PRESERVAÇÃO, MEMÓRIA E DIGITALIZAÇÃO: Estratégias para os 150 anos de São José do Rio Pardo-SP

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Transcrição:

PRESERVAÇÃO, MEMÓRIA E DIGITALIZAÇÃO: Estratégias para os 150 anos de São José do Rio Pardo-SP PARISI, ROSANA S. (1); PENNA, FERNANDA S. (2); RODRIGUES, MARIA C. (3) 1. PUC-Minas, campus Poços de Caldas. Departamento de Arquitetura e Urbanismo Av. Pe. Francis Cletus Cox, 1661-Sala 130. Prédio 01. CEP 37701-355. Poços de Caldas-MG E-mail rosanaparisi84@gmail.com 2. PUC-Minas, campus Poços de Caldas. Departamento de Arquitetura e Urbanismo Av. Pe. Francis Cletus Cox, 1661-Sala 130. Prédio 01. CEP 37701-355. Poços de Caldas-MG E-mail fer-penna@hotmail.com 3. PUC-Minas, campus Poços de Caldas. Departamento de Arquitetura e Urbanismo Av. Pe. Francis Cletus Cox, 1661-Sala 130. Prédio 01. CEP 37701-355. Poços de Caldas-MG E-mail carol95rodrigues@hotmail.com RESUMO O objetivo da comunicação é apresentar as estratégias de sensibilização para que a comunidade riopardense conheça o trabalho que está em curso sobre a digitalização dos dados da memória histórico-cultural e arquitetônica de São José do Rio Pardo-SP, a partir dos acervos do Centro da Memória Rio-Pardense e da Hemeroteca Municipal. O mote da proposta são os 150 anos de fundação da cidade, cuja data oficial foi 08 de abril de 2015. No entanto, tal aniversário vem sendo comemorado desde 19 de março, primeira data atribuída à fundação da cidade. Como durante todo o ano, vem ocorrendo uma série de atividades que se relacionam ao tema São José : 150 anos, a partir do trabalho de resgate, digitalização e disseminação do acervo da memória histórica que está em curso, elaborou-se uma estratégia para apresentar à população fragmentos da história, através de alguns elementos significativos: uma linha do tempo dos 150 anos da história riopardense elaborada com imagens e textos objetivos sobre os acontecimentos principais e uma maquete do núcleo principal da cidade, que contém vinte e dois locais de interesse turístico, histórico e arquitetônico, e, através da qual a comunidade é convidada a opinar, a criticar e a sugerir em um Mural de Opiniões. Além disso, tem sido regularmente publicados artigos em um semanário local com o objetivo de fomentar ainda mais o envolvimento dos munícipes com a memória da cidade. Pretende-se através dessas estratégias fazer com que os cidadãos possam, depois de rememorar acontecimentos e construções importantes da história local, fazer uma maior reflexão sobre a cidade, incentivando-os a resgatar o sentimento de memória e pertencimento de lugares e edificações que um dia apresentaram-se como pano de fundo para a história rio-pardense. Dessa maneira pretende-se também sensibilizar e envolver a comunidade com a história local, assim como reforçar os subsídios para digitalização e disponibilização do Banco de Dados Digitais sobre a memória rio-pardense que está em processo de implantação. Essa ferramenta deverá servir para proteger o acervo de fotografias e documentos originais e ainda configurar-se como forma mais rápida e simples para a disseminação, para as pesquisas e para o conhecimento da história e memória dessa cidade. Palavras-Chave: preservação; memória; fotografias; digitalização

