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Transcrição:

H13 - Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder. Período Regencial no Brasil

Situação política no Brasil Grupos e Disputas GRUPO OBJETIVOS SETORES FIGURAS Restauradores Volta de Pedro I; Absolutismo. Comerciantes portugueses, militares de alta patente e altos funcionários José Bonifácio Liberais exaltados Descentralização do poder imperial Autonomia administrativa das Províncias; Profissionais liberais, pequenos comerciantes, funcionários e militares modestos Borges da Fonseca, Miguel Frias, Rangel de Vasconcelos e Augusto May * República Federalista Liberais Moderados Centralização administrativa. Elite agrária cafeicultora. Jornais: Aurora Fluminense e O censor brasileiro. Monarquia Constitucional

Período Regencial Regência Trina Provisória: senador Francisco Carneiro de Campos, Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e o brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Regência Trina Permanente: João Bráulio Muniz, José da Costa Carvalho e brigadeiro Francisco de Lima e Silva.

Guarda Nacional

O Ato Adicional (1834) Reforma da Constituição; Instituição da Regência Una 1 regente por 4 anos no cargo; eleito pelos eleitores das províncias; Suspensão do Poder Moderador; Criação das Assembléias Legislativas Provinciais. Município Neutro (Rio de Janeiro sede da Corte)

Com a morte de Pedro I, em 1834, não havia mais motivo para existência dos restauradores; Grupo restante: - Progressistas/ Liberal: autonomia para as províncias (Ato Adicional) - Regressistas/ Conservador: contra o Ato Adicional.

Revisitando a História (p.518) O texto a seguir refere-se ao período da política regencial no Brasil. A Câmara que se reunia em 1834 trazia poderes constituintes para realizar a reforma constitucional prevista na lei de 12 de outubro de 1832. De seu trabalho resultou o Ato Adicional publicado a 12 de agosto de 1834 (...) O programa de reformas já fora estabelecido na lei de 12 de outubro, o Senado já manifestara sua concordância em relação ao mesmo e só havia em aberto, questões de pormenor. No decorrer das discussões poder-se-ia fixar o grau maior ou menor das autonomias provinciais, mas já havia ficado decidido que não se adotaria a monarquia federativa, o que marcava como que um teto à ousadia dos constituintes. CASTRO, P. P. de. A experiência republicana, 1831-1840. In: HOLANDA, S. B. de. "História Geral da Civilização Brasileira." v. 4. São Paulo: Difel, 1985, p. 37. a) Cite duas reformas instituídas pelo Ato Adicional de 12 de agosto de 1834. b) Aponte a razão pela qual se costuma dizer que a Regência correspondeu a uma "experiência republicana".

Regente uno: Pe. Diogo Antônio Feijó

A Regência de Feijó (1834-1836) Feijó:ligado à ala progressista; Enfrentou oposição dos regressistas que diziam que ele não impunha a ordem no país; Eclodiu os movimentos da Cabanagem, Sabinada e Farroupilha; Em 1836, Feijó renunciou ao cargo; Araújo Lima, regressista, foi eleito.

Regente uno: Araújo Lima

Regresso dos Conservadores A eleição de Araújo Lima (1836-1840) significou o triunfo dos conservadores e o início da limitação das liberdades e dos movimentos populares; A idéia era manter a ordem através da centralização do poder e da limitação do poder das províncias. 12/05/1840: Lei de Interpretação do Ato Adicional, que reduziu o poder das províncias.

Revoltas Provinciais Motivos: - Queda do preço das exportações; - Prejuízos ao desenvolvimento da indústria brasileira devido aos privilégios alfandegários concedidos aos produtos da Inglaterra; - Altos impostos; - Miséria da população; - Autoritarismo do governo central.

Esses movimentos e rebeliões não foram fortes o bastante para obrigar a elite a ceder e incorporar as novas massas de representação e participação política. A reação foi uma só, independente da cor política e partidária de que se vestisse a elite dirigente; sua opinião era de que se tratava de manifestações de assassinos, bárbaros, selvagens que atentavam contra a cultura, a civilização e a ordem MARANHÃO, Ricardo. Brasil História.

Principais Revoltas Malês (1835): Salvador; Cabanagem (1835-1840): Grão-Pará; Farroupilha (1835-1845): Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Sabinada (1837-1838): Bahia; Balaiada (1838-1841): Maranhão.

Revolta Província Data Grupo Causa Objetivo Desfecho Cabanagem Pará 1835-1840 Negros, índios e mestiços A miséria e monopólio político e econômico das oligarquias locais Fim da escravi- dão e República Federalista e voto universal Repressão violenta e prisão dos sobreviventes Farroupilha Rio Grande do Sul 1835-1845 Produtores rurais Concorrência do Charque do Prata, pelos baixos preços da importa-ção Autonomia provincial e acabar com os impostos Acordo de Paz, anistia dos revoltosos e imposto para charque do Prata Revolta dos Malês Bahia 1835-1840 Escravos africanos Escravidão e repressão religiosa aos negros mulçumanos Matar os brancos e conseguir liberdade Morte e prisão dos revoltosos

Revolta Província Data Grupo Causa Objetivo Desfecho Sabinada Bahia 1837-1838 Parte da camada média e do exército, fazendeiros e escravos Centralização do governo, manutençã o da autonomia República Baiana. Repressão violenta, prisão e degredo dos condenados Balaiada Maranhão 1838 1841 Pobres, vaquei-ros, sertanejos e escravos negros Crise pelo declínio da exportação de algodão; pobreza da população Lutar contra a miséria, a escravidão e os maustratos Repressão violenta, morte de cerca de 12 mil revoltosos e reescravizaç ão dos negros revoltosos.

H13 - Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder. (...) Os baianos são letrados e propagam seu ideário pelos jornais. Tentam convencer o povo da justiça de sua causa. E lutam, pode-se dizer, com uma elegância revolucionária clássica se isso existe... Os gaúchos falam para justificar suas ações, as palavras pouco têm a ver com a realidade e, na guerra desprezam tudo que impede a vitória. (...) O Império contra-ataca e vence. (...) incendeia Salvador e joga nas casas em fogo os defensores da república baiana. Muitas vezes armavam fogueiras para queimar vivos os vencidos. CHIAVENATO, Júlio José. As Lutas do Povo Brasileiro: do descobrimento a Canudos, São Paulo: Editora Moderna, 1988, p. 41-44. Os movimentos sociais conhecidos como Revolução Farroupilha e Sabinada marcaram o período da História brasileira conhecida como Regência, ao se comparar as duas podemos inferir: (A) Seu caráter pragmático a Farroupilha, foi em pouco tempo violentamente reprimida e seus líderes mortos. (B) Ambas, caracterizarem-se pela intensa participação popular, influenciando a Cabanagem que chegou a reunir cerca de três mil pessoas do povo. (C) Enquanto a Farroupilha lutava por uma república provisória, a Sabinada lutava contra o excessivo preço do sal que encarecia a seu charque. (D) A Sabinada, não teve uma intensa participação popular, mas foi muito mais nitidamente ideológica, e por sua convicção ideológica, norteadas da Revolução Francesa foi violentamente reprimida mais do que a Farroupilha. (E) A Farroupilha, a de mais longa duração, pode ser explicada pela grande resistência e intensa participação popular financiada pelos estancieiros gaúchos.

O golpe da maioridade (1840) Antecipação da maioridade de D. Pedro de Alcântara; Visava a pacificação interna; A manutenção da unidade territorial brasileira; Poder nas mãos das oligarquias rurais.