O ÍNDICE DE EXCLUSÃO SOCIAL COMO CARACTERÍSTICA DA INSUSTENTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO: REFLEXÕES PRELIMINARES



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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCELO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA -NCT MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE PGDRA SANDRA DA CRUZ GARCIA MAGALHÃES O ÍNDICE DE EXCLUSÃO SOCIAL COMO CARACTERÍSTICA DA INSUSTENTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO: REFLEXÕES PRELIMINARES Porto Velho 2006

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA-NCT MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE PGDRA SANDRA DA CRUZ GARCIA MAGALHÃES Artigo apresentado à Universidade Federal de Rondônia, no curso de mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, como requisito avaliativo na disciplina de Teoria do Desenvolvimento, sob orientação dos Profs. Dr. Sérgio Rivero e Dra. Arneide Cemin. Porto Velho Agosto/2006

O ÍNDICE DE EXCLUSÃO SOCIAL COMO CARACTERÍSTICA DA INSUSTENTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO: REFLEXÕES PRELIMINARES 1 SANDRA DA CRUZ GARCIA MAGALHÃES 2 Seis anos semearás o teu campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos. Porém, no sétimo ano, haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao SENHOR; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo na tua seara não segarás e as uvas da tua vinha não podada não colherás; ano de descanso solene será para a terra. Levítico 25:3-5 RESUMO A preocupação em realizar este estudo, surgiu da constatação da diversidade de conceituação, e abrangência de indicadores no entorno de Desenvolvimento Sustentável e a forma como os indicadores, que dão indícios das interferências em todos os campos da sociedade. O objetivo deste estudo foi o de identificar esses temas de inclusão/exclusão social sob o prisma: padrão de vida digno, conhecimento e vulnerabilidade juvenil. Os indicadores selecionados na pesquisa foram os mesmos utilizados por Pochman e Amorim (2003): concentração de jovens, analfabetismo, escolaridade, emprego, violência, pobreza, desigualdade e exclusão social. Conclui-se que os programas e ações do governo devem estar voltados de forma à redução dos bolsões de inclusão social, delineados em conformidade com os objetivos estratégicos de médio prazo e definidos no PPA. PALAVRAS CHAVE: Sustentabilidade, Exclusão social Desenvolvimento Sustentável ABSTRACT The concern in carrying through this study, appeared of the verification of the diversity of conceptualization, and aboveboard of pointers around of Sustainable Development and the form as the pointers, that give to indications of the interferences in all the fields of the society. The objective of this study was to identify to these subjects of inclusion/social exclusion under the prism: worthy standard of living, knowledge and youthful vulnerability. The pointers selected in the research had been the same ones used for Pochman and Amorim (2003): concentration of young, illiteracy, time of studies, job, violence, poverty, inaquality and social exclusion. One concludes that the programs and actions of the government must be come back of form to the reduction of the sea of social inclusion, delineated in compliance with the strategical of average stated period and defined objectives in the PPA. 1 Artigo apresentado à Universidade Federal de Rondônia, no curso de mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, como requisito avaliativo na disciplina de Avaliação do Desenvolvimento Sustentável, sob orientação do ProfS. Dr. Sérvio Rivero e Dra. Arneide Cemin. 2 Professora Assistente da Universidade Federal de Rondônia UNIR e Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente

2 1. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas, a sociedade tem assistido um intenso processo transformação, sob a influência de vigoroso processo desenvolvimentista, que pode ser analisada sob o prisma dos impactos negativos que causa, tanto nos aspectos sociais como nos ambientais. Discussões a respeito da culpabilidade da degradação em foco apontam de um lado o homem como agente da degradação e de outro nós, os mesmos homens como agentes passivos desta degradação. O fato é que o avanço de tecnológico e científico, facilmente identificada nos últimos séculos, eleva o poder predatório do homem sobre uma frágil natureza, que desprotegida, pressente sua incapacidade de reagir. Em meio a esta crise, surge, neste contexto, segundo Matos (1997), as primeiras propostas de desenvolvimento sustentável, discutidas primeiramente em Estocolmo e materializadas na Conferência Rio-92. Pela primeira vez, sentiu-se a globalização dos problemas ambientais, e a partir daí o discurso em torno de sustentabilidade está cada vez mais presente em todos os ambientes. A definição mais disseminada de sustentabilidade, enquanto desenvolvimento, é a do Relatório de Brundtland (WCED, 1987), que considera que o desenvolvimento deve satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a habilidade das gerações futuras para satisfazerem suas próprias necessidades. Apesar de não ser a única, e da falta de consenso na definição, esta visão focaliza o longo prazo e os interesses inter-geração. Baseia-se ainda nas dimensões econômica, ambiental e social, intimamente relacionados. Em meio ao emaranhado de definições, autores como Temple (1992) afirma que o uso massivo do termo significa que este representa muitas coisas e nada ao mesmo tempo. Neste contexto, definir quais os indicadores que melhor represente o DS torna-se uma árdua tarefa. Pensando nisso, optou-se por trabalhar com um índice que fosse mais abrangente que o IDH, que considera apenas três indicadores, e que pudesse mostrar outros temas que configuram a desigualdade social. Assim, o objetivo deste estudo foi o de identificar esses temas de inclusão/exclusão social sob o prisma: padrão de vida digno, conhecimento e vulnerabilidade juvenil.

