Eficiência na aeração de grãos durante a armazenagem

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Transcrição:

Eficiência na aeração de grãos durante a armazenagem Moacir Cardoso Elias 1, Maurício de Oliveira 2, Rafael de Almeida Schiavon 2, Diego Batista Zeni 3, Daniel Rutz 4, Ricardo Scherer Pohndorf 5 PALESTRA Laboratório de Pós-Colheita, Industrialização e Qualidade de Grãos, Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial, Faculdade de Agronomia, Universidade Federal de Pelotas, CP. 354. 96010-900 Capão do Leão, RS. www.labgraos.com.br 1 Eng. Agrônomo, Professor Dr. (eliasmc@ufpel.tche.br); 2 Eng. Agrônomo, Aluno de Doutorado; 3 Eng. Agrícola, Aluno de Doutorado; 4 Eng. Agrônomo, Aluno de Mestrado; 5 Eng. Agrícola, Aluno de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Agroindustrial. Introdução Sob o ponto de vista operacional, a aeração pode ser definida como a prática de se ventilar os grãos com fluxo de ar cientificamente dimensionado, para promover a redução e a uniformização da temperatura na massa de grãos armazenados, visando uma boa conservação, pela redução das atividades metabólicas dos próprios grãos e dos organismos associados. Num silo ou num armazém, os grãos são os principais componentes de um ecossistema (Figura 1) dinâmico, em constante transformação, cujas interações químicas, físicas e biológicas promovem alterações quantitativas e qualitativas, gerando deteriorações e outras perdas. Roedores, insetos, ácaros e microrganismos, por exemplo, são fatores bióticos de deterioração; esses, por sua vez, são influenciados por fatores abióticos, como temperatura, umidade, pressão, entalpia, sistema de circulação do ar, integridade dos grãos, entre outros. Tanto os fatores abióticos como os bióticos interferem na ação enzimática no ecossistema de armazenagem, influindo diretamente no metabolismo dos grãos e na sua conservação. Propriedades dos grãos, como porosidade, higroscopicidade e condutibilidade térmica têm grande importância na aeração. O fato de os grãos constituírem uma massa não compacta, porosa, possibilita a passagem do ar entre eles com trocas constantes de umidade e calor, em função também das propriedades do ar. Além da porosidade interna, na massa de grãos há um percentual de poros entre eles, os intergranulares, ou vazios intersticiais, por onde o ar circula. Além da aeração, outras formas de se promover a ventilação dos grãos são a transilagem e a intra-silagem. Na primeira, há transferência total, sendo todos os grãos de um silo removidos para outro, ou de uma célula para outra, no caso de armazéns graneleiros septados; na segunda há movimentação parcial, através da passagem pelo elevador de parte dos grãos, com retorno para o mesmo silo ou a mesma célula. Na aeração, o ar passa, forçadamente, pela massa de grãos, com auxílio de ventilador ou exaustor, dependendo do sistema, enquanto na transilagem e na intra-silagem são os grãos que passam pela massa de ar, com auxílio do elevador. 39

Figura 1. Ecossistema no armazenamento. FONTE: adaptado de Sinha & Muir (1973). Dispositivos legais no Brasil A Instrução Normativa 03, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, publicada no Diário Oficial da União em 18/01/2010, em vista dos termos da Lei 9.973 de 29/05/2000 e do Decreto 3.855, de 3/07/2001, que a regulamenta, estabelece o que segue: As unidades armazenadoras para produtos a granel, em nível de fazenda, coletoras e intermediárias, devem ser dotadas de sistema de aeração, em condições operacionais adequadas. Para as unidades armazenadoras terminais o sistema de aeração é recomendado. As estruturas de armazenagem do tipo vertical devem ser dotadas de sistema de aeração com fluxo de ar de, no mínimo, 0,05 metro cúbico por minuto, para cada tonelada de capacidade estática. Nas estruturas horizontais a vazão específica mínima deve ser de 0,1 metro cúbico por minuto, para cada tonelada de capacidade estática. A vazão estabelecida deve ser observada levando-se em consideração, no caso de graneleiros, cada septo ou compartimento. 40

