Declaração sobre Integridade Científica e Boas Práticas em Pesquisa

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Transcrição:

Declaração sobre Integridade Científica e Boas Práticas em Pesquisa do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM/UFRJ) O Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, desde a sua concepção, cultiva uma característica bastante particular: fazer, pensar, divulgar a ciência e promover uma cultura científica. Esse comprometimento está refletido nas mais diversas atuações do Instituto nas áreas de pesquisa, ensino e extensão. Destacam-se as contribuições de pesquisa que promovem o avanço do conhecimento científico, a formação de jovens talentos para a pesquisa, a formação de professores e outros profissionais, com foco na educação, gestão e difusão da ciência, e as ações para aproximar a ciência e a sociedade. É natural que um Instituto com essas características também dê atenção especial aos princípios éticos na condução e publicação de suas pesquisas. O IBqM portanto compartilha fortemente a ideia de que a responsabilização nas atividades científicas e a confiança pública nos resultados de pesquisa são hoje percebidas como parte dos desafios éticos mais atuais na ciência contemporânea e de que a conduta responsável em todas as etapas da pesquisa, desde a sua concepção até a comunicação dos resultados, é um fator indissociável da qualidade da ciência [1]. Dessa forma, a condução de pesquisas, incluindo aquela em humanos e/ou animais, e todas as demais atividades acadêmico-científicas do IBqM se dão em consonância com normas locais e internacionais estabelecidas. Entretanto, o IBqM vem, ao longo dos anos, compartilhando o sentimento crescente na comunidade científica mundial, de que a ética e a integridade científicas não se restringem apenas ao cumprimento de normas estabelecidas. A conduta responsável em pesquisa deve refletir uma atitude crítica da comunidade acadêmica sobre os aspectos éticos envolvidos nas rotinas de experimentação, colaboração, orientação, revisão e comunicação de resultados e em eventuais conflitos no ambiente acadêmico. Embora a conduta responsável em pesquisa seja naturalmente esperada, ela deve ser constantemente discutida e revisitada, particularmente diante do cenário de transformações que a própria ciência vem experimentando 1

[2,3,4]. O IBqM está atento a essas transformações e considera que este é um momento em que devemos revisitar: a formação ética de jovens pesquisadores (incluindo alunos de graduação e pós-graduação); a adesão a padrões éticos da pesquisa em humanos e/ou em animais; a gestão responsável dos protocolos, procedimentos e dados de pesquisa nos laboratórios do IBqM e em projetos colaborativos com grupos de pesquisa locais e internacionais; a resposta adequada aos conflitos de interesse no planejamento, condução, revisão e comunicação da ciência em projetos de pesquisa, dissertações, teses, publicações diversas e na participação em comissões julgadoras internas ou externas ao IBqM; a atribuição de autoria científica e a responsabilidade autoral nas pesquisas conduzidas nos laboratórios do IBqM e em projetos colaborativos com grupos de pesquisa locais e internacionais; o devido crédito às ideias, criações, resultados de pesquisa e produções intelectuais de colaboradores e de terceiros; o compromisso com o público, incluindo os sujeitos de pesquisa, no que tange os benefícios da pesquisa e divulgação dos resultados; a responsabilidade dos pesquisadores com órgãos financiadores. O IBqM considera que os princípios da integridade científica se aplicam à todas as atividades acadêmicas e pesquisas conduzidas no Instituto, sejam essas financiadas por órgãos públicos, por empresas, pelos própios pesquisadores ou em trabalhos de consultoria. Também considera que tais princípios se aplicam aos pesquisadores novos e experientes, aos alunos, aos técnicos de laboratório e, de uma forma 2

