NÍVEL DE OBESIDADE EM CRIANÇAS DE 9 A 12 ANOS DE IDADE DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ, SC

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Transcrição:

NÍVEL DE OBESIDADE EM CRIANÇAS DE 9 A 12 ANOS DE IDADE DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ, SC Rafael Cunha Laux * Fernando Agenor de Lima ** Carlos Miguel Porto Almeida *** João Viannei Effting Junior **** Resumo O objetivo com este estudo foi analisar o nível de obesidade em crianças entre 9 e 12 anos de idade de uma escola da rede pública de ensino do Município de Chapecó, SC. A amostra foi composta por 47 escolares (28 meninos e 19 meninas). O estado nutricional das crianças foi verificado por meio do Índice de Massa Corporal. Os resultados encontrados apontaram uma predominância de excesso de peso (sobrepeso + obesidade) nessa faixa etária. Observou-se uma incidência maior de meninas (47,37%) com sobrepeso do que meninos (39,29%). Entretanto, a obesidade foi maior no grupo dos meninos com 10,71%, contra 5,26% no grupo das meninas. Conclui-se que a maioria dos escolares apresenta excesso de peso (51,06%), o que pode ocasionar inúmeras complicações à saúde. Palavras-chave: Obesidade pediátrica. Sobrepeso. Criança. Índice de Massa Corporal. 1 INTRODUÇÃO A obesidade é considerada uma doença crônica em expansão no mundo, caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal que gera risco à saúde (OLIVEIRA; CERQUEIRA; OLIVEIRA, 2003; LOPES; PRADO; COLOMBO, 2010; LIMA; ARRAIS; PEDROSA, 2004). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (2014), em 2013, o sobrepeso ou a obesidade atingiu 42 milhões de crianças no mundo com menos de 5 anos de idade. Em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, a obesidade é um dos maiores problemas enfrentados pela saúde pública. No Brasil, os índices de pessoas obesas vêm aumentando em um ritmo acelerado, principalmente, entre crianças de 6 a 12 anos de idade; onde em apenas cinco anos o número de casos dobrou (LOPES; PRADO; COLOMBO, 2010). Esse crescimento alarmante de excesso de peso nas crianças está intimamente ligado às mudanças do estilo de vida (LIMA; ARRAIS; PEDROSA, 2004). Os dois fatores principais são a maior ingestão de alimentos feitos de farinha e a diminuição das atividades físicas e brincadeiras, que perderam seu lugar para o computador e a televisão (BORGES et al., 2007; GIUGLIANO; CARNEIRO, 2004; LUIZ et al., 2005). A falta ou a diminuição dos exercícios físicos faz com que as crianças não gastem as calorias ingeridas, armazenando-as em seu corpo em forma de gordura, o que, com o tempo, pode ocasionar a obesidade (MELLO; LUFT; MEYER 2004). A incidência de obesidade infantil, aparentemente, está relacionada à falta de informação dos pais sobre hábitos saudáveis e prática regular de exercícios físicos (GIUGLIANO; CARNEIRO, 2004). Para evitar a obesidade, tem-se que manter hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de exercícios físicos (SIMÃO; NAHAS; OLIVEIRA, 2012). Sabendo que a obesidade pode ser tratada, torna-se importante diagnosticá- -la precocemente. Diante dos fatos apresentados, com este estudo se tem o objetivo analisar o nível de obesidade em escolares entre 9 e 12 anos de idade de uma escola da rede pública de ensino do Município de Chapecó, SC. * Mestrando em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria; Especializando em Personal Training pela Universidade do Oeste de Santa Catarina; rafael-laux@hotmail.com ** Graduando em Educação Física Licenciatura pela Universidade do Oeste de Santa Catarina de Chapecó; nandolima_33@hotmail.com *** Mestre em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina; Professor orientador do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina; carlinhos@chapecoense.com **** Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes. Graduando em Medicina pela Unochapecó; jvejr@hotmail.com 209