Introdução O que pode levar as pessoas a se interessarem pela história da cidade? Certamente, as ações que se fizerem presentes de forma continuada acabarão por ter um peso nesse aspecto. Porém, para que os cidadãos tenham maior interesse, uma única ação nada vale, mas é de vital importância uma série de atitudes, consolidadas, por vezes atraentes, que cheguem até a comunidade através dos jornais, das exposições, das reportagens, da internet e redes sociais, do whats app... enfim, todos precisam no mínimo, atentar para o fato que o assunto memória SEMPRE está e estará presente. Autores como ROSSI, (1999), FREIRE, (1988), HALBWACHS, (1990), BENJAMIN, (2012) e ARGAN, (2000), entre outros já há muitos anos abordam com competência e rigor os temas memória e história da cidade, além do tema patrimônio edificado. Para um trabalho como o que vem sendo desenvolvido para a cidade de São José do Rio Pardo, sabe-se também que autores como TEIXEIRA LIMA (1992, 1998, 2005), além de BUENO (2005); KOYAMA (2013,2014) e BAHIA LOPES (2011, 2013, 2014), BAMBOZZI (2005); CAPRA (1999) e CASTELLS (1999) vêm pesquisando e articulando ações no sentido de promover o resgate e a sensibilização de cidadãos, instituições e comunidades. Dentre esses mesmos destacase também com relevância a questão sobre as formas de acesso às informações e as características da sociedade em um mundo cada vez mais informatizado. Entende-se que é cada vez mais necessário que se busquem novas formas para resgatar a identidade cultural, a história, a memória construtiva e arquitetônica, a fim de que através dos chamados artifícios de globalização, tal sensibilização e disseminação possam ser mais efetivas e abrangentes, além de sedutoras e inusitadas. São José do Rio Pardo é uma cidade do interior paulista, encrustrada em uma reentrância de São Paulo que faz limite com o estado de Minas Gerais, particularmente a região Sul, em um local que há anos atrás ficou conhecido como a região do Café com Leite, isto é, municípios que reuniam particularidades comuns, que desejavam ser reconhecidos como parte de um contexto único, embora alguns pertencessem ao estado de Minas Gerais e outros ao estado de São Paulo. Algumas peculiaridades podem ser destacadas relativas à essa cidade: a presença expressiva de imigrantes italianos chegados nos finais do século XIX e início do século XX; o fato de a cidade ter sido palco do Episódio Republicano, isto é, de ter tido a Proclamação da República antecipada por três meses, fato ocorrido em 11 de agosto de 1889 diante do Hotel Brasil e protagonizada por republicanos locais e por Francisco Glicério e por ser considerada Berço de Os Sertões, livro escrito pelo Engenheiro-Jornalista Euclides da Cunha durante o período em que residiu em São José do Rio Pardo para reconstrução de uma ponte metálica entre os anos de 1898 a 1901.

Assim, São José do Rio Pardo que teve autores como DEL GUERRA (2000) e TREVISAN (1998), que elaboraram seus trabalhos com o propósito de contar a história da cidade e disseminá-la entre a comunidade e interessados. Percebe-se que diante das singularidades abordadas que a cidade necessita digitalizar o legado desses dois memorialistas, assim como encontrar maneiras mais eficazes para disseminá-lo e de sensibilizá-lo. A comunidade necessita ser encantada e envolvida nesse processo. Entende-se que tal acervo de jornais, revistas e fotografias é de incalculável valor. Através da pesquisa em andamento, percebeuse que o acervo de fotografias, jornais e revistas desse município é um dos maiores do estado de São Paulo e da maneira como estava acondicionado e vem sendo manipulado, a cada ano se comprometem um grande número de imagens, informações, depoimentos e peças que acabam deteriorando-se ou desaparecendo. Por isso mesmo, faz-se necessária a continuidade do trabalho, buscando maneiras mais eficazes de inseri-lo nos meios digitais para a educação, preservação, assim como para a sensibilização. E por que preservar esse acervo? Ao longo de sua história, vem servindo de fonte de pesquisas e informações para estudantes, jornalistas e demais interessados da comunidade e região. Ainda que seja fundamental o acesso às imagens, o conjunto de fotografias e documentos tem sido vítima de furtos ou perdas, além do manuseio de forma incorreta, que acabam por dilapidar as referências do patrimônio histórico-cultural e arquitetônico que se constituiu ao longo do século XX e início deste século. Acredita-se que com a digitalização e catalogação, esteja se iniciando outras possibilidades de divulgação e relação com o material raro e significativo, protegendo o acervo original de danos futuros. 1. Primeiras ações do trabalho em curso. Durante o primeiro ano de desenvolvimento dessa pesquisa, foi realizado um levantamento bibliográfico e pesquisa mais acurada de trabalhos dos principais Bancos de Dados Digitais disponíveis para consulta referentes a dados históricos, culturais, artísticos, arquitetônicos e culturais do país. Desde então, foi criado um modelo para as fichas digitais, que vem sendo continuamente alimentadas com as imagens do acervo fotográfico e documental que está abrigado junto ao Centro da Memória Rio-Pardense, instalado junto ao Centro Cultural Ítalo- Brasileiro. Em cada uma dessas fichas, são inseridos metadados que possibilitam a ampliação das consultas ao acervo. As fichas criadas podem ser observadas na figura 01 a seguir.

