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Transcrição:

Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 113 - Data 3 de agosto de 2016 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO A empresa estrangeira envolvida na organização e realização dos Jogos Olímpicos de 2016, para fins da fruição dos benefícios fiscais de que trata a Lei nº 12.780, de 2013, deve atender às seguintes obrigações acessórias: a) a devida habilitação do interessado perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil, nos termos do disposto na IN RFB nº 1.335, de 26 de 2013; b) o atendimento ao disposto nos arts 2º e 3º da IN RFB nº 1.631, de 2016. Dispositivos Legais: IN RFB nº 1.335, de 2013; IN RFB nº 1.422, de 2013; IN RFB nº 1.631, de 2016; IN RFB nº 1.252, de 2012; IN RFB nº 1.599, de 2015; IN RFB nº 1.587, de 2015; Lei nº 12.780, de 2013. Relatório O XXX requer à RFB que receba a consulta encaminhada pela XXX, através de seu representante legal constituído no Brasil. 2. A consulta propriamente versa nos seguintes termos (ipsis litteris): Em 9 de janeiro de 2013, foi publicada a Lei n 12.780/2013, que concede isenção do pagamento dos tributos federais incidentes sobre as atividades diretamente vinculadas à organização e realização dos Jogos Olímpicos (os "Jogos"). De acordo com a Lei 12.780/13, os entes domiciliados no exterior, cujas atividades estejam relacionadas à organização e à realização dos Jogos, também são beneficiários da isenção dos tributos federais. Neste contexto, cumpre esclarecer que a Consulente, é empresa vinculada ao Comitê Olímpico 1

Fls. 2 Internacional, responsável pela captação e transmissão de todas as imagens dos Jogos. O artigo 3 o da Lei 12.780/13, determina que tais empresas estrangeiras, em virtude da organização e realização dos Jogos, se constituam no Brasil, apenas se forem: (i) comercializar bens e serviços e/ou (ii) contratar pessoas físicas, ainda que para a organização ou realização dos Jogos; afim de se tornarem elegíveis às isenções concedidas na mencionada Lei. Ocorre que, em razão da complexidade relacionada à constituição e à desmobilização de empresas no Brasil, o cumprimento do artigo 3 o da lei 12.780/13 torna-se praticamente impossível à Consulente, sobretudo considerando o curto espaço de tempo em que tais serviços serão prestados, não justificando a constituição de empresa no Brasil. Diante desse cenário, a lei 13.161, de 31 de agosto de 2015, incluiu o Parágrafo Segundo ao Artigo 3 o da lei 12.780/2013, eliminando a necessidade da Consulente se constituir no Brasil, facilitando, assim, sua operação para os Jogos. Não obstante, o Parágrafo Segundo, do artigo 3 da Lei 12.780/2013 cria uma exceção para que a Consulente preste serviços de captação e transferência de imagens, comercialize e contrate pessoas, cumpra as formalidades de se estabelecer no Brasil, exclusivamente o cadastro da Consulente perante a Administração Tributária nas esferas Federal, Estadual e Municipal, conforme: " 2 O estabelecimento no Brasil da pessoa jurídica domiciliada no exterior contratada pelo Rio 2016 para prestar serviços de captação e transmissão de imagens de televisão dos Eventos de que trata esta Lei será realizado exclusivamente por meio de cadastro perante as administrações tributárias federal, estadual e municipal, nos termos por elas estabelecidos." A Instrução Normativa 1.335, de 26 de fevereiro de 2013, promulgada com o objetivo de regulamentar o procedimento de habilitação das empresas beneficiárias da isenção federal, estabelece, em seu art. 4 o, os procedimentos para habilitação e gozo dos benefícios fiscais referentes à realização dos Jogos no Brasil a nível Federal. Neste contexto, a Secretaria da Receita Federal ao realizar a habilitação das empresas beneficiárias, emite o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ - específico para empresas domiciliadas no exterior, denominado de "CNPJ fast track". Por todo o exposto, entende a Consulente que o "CNPJ Fast Track" emitido pela Secretaria da Receita Federal faz as vezes de cadastro em nível federal mencionado no artigo 3 o, Parágrafo segundo, da Lei 12.780/13, necessário para viabilização de suas operações em nível federal. Assim, a Consulente XXX, vem, por meio da presente: 1 - consultar esta conceituada Instituição se o entendimento acima demonstrado está correto, no sentido de que o CNPJ emitido para as empresas domiciliadas no exterior "CNPJ Fast Track" cumpre o papel de cadastro da Consulente em nível federal, na forma do disposto no artigo 3 o, Parágrafo 2 da Lei 12.780/13; 2