Rafael Cunha Laux et al. 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente estudo caracteriza-se como pesquisa descritiva quanti-qualitativa, que, segundo Gil (1991), tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou, então, o estabelecimento de relação entre variáveis. A população do estudo foi composta por 50 escolares do gênero masculino e feminino com idades entre 9 e 12 anos, do ensino fundamental de uma escola pública do Município de Chapecó, SC. Para participar do estudo, os sujeitos precisavam atender a alguns critérios: idades entre 9 e 12 anos, matriculados no respectivo ano letivo e ter frequência maior que 75% nas aulas e concordar em participar do estudo mediante assinatura dos pais no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A amostra delimitou-se em 47 escolares, sendo 28 meninos e 19 meninas. Para verificar o estado nutricional, foi utilizado o Índice de Massa Corporal (Massa corporal/estatura²), e sua classificação foi de acordo com os valores estabelecidos pelo Projeto Esporte Brasil (GAYA et al., 2012). Os instrumentos utilizados para coletar os dados antropométricos de massa corporal e estatura foram: massa corporal (MC) kg: balança com resolução digital da marca Filizola (São Paulo, Brasil), e estatura (ES) cm: Estadiômetro Cescorf, com resolução de 0,1 cm. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sob o Parecer n. 899.723/2014, e as coletas foram realizadas mediante a entrega do termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos sujeitos e responsáveis. Para o tratamento dos dados, foi utilizada análise descritiva, média e desvio padrão (utilizando o programa Excel, versão 2013 para Windows), e para análise comparativa (diferença significativa), foi usado o teste estatístico Wilcoxon Rank Sum Test (utilizando o programa MATLAB, versão R2014a para Windows). O grau de significância adotado foi de p 0,05. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram avaliadas 47 crianças: 28 do sexo masculino (59,6%) e 19 do sexo feminino (40,4%). Os resultados mostram que os sujeitos têm idade média de 10,38 anos (dp= 0,53), e estatura média de 1,47 m (dp=0,07). A massa corporal teve média de 42,40 kg (dp= 10,42); houve uma diferença entre os sexos, ficando as meninas com 40,94 kg (dp= 9,13) e os meninos com 43,40 kg (dp= 11,27). A média do Índice de Massa Corporal (IMC) da amostra é de 19,55 kg/m² (dp=3,68). Quando observada a Tabela 1, nota-se uma variação entre o IMC do sexo feminino (18,80 kg/m²) e do sexo masculino (20,05 Kg/m²). Tabela 1 Apresentação da média e desvio padrão da idade, massa corporal, estatura e IMC da amostra Idade (anos) Massa Corporal (kg) Estatura (m) IMC (Kg/m²) Meninos (n= 28) 10,39±0,50 43,40±11,27 1,46±0,06 20,05±4,04 Meninas (n= 19) 10,37±0,60 40,94±9,13 1,47±0,07 18,80±3,02 Geral (n= 47) 10,38±0,53 42,40±10,42 1,47±0,07 19,55±3,68 Em estudo realizado por Ciconha et al. (2010) com crianças de 7 a 10 anos foram encontrados valores médios de IMC para meninos e meninas de 18,06 kg/m² (dp= 2,79) e de 17,05kg/m² (dp= 3,34), respectivamente. Já Netto- -Oliveira et al. (2010) encontraram valores de IMC para meninos e meninas de 6 a 8 anos, respectivamente, de 16,8 kg/ m² (dp= 2,66) e 16,5 kg/m² (dp= 2,57). A pesquisa de Rech et al. (2010) com escolares de 7 a 12 anos de idade encontrou valores próximos dos encontrados nos estudos citados. Caputo e Silva (2009), no seu estudo com escolares da rede pública e privada de ensino com idade média de 12 anos, encontraram valores médios de IMC superiores aos relatados neste estudo e nas pesquisas citadas, sendo de 21,6 (dp=2,3) para os meninos e 20,9 (dp=3,1) para as meninas. Constata-se que o IMC médio dos meninos é maior que o das meninas em ambas as pesquisas e nos dados apresentados. Para classificar o IMC dos sujeitos, foram utilizados os valores estabelecidos pelo Projeto Esporte Brasil (GAYA et al., 2012), em que se considera o estado de nutrição conforme a idade e o sexo e em quatro categorias: baixo peso, eutróficos ou normais, sobrepeso e obesidade. 210