Figura 1. Fichas Catalográficas Digitais. Créditos: Ávila, M.M (2015); Penna, F.S. e Rodrigues, M.C.(2015) Ao final do trabalho deverão estar criadas e disponibilizadas cerca de quinze a dezesseis mil fichas como essas. Ressalta-se que o acervo original foi organizado pelo professor e memorialista Rodolpho José Del Guerra e estava acondicionado em pastas do tipo polionda, com imagens e documentos simplesmente identificados por logradours (exemplo: Praça Capitão Vicente Dias, Rua Siqueira Campos, etc) ou por acontecimentos (FRAPIC- Feira Agropecuária, Industrial e Comercial; Semana Euclidiana, FEMP- Festival de Música da Primavera, etc). Para que se chegasse a configuração atualmente proposta e adotada, visitou-se alguns acervos de documentos e imagens como o do Associação Pró-Memória, de Monte Alegre do Sul-SP, coordenado pelo Prof. Dr. Roberto Pastana Lima; assim como o acervo do Centro de Documentação da Universidade São Francisco- campus Bragança Paulista e por último, o acervo do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), instalado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, em Campinas-SP. Analisaram-se as formas de arquivamento e catalogação das imagens e documentos originais desses acervos para que fosse possível chegar ao modelo de ficha apresentada, assim como a forma adequada de arquivamento do acervo original. As pastas em que anteriormente eram guardadas as imagens e documentos foram substituídos por outras, do tipo fichário. Cada uma das imagens passou a ser adequadamente manuseada e acondicionada, individualmente, em envelopes confeccionados sob medida, confeccionados com papel branco livre de cloro. Em seguida, tais envelopes foram afixados em folhas brancas, também livre de cloro, que por sua vez, foram protegidas por plásticos transparentes inseridos nas pastas-fichários. Tal atividade tem tido a mesma forma de continuidade durante esse ano de 2015, uma vez que o acervo é expressivo e a execução se dá de forma artesanal. Observam-se na figura 02 a maneira como estavam armazenadas as fotografias e documentos e a maneira como vem sendo guardados atualmente. Deve-se ressaltar que o acervo original não mais será manuseado