Não é necessário que as unidades armazenadoras que trabalhem exclusivamente com açúcar sejam dotadas de sistema de aeração. Toda unidade armazenadora, cuja construção ou ampliação se iniciar a partir da publicação no DOU da IN 12/2009, em 12/05/2009, deve possuir o sistema de aeração. Para as unidades já existentes haverá um prazo de até cinco anos a contar da mesma data para a instalação ou adequação deste sistema. As unidades armazenadoras a serem implantadas a partir da publicação no DOU, da IN n.º 12/ 2009, de 12/05/2009, devem manter cópia do projeto de aeração disponível. O sistema de aeração pode ser dotado de motores móveis, desde que sejam obedecidas as vazões anteriormente especificadas. Não se configura como não conformidade a existência do sistema de aeração em unidades armazenadoras terminais que não obedeça à vazão estabelecida para as unidades dos demais níveis. Interações entre ar e grãos No armazenamento, os grãos permanecem em constantes trocas de água e calor com o ambiente que os circunda, através dos espaços intergranulares e do ar que entre eles circula. Essas trocas são dinâmicas e contínuas até o limite da obtenção do equilíbrio higroscópio, quando as pressões de vapor se igualam. A pressão de vapor do ar é diretamente proporcional à temperatura absoluta em que é medida e à quantidade de água que contém. Toda substância que contém água apresenta pressão de vapor. Quanto maior for a umidade, maior será a pressão de vapor, e essa tem relação direta com a atividade de água, que por sua vez é diretamente proporcional à umidade relativa do ambiente, a qual também depende da temperatura. A atividade de água dos grãos é numericamente igual ao centésimo da umidade relativa do ar em que ele entra em equilíbrio higroscópico. Se a aeração for efetuada com ar em temperatura maior do que o equilíbrio térmico dos grãos haverá seu aquecimento. O aumento de temperatura do ar provoca diminuição de sua umidade relativa (a absoluta permanece constante) e, em consequência, aumento de sua capacidade de absorver água. Elevada umidade dos grãos e alta temperatura do ar, mesmo em equilíbrio higroscópico, aumentam o metabolismo de grãos, pragas e microrganismos. Para o desenvolvimento microbiano, o grau crítico de umidade dos grãos é 14%. Para o de insetos e ácaros se situa entre 8 e 10%. A disponibilidade de oxigênio intensifica a respiração dos grãos e favorece a atividade metabólica dos organismos aeróbios. Em ambientes com menos de 4% de O 2 os insetos adultos não sobrevivem, mas persistem outras formas. Menos de 1% é letal para todas as formas, do ovo ao adulto. Em baixas concentrações de oxigênio, organismos anaeróbios e facultativos são favorecidos, por isso os grãos devem ser secos e limpos antes do armazenamento, qualquer que seja o sistema, mesmo se hermético. 41

Como os grãos são maus condutores de calor, a propagação por condução numa massa de grãos é pequena. Se ocorrer aquecimento no armazenamento a causa mais provável é o metabolismo de grãos e/ou de organismos associados, e a menos provável é a decorrente da variação ambiental. Em dias ou em horas de temperaturas mais elevadas a parede e a cobertura do silo recebem calor e se aquecem, aquecendo os grãos e o ar próximos da parede. Se esse aquecimento atingir 13 ºC, em média, a temperatura dentro do silo, a uma distância de 25 cm da parede, terá um diferencial de 0,7 ºC. Isso significa que 25 cm de grãos são capazes de isolar 12,3 em cada 13 ºC. A formação de correntes convectivas (Figura 2) é uma das consequências mais importantes da condutibilidade térmica no armazenamento dos grãos em estruturas metálicas. (A) Temperatura externa menor Condensação no terço superior (B) Temperatura externa maior Condensação no terço inferior Figura 2. Correntes convectivas e transferências de calor e água no interior dos silos. Quando a temperatura externa ao silo é menor do que no interior (Figura 2A), como ocorre em dias frios e nas horas mais frias do dia, se resfriam mais os grãos próximos às paredes. Assim, o ar intersticial próximo da parede também se resfria, aumentando sua densidade e formando correntes convectivas descendentes de ar menos aquecido junto da parede, criando um gradiente térmico e fazendo com que sejam formadas correntes convectivas ascendentes de ar mais aquecido nas regiões mais internas do silo. De forma análoga, quando a temperatura externa for mais alta (Figura 2B) o ar próximo à parede do silo se aquece, formando correntes convectivas ascendentes pela redução da densidade, gerando correntes descendentes do ar que circula nos espaços intergranulares da região mais interna do silo. Forma-se, assim, uma região de condensação nos locais mais frios na base do silo se o ar atingir o ponto de orvalho. Em clima temperado, esses fenômenos são mais pronunciados entre as estações do ano, mas 42