3 O artigo caracteriza-se na sua metodologia como uma revisão de literatura dentro das abordagens a respeito dos índices de sustentabilidade. Para isso fora realizadas leituras e apontamentos de autores, tais como: Osmar Siena, Fritjof Capra, Márcio Pochman, que tratam a respeito dos índices de sustentabilidade e exclusão social. O Índice de exclusão social (IES) foi apresentado por Pochmann e Amorin (2003) e avaliam-se sete indicadores: concentração de jovens, analfabetismo, escolaridade, emprego, violência, pobreza, desigualdade e exclusão social. Esse estudo traz as reflexões preliminares sobre as relações existentes entre os indicadores que formam o índice de exclusão social e como este se conectam com o desenvolvimento sustentável. 2. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: CARACTERÍSTICAS GERAIS Pensar em desenvolvimento sustentável, nos remete a pensar em meio ambiente, à sua constante degradação, à industrialização alicerçada em desmatamento, mutações ambientais e perda do solo. Para Schumpeter (1911), em seu clássico: A Teoria do Desenvolvimento Econômico, essas mudanças históricas, não constituem nem um processo circular, nem movimentos pendulares em torno de um centro. Para ele, o desenvolvimento é definido por essas duas circunstâncias, juntamente com o fato de que se não se consegue explicar um dado estado de coisas histórico a partir do precedente adequadamente, isto não o caracteriza como um problema não resolvido, mas como não insolúvel. Segundo este autor, a idéia evolucionista esteve desacreditada, sob a acusação de misticismo não-científico e extracientífico que cerca as idéias evolucionistas, pois por muito tempo, a relação homem X natureza foi visto sob a ótica de crenças religiosas como uma ação predatória do primeiro sobre o segundo. Segundo Siena, hoje, esses mesmos são vistos como os detentores da solução para muitos dos problemas ambientais que se vivem hoje, visão esta que é um dos fundamentos de sustentabilidade. O advento da Revolução Industrial trouxe consigo um outro tipo de relação homem X natureza (Capra, 1999). Pode-se reconhecer outros tipos de desemprego e pobreza. Considerando

4 estes aspectos, Malthus 3 observou que a população deveria parar de crescer, porque havia um limite para produção de alimentos devido à escassez de terra e a perda de fertilidade do solo (Pearce e Turner, 1990). A necessidade de um conceito que definisse Desenvolvimento Sustentável em todo seu arcabouço originou-se com as idéias precursoras de Shumacher 4 (1982) com o livro Small is beautiful, ou O negócio é ser pequeno, o qual defende um estilo de vida baseado no associativo e habilidades manuais. Passa pela Conferência das Nações Unidas (ONU) de Estocolmo (1972) onde é inicialmente reconhecida a importância da gestão ambiental. Nesta mesma época, um grupo conhecido como Clube de Roma reúne-se para analisar a crise ambiental. Porém o conceito surge formalmente com o Relatório Brundtland (Matos, 1997), sendo a Rio-92, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento e Ambiente, de maior relevância para tratar da crise ambiental como a Agenda 21 e Desertificação. Em vista da multiplicidade de conceito de desenvolvimento sustentável, o desafio passa a ser estabelecer uma definição mais genérica e unificada, que considere o crescimento dos centros urbanos frente à capacidade de suporte dos ecossistemas: Do ponto de vista econômico, a possibilidade de crescimento tem que ser definida de acordo com a capacidade de suporte dos ecossistemas, pensando-se simultaneamente em maior equidade e aumento da eficiência econômica (que suavize os processos de elevação da entropia). Essas são regras iniciais de um modelo de desenvolvimento sustentável, que deve contemplar objetivos ecológicos relacionados com a integridade dos ecossistemas, com a manutenção da capacidade de suporte dos sistemas naturais, com a preservação da biodiversidade (necessária 3 Thomas Malthus (1766-1834) considerou que a revolução industrial aconteceu devido ao crescimento populacional e não em conseqüências das instituições humanas, formulando a chamada teoria da população ou dos limites segundo a qual era insustentável o crescimento geométrico desenfreado da população, frente ao aumento linear da produção de alimentos. 4 Ernest Fritz Shumacher (1982), lançou em 1979 o livro Small is beautiful, fazia parte de vertente da economia política, surgida no século XX, chamada de economia orgânica ou descentralista, cuja idéia chave da sua filosofia econômica é a introdução explícita de valores no pensamento econômico.

