Revista. Confira já o que 2013 terá de novidade no universo do automóvel. Entrevista. Hatch da Chevrolet ultrapassa



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Transcrição:

Revista ANO 15 nº82 NOV/DEZ 2012 ANO NOVO, CARROS NOVOS Confira já o que 2013 terá de novidade no universo do automóvel ONIX ASSUME A PONTA Hatch da Chevrolet ultrapassa concorrentes no ranking CAR Group ÓRION TABLET Mobilidade inédita no orçamento do reparo automotivo Entrevista CCR faz gestão da segurança

Um ano muito especial 2012 foi muito importante para mim, na condução dos trabalhos do CESVI BRASIL. Em maio, completei um ano aqui, o que marca um período em que a gente já se sente em casa, conhece a fundo cada detalhe dos estudos e principalmente o potencial do que ainda poderemos fazer pela frente. É com muito orgulho que eu termino esse período como participante e testemunha de grandes realizações do nosso centro de pesquisa. Aprimoramos nosso estudo de reparabilidade, tornando mensal a atualização do CAR Group, que antes era feita uma vez por ano. Desenvolvemos uma nova referência para o mercado, o Índice de Furto, sobre o qual vocês leram aqui mesmo, na edição passada. E outros estudos vieram: sobre a eletrônica embarcada nos automóveis, sobre o reparo de microdanos, sobre ABS, para ficar só nos que receberam destaque de capa na Revista CESVI. Falando nela, foi no começo deste ano que renovamos o projeto da publicação tanto a parte gráfica quanto as matérias, com um foco cada vez mais voltado para o que o leitor quer saber. O resultado é uma leitura ainda mais agradável, unindo sobriedade com visual moderno. A representação perfeita do que é o CESVI em sua essência. Você vai ler nesta edição o que os interessados em automóvel podem esperar desse mundo fascinante em 2013. Mas desta vez não vou me alongar nos comentários sobre o conteúdo desse número. Deixo para as próprias páginas contarem sobre esta edição de fim de ano. Nesta ocasião, prefiro desejar a você, leitor, boas festas e um 2013 em que todas as suas aspirações se tornem realidade concreta. Teremos um ano de muito trabalho pela frente, com diversos estudos previstos. Que você seja sempre o primeiro a saber de tudo, pelas páginas desta publicação. Muito obrigado por ter estado o ano inteiro conosco. Feliz Ano Novo! Almir Fernandes Diretor de operações Diretor-presidente: Wilson Toneto Conselho Editorial: Almir Fernandes, Carolina Circelli e Alexandre Carvalho dos Santos. Tiragem: 4.100 exemplares. Publicidade: Fone: (11) 3948-4814 Editor: Alexandre Carvalho dos Santos (Mtb. 44.252) E-mail: revista@cesvibrasil.com.br acarvalho2802@gmail.com Assinatura e números atrasados: Juliana Sobrinho Fotos: Alexandre Martins Xavier (Mtb. 30.982) e Luciana Ruffato Colaboradores desta edição: Alessandro Rúbio, André Horta, Bruno Henrique Honorato Espindola, Claudemir Rodriguez, Denis Gorgonio Peres, Emerson Feliciano, Estevam Prado Barbosa Silva, Gerson Burin, José Palacio (IQA), Leila Maria de Oliveira Silva, Paulo Roberto Weingärtner Jr. e Willians Araujo. Direção de arte e diagramação: Yes!Brasil Comunicação Henrique Marin, Lucas Hayashi Chinen, Roberto Shintate e Silvana Tai. e Leila Maria de Oliveira Silva. Redação: Av. Amador Aguiar, 700 - City Empresarial Jaraguá CEP 02998-020 - São Paulo, SP Fone: (11) 3948-4800 - Fax (11) 3948-4848 E-mail: revista@cesvibrasil.com.br www.cesvibrasil.com.br