também ocorrem todos os dias, pelos gradientes térmicos entre os dias e as noites. O acúmulo de água na parte superior do silo aumenta as possibilidades de saturação do ar, havendo condensação ao haver quedas de temperatura e ser atingido o ponto de orvalho. Isso favorece o desenvolvimento microbiano, pois os fungos são beneficiados pelo aumento da umidade da periferia dos grãos. Ao circular no interior do silo quando passa por regiões mais quentes o ar insaturado absorve calor e tem sua entalpia aumentada, diminuindo sua umidade relativa e aumentando sua capacidade de troca de energia térmica pelas moléculas de água dos grãos por onde passam. Depois de certo tempo, ao centro do terço inferior do silo ocorre condensação da água no ponto de orvalho do ar e em temperaturas abaixo dele. Os grãos localizados nesta região se umedecem, havendo deterioração. Uma das maiores dificuldades causadas pela condensação é a remoção do ar saturado da parte superior dos silos. Há equipamentos auxiliares de aeração que executam adequadamente essa tarefa. Eles não substituem a aeração, pois não são construídos nem dimensionados para atuar em sistemas de elevadas pressões estáticas, mas a complementam bem. Em função da estrutura de construção dos silos, as exposições ao sol na cobertura (muitos armazenistas denominam chapéu) e nas paredes são diferentes. Nas paredes o lado exposto ao sol pela manhã fica à sombra durante a tarde, mas na cobertura isso não acontece, pois não há sombra, havendo nela aquecimento muito maior do que nas paredes, gerando a necessidade de ser deixado um espaço mínimo de 1,20 a 1,50 m sem grãos entre a parte superior da carga e a cobertura. É um espaço de manejo operacional mas é, principalmente, um amortecedor térmico. Termometria Se a aeração tem por objetivo assegurar uma boa conservação do grão através do resfriamento e manutenção da temperatura em níveis adequados, a termometria é o meio utilizado para medir esta temperatura. Isto é feito através de uma rede de sensores dispostos estrategicamente na massa de grãos. Atualmente, dois tipos de sensores (termômetros) são mais comumente utilizados: o termopar e o termistor. Estes sensores são na verdade transdutores, ou seja, sensores cuja variação de uma grandeza elétrica se dá de forma, aproximadamente, proporcional à variação de temperatura. O termopar gera uma diferença de potencial (ddp) quando existe uma diferença de temperatura entre duas junções enquanto que o termistor varia a resistência. Embora o termistor tenha uma precisão maior, grande parte das instalações armazenadoras que possuem termometria utilizam o termopar como sensor. Isto se deve principalmente ao fato da rede de sensores, neste tipo de aplicação, ser bastante grande que, em muitos casos, pode ultrapassar a casa de mil sensores. Devido a isto, geralmente há necessidade de uma compensação da perda ôhmica na ligação entre o sensor e painel de medição distinta para cada sensor, que é de difícil execução. Já o termopar, além de ser robusto e de fácil fabricação, tem seu princípio de funcionamento baseado na força eletromotriz que surge devido à diferença de temperatura existente entre as junções e da consequente ddp dispensando, para aplicações em silos e graneleiros, a compensação para cada sensor. 43