Fls. 3 2 - requerer orientação a fim de esclarecer se, além do cadastro acima mencionado, existem outras obrigações acessórias relacionadas às atividades da Consulente, enquanto empresa estrangeira envolvida na organização e realização dos Jogos. Fundamentos 3. O objetivo do processo de consulta é dar segurança jurídica ao sujeito passivo que apresenta à Administração Pública dúvida sobre dispositivo da legislação tributária aplicável a fato determinado de sua atividade, propiciando-lhe correto cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, de forma a evitar eventuais sanções. Constitui, assim, instrumento à disposição do contribuinte para lhe possibilitar acesso à interpretação dada pela Fazenda Pública a um fato determinado. 4. A consulta, corretamente formulada nos termos dos requisitos do art. 3º da IN RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013, mormente com a devida indicação dos dispositivos da legislação tributária e aduaneira que ensejaram a apresentação da consulta, bem como dos fatos aos quais será aplicada a interpretação solicitada, configura consulta eficaz, a qual produz efeitos legais, como a proibição de se instaurar procedimentos fiscais contra o interessado e a não aplicação de multa ou juros de mora relativamente à matéria consultada desde a data de apresentação da consulta até o trigésimo dia subsequente à ciência da Solução da Consulta. 5. A Solução de Consulta não se presta a verificar a exatidão dos fatos apresentados pelo interessado, uma vez que se limita a apresentar a interpretação da legislação tributária conferida a tais fatos, partindo da premissa de que há conformidade entre os fatos narrados e a realidade factual. Nesse sentido, não convalida nem invalida quaisquer informações, interpretações, ações ou classificações fiscais procedidas pela consulente e não gera qualquer efeito caso se constate, a qualquer tempo, que não foram descritos, adequadamente, os fatos, aos quais, em tese, se aplica a Solução de Consulta. 6. Os processos administrativos de consulta sobre interpretação da legislação tributária relativos aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil são atualmente disciplinados pela Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. A Solução de Consulta, nos termos da referida Instrução Normativa, tem efeito vinculante no âmbito da RFB, a partir da data de sua publicação, e respalda o sujeito passivo que as aplicar, independentemente de ser o consulente, desde que se enquadre na hipótese por ela abrangida, sem prejuízo de que a autoridade fiscal, em procedimento de fiscalização, verifique seu efetivo enquadramento. 7. No caso da presente consulta, por meio de despacho em processo da lavra da SEORT/IRF/RJ, foram considerados atendidos os requisitos previstos no art. 3º da IN RFB nº 1.396, de 2013. Feitas estas considerações, passa-se, a seguir, à solução da presente consulta. 8. Em relação ao primeiro questionamento da interessada, tem-se a informar que, de acordo com o art. 3º da Lei nº 12.780, de 9 de janeiro de 2013, para gozar dos benefícios tributários ali descritos, as entidades, dentre as especificadas, que comercializem, no Brasil, produtos e serviços ou que contratem pessoas físicas, com ou sem vínculo empregatício, devem se estabelecer no Brasil. Pela lógica reversa, pessoas jurídicas que não comercializem, no Brasil, produtos e serviços e que não contratem pessoas físicas não estariam obrigadas a estabelecer-se no Brasil. 3