Nível de obesidade em crianças... Gráfico 1 Classificação do IMC da amostra O Gráfico 1 mostra que 48,94% (n=23) das crianças da pesquisa tem o IMC considerado eutrófico para a idade. Entretanto, o que fica evidente é que os sujeitos com sobrepeso (42,55%, n=20) e obesidade (8,51%, n=4) somam 51,06% da amostra. A classificação do IMC mostrou que nenhuma criança está abaixo do peso para a idade. Os dados levantados por Ciconha et al. (2010) apontam uma ocorrência de sobrepeso (16,21%) e obesidade (18,01%), sendo o número de obesos maior do que o evidenciado neste estudo. Se analisados os resultados encontrados por Netto-Oliveira et al. (2010), destaca-se que, na sua amostra, 13,8% estavam com sobrepeso e 8,3% com obesidade. Já os estudos de Rech et al. (2010) mostram 19,9% dos escolares com sobrepeso e 8% com obesidade. Caputo e Silva (2009), em seu estudo, comparando o IMC entre escolares da rede pública e privada de ensino, encontraram altos níveis de sobrepeso em ambos os grupos (respectivamente, 43,7% e 34,0%); entretanto, somente se verificou obesidade nos escolares da rede privada (11,5%). Nesse cenário, observou-se uma diferença entre o sobrepeso encontrado nesta pesquisa e os citados. Araújo e Petroski (2002) salientam que a região Sul do Brasil tem mais incidência de obesidade e sobrepeso pelo maior poder aquisitivo da sua população. Entretanto, se analisado o estudo de Ciconha et al. (2010), realizado em Minas gerais (região Sudeste) e se comparar com o estudo de Rech et al. (2010), realizado no Rio Grande do Sul (região Sul), a quantidade de escolares com excesso de peso (sobrepeso+obesidade) é maior na região Sudeste. Ainda no estudo de Ciconha et al. (2010), destaca-se que os sujeitos com maior poder aquisitivo apresentaram maiores ocorrências de sobrepeso e obesidade. O fato observado nessa análise é que a obesidade e o sobrepeso não estão relacionados diretamente com a região do País, mas com o poder aquisitivo dos escolares. Gráfico 2 IMC dos meninos 211

Rafael Cunha Laux et al. No Gráfico 2, pode-se observar que 50% (n= 14) dos meninos estão com o IMC classificado como eutrófico. Entretanto, 50% estão acima do peso para a idade, sendo 39,29% (n=11) com sobrepeso e 10,71% (n=3) classificados como obesos. Outros estudos mostram um percentual menor de excesso de peso em meninos de faixas etárias próximas. Conforme as pesquisas de Rech et al. (2010) e Netto-Oliveira et al. (2010), esses valores são, respectivamente, de 28,1% e de 22,3% dos meninos com excesso de peso. Já Ciconha et al. (2010) apontam números mais próximos dos encontrados neste estudo (39,58%). Quando analisados os meninos classificados com obesidade, Rech et al. (2010) e Netto-Oliveira et al. (2010) encontraram valores 2% menores do que neste estudo. Entretanto, Ciconha et al. (2010) evidenciaram 22,91% dos meninos com obesidade. Destaca-se que o percentual de obesos está entre os valores encontrados na literatura, entretanto, existe um elevado número de meninos com sobrepeso. Gráfico 3 IMC das meninas O Gráfico 3 apresenta os dados de classificação do IMC das meninas. Pode-se observar que 47,37% (n=9) está classificado como eutrófico, 47,37% (n=9), com sobrepeso e 5,26% (n=1), com obesidade. Destaca-se que 47,37% (n=9) das meninas estão com peso considerado eutrófico e que a maioria está com excesso de peso. Se comparados os resultados de excesso de peso desta pesquisa com os dados encontrados por Ciconha et al. (2010), Rech et al. (2010) e Netto-Oliveira et al. (2010), evidencia-se o mesmo cenário preocupante da análise do IMC dos meninos; os valores evidenciados por esses autores para o excesso de peso em meninas foram, respectivamente, 30,16%, 27,8 e 21,9%. Entretanto, quando comparado o percentual de obesidade com os mesmos autores fica evidente que existe uma quantidade menor de obesas do que meninas com sobrepeso. Comparada com a do estudo de Ciconha et al. (2010), a amostra de meninas chega a ter 9% menos obesas. Relata-se que o grande percentual do excesso de peso nas meninas está relacionado ao sobrepeso e não à obesidade. Na comparação entre os Gráficos 2 e 3, os meninos (10,71%, n=3) apresentam um percentual maior de obesidade comparado com as meninas (5,26%, n=1). Entretanto, nota-se que o sexo masculino tem uma menor incidência de sobrepeso que o sexo feminino, respectivamente, 39,29% (n=11) e 47,37% (n=9). Evidencia-se que apenas 50% (n=14) dos meninos e 47,37% (n=9) das meninas estão com o IMC adequado para idade. Entretanto, no teste estatístico Wilcoxon Rank Sum Test, não houve diferença significativa entre os grupos (p=0,487). Nos estudos de Rech et al. (2010) e Netto-Oliveira et al. (2010) é evidenciado o mesmo quadro relatado nesta pesquisa, ou seja, uma predominância de meninos com obesidade e uma incidência maior de meninas com sobrepeso; 212