5 para assegurar a evolução biológica), com o respeito aos limites do meio ambiente físico. (CAVALCANTI, 2001) Desta forma os conceitos e princípios de DS ainda estão sendo desenvolvidos, alicerçado numa perspectiva de crescimento sem a adequada consideração dos efeitos sobre a qualidade de vida, a ecologia e as habilidades das futuras gerações. O que se deseja é encontrar um equilíbrio entre a manutenção do crescimento econômico, uso prudente dos recursos naturais e proteção ambiental e o progresso social que reconheça a necessidade de todos. Dentre os aspectos do planejamento do desenvolvimento, está incluído o plano plurianual PPA, o qual se projeta as políticas públicas para minorar os impactos do meio ambiente urbano. Assim, a tomada de decisão do administrador publico no combate às mazelas das cidades passa pelo plano plurianual- PPAs. 3. O ÍNDICE DE EXCLUSÃO SOCIAL COMO INDICADOR DE SUSTENTABILIDADE A função básica e principal dos indicadores de sustentabilidade, segundo Gallopin (1996), é apoiar e melhorar a política ambiental e o processo de tomada de decisão em diferentes níveis, em relação aos objetivos estabelecidos. Para ele, indicadores são componentes essenciais na avaliação geral do progresso em direção ao desenvolvimento sustentável. Diante das muitas definições encontradas na literatura para o conceito de indicadores, observa-se que diferentes atores definem diferentes indicadores. O indicador representa uma medida do comportamento de um sistema em termos de significados e atributos perceptíveis. Para desenvolver e identificar indicadores de sustentabilidade são utilizados alguns tipos de sistemas. Nesse caso específico, o sistema utilizado é o município e foi produzido de forma a abranger cada um dos 5.507 municípios brasileiro, segundo o Censo do IBGE (2000). Desta forma foi proposto o índice de exclusão social com o objetivo de ser uma ferramenta analítica capaz de apurar, a partir de dados mais recentes, novos indicadores sociais para o Brasil,

6 de forma a mapear a exclusão em termos de indicadores mais relevantes do que o IDH-M 5, Índice de Desenvolvimento Humano do Município, e que cobrisse todo o território nacional (Pochmann e Amorim, 2003) O IDH como indicador, surgiu da necessidade de revisão das abordagens tradicionais sobre Desenvolvimento Humano. A partir dos trabalhos realizados pela equipe liderada pelo consultor Amartya Sen, foi proposto um novo qualificativo humano, frente à falência dos programas de desenvolvimento no Terceiro Mundo. No entanto, o índice que engloba as dimensões sociais com saúde, educação e renda, não permite transparecer, dado à sua parcialidade, problemas como os que acontecem no Brasil, frente às discrepâncias de rendas, sob o risco de continuar criando apenas um crescimento empobrecedor. Diante disto, Pochmann e Amorim, propuseram um índice mais abrangente, que pudesse expor a realidade brasileira. Segundo os autores, o Índice de Exclusão, é capaz de medir, a partir do afastamento em relação à linha de inclusão, qual o grau de exclusão/inclusão em determinado município, capacitando assim o poder público a visualizar os bolsões de exclusão, definindo políticas públicas adequadas. É desse modo que são apresentados o índice de exclusão social, como um indicador que é concebido pela agregação de dois ou mais valores, que se representa por um único escalar. Segundo Pochmann e Amorim (2003), visualizar um único número torna-se prático para um usuário de índices e indicadores, porém, é preciso que o usuário esteja consciente que, os diversos valores que compõem o índice estão ocultos, ou deverá compreender a complexidade resultante. Isto inclui aceitar eventuais distorções introduzidas no processo de agregação da informação. Em relação ao Cálculo do IES, Jannuzzi (2002) entende que os indicadores buscam sinalizar algum aspecto da realidade, baseando-se na escolha de variáveis capazes de expressar o conceito que se busca representar. A consistência dos indicadores depende da sua referência a um modelo teórico ou a um modelo de intervenção social, em que as variáveis e categorias relevantes e o encadeamento causal lógico entre elas estejam explicitados. 5 Utiliza a metodologia do IDH que investiga apenas quatro indicadores de bem estar social, desenhando a partir dele o grau de exclusão social nos municípios