Matéria de capa SEU ANO NOVO, ANTES 6 Carro Ensaios de impacto: Chevrolet Onix 14 24 Reparo Órion, agora em tablet 10 Carro Ótimo custo da cesta básica garante segundo lugar do Toyota Etios no CAR Group 13 Máquinas pop Livro: Cinquenta Carros que Mudaram o Mundo - lição de design 22 Entrevista Renato Caldo e Fausto Camilotti, da CCR ViaOeste, falam de estrutura de segurança nas rodovias 28 tecnologia Estudo sueco mostra que incentivos financeiros e aviso sobre infração fazem o motorista correr menos 30 Perfil do veículo Fatores de risco e uma precificação mais técnica do seguro do automóvel 38 Aval cesvi A lista das empresas e sistemas de rastreamento e bloqueio aprovados pelo CESVI 40 Painel Prêmio CAR Group 2012 42 IQA Certificação de grupos de oficinas Legendas 20 Segurança viária Comportamento agressivo ao volante 34 Antena O que avaliar na escolha do fornecedor de serviços de rastreamento e bloqueio Conteúdo digital Confira video online Fotografia Ilustração Textos

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Ensaios de impacto: Chevrolet Onix Estevam Prado Barbosa Silva e Bruno Henrique Honorato Espindola Mais um campeão de reparabilidade chegou recentemente ao mercado brasileiro. É o Chevrolet Onix, o primeiro modelo derivado do Projeto Onix, um hatchback produzido no recém-ampliado complexo industrial de Gravataí, no Rio Grande do Sul, que atualmente produz Celta e Prisma. Com a queda do Novo C3 para a terceira colocação do ranking (sua classificação mudou de 13 para 17, em função de um aumento no custo das peças), o Onix já começa com Outro campeão na pista do CESVI: o novo hatch da GM teve a melhor classificação do ranking CAR Group por causa de sua estrutura dianteira o pé direito: é o melhor CAR Group entre todos os analisados pelo CESVI, juntamente com o Volkswagen Fox. Além de mandar bem na reparabilidade, o Onix chega com outras inovações tecnológicas: o MyLink, uma plataforma de conectividade que permite ao usuário trazer suas músicas, fotos, vídeos e aplicativos do celular para dentro do veículo, além de fazer ligações telefônicas via Bluetooth. Agora vamos conferir como o veículo se comportou nos ensaios de impacto do CESVI. Quer fazer comparativos entre o CAR Group de diversos modelos de veículos? Acesse: http://migre.me/c1o5e Divulgação 06

Divulgação Impacto dianteiro No estudo CAR Group, o fator que apresenta a maior ponderação é o custo total da reparação dianteira. E o Chevrolet Onix foi o que apresentou o menor custo, o que justifica sua estreia já na primeira posição do ranking. Um dos fatores que mais contribuíram para isso foi a presença de uma travessa frontal com crash-box, para absorver parte da energia de impacto em colisões de baixa velocidade. Um destaque do Onix é que a travessa frontal é fornecida separadamente dos crash-boxes das laterais direita e esquerda. No crash-test feito pelo CESVI, o veículo sofreu danos que exigiram a substituição da travessa e do crash-box do lado esquerdo. Mas, como as peças vêm separadas, o crash-box do lado direito foi preservado o que reduz o custo do reparo. A travessa também permitiu que diversas peças estruturais fossem reparadas apenas com o processo de estiramento a frio, sem necessidade de uma substituição parcial. E tem mais: a montadora oferece um kit de reposição para a fixação do radiador. Como apenas um ponto de fixação foi danificado no teste, o restante do kit foi preservado mais um atenuante para o custo do reparo. Impacto traseiro Já na traseira, os resultados foram diferentes. Sem uma travessa com crash-box para amenizar o impacto, peças estruturais foram atingidas: longarina traseira, painel traseiro, alojamento da lanterna, lateral, assoalho do porta-malas e assoalho do assento do banco traseiro. Apesar da longarina traseira do lado direito ter sido atingida, foi possível repará-la com o estiramento a frio não precisou de substituição parcial. Porém o painel traseiro teve de ser substituído parcialmente, o que elevou o custo da reparação traseira, não apenas pelo valor da peça, mais também pela mão de obra agregada ao serviço. Ainda assim, nem a quantidade de peças atingidas na traseira, nem o custo de mão de obra tiraram a primeira posição do Onix no ranking CAR Group, mais um atenuante para o custo do reparo. Alexandre M. Xavier Revista CESVI 07