Nível de obesidade em crianças... entretanto, os meninos teriam maior prevalência de excesso de peso. Já Ciconha et al. (2010) verificaram que as meninas tinham uma menor incidência tanto do excesso de peso quanto da obesidade e do sobrepeso. Essas diferenças salientadas são explicadas por Araújo e Petroski (2002), que afirmam existir uma mudança de hábitos alimentares conforme a região onde vivem os indivíduos; em lugares mais quentes e litorâneos as pessoas ingerem menos calorias e cuidam mais da alimentação, do que as que vivem em lugares mais frios distantes do litoral. Nesse cenário apresentado sobre a obesidade escolar, tem-se que destacar a incidência de escolares obesos e com sobrepeso, enfatizando a importância de prevenir precocemente esse quadro. Silva et al. (2003) destacam que as complicações causadas pela obesidade são menores quando são antecipadas as intervenções nos hábitos alimentares e na prática de atividade física. 4 CONCLUSÃO Ao se analisar o nível de obesidade em escolares entre 9 e 12 anos de idade de uma escola da rede pública de ensino do Município de Chapecó, SC, foi diagnosticado que 51,06% dos escolares apresentaram excesso de peso, sendo 42,55% com sobrepeso e 8,51% com obesidade. Entre os sexos, observou-se uma maior incidência de excesso de peso nas meninas em relação aos meninos. Entretanto, se analisados separadamente o sobrepeso e a obesidade, observa-se que os meninos têm maior prevalência de obesidade comparado com as meninas, e nas meninas evidencia-se um maior sobrepeso. Portanto, enfatiza-se que os escolares da amostra com faixa etária entre 9 e 12 anos, precisam de orientações sobre hábitos alimentares e atividades físicas regulares, já que a maioria apresenta excesso de peso, o que pode ocasionar complicações futuras a esses jovens escolares. Considerando a quantidade de escolares dessa faixa etária no Município de Chapecó, SC, este estudo não é conclusivo, podendo ser ampliado para se verificar se essa condição está presente em outras escolas da rede pública de ensino do município. Level of obesity in children of 9 to 12 years old the city of Chapecó, SC Abstract The objective of this study was to analyze the level of obesity in children between 9 and 12 years of public school teaching of Chapecó-SC. The sample was composed by 47 children (28 boys and 19 girls). The nutritional status of children was verified through the Body Mass Index. The results showed a prevalence of overweight (overweight + obesity) in students of this age group. There was a higher incidence of girls (47.37%) overweight than boys (39.29%). However, obesity was higher in the group of boys with 10.71% compared to 5.26% in the group of girls. We conclude that the highest percentage of schoolchildren presents overweight (51.06%), which can cause many health complications. Keywords: Pediatric Obesity. Overweight. Child. Body Mass Index. Nota explicativa: 1 O presente trabalho não contou com apoio financeiro de nenhuma natureza para sua realização. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Eliane Denise da Silveira; PETROSKI, Édio Luiz. Estado nutricional e adiposidade de escolares de diferentes cidades brasileiras. Revista Educação Física/UEM, v. 13, n. 2, p. 47-53, 2002. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/reveducfis/article/download/3715/2556>. Acesso em: 21 out. 2014. BORGES, Claudia Regina et al. Influência da televisão na prevalência de obesidade infantil em Ponta Grossa, Paraná. Ciência Cuidado e Saúde, v. 6, n. 3, p. 305-311, jul./set. 2007. Disponível em: <http://ri.uepg.br:8080/riuepg/ handle/123456789/289>. Acesso em: 31 jul. 2013. 213

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