidas contraídas antes do casamento. Excepcionalmente, alguns bens ficarão fora da divisão patrimonial. Ex: proventos salariais de cada um; instrumentos da profissão e bens de uso patrimonial; cláusula de incomunicabilidade, essas cláusulas decorrem ou da vontade do doador ou do testador. A legítima pertence de pleno direito aos herdeiros necessários, mas desde que ele o fundamente pode inserir as cláusulas de incomunicabilidade deserdação bona mente

proteção do herdeiro necessário, o que ele herdar não poderá ser alienado, penhorado ou dividido com o cônjuge. Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte. Art. 1.668. São excluídos da comunhão: I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. Após 1.977 o regime legal passou a ser o Regime da Comunhão Parcial de Bens, sendo esse considerado o regime mais justo. Não há necessidade de celebração do pacto antenupcial. Todos os bens que cada um dos cônjuges já possuía antes do casamento integrarão a massa de cada um. Marido: antes+ doação, sucessão, sub-rogação. Mulher: antes+ doação, sucessão, sub-rogação. Comum: durante desde que não seja havida por meio de doação, sucessão, sub-rogação e concedidos antes do casamento.