CAR GROUP - HATCH COMPACTO POSIÇÃO ATUAL 1 o 2 o 3 o 4 o 5 o MONTADORAS MODELO FOX ONIX HATCH C3 HATCH ETIOS HATCH NOVO C3 HATCH NOVO GOL J3 HATCH CORSA HATCH KA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 13 13 14 14 15 15 15 15 15 15 15 16 16 16 16 16 16 16 17 13 13 13 17 17 17 17 17 18 20 21 21 21 21 21 21 19 20 21 21 21 22 22 22 19 19 20 20 20 20 22 22 Divulgação 6 o 7 o 8 o 9 o 10 o 11 o 12 o CELTA SANDERO CLIO HATCH MARCH 207 HATCH MILLE NOVO UNO PALIO FIRE NOVO PALIO 20 20 22 22 22 23 23 23 20 20 21 22 22 23 23 23 19 19 20 20 20 25 25 27 27 27 27 27 28 28 32 33 35 35 35 35 35 31 31 32 34 34 34 34 34 34 35 36 36 36 36 25 32 35 35 38 39 39 40 41 41 41 41 43 39 39 40 42 42 42 42 45 08 VERSÃO Motor / Posição Construção Cilindrada Nº de válvulas Combustível Potência Torque Taxa de compressão Câmbio Tração Direção Suspensão dianteira Suspensão traseira Freio dianteiro Freio traseiro Altura Largura carroceria sem retrovisores Comprimento Entre-eixos Peso Tanque Porta-malas Pneus e rodas Carroceria N o de portas N o de ocupantes Categoria LS 1.0 8V FLEX 4P FICHA TÉCNICA DO ONIX LT 1.0 8V FLEX 4P Dianteiro / Transversal 4 cilindros em linha 999 cm 3 1.389 cm 3 8 válvulas Gasolina e/ou etanol 78 cv a 6.400 rpm (gasolina) 98 cv a 6.000 rpm (gasolina) 80 cv a 6.400 rpm (etanol) 106 cv a 6.000 rpm (etanol) 9,5 mkgf a 5.200 rpm (gasolina) 13,0 mkgf a 4.800 rpm (gasolina) 9,8 mkgf a 5.200 rpm (etanol) 13,9 mkgf a 4.800 rpm (etanol) 12,6 : 1 12,4 : 1 Manual (5 frente e 1 ré) Dianteira Hidráulica Independente tipo McPherson barra estabilizadora ligada à haste tensora, molas helicoidais com carga lateral linear, amortecedor telescópico pressurizado estrutural. Semi-independente, com eixo torção, sem barra estabilizadora, mola helicoidal com constante elástica linear e amortecedor telescópico pressurizado. Discos ventilados Tambor 1.484 mm 1.705 mm 3.528 mm 2.528 mm 1.012 kg 1.018 kg 1.067kg 54 litros 280 litros 175/65 R14 (aço) 185/65 R15 (aço) 185/65 R15 (liga leve) 185/65 R14 (aço) 185/70 R14 (aço) Monobloco 5 portas 5 lugares Hatch compacto LT 1.4 8V FLEX 4P LTZ 1.4 8V FLEX 4P

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Ensaios de impacto: Toyota Etios Claudemir Rodriguez Ótimo custo da cesta básica de peças garante segunda melhor classificação no ranking CAR Group para o hatch da marca japonesa Este número da revista está com boas surpresas em relação ao CAR Group. O Etios, da Toyota, teve ótimo resultado nos estudos do CESVI e conquistou a segunda melhor classificação de sua categoria e de todo o ranking: 16, numa variável que vai de 10 (a melhor) até 60 (a pior). À sua frente, estão apenas o Chevrolet Onix Hatch (veja matéria nesta edição) e o Volkswagen Fox. O Etios também não decepciona em segurança: mesmo a versão mais básica já sai de série com airbag duplo, enquanto a versão X segunda mais básica traz sistema de frenagem ABS com EBD. Então, que tal conferir como o veículo se comportou nos ensaios de impacto realizados pelo CESVI? É só prosseguir com a leitura. Você conhece os critérios utilizados pelo CESVI na elaboração do ranking CAR Group? Confira aqui: http://migre.me/c1x4o 10 Divulgação