Outro fator importante a ser considerado é que um sensor tipo termistor ou termopar tem a capacidade de medir apenas variações de temperatura que alcancem o sensor, isto é, o sensor não possui raio de alcance. Desta forma, é de importância fundamental a distribuição de sensores na massa de grãos armazenados para que um eficiente controle seja executado. A colocação de sensores em pontos considerados críticos e o número de sensores utilizados devem ser adequados para que o manejo da aeração possa se dar de forma eficiente. A IN 03 recomenda um número de sensores compatível com o tipo da estrutura e a capacidade estática do armazém sendo o mínimo a ser usado de um ponto de leitura a cada 100 m 3 de capacidade estática, ou seja: n sens = C est 100 Assim, para o exemplo dado, têm-se: (equação 1) 3870,2 n sens = ~ = 40 sensores 100 (equação 2) Os sensores sofrem, ainda, o empuxo e a pressão do grão e, portanto, devem ser protegidos e projetados para suportar estas solicitações. A resistência ao empuxo do grão é conferida por cabos ou cordoalhas de aço revestidas, geralmente, de polietilino (Figura 3). Figura 3. Cabo de termometria de aço revestido. Os cabos de extensão (cabos de medição) são, geralmente, fabricados para 6 ou 12 termopares (cabos 6 TP ou 12TP) e, portanto, o número de cabos deve ser, de preferência, um múltiplo de 6. Para o exemplo considerado, considerando-se que existam 6 arcos com espaçamento de 4,3 m, com 3 cabos por arco e 6 sensores por cabo têm-se que o número de sensores será de 108. Embora este número seja mais do que o dobro do prescrito pela IN 03, deve-se levar em consideração que a recomendação refere-se ao valor mínimo. Objetivos na aeração 44 Os objetivos essenciais na aeração são resfriar os grãos e uniformizar a temperatura visando mantê-los numa temperatura suficientemente baixa e uniforme para assegurar uma boa conservação, através da redução das atividades metabólicas dos próprios grãos e dos organismos associados. Assim, a aeração é realizada com as finalidades de: a) manter baixa e uniforme a temperatura dos grãos;

b) reduzir os riscos de perda; c) evitar a migração do calor e da umidade, que ocorrem pela formação de correntes convectivas; d) complementar a secagem; e) corrigir pequenas variações de temperatura e/ou de umidade dos grãos. f) reduzir odores indesejáveis, se ainda em níveis corrigíveis. Operacionalização da aeração A aeração é realizada pela circulação forçada do ar ambiente através da massa de grãos. O ar, insuflado ou aspirado por um ventilador ou exaustor, é conduzido na massa de grãos através de condutos, onde é convenientemente distribuído por sistema de canaletas ou dutos de distribuição. A eficiência da aeração é devida em grande parte à homogeneidade da distribuição do ar. A insuflação e a aspiração ou sucção (Figura 4) têm eficiências praticamente iguais, desde que sejam corretamente dimensionadas (Tabela 1). Por exemplo, se o ventilador for subdimensionado, na insuflação ocorrerá condensação na cobertura ou chapéu do silo e na sucção haverá o embuchamento do ventilador por partículas menores que certamente serão arrastadas. POR INSUFLAÇÃO POR ASPIRAÇÃO Figura 4. Representação esquemática da aeração de grãos por insuflação e aspiração ou sucção do ar - Fonte: Adaptado de Peres (2001). 45

Na circulação forçada, como ocorre na aeração, o ar, nas condições ambientais, ou parcialmente modificadas, é insuflado ou aspirado por ventilador ou exaustor, que o distribui convenientemente através da massa de grãos. A eficiência da aeração depende em grande parte da homogeneidade da distribuição do ar. Tabela 1. Características comparativas operacionais entre aspiração ou exaustão e insuflação. Operação Aspiração Insuflação Enchimento Baixo rendimento, trabalho triplicado Rendimento real, de acordo com o projeto de do silo aeração No silo Ao entrar em contato com os grãos, o ar já está O ar insuflado que entra em contato com os grãos carregado modificado, em função da irradiação e da tem ainda as condições ambientais e começa a condutibilidade térmica, transferindo calor resfriá-los já desde o ingresso. Se os grãos para o interior do silo. Isso aumenta sua aquecidos estiverem na base, há o arrefecimento capacidade de transferência a interna imediato; se eles estiverem no topo, o ar não de umidade. transportará calor pela massa Inspeção por A inspeção pode ser mascarada, porque A inspeção pode ser mascarada, porque se os análise do ar se os problemas não estiveram na base do problemas não estiveram no topo do silo, o ar que sai do silo silo, o ar que sai já interagiu com os grãos que sai já interagiu com os grãos em bom em bom estado. estado. Na aeração Aquece o que deveria resfriar e pode umi- Permite excelente taxa de ar no momento do decer o que deveria permanecer seco. enchimento do silo ou do graneleiro, aumentando Isso gasta mais energia para ter menor a segurança operacional, com transferência qualidade da massa de grãos. uniforme de calor e vapor. Fonte: Adaptado de Peres (2001). Tipos de aeração São tipos mais comuns de aeração: de resfriamento ou manutenção, provisória, corretiva, secante e transilagem. Aeração provisória É utilizada em grãos recém-colhidos, que cheguem úmidos (com umidade superior à recomendada para uma boa conservação) na unidade de armazenamento. Neste caso, a aeração é utilizada como meio de conservação temporária enquanto os grãos aguardam a secagem, para controlar não apenas danos imediatos, como danos latentes, que se manifestam durante o armazenamento, como a incidência de defeitos nos grãos. Simultaneamente, se as condições do ar assim o permitirem, pode haver remoção de alguns pontos percentuais de água, embora, nesse caso, esse seja um objetivo secundário, complementar, pois o mais importante é a manutenção dos grãos resfriados, para manter controlado o metabolismo dos grãos e dos organismos que os acompanham desde a lavoura, como fungos e outros. 46