pelos cidadãos ou interessados, somente o acervo digitalizado. Nesse sentido, foram importantes as recomendações contidas no trabalho Como tratar coleções de fotografias, de FILIPPI, LIMA E CARVALHO (2002), que colaboraram para que a forma de indexação e conservação das imagens se desse de maneira adequada e com custo compatível. Figura 02. A forma anterior de acondicionamento dos originais e a forma atual. Créditos: Crudi, A.C.R (2014); Ávila, M. M. (2015). Em 2014 também realizaram-se outras ações em paralelo ao processo de digitalização do acervo, a saber: a) a elaboração de banners que contavam de forma simples para a comunidade a história da ponte metálica reconstruída por Euclides da Cunha e reinaugurada em maio de 1901. Tais banners foram afixados em locais distintos da cidade, escolhidos por configurarem-se como locais de grande fluxo de pessoas; b) Uma exposição denominada Veredas da memória rio-pardense, ocorrida a partir das comemorações da 76ª Semana Euclidiana (de 09 a 15 de agosto), evento de repercussão nacional que acontece anualmente para celebrar o legado deixado por Euclides da Cunha para a cultura brasileira; c) criação e atualização de um perfil no Facebook para divulgar o trabalho em curso, aproximando e relacionando o processo de digitalização com as questões de divulgação e sensibilização da comunidade. Sobre as questões digitais, SANTIAGO apud DEBRAY (2006) afirma que o autor alerta para o fato de que na midiologia, "mídio" não significa mídia nem medium, mas mediações, ou seja, "o conjunto dinâmico dos procedimentos e corpos intermédios que se interpõem entre a produção de signos e uma produção de acontecimentos" [DEBRAY, 1994, p.29]. Esse conjunto, para o autor, precede e supera a esfera dos meios de comunicação de massa contemporâneos, impressos e eletrônicos, entendidos como meios de difusão maciça. Nesse raciocínio, uma mesa de refeição, um sistema de educação, um café-bar, um púlpito de igreja, uma sala de biblioteca, um tinteiro, uma máquina de escrever, um circuito integrado, um cabaré, um parlamento mesmo não sendo feitos para

difundir informações, mesmo não sendo "mídia", entram no campo da midiologia enquanto espaços e alternativas de difusão, vetores de sensibilidades e matrizes de sociabilidades. Sem um ou outro desses "canais", esta ou aquela "ideologia" não chegaria a ter existência social de que podemos dar testemunho, segundo o filósofo. Assim, a midiologia ocupa-se com o intervalo, o espaço-entre, ou a caixapreta, onde entram sons, palavras, cartas e até mesmo photons, e por onde sai legislação, instituições, entre outros. Dentro dessa caixa, Debray detecta o que ele chama de ato de transmissão, "o conjunto de tecnologias e ambientes que traduzem a entrada em saída" (DEBRAY, 1995, p. 01). O mesmo autor continua afirmando que a partir da midiologia, surge então o conceito de midiasfera. Resumidamente, DEBRAY (1995) a define como "o meio de transmissão e transporte das mensagens e dos homens", estabelecendo uma interessante articulação entre uma história das revoluções das transmissões com a das revoluções do transporte. Por isso considera-se tão importante que preservar de uma nova forma, entender as relações das mídias com os sujeitos-cidadãos, a fim de que de alguma maneira sejam sensibilizados, conquistados por assim dizer, seja para conhecer o passado, seja para de alguma forma conservá-lo e perpetuá-lo. 2. A continuidade do trabalho e sua relação com os 150 anos de história de São José do Rio Pardo. Na edição de 10 de janeiro de 2015, uma notícia publicada no semanário A Gazeta do Rio Pardo abordava o lançamento de um Mini-Livro que foi denominado por seus criadores como Datebook. Configura-se como um livro de reduzido tamanho, para que caiba de dentro do bolso ou da carteira ou mini-agenda/calendário, que passou a ser publicado em 12 edições, uma em cada mês, para que os riopardenses aproveitem melhor os festejos dos 150 anos da cidade (ocorrido oficialmente em 06 de abril), assim como possam aprender, de uma forma mais prazerosa, um pouco mais sobre a história da cidade. Um dos chamados Datebooks pode ser observado através da figura 03.