Impacto dianteiro Divulgação Independentemente dos resultados nos impactos dianteiro e traseiro, o estudo apontou que o Toyota Etios Hatch, entre todos os veículos de sua categoria, é o que possui o menor custo da cesta básica de peças. Esses preços competitivos contribuíram para a excelente classificação do veículo no ranking CAR Group. E quanto à estrutura? Os especialistas do CESVI identificaram danos na parte dianteira que poderiam ter sido minimizados, ou até mesmo evitados, caso o carro tivesse crash-box ou pelo menos um absorvedor de impacto. A ausência desses componentes fez com que a longarina dianteira esquerda (região do impacto) recebesse parte da energia do impacto, tendo de ser substituída parcialmente. Nas medições antes e depois do crash-test, constatou-se a necessidade de um estiramento a frio, para que a estrutura do veículo retornasse às suas medidas originais. Também vale destacar no estudo da dianteira que o radiador e o eletroventilador não foram atingidos. O condensador do ar-condicionado teve um dano leve, mas pôde ser reparado. O custo total da reparação dianteira que inclui o preço das peças, os insumos utilizados e os tempos coletados durante os processos de funilaria e pintura foi fator decisivo para o ótimo resultado do Etios. Impacto traseiro Ao contrário do que aconteceu na dianteira, o estudo apontou que o custo total da reparação traseira não foi um fator positivo. Uma grande quantidade de peças foi atingida no impacto, o que resultou em tempos elevados de funilaria e pintura. A ausência de crash-box e de absorvedor de impacto contribuiu para tantas peças afetadas. O lado bom foi que parte dessas peças puderam ser reparadas, como a tampa traseira, a lateral direita, o assoalho do porta-malas, o assoalho do banco traseiro e a caixa de roda direita. Além da necessidade do processo de estiramento a frio, para retorno às medidas estruturais originais, o estudo constatou a necessidade de substituição parcial da longarina traseira direita assim como na dianteira, a peça recebeu parte da energia do impacto. Alexandre M. Xavier Revista CESVI 11

CAR GROUP - HATCH COMPACTO POSIÇÃO ATUAL 1 o 2 o 3 o 4 o 5 o MONTADORAS MODELO FOX ONIX HATCH C3 HATCH ETIOS HATCH NOVO C3 HATCH NOVO GOL J3 HATCH CORSA HATCH KA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 13 13 14 14 15 15 15 15 15 15 15 16 16 16 16 16 16 16 17 13 13 13 17 17 17 17 17 18 20 21 21 21 21 21 21 19 20 21 21 21 22 22 22 19 19 20 20 20 20 22 22 Divulgação 6 o 7 o 8 o 9 o 10 o 11 o 12 o CELTA SANDERO CLIO HATCH MARCH 207 HATCH MILLE NOVO UNO PALIO FIRE NOVO PALIO 20 20 22 22 22 23 23 23 20 20 21 22 22 23 23 23 19 19 20 20 20 25 25 27 27 27 27 27 28 28 32 33 35 35 35 35 35 31 31 32 34 34 34 34 34 34 35 36 36 36 36 25 32 35 35 38 39 39 40 41 41 41 41 43 39 39 40 42 42 42 42 45 VERSÃO 1.3 16V T-FLEX FICHA TÉCNICA DO TOYOTA ETIOS X 1.3 16V T-FLEX XS 1.3 16V T-FLEX XLS 1.5 16V T-FLEX Motor / Posição Construção Cilindrada Nº de válvulas Combustível Potência Torque Câmbio Tração Direção Suspensão dianteira Suspensão traseira Freio dianteiro Freio traseiro Altura Largura carroceria sem retrovisores Comprimento Entre-eixos Peso Tanque Porta-malas Pneus e rodas Carroceria N o de portas N o de ocupantes Categoria Dianteiro / Transversal 4 cilindros em linha 1.329 cm 3 1.496 cm 3 16 válvulas Gasolina e/ou etanol 84 cv a 5.600 rpm (gasolina) 92 cv a 5.600 rpm (G) 90 cv a 5.600 rpm (etanol) 96,5 cv a 5.600 rpm (E) 11,9 mkgf a 3.100 rpm (gasolina) 13,9 mkgf a 3.100 rpm (gasolina) 12,8 mkgf a 3.100 rpm (etanol) 13,9 mkgf a 3.100 rpm (etanol) Manual (5 frente e 1 ré) Dianteira Mecânica Eletroassistida progressiva McPherson McPherson barra estabilizadora Eixo de torção Eixo de torção com barra estabilizadora Discos ventilados Tambor 1.510 mm 1.695 mm 3.777 mm 2.460 mm 915 kg 940 kg 945kg 965 kg 45 litros 270 litros 175/65 R14 (aço) 185/60 R15 (liga leve) Monobloco 5 portas 5 lugares Hatch compacto 12