Aeração de resfriamento ou manutenção Para grãos armazenados em condições de conservação, limpos e com umidade máxima de 13%, a ventilação é aplicada para corrigir um início de aquecimento ou para resfriá-los, em ciclo único ou então progressivamente, em etapas sucessivas, desde que assim o permita a temperatura exterior. Sua finalidade maior, no entanto, é uniformizar a temperatura em toda a massa de grãos, para evitar a formação de correntes convectivas e reduzir seus efeitos. Assim como a intra-silagem, a transilagem também pode ser considerada uma aeração de resfriamento. Deve ser realizada se o silo não for dotado de um sistema eficiente de ventilação. Consiste na transferência dos grãos de um silo a outro, para que haja redução e homogeneização da temperatura. Como na aeração é forçada a passagem do ar pela massa de grãos e na transilagem são os grãos que passam pela massa de ar, sempre que possível deve-se preferir a aeração. O diagrama de conservação de grãos (Figura 5), elaborado por Burges e Burrel, segundo Cristensen (1974), permite identificar as condições mais propícias para controle metabólico dos próprios grãos, assim como dos principais organismos que os acompanham no armazenamento, por isso denominados organismos associados. 40 TEMPERATURA DO GRÃO, ( O C) 30 20 10 0 5 GRÃO SECO GRÃO ÚMIDO 10 15 20 25 TEOR DE UMIDADE, % (b.u.) ZONA DE BOA CONSERVAÇÃO INSETOS PERDA DA GERMINAÇÃO ÚMIDO Figura 5. Diagrama de conservação de grãos. Fonte: Burges e Burrel (Cristensen,1974). 47

É interessante notar que no diagrama de conservação de grãos, são consideradas a umidade e a temperatura apenas dos grãos, enquanto suas relações com as umidades e temperaturas do ar são apresentadas no diagrama de aeração de grãos (Figura 6). São parâmetros médios, com valores aproximados, muito importantes nas tomadas de decisão no manejo operacional da aeração no armazenamento. Quanto menores, mais ricos em gordura e mais danificados forem os grãos, mais drásticos são os efeitos da temperatura e da umidade em sua conservação. 9 DIFERENçA DE TEMPERATURA ENTRE A MASSA DE grãos E O AR AMBIENTE (EXT.) O C 8 7 6 5 4 3 2 1 AERAÇÃO RECOMENDÁVEL MAS COM RISCO DE SECAGEM AERAÇÃO RECOMENDÁVEL AERAÇÃO POSSÍVEL AERAÇÃO SEM INTERESSE 30 40 50 60 70 80 90 100 UMIDADE RELATIVA DO AR AMBIENTE EXTERNO U.R. % Figura 6. Diagrama de aeração de grãos. Fonte: Lasseran (1978). Aeração corretiva 48 É utilizada, normalmente, em duas situações: a) quando, por metabolismo, os grãos armazenados adquiriram odores estranhos. Com a aeração se pode corrigir esse defeito, se ainda em fase inicial; b) quando, por interesse de conservação, os grãos forem armazenados com umidade menor do que a de comercialização. A aeração, com ar úmido, realizada um pouco antes da expedição, pode corrigir essa diferença, sem afetar a qualidade do produto.