7 Para encontrar o Índice de Exclusão Social, os autores usaram como parâmetros: a escolha como unidade fundamental, o município, totalizando 5.507 e os resultados do Censo do IBGE (2000). A construção se deu da seguinte forma: foram definidos 3 grandes temas que configuram os componentes da exclusão/inclusão social ou de risco de exclusão/inclusão social: 1. Padrão de vida digno: este componente foi observado por meio de três indicadores: a. Porcentagem de chefes de família pobres no município; b. quantidade de trabalhadores com emprego formal sobre a população em idade ativa; c. uma proxi do índice de desigualdade de renda, calculado pela razão entre a quantidade de chefes de família que ganham acima de dez salários mínimos sobre o número de chefes de família que ganham abaixo disso. Desta forma, foi possível inibir as situações adversas que ocorrem da apuração do IDH tradicional, no que tange à checagem da distribuição de renda no município e a situação do mercado de trabalho. 2. Conhecimento: referenciado pelos indicadores anos de estudo do chefe de família e alfabetização da população acima de cinco anos de idade; 3. Vulnerabilidade ou risco juvenil, no qual o estudo identificou um indicador amplo, considerando o risco da população de tenra idade envolver-se com o crime. Utilizando-se de indicadores como: a. participação de jovens de 0 a 19 anos na população; b. taxa de homicídios por 100 mil habitantes. Utilizando-se destes indicadores, os autores transformaram os dados em índices segundo a fórmula usada por Amartya Sen, quando da criação do IDH (ONU, PNUD, 2002) X i - MIN( X i ) X i,p = ------------------------------------ MAX(X i) - MIN( X i ) Onde: p: identifica qual indicador de bem-estar social está em estudo; i : índice que identifica o município; X: valor do indicador utilizado no cálculo; MIN(X): valor mínimo escolhido do indicador X MAX(X): valor máximo escolhido do indicador X

8 Os valores atribuídos a este índice, foram colocados na mesma base, de modo a dirimir as diferenças de unidades em que se apresentavam. A somatória ponderada dessas variáveis leva a uma pontuação entre 0 e 1. Quanto mais próximo de zero, pior a exclusão. Para Jannuzzi (2002), uma limitação inerente ao indicador social está relacionada à sua capacidade de representar o conceito indicado, sobretudo quando se trata de fenômenos sociais mais complexos, pois, muitas vezes, é preciso valer-se de um conjunto de medidas indiretas com probabilidade de gerar uma mensuração adequada, como condições de vida, desenvolvimento humano e responsabilidade social. Os indicadores do desenvolvimento têm servido como uma importante ferramenta de legitimação do conceito e do paradigma. Neste caso o paradigma foi alicerçado nos seguintes indicadores: concentração de jovens, analfabetismo, escolaridade, emprego, violência, pobreza e desigualdade. Este índice de exclusão social (IES) foi apresentado por Pochmann e Amorin (2003), e se classificam em 3 categorias: Padrão de vida digno, caracterizado pelo Indicador Emprego, que mensura a participação dos assalariados em ocupações formais no total da população em idade ativa, e aponta de maneira indireta uma das marcas da exclusão social própria de onde o mercado de trabalho assalariado nunca chegou a se estruturar minimamente. Pobreza. Este indicador afere a pobreza nas cidades brasileiras. Segundo os princípios básicos da sustentabilidade o princípio de equidade mostra que os problemas ambientais estão relacionados a desigualdades sociais e econômicas. Já o princípio da democracia mostra a importância de resolver problemas ambientais de forma democrática, levando em consideração os anseios dos mais pobres e desvantajosos, incentivando a participação da comunidade envolvida no planejamento político e tomada de decisão. Indicador Desigualdade mede a desequilíbrio entre a distribuição de renda nas famílias situados nos extremos da distribuição de renda. Cada indicador aqui representado contribui com peso de 0,17 do total. A segunda categoria engloba os indicadores relativos ao conhecimento: Analfabetismo. Através deste indicador, com peso de 5,7% do total, pôde-se verificar que a maioria absoluta dos chefes de família não sabe ler ou escrever, indicando que a exclusão social nesses lugares ainda está relacionada à não-alfabetização. Escolaridade, diz respeito ao indicador que mede o nível de