Obras de arte sobre rodas Livro aponta os 50 carros com design mais revolucionário de todos os tempos Citroën DS, de 1955 Alexandre Carvalho dos Santos O Design Museum, de Londres, é o principal museu do mundo dedicado ao design contemporâneo, e se empenha em demonstrar a riqueza e a importância da criatividade encontrada em todas as formas de design: da arquitetura ao vestuário. E passando pelo desenho de carros também. Para revelar a engenhosidade dos designers de veículos ao longo da história, a instituição publicou o livro Cinquenta Carros que Mudaram o Mundo (Autêntica Editora) destacando os modelos que revolucionaram o design automobilístico e criaram tendências, algumas seguidas até hoje. O primeiro modelo comentado como não poderia deixar de ser é o Ford T, de 1908, primeiro veículo fabricado em uma linha de produção. Ele não tinha muitos dos caprichos dos carros anteriores, mas foi cuidadosamente projetado e, para a época, era relativamente fácil de conduzir, graças à transmissão semiautomática epicíclica. Outra presença obrigatória é a do Volkswagen original popularizado no Brasil como Fusca. O livro revela que os primeiros esboços do carro foram feitos pelo próprio Hitler, que queria um projeto para continuar a motorização do povo alemão, expressando a forte estética modernista do país. O resultado (mérito dos engenheiros, não do nazista) foi uma estrutura de carroceria revolucionária, e também com uma motorização que não dava trabalho. A hegemonia da Alemanha em engenharia eletromecânica significava também que os equipamentos elétricos (motor de arranque, ignição e dínamo) eram excelentes, e assim o Fusca sempre dava partida nas manhãs frias e úmidas. A obra também destaca aspectos inovadores de segurança dos carros. Alguns, inclusive, que não vingaram, como os controles excessivamente sensíveis do Citroën DS, de 1955. O modelo precisava apenas do controle suave da ponta do dedo no volante para evitar que se desviasse para o lado errado da estrada, e um pedal de freio apenas um botão, na verdade tão sensível que parecia um interruptor de liga/desliga. Nem todos os motoristas gostaram da extrema sensibilidade desses controles. E há modelos recentes também. Como o Toyota Prius, de 1997, que provou o compromisso da montadora com a redução de emissões de poluentes. O motor a gasolina só aciona as rodas através do sistema elétrico e, portanto, funciona sempre na velocidade e na energia mais eficientes. Se você quiser saber um pouco da história do design de carros lendários, como a Ferrari 125S, de 1947, o Táxi Austin FX4, de 1956, e até o Mini, de 1959, Cinquenta Carros que Mudaram o Mundo vai fazer bonito na sua estante. O carro que matou a bailarina Reza a lenda que a bailarina americana Isadora Duncan, um mito da dança, morreu em 1927, estrangulada por seu próprio xale, que enroscou numa das rodas de um Bugatti conversível. O livro desmente a história: o estrangulamento ocorreu assim mesmo, é verdade, mas o carro era um Amilcar, outro modelo esportivo da década de 1920. 13

Seu ano novo, antes Alexandre M. Xavier Se a tal profecia sobre o fim do mundo não se concretizar neste mês, você vai ter a chance de conferir as novidades que 2013 reserva para o universo do automóvel. E que você vê antes aqui. Gerson Burin Já fez suas resoluções de Ano Novo? O mercado automotivo já fez as dele. E não são poucas. Em 2013, teremos novidades relacionadas à legislação que existe sobre o automóvel, tecnologias novas e, claro, modelos novinhos em folha chegando às concessionárias. A Revista CESVI usou sua bola de cristal e revela, agora em dezembro, o que você vai ver em 2013. 14