geral, a TODOS da comunidade do IBqM que participam do processo de geração de conhecimento. O IBqM, portanto, reitera, nesta declaração, os princípios de integridade científica e conduta responsável em pesquisa estabelecidos pela Declaração de Cingapura [5], pelas Diretivas do CNPq sobre Integridade na Pesquisa [6], pelo Código de Boas Práticas Científicas da FAPESP [7] e pela Declaração Conjunta sobre Integridade em Pesquisa do II BRISPE [1]. Entretanto, ao estabelecer um diálogo entre esses princípios e diretrizes éticas, o IBqM ressalta que para os membros que integram sua comunidade é de particular relevância 1. cultivar a noção de accountability [responsabilização] em todas as etapas de suas pesquisas, desde o momento da proposição de seus projetos. 2. utilizar métodos de pesquisa apropriados para a condução da pesquisa e tratamento dos dados coletados, reduzindo ao máximo vieses que podem comprometer a confiabilidade dos resultados. 3. proceder de acordo com normas éticas locais e internacionais que regulamentam a pesquisa em seres humanos e animais e segui-las, desde o planejamento, até a comunicação dos resultados. 4. descrever seus métodos e resultados com clareza e com o detalhamento necessário para viabilizar o escrutínio dos pares e maximizar as possibilidades de reprodutibilidade dos resultados. 5. compartilhar seus dados de pesquisa com os pares e o público, após assegurar a prioridade de uma dada descoberta e/ou propriedade intelectual. 6. assumir plena responsabilidade pelas suas contribuições à pesquisa, sejam essas individuais ou colaborativas, independente da posição que ocupam na hierarquia autoral em projetos e publicações acadêmicas. 7. utilizar critérios de autoria claros e transparentes, em consonância com as mais atuais políticas editoriais e de órgãos de fomento, em projetos colaborativos locais e internacionais de forma a promover a justiça e reduzir possíveis conflitos. 3

8. [especialmente os orientadores e líderes de grupos de pesquisa] cultivar a responsabilidade autoral entre seus alunos e técnicos e fomentar uma cultura de reconhecimento ( acknowledgments ) às contribuições que não se caracterizam como autoria científica, de acordo com as orientações de boas práticas de pesquisa mais atuais, que incluem as já citadas neste documento. 9. [especialmente os orientadores e líderes de grupos de pesquisa] promover e sustentar ambientes de pesquisa em seus laboratórios, e demais locais de atuação, que incentivem a colaboração científica e a integridade na pesquisa, com especial atenção aos alunos de graduação e pós-graduação. 10. [especialmente para os que participam de comissões julgadoras, sejam essas para a revisão de manuscritos, seleção de projetos e/ou de candidatos] assegurar que possíveis conflitos de interesse (comerciais ou de qualquer outra natureza) sejam, senão eliminados, devidamente gerenciados de forma que o rigor científico seja maximizado. 11. preservar uma postura cuidadosa ao comunicar seus achados de pesquisa para o público, não emitindo opiniões pessoais como se fossem fatos e esclarecendo, sempre que necessário, os limites de aplicação desses achados. 12. prever e minimizar possíveis riscos - ao ambiente e/ou aos sujeitos (participantes) de suas pesquisas - inerentes à condução de seus projetos. 13. manter registro adequado dos protocolos e demais procedimentos na condução de suas pesquisas e compartilhar esses protocolos e procedimentos sempre que solicitados, uma vez sendo essa solicitação parte da rotina de pesquisa dos laboratórios. Finalmente, para os membros da comunidade acadêmica do IBqM, também é de particular relevância que cada autor assuma sua parcela de responsabilidade por erros eventualmente identificados em projetos, dissertações, teses e publicações acadêmicas, nos quais tenha participado. Em consonância com essa conduta responsável, eventuais retractions [retratações/cancelamentos] de publicações de autoria de membros do IBqM devem ser esclarecidas à comunidade do Instituto, sendo as razões tornadas públicas no seu Portal. 4

Referências: 1- Declaração Conjunta sobre Integridade em Pesquisa do II BRISPE [Joint Statement on Research Integrity of the II Brazilian Meeting on Research Integrity Science and Publication Ethics, II BRISPE], 2012. http://www.iibrispe.coppe.ufrj.br/images/iibrispe/joinstatement/jointstat ementonresearchintegrity_iibrispe_2012_english.pdf 2- Collins FS & Tabak LA. NIH plans to enhance reproducibility. Nature, 505, 2014. 3- Retraction Blues. Nature Medicine, 19: 1547-1548, 2013. 4- Wager E & Kleinert S on behalf of COPE [Committee on Publication Ethics] Council. Cooperation between research institutions and journals on research integrity cases: guidance from the Committee on Publication Ethics (COPE), 2012. www.publicationethics.org 5- The Singapore Statement on Research Integrity, 2010. http://www.singaporestatement.org/statement.html 6- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico [Brazilian National Research Council for Scientific and Technological Development](CNPq). Brasilia, 2011. http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizes 7- Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo [São Paulo Research Foundation] (FAPESP). Código de Boas Práticas Científicas. São Paulo, 2011. http://www.fapesp.br/boaspraticas/codigo_050911.pdf Esta declaração foi aprovada em 13 de agosto de 2014 no Conselho Deliberativo do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM/UFRJ) e constitui-se como documento de referência do IBqM sobre Integridade Científica e Conduta Responsável em Pesquisa. 5