Figura 03. Imagem de Divulgação do 1.o DATEBOOK DE São José do Rio Pardo- SP Fonte: Disponível em: https://www.facebook.com/saojose150anos/p hotos/a.313585235513626.1073741828.3133 94328866050/330213133850836/. Acesso em 21/10/2015. Tal matéria suscitou no grupo envolvido na pesquisa ora apresentada o desejo de se estabelecer um elo de ligação entre os 150 anos da cidade e o trabalho em curso. Percebeu-se, imediatamente, que uma forma de estabelecer essas conexões poderia ser a publicação de artigos alusivos aos temas que históricos que despertam algum significado para a comunidade. Iniciou-se a partir de então a publicação (inicialmente com periodicidade quinzenal) de textos denominados História & Encantos, a partir da edição de 24 de janeiro do ano de 2015. Fragmentos dos mesmos são apresentados a seguir através da figura 04. Figura 04. Imagem de das páginas de duas edições de História e Encantos, publicadas no jormal A Gazeta do Rio Pardo. Fonte: www.gazetadoriopardo.com.br/ e https://www.facebook.com/gazetado-rio-pardo-439378972807945/. Acesso em 01/11/2015. Tais textos tem procurado, estrategicamente, utilizar as imagens que foram recentemente digitalizadas, resgatando fatos ou acontecimentos que despertam algum tipo de interesse por parte da comunidade. Como apontado inicialmente, um dos grandes estudiosos da memória foi o sociólogo francês HALBWACHS (1990), em especial através de seu trabalho

A memória coletiva que dá subsídios para a pesquisa em curso. Falando desse autor, SCHMIDT e MAHFOUD (1993) afirmam que a lembrança, para Halbwachs, é reconhecimento e reconstrução. É reconhecimento, na medida em que porta o sentimento do já visto. É reconstrução, principalmente em dois sentidos: por um lado, porque não é uma repetição linear de acontecimentos e vivências do passado, mas sim um resgate destes acontecimentos e vivências no contexto de um quadro de preocupações e interesses atuais; por outro, porque é diferenciada, destacada da massa de acontecimentos e vivências evocáveis e localizada num tempo, num espaço e num conjunto de relações sociais. Tanto o reconhecimento, quanto a reconstrução dependem da existência de um grupo de referência, tendo em vista que as lembranças retomam relações sociais, e não simplesmente ideias ou sentimentos isolados, e que são construídas a partir de um fundamento comum de dados e noções compartilhadas. Assim, ao reforçar temas e fatos históricos em artigos publicados de forma impressa e digital, permanentemente, como sugerem os estudiosos, está se reforçando o sentido de reconhecimento e reconstrução de lugares da cidade, de lugares da memória, por si só carregados de significados, lembranças ou poesias. A outra estratégia em curso utilizada para reforçar a compreensão do espaço da cidade e de seus fatos urbanos, foi o da elaboração de um conjunto de peças, dentre as quais uma maquete da área central da cidade, inserida no interior do denominado quadrilátero histórico, como foi definido pelo Plano Diretor de São José do Rio Pardo, para que a comunidade possa observar, refletir, entender e opinar sobre vinte locais históricoarquitetônicos e culturais desse área, no que diz respeito ao estado de conservação, ao interesse pessoal, ao interesse histórico, ou turístico ou mesmo a importância que esses têm para cada um. Evocando os sentidos de reconhecimento e reconstrução, como afirmado anteriormente, pretende-se que os cidadãos possam se expressar livremente e que o resultado desse trabalho possa tanto ser divulgado como subsidiar uma série de ações para a preservação, para a memória e para a conscientização da comunidade. Nesse sentido, HALBWACHS (1990, 2006) afirma que nossas lembranças permanecem coletivas e nos são lembradas por outros, ainda que se tratem de eventos em que somente nós estivemos envolvidos e objetos que somente nós vimos. O conjunto é composto por banners explicativos: um que abordará de forma simples o que se pretende e reproduzirá o mapa da mesma área contida na maquete com fotos dos vinte locais históricosarquitetônicos e/ou culturais; já o segundo, apresentará uma linha do tempo-síntese, composta de imagens e pequenos textos, que contam e mostram para a comunidade várias transformações e fatos ocorridos em seus 150 anos de existência. O terceiro banner é aquele no qual a comunidade é levada, após observar a maquete com as vinte edificações lugares destacados, colocar pinos vermelhos nos lugares que não gosta e pinos verdes nos