Frota aumenta, de novo Que a frota brasileira está em crescimento, você já sabia. É um fenômeno e talvez explique um pouco das razões de tantos congestionamentos nas grandes cidades por aqui. Outros países, como Estados Unidos e Japão, não apresentarão nos próximos anos um crescimento tão significativo quanto o nosso. Nos anos 2000, tínhamos por aqui uma média de 134 veículos para cada mil habitantes. Em 2025 (olha a bola de cristal indo longe), a previsão é de que esse número praticamente dobre: serão 260 veículos para cada mil pessoas. Segundo a Fenabrave, devemos terminar 2012 com quase 5,8 milhões de emplacamentos no ano uma alta de 3,4% em relação a 2011. Para 2013, a entidade acredita que a alta seja ainda maior, de 3,5%. Ou seja, que o ritmo aquecido dos últimos meses não deve ser compensado com uma ducha de água fria no mercado no ano que vem. Haja espaço para tanto carro... Também teremos novas fábricas no País. A projeção de consolidação de novas montadoras em 2013 é de 5,1% a mais em relação ao que já existe. Os investimentos devem chegar a 1,87 bilhões de reais. Em Pernambuco, a Fiat já está construindo fábrica na cidade de Goiana, com um parque de fornecedores de 15 empresas sistêmicas que serão os fornecedores diretos da montadora, além da construção de um campo de provas. E a Jac Motors pretende construir sua fábrica no Estado da Bahia, em Camaçari. Rumo ao Sul, a General Motors já iniciou a construção de uma fábrica em Joinville, Santa Catarina. Nova tecnologia de frenagem Divulgação Em 2013, é provável que você conheça o sistema de freio AEB (Autonomous Emergency Braking). É um recurso para evitar ou reduzir de forma significativa as colisões traseiras, ou diminuir os danos ao veículo pela redução de velocidade antes do impacto. O sistema usa um recurso sofisticado de detecção de luz, escaneando o que acontece à frente na rodovia. Na Inglaterra, o Ford Fiesta que adotou o sistema teve um desconto de 15% no prêmio do primeiro ano do seguro. O CESVI participou da conferência do RCAR (conselho internacional de centros de pesquisa) este ano, realizado em Dresden, na Alemanha, e o AEB foi citado inúmeras vezes pelos AEB (Autonomous Emergency Braking) especialistas como item importantíssimo para a segurança veicular. Uma estatística realizada nos Estados Unidos aponta que, em perímetros urbanos, 75% dos acidentes acontecem a uma velocidade inferior a 32 km/h. Na Inglaterra, 26% dos acidentes têm a ver com colisões traseiras. Nesse mesmo país, são registradas 6 mil fatalidades e ferimentos por atropelamentos. Todos esses casos poderiam ser reduzidos se existissem mais carros com AEB. Revista CESVI 15

Siniav (o Grande Irmão) Começa em 1º de janeiro a implantação do Siniav (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos) em todo o território nacional. A medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e publicada no Diário Oficial da União. O objetivo deste programa é auxiliar os sistemas de fiscalização das ruas e rodovias, para evitar furtos e roubos, além de documentações atrasadas. O Siniav vai extrair informações das vias para a melhoria do trânsito. O sistema consiste na instalação de um chip, que contém informações referentes ao veículo: placa, ano de fabricação, marca, modelo, combustível e potência. Por meio de um protocolo de comunicação padrão, transmitirá essas informações para os sistemas de antenas de radiofrequência instalados nas vias. As bases de antenas, por sua vez, enviarão informações para uma central, que verifica se aquele veículo tem algum tipo de restrição. Se tiver, a central repassará essas informações para centrais de fiscalização, que efetuarão blitz para a abordagem do veículo. As informações armazenadas no chip serão o registro de chassi, motor, placa e Renavam. Não poderão conter informações pessoais do proprietário, por questões de segurança e sigilo. Para os veículos de passeio, o chip será instalado no para-brisa. Para as motocicletas e carretas, a instalação será feita em locais diferenciados. Além do que ele efetivamente vai fazer, vale a pena conferir o que ele será capaz de fazer. Porque o sistema tem potencial para habilitação de outros serviços, como socorro para casos de emergência e cobrança de pedágio eletrônico caso o proprietário autorize a habilitação. Funcionamento do sistema 1 Antenas serão instaladas nas ruas, e rodovias e veículos ganharão placas eletrônicas para rastreamento. 2 Ao passar por uma antena, velocidade e dados do veículo serão coletados. 3 Dados serão encaminhados para o Denatran e Detran estadual, para verificação. Informações serão redirecionadas para autoridades policiais. 4 Em caso de roubo, irregularidades ou se o veículo não tiver o equipamento, autoridades mais próximas serão comunicadas. Programa Inovar-Auto Também em 2013, um novo regime automotivo entra em vigor no Brasil, dando direito à redução de impostos sobre produtos industrializados (IPI) para as empresas que fabricam e comercializam veículos no território nacional. O Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto) é uma medida adotada pelo Governo Federal com o objetivo de estimular o investimento na indústria automobilística nacional. Estima-se que até 2015 o programa levantará mais de R$ 50 bilhões em investimentos no setor. As montadoras já estão começando a aperfeiçoar seus motores para atender níveis mais rígidos de consumo e emissões de poluentes, e assim terem direito à redução do IPI. Porém, não se espera inicialmente que os motores tenham os mesmos parâmetros de emissões dos similares europeus, norte-americanos ou asiáticos. 16