Aeração secante Além de manter os grãos a uma temperatura suficientemente baixa, visa promover secagem no próprio silo. Nesse caso, diferentemente da aeração de manutenção de grãos armazenados secos, ao invés do uso de silo-aerador, com dutos de aeração ou canais, cobertos por chapa perfurada, na aeração secante é recomendável o uso de silo-secador, com fundo falso perfurado. No caso de aeração secante, em que é insuflado o ar ambiente quando a umidade relativa for baixa, menor do que a umidade de equilíbrio, o fluxo de ar dever ser superdimensionado, maior do que o usado para secagem também em silo-secador quando o ar for aquecido. O fluxo de ar também deve ser maior do que o usado na aeração para conservação de grãos armazenados secos. É um processo lento, que pode ser melhorado pelo controle e/ou pela correção das condições psicrométricas do ar, como aquecimento parcial pela queima de gás liquefeito de petróleo, ou outra forma de aquecimento do ar. Dependendo da umidade e das condições sanitárias com que os grãos entram no secador, das condições psicrométricas do ar ambiente, das características técnicas das instalações e do tempo disponível para secagem, os fluxos de ar na aeração de manutenção podem variar de 4 a 18m 3.min -1.t -1 (metros cúbicos de ar por minuto por tonelada de grãos), na aeração secante com ar sem aquecimento, ou 3 a 12m 3.min -1.t -1 quando o ar for aquecido até 10 ºC acima da temperatura ambiente. Quando for aeração de manutenção, o ar não se destina a remover água, mas visa reduzir e uniformizar a temperatura dos grãos, os fluxos de ar utilizados são menores, cerca de 0,1 a 3m 3.min -1.t -1. Transilagem Essa técnica também pode ser classificada como um tipo de aeração de resfriamento. Se o silo não for dotado de um sistema eficiente de ventilação, deve ser realizada quando for constatada uma elevação da temperatura do grão. Este método consiste em se transferir os grãos de um silo para outro, fazendo com que haja redução e homogeneização da temperatura. Na aeração propriamente dita, se faz passar uma massa de ar pelos grãos; na transilagem, são os grãos que passam pela massa de ar. Por essa razão, parece mais racional se realizar a aeração do que a transilagem, mas nem sempre isso é possível. Outro fator a considerar é que a transilagem, além de disseminar microrganismos também dissemina insetos ao revolver focos onde se concentravam, por isso a operação de transilagem deve ser feita integradamente com expurgo. 49

Quando aerar É necessário ter como primeiro princípio de conduta a redução da temperatura do grão e, por conseguinte, intervir quando a temperatura do ar for inferior em alguns graus à temperatura dos grãos. São levados em conta dois fatores restritivos: a umidade relativa do ar e a diferença de temperatura entre o ar e os grãos. O diagrama de aeração de grãos (Figura 6) pode auxiliar nesses casos. Quando os grãos estiverem ligeiramente úmidos, a diferença de temperatura entre o ar e os grãos é mais importante do que a umidade relativa do ar, mas quando a umidade dos grãos estiver próxima das normas comerciais, são igualmente importantes esses dois fatores, devendo ser evitada a ventilação quando a umidade relativa estiver acima de 70-75%, se a diferença de temperatura entre o ar e os grãos for menor do que 3 a 4 ºC. Entretanto, se for necessário escolher entre duas alternativas (risco de aquecimento ou perda de peso por perda d água) as condições de qualidade dos grãos no momento devem ser balizadoras da decisão. Outro importante princípio a ser observado na aeração é intervir preventivamente, e não corretivamente para remediar uma elevação de temperatura pelo aquecimento natural do grão, pois só ocorre aumento de temperatura quando há metabolismo e, aí, as perdas já são irreversíveis. Assim como a umidade, o calor é, ao mesmo tempo, causa e consequência do metabolismo. Há alguns anos, nos manuais de aeração, havia a recomendação de não ligar o ventilador se a umidade relativa do ar fosse alta. Modernamente, a recomendação indica evitar ligar o ventilador nas horas em que as umidades relativas do ar forem muitas elevadas. Entretanto, se continuar aumentando a temperatura dos grãos, para se dar início à operação de aeração, deve ser considerada a diferença em relação à temperatura histórica de equilíbrio, registrada pelo sistema de leituras diárias através da termometria. Embora sejam menos sensíveis do que os grãos oleaginosos, os quais devem ser aerados quando o aumento da temperatura ultrapassar 2 ºC, para os grãos de arroz esse parâmetro equivale a 3 ºC, quando deve ser iniciada a aeração, mesmo em dias chuvosos, pois o aumento de temperatura em grãos armazenados indica ação respiratória, que ocorre na forma de dinâmica metabólica, podendo levar à autocombustão. Além disso, quando o ar entra em contato com o ventilador e com as paredes do sistema de transporte, o atrito das moléculas provoca aumentos de sua temperatura e a consequente redução de sua umidade relativa, o que favorece a aeração. Também, por características de higroscopicidade, os grãos têm cerca de sete vezes mais facilidade de perder água do que de sorvê-la. Sendo o equilíbrio higroscópico atingido por um processo dominante de dessorção, o grau de umidade dos grãos é superior ao obtido quando o equilíbrio higroscópico se dá por um processo de sorção de água. Esse fenômeno decorre do efeito de histerese e tem sua intensidade dependente das estruturas biológica e física, da intensidade do processo de secagem e de características higrométricas do ar, nas condições de armazenamento, podendo atingir diferenciais entre meio e dois pontos percentuais nas diversas espécies de grãos. 50