9 instrução os chefes de família. Este estudo pressupõe que a interpretação de sustentabilidade é afetada pelo grau de instrução e pelo tipo de tarefa desempenhada pelo chefe de família. Este indicador representa 11,3% do total dos indicadores A terceira categoria abrange os indicadores de vulnerabilidade ou risco juvenil, que são: Concentração de jovens. Que mensura a participação de cidadãos com até 19 anos de idade no total da população, tem peso 0,17. A partir deste indicador, é possível avaliar além da participação de jovens na sociedade, que é uma das características da exclusão social, presentes em famílias numerosas, compostas por muitas crianças e jovens e que apresentam menor expectativa de vida. Violência, indicador que afere a quantidade de homicídios por cem mil habitantes. Com este índice pôde-se observar que a localização onde este índice é alto, não coincide propriamente com a das cidades onde a exclusão se apresenta com mais clareza, indicando que este indicador obedece a critérios próprios de exclusão. Este indicador representa 15% do total. 4. IES como indicador da sustentabilidade O Índice de Exclusão Social - IES - foi criado em 2002, pela equipe de pesquisadores liderados pelos pesquisadores Márcio Pochmann e Ricardo Amorim com os objetivos de possibilitar o reconhecimento do grau de desigualdade social existente nas diferentes regiões do país e de apoiar a implementação de políticas voltadas à inclusão social. Segundo os dados do Prattein, o índice sintetiza a situação de cada município brasileiro no que se refere aos seguintes indicadores do processo de inclusão/exclusão social: porcentagem de chefes de família pobres no município; taxa de emprego formal na população em idade ativa; desigualdade de renda; taxa de alfabetização de pessoas acima de 5 anos; número médio de anos de estudo do chefe de domicílio; porcentagem de jovens na população; número de homicídios por 100.000 habitantes O índice foi analisado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Enquanto o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU analisa a renda, educação e expectativa de vida; o Índice de Exclusão Social (IES) verifica a renda, alfabetização, escolarização de nível superior, violência e vulnerabilidade infantil.

10 Segundo dados dos pesquisadores, o Brasil despencou desde 2000, mais de 40 posições na classificação de exclusão social do mundo e ocupa a 109ª colocação em um ranking de 175 países, segundo estudo elaborado por 18. Com 0,621 pontos, o Brasil sofre com a desigualdade, o desemprego e a violência. Dentre os países sul-americanos, a Argentina está na 57ª posição, Uruguai é o 58º colocado, Chile o 68º e Peru está no 81º lugar. Cuba está em 45º. Na liderança mundial, está o Canadá, seguido por Japão, Finlândia, Bélgica, Espanha, Noruega, Suíça, Suécia, Estados Unidos e Lituânia. Em 11º aparece a Dinamarca, seguida por Alemanha, Eslovênia, Grécia e França. A última posição pertence a Honduras. A exemplo do IDH, o Índice de Exclusão varia de 0 (exclusão absoluta) a 1 (inclusão total). São extremos apenas teóricos. O pior resultado brasileiro é obtido por Jordão (AC), com o índice 0,230. E o melhor se encontra em São Caetano do Sul (SP), com 0,864(Andion, 2006). O Quadro 1, apresenta na primeira coluna, as capitais brasileiras que apresentam maior índice de desenvolvimento humano, a partir dos dados do IBGE de 2000 e na segunda coluna o índice de exclusão social. Quadro 1 Capitais brasileiras que apresentam o maior índice de desenvolvimento humano X índice de exclusão social Estados IDH IES 2000 2002 Porto Alegre 0,856 0,730 Brasília 0,845 0,708 Rio de janeiro 0,842 0,694 São Paulo 0,841 0,667 Manaus 0,839 0,710 Belo Horizonte 0,774 0,522 Curitiba 0,753 0,486 Fonte: Pochmann e Amorin (2003), IPEA (2003), IBGE (2003)

11 Verifica-se que comparando o IDH com IES, nas mesmas regiões, não significa que os valores do primeiro sejam correlatos ao segundo, indicando que há a impossibilidade de checar itens como a distribuição de renda dentro da unidade escolhida (o município), e a situação do mercado de trabalho. Essas diferenças não invalidam nenhum dos índices, porém indicam os diferentes aspectos que abordam e a variação de valores que ocorre em decorrência dessas diferenças. Para Andion (2006), chama a atenção a urgente necessidade de reversão desse quadro de exclusão histórica, antes que os acampamentos de inclusão sejam engolidos pela selva de exclusão. Não é possível conceber um real projeto de nação sem que se construam alternativas viáveis para diminuir as desigualdades presentes no país. (Andion, 2006).

12 FONTE: POCHMANN e AMORIM (2003) O mapa de exclusão social no Brasil revela de forma geral a insustentabilidade do desenvolvimento do sistema social brasileiro como o conhecido jargão: O Brasil é o país do futuro. Baseando-se nos indicadores supracitados e considerando que o índice toma como base o município, naqueles municípios de grande área geográfica, é possível que se tenha a falsa impressão de que a intensidade de exclusão seja maior em uma região que em outra de menor extensão territorial. Observa-se que nos municípios localizados nos estados das regiões norte e nordeste, grandes áreas de alto grau de exclusão social. Ainda que nos estados da região norte, haja baixa densidade populacional em contraposição a grandes áreas, a exclusão é relativa. Os estados das regiões Sul e Sudeste são os que apresentam as menores áreas de exclusão social.

13 As informações visuais do mapa mostram que a situação se agrava à medida que se caminha do sul do Brasil, para o norte, com alguns bolsões de melhores resultados de difícil compreensão, já que esses indicadores são incapazes de detectar a heterogeneidade existente no interior dos grandes centros urbanos, podendo haver distorções da realidade e mascarando as condições de vida de parte da população brasileira. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O interesse em realizar este estudo surgiu da constatação da diversidade de informações e indicadores de sustentabilidade gerados no âmbito da sociedade brasileira e do seu potencial de uso no processo de planejamento e orçamento. Assim, procurou-se caracterizar e analisar cada um dos indicadores que compõem o índice de exclusão social, bem como identificar possibilidades e limitações de integração destes. O entendimento do significado, dos limites e as potencialidades do uso de indicadores é relevante para subsidiar o processo de tomada de decisões de todos os envolvidos no processo de definição de prioridades sociais, de alocação de recursos orçamentários, execução e avaliação de programas. Os indicadores, quando usados adequadamente, enriquecem a interpretação empírica da realidade social e orienta de forma mais competente a análise, formulação e implementação de políticas sociais (JANNUZZI, 2001). A partir dos dados estudados, e com as informações apresentadas é possível perceber que o que causa a exclusão social não tem fonte única. Numa concepção mais complexa verificase que se trata de um fenômeno multidimensional, que não pode ser explicado sob um único aspecto. Com o levantamento dos dados, pode-se então dar suporte e orientar a escolha de políticas publicas, direcionando para metas relativas a sustentabilidade, encaminhar programas e ações de governo e delineá-los em conformidade com os objetivos estratégicos de médio e curto prazo definidos no PPA. O uso de indicadores como ferramentas, fornecem um senso de direção

14 para tomadores de decisão e quando escolhem entre alternativas de ação, funcionam como ferramentas de planejamento. Para Silva (1995), a sustentabilidade está baseada num processo de melhoria na qualidade de vida da sociedade, pela redução das discrepâncias entre a opulência e a miséria, por meio de diversos mecanismos. Esses mecanismos podem ser: nivelamento do padrão de renda, acesso à educação, moradia, alimentação, entre outros. A gestão publica e o processo decisório, por sua vez, necessitam de novas maneiras de medir o progresso e os indicadores são importante ferramenta nesse processo. Este constituirá o ponto de partida para o cadastro dos programas e ações da proposta orçamentária, que poderá ser utilizado de modo a reduzir