lugares que gosta. Já o último banner é o que recebeu a denominação de mural de opiniões, onde o cidadão pode deixar em post-its seus comentários sobre um ou sobre vários desses locais da cidade. A maquete, a linha do tempo e o mural dos pinos podem ser observadas através da figura 05, apresentada a seguir. Figura 05. A maquete em processo de confecção e quase totalmente concluída, a primeira parte da linha do tempo e o mural dos pinos que serão utilizados para o envolvimento da comunidade. Créditos: Parisi, R.S.B; Baptistella, R.Z; Penna, F.S e Rodrigues, M.C. (2015). Tal exposição, que deverá ser inaugurada na primeira semana de dezembro, recebeu o nome de Rio Pardo: o centro e os seus cento e cinquenta anos de história. Será instalada no saguão do Fórum de Justiça da cidade, uma vez que essa edificação, que fica no coração da cidade, recebe um número considerável de pessoas durante todo o dia e início da noite. Além disso, o saguão é totalmente envidraçado, o que possibilita despertar nos transeuntes curiosidade e interesse ao se aproximarem, para que sintam-se convidados participar e opinar. Essa experiência se baseou em outra implantada em Poços de Caldas- MG, no período de 28 de agosto a 30 de novembro de 2013, idealizada pelo arquiteto Lucas Belinato, que na época, era estudante de último período do curso de Arquitetura e Urbanismo. Criando uma estratégia para envolver a comunidade poços-caldense em seu Trabalho Final de Graduação, Belinato organizou uma exposição denominada Centro Sentido, que se relacionava a algumas edificações e espaços da área central de Poços de

Caldas-MG, em especial a área de entorno das Thermas Antônio Carlos e o jardim lateral do Palace Hotel, instalado na Praça Capitão Afonso Junqueira, ao lado das Thermas. As ações idealizadas pelo autor e a maneira como implantou a exposição acabaram por chamar a atenção não só da comunidade local e da mídia, mas de um blog italiano que publicou artigo de autoria da arquiteta Caterina Fusi, que esteve em Poços de Caldas no período da exposição de O Centro Sentido. O artigo pode ser acessado através do endereço http://www.nipmagazine.it/blog/136/o-centro-sentido. 3. Considerações Finais São urgentes e necessárias ações que envolvam preservação, digitalização, memória e sensibilização da comunidade. De forma semelhante à proposta poços-caldense de O Centro Sentido, elaborou-se em São José do Rio Pardo uma série de ações que tirassem partido de um acontecimento local, o ano dos 150 anos de fundação da cidade, para aproximar a temática da preservação digital e da memória local dos cidadãos. Tratar da temática da preservação digital remete ao reconhecimento que a sociedade faz de sua institucionalização do sentido do tempo. O contexto contemporâneo tem sido identificado com o rompimento dos limites temporais da vida cotidiana, vinculado às referências identitárias dos grupos sociais. Dessa maneira, questões ligadas à memória e à história de um povo, configuram-se como depoimentos vivos da comunidade. Ainda assim, a cidade continua sendo o locus da vida cotidiana dos homens, que a elegeram desde há muito como o lugar de viver e a sua permanência constitui-se como forma de garantir as referências para com os cidadãos. (TAVARES, 2012 e ROSSI, 1986) Como as referências estão diretamente ligadas à história, aos valores da comunidade e sua cultura, aos fatos urbanos, considerou-se imprescindível relacionar temas, imagens e acontecimentos que tinham sido indexados pela pesquisa ao acontecimento 150 anos de São José do Rio Pardo. Ainda que não haja ainda resultados para este conjunto de ações, acredita-se que as mesmas certamente estarão vinculadas aos registros- tanto impressos quanto digitais, na memória rio-pardense. E para concluir, recorda-se um trecho de LE GOFF ( 2003:469) : a memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje.

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