Fls. 4 Art. 3º Para gozar dos benefícios tributários referidos nesta Lei, o CIO, as empresas vinculadas ao CIO, o CAS, a WADA, os Comitês Olímpicos Nacionais, as federações desportivas internacionais, as empresas de mídia e transmissores credenciados, os patrocinadores dos Jogos, os prestadores de serviços do CIO e os prestadores de serviços do RIO 2016 devem estabelecerse no Brasil caso efetuem, ainda que somente para organização ou realização dos Jogos, uma das seguintes atividades: I - comercialização, realizada no Brasil, de produtos e serviços; ou II - contratação de pessoas físicas, com ou sem vínculo empregatício. Parágrafo único. O Poder Executivo poderá dispor sobre procedimentos diferenciados e simplificados para o estabelecimento no Brasil das pessoas jurídicas tratadas no caput. 1º Para fins do disposto nesta Lei, a atuação das pessoas jurídicas de que trata o caput no Brasil em atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos não configura estabelecimento permanente. (Incluído pela Lei nº 13.161, de 2015) 2º O estabelecimento no Brasil da pessoa jurídica domiciliada no exterior contratada pelo Rio 2016 para prestar serviços de captação e transmissão de imagens de televisão dos Eventos de que trata esta Lei será realizado exclusivamente por meio de cadastro perante as administrações tributárias federal, estadual e municipal, nos termos por elas estabelecidos. (Incluído pela Lei nº 13.161, de 2015) 3º As pessoas jurídicas de que tratam o 2º deste artigo e os incisos I a VI do 2º do art. 4º, domiciliadas no exterior, ficam dispensadas da apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, quando não houver a contratação de pessoas físicas, com ou sem vínculo empregatício. (Incluído pela Lei nº 13.161, de 2015) 4º O Poder Executivo poderá dispor sobre procedimentos diferenciados e simplificados para o estabelecimento no Brasil das pessoas jurídicas tratadas no caput. (Incluído pela Lei nº 13.161, de 2015) 9. A Instrução Normativa RFB nº 1.335, de 26 de fevereiro de 2013, estabelece procedimentos para habilitação ao gozo dos benefícios fiscais de que trata a Lei nº 12.780, de 2013. O art. 4º da Instrução Normativa citada regulamenta a habilitação de pessoas jurídicas domiciliadas no exterior: Art. 4º A habilitação de pessoas jurídicas domiciliadas no exterior para gozo dos benefícios fiscais previstos na Lei nº 12.780, de 2013, nos casos em que não seja prevista a obrigatoriedade de estabelecimento no País nos termos do art. 3º, será condicionada: I - à indicação de representante, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), para resolver quaisquer questões e receber comunicações oficiais; e II - à inscrição, da pessoa jurídica a ser habilitada, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). 1º O representante a que se refere o inciso I do caput deverá ser domiciliado no Brasil e ter sua indicação efetuada por meio de procuração, cuja cópia autenticada deverá ser anexada ao requerimento de habilitação, observado ainda que: 4