A contrapartida Para ter direito à redução de imposto, as montadoras precisarão: 1 Investir em pesquisa e desenvolvimento, no mínimo, 0,13% da receita bruta total de venda de bens e serviços. 2 Realizar, no País, investimentos em engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores: 0,5% sobre a receita bruta total de venda de bens e serviços em 2013; de 0,75% em 2014, e de 1% em 2015, 2016 e 2017. 3 Aderir ao Programa de Etiquetagem Veicular definido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e estabelecido pelo Inmetro, com porcentuais mínimos de produtos relacionados a serem etiquetados. Carros novos Chegada do Toyota Prius deve mexer com o mercado brasileiro Várias montadoras terão novidades em 2013. Ninguém quer abdicar da sua fatia de bolo nesse crescimento aparentemente infinito da frota brasileira. Confira o que deve chegar às concessionárias no ano que vem. Janeiro Novo Hyundai i30 Toyota Prius Março Novo Kia Cerato Julho Honda Accord Fevereiro Novo Hyundai Santa Fé Honda Civic 2.0 Abril Honda CR-V Flex Peugeot 208 Sem data certa Chevrolet Tracker Mercedes-Benz Classe A Nissan Altima Novo Citroën C4 Novo Nissan Sentra Divulgação Revista CESVI 17

Licença para matar? Estudo americano descreve o comportamento agressivo ao volante. Saiba identificá-lo e evite arriscar vidas na estrada. A fera pode ser você André Horta Lucas Hayashi Chinen As férias escolares estão chegando, assim como o desejo de aproveitar bem o período de descanso quem sabe viajando com a família para lugares inesquecíveis. A previsão é de tempo bom, só paz e tranquilidade na sua vida. Mas será que é assim mesmo? Depende da forma como você e os outros motoristas na estrada estarão dirigindo. O comportamento ao volante deve se pautar sempre pelo cuidado e responsabilidade pelas vidas humanas que estão dentro do carro ou fora dele. Do mesmo modo que reconhecer e evitar a atitude insegura de outros é fundamental. O comportamento do condutor é fator preponderante na ocorrência de acidentes viários, e o maior perigo aqui está na direção agressiva. O National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) define condução agressiva como: A operação de um veículo motorizado de uma forma que coloque em risco ou seja suscetível de pôr em perigo pessoas ou bens 1. Este conceito surgiu em 1990 nos Estados Unidos para classificar motoristas que se aproximavam excessivamente e não mantinham distância segura de outros veículos, realizavam manobras perigosas (o popular costurar no trânsito ), avanço em sinais de parada obrigatória e não respeitavam a sinalização de dê a preferencia tudo infração de trânsito. Só que o comportamento do motorista pode ir além do erro que caracteriza uma infração, dirigindo com o que os especialistas chamam de road rage. O termo descreve comportamentos extremos de raiva e violência do motorista, como gesticular ofensivamente ou gritar com outro motorista, envolvendo-se em confrontos verbais, agressão física e até assassinato. Para ter uma condução agressiva de fato, é preciso passar dos limites: demonstrar um declínio acentuado de urbanidade e respeito em relação às outras pessoas e às leis de trânsito. 1 Aggressive Driving Enforcement Evaluations of two demonstration programs. National Highway Traffic Safety Administration NHTSA 2004. 20