Sugestões bibliográficas BRASIL. Instrução Normativa 03/2010. Ministério da Agricultura e da Pecuária e do Abastecimento. BRASIL. Lei 9973/2000. Ministério da Agricultura e da Pecuária e do Abastecimento. BROOKER, D.B.; BAKKER-ARKEMA, F.W.; HALL, C.W. Drying and storage of grains and oilseeds. New York, Van Nostrand Reinhold, 1992, 450p. CHEREMISINOFF, N.P. Handbook of Air Prevention and Control. N&P Limited. USA. 2002. 582 p. ISBN 0-7506-7499 CLEZAR, A.C.; NOGUEIRA, A.C.R. Ventilação Industrial. Editora da UFSC. Florianópolis, SC. 1999, 289p. CUNHA, O.P. Manejo técnico operacional de aeração de grãos. Dryeration. Porto Alegre, 1999. 73p. ELIAS, M. C. Fatores que influenciam a aeração e o manejo da conservação de grãos In: Armazenagem de Grãos.1 ed.campinas : Genesis, 2002, v.1, p. 311-359. ELIAS, M. C. Manejo tecnológico da secagem e do armazenamento de grãos. Ed. Santa Cruz. Pelotas, 2008. 368p. LASSERAN, J. C. Aeração de grãos. Tradução de José Carlos Celaro, Miryan Sponchiado Celaro e Miriam Costa Val Gomide. Viçosa: CETREINAR, UFV, 1981. 128p. LORINI, I.; MIIKE, L. H. & SCUSSEL, V. M. Armazenagem de grãos. Campinas: IBG, 2002. 1000p. MAIER, D. E., NAVARRO, S. Chilling of grain by refrigerated air. In. NAVARRO, S.; NOYES, R.(Ed.) The mecanics and Physics of Modern Grain Aeration Management. New York, CRC press, 2002. cap. 9, p. 489-555. MILMAN, M. J. Equipamentos para pré-processamento de grãos. Pelotas: Ed. Universitária/ UFPel, 2002. 206p. OLIVEIRA F, D.; SASSERON, J.L. Termometria em grãos. In: Curso de Secagem e Aeração. CENTREINAR, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2001. 34p. PERES, W.B. Manutenção da qualidade de grãos armazenados. Pelotas: Editora da UFPEL, 2000. 54 p. QUIRINO, J.R. Resfriamento artificial de grãos de milho em armazém graneleiro horizontal. Dissertação (Mestrado) em Agronomia. Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2008, 91p. SILVA, J. S. Secagem e armazenagem de produtos agrícolas. Viçosa, Aprenda fácil, 2000, 502p. SINHA, R.N. & MUIR, W.E. Grain storage part of a system. AVI : Washington, 1973. p.49-70 SRZERDNICKI, G.; SINGH, M.; DRISCOLL, R.H. Effects of chilled aeration on grain quality. In: 9 th INTERNACIONAL WORKING CONFERENCE ON STORED PRODUCT PROTECTION, 9., 2006, Campinas. Proceedings... Campinas: ABRAPÓS, 2006. p. 1359. 51