Fls. 5 I - a procuração particular outorgada no Brasil deverá ter reconhecimento de firma do signatário; II - a procuração outorgada em outro país deverá ser autenticada por repartição consular brasileira e estar acompanhada de sua tradução juramentada, caso não esteja em língua portuguesa. 2º Em relação aos Comitês Olímpicos Nacionais e Federações Desportivas Internacionais, a indicação do representante, a que se refere o inciso I do caput, quando recair sobre o dirigente da entidade, informado pelo COI ou RIO 2016, hipótese em que a inscrição dele, de ofício no CPF, caso já não esteja inscrito, será efetuada pela Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) do domicílio tributário do COI ou do RIO 2016 no Brasil, dispensa, neste caso, a procuração a que se refere o 1º. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1430, de 24 de dezembro de 2013) 3º A inscrição do CNPJ a que se refere o inciso II do caput será realizada de ofício pela DRF do domicílio tributário da requerente, observando-se o seguinte: I - o nome empresarial deverá corresponder ao nome da entidade no seu país de origem acrescido da expressão Lei nº 12.780/2013 ; II - a natureza jurídica deverá ser 221-6 (Empresa Domiciliada no Exterior); III - o endereço deverá corresponder àquele constante do requerimento de habilitação; IV - o representante da entidade no CNPJ deverá ser aquele de que trata o inciso I do caput, observado o disposto nos 1º e 2º. 10. Ademais, para as pessoas jurídicas domiciliadas no exterior contratadas pelo Rio 2016 para prestar serviços de captação e transmissão de imagens de televisão, o estabelecimento no Brasil será feito exclusivamente por meio de cadastro perante as administrações tributárias federal, estadual e municipal, conforme 2º do art. 3º da Lei nº 12.780, de 2013, supratranscrito. 11. Desta sorte, estando a pessoa jurídica contratada pelo Rio 2016 para prestar serviços de captação e transmissão de imagens de televisão do evento desobrigada a estabelecer-se no Brasil e não tendo optado por esse estabelecimento, a habilitação para o gozo dos benefícios da Lei nº 12.780, de 2013, deve ser efetuada na forma preceituada pela IN RFB nº 1.335, de 2013, sendo essa habilitação necessária e suficiente enquanto cadastramento perante a administração tributária federal, porém, com isso a pessoa jurídica não se desincumbe de outras obrigações, como adiante será exposto. 12. Quanto ao segundo questionamento, relacionam-se a seguir as obrigações acessórias afetas às atividades da Consulente, enquanto empresa estrangeira envolvida na organização e realização dos Jogos, para fins da fruição dos benefícios fiscais de que trata a Lei nº 12.780, de 2013: 12.1. A devida habilitação do interessado perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil, nos termos do disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.335, de 2013 (observe-se que a interessada encontra-se já habilitada, nos termos do que consta do e-dossiê nº XXX); 5

Fls. 6 12.2. O atendimento ao disposto no art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.631, de 22 de abril de 2016 (Escrituração Fiscal Digital ECF); 12.3. O atendimento ao disposto no art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.631, de 2016; para esta avaliação objetiva verificar a situação factual da interessada em relação aos regramentos e instruções normativas que regem a entrega das declarações mencionadas no referido art. 2º, quais sejam: a) Lei nº 12.780, de 2013, art. 3º, 3º - GFIP; b) Instrução Normativa RFB Nº 1.252, de 01 de março de 2012 EFD Contribuições; c) Instrução Normativa RFB Nº 1.587, de 15 de setembro de 2015 DIRF; d) Instrução Normativa RFB Nº 1.599, de 11 de dezembro de 2015 DCTF; e) Instrução Normativa RFB Nº 1.422, de 19 de dezembro de 2013 ECF. Conclusão 13. A pessoa jurídica domiciliada no exterior envolvida na organização e realização dos Jogos Olímpicos de 2016 para fins da fruição dos benefícios fiscais de que trata a Lei nº 12.780, de 2013, que esteja desobrigada a estabelecer-se no Brasil, deve efetuar a devida habilitação do interessado perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil, nos termos do disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.335, de 26 de fevereiro de 2013, sendo esta habilitação necesária e suficiente como cadastramento em âmbito federal, conforme descrito no 2º do art. 3º da Lei nº 12.780, de 2013; 14. Além do atendimento ao disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.335, de 26 de fevereiro de 2013, deve-se observar os arts 2º e 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.631, de 22 de abril 2016. ALEXANDRE SERRA BARRETO Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil RODRIGO AMORIM FERREIRA Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil De acordo. Encaminhe-se às Coordenadoras da Cotir e da Copen. FABIO CEMBRANEL Auditor-Fiscal da RFB Chefe da Dirpj EDUARDO GABRIEL DE GÓES VIEIRA FERREIRA FOGAÇA Auditor-Fiscal da RFB Chefe da Dinog 6

Fls. 7 De acordo. Encaminhe-se ao Coordenador-Geral de Tributação. CLÁUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA Auditora-Fiscal da RFB Coordenadora da Cotir. MIRZA MENDES REIS Auditora-Fiscal da RFB Coordenadora da Copen. Ordem de Intimação Aprovo a Solução de Consulta. Divulgue-se e publique-se nos termos do art. 27 da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. Dê-se ciência à consulente. assinado Digitalmente FERNANDO MOMBELLI Auditor-Fiscal da RFB Coordenador-Geral da 7