Infração nem sempre é agressividade Os fatores que contribuem para a condução agressiva são relacionados no estudo da NHTSA e podem provocar um debate útil à compreensão de alguns comportamentos. Confira o que o estudo diz sobre isso: Especialistas têm sugerido muitas razões para os aumentos aparentes na condução agressiva. Sociólogos apontam para a fragmentação da sociedade, a desintegração de valores compartilhados e senso de comunidade como a causa dos atos de desrespeito. Psicólogos tendem a culpar a combinação inebriante do poder e do anonimato fornecida por veículos motorizados. Engenheiros de tráfego tendem a ignorar o comportamento humano, reconhecendo que os acidentes podem ocorrer quando um veículo está viajando à velocidade de projeto de uma estrada (que pode não ser igual à velocidade regulamentada). A solução de engenharia é incentivar todos os motoristas a viajar em velocidades uniformes, mas esta abordagem desconsidera percepções diferentes de condições, intenções e capacidades entre os condutores. Autoridades de trânsito, especialmente os policiais expostos à realidade prática, indicam que vários fatores podem contribuir para a condução agressiva. É importante entender que não são todos os casos de desrespeito à lei que se enquadram dessa forma. Por exemplo, erros na hora de julgar a interceptação de marcha podem resultar em descumprimento de regras; desatenção do motorista pode resultar em falhas ao obedecer aos sinais de trânsito. Mas não são comportamentos agressivos. Além disso, a condução acima do limite de velocidade nem sempre expõe a perigo pessoas ou bens, nem envolve necessariamente uma intenção agressiva. Ou seja, uma parte desconhecida de todos os atos durante a condução é causada por erro humano, em vez de decisões conscientes para assumir riscos e conduzir com agressividade. O que provoca a road rage A figura abaixo ilustra os fatores mais comuns, com exclusão de erro humano, em que se acredita haver contribuição para o aumento na incidência de condução agressiva 2 : Estar atrasado Desconsideração pelas pessoas O ato de dirigir envolve uma combinação única de comportamento público e privado. O motorista dentro do carro pode desenvolver a sensação de isolamento do mundo, confortavelmente instalado e protegido do ambiente exterior ao mesmo tempo em que se desloca por esse mundo hostil. Torna-se um observador do ambiente, em vez de participar dele. Este isolamento, associado ao anonimato proporcionado pelas películas automotivas excessivamente escuras, pode corroer as inibições de comportamento antissocial que normalmente moldam as relações pessoais. Indivíduos se sentem menos constrangidos em seu comportamento quando não podem ser vistos ou reconhecidos. 2 Estudo citado, pág. 4. Tradução livre. Congestionamentos Velocidade Costurar no trânsito Andar colado Desrespeito à sinalização Comportamento patológico Anonimato Desconsideração pela lei Jeckyll e Hyde Encorajado pelo aparentemente poder invencível da máquina, especialmente quando o tamanho se torna documento, o motorista pode ter comportamento extremamente grosseiro e perigoso. Walt Disney retrata magistralmente esta situação no filme Gosto por Motor, de 1953: um desenho animado educativo sobre segurança viária em que o personagem Pateta vive a dicotomia de comportamentos entre o sr. Walker, representando o pedestre, e o sr. Wheeler, o motorista. As maiores contribuições para a melhoria das condições de segurança provêm de esforços na aplicação da lei em particular, na identificação e aplicação de penalidades aos motoristas que não se comportam. Se a aplicação de métodos de divulgação (informação pública eficaz e educação) e fiscalização policial conseguiram reduzir acidentes com motoristas alcoolizados, também podem ser úteis para reduzir a condução agressiva, principalmente nas rodovias. Atente-se para identificar se comportamentos incorretos seus ou dos demais motoristas decorrem de mau conhecimento e interpretação das condições de segurança ou se são intencionalmente agressivos: a tal road rage. Se for o seu caso, pare o carro, tome um suco e peça que outra pessoa dirija. Se a sua agressividade foi direcionada para alguém, é de bom tom pedir desculpas. Agora que você já vai ficar atento ao comportamento agressivo na estrada, confira outras dicas do CESVI para viajar com segurança. E aproveite suas férias! http://migre.me/ce89a Revista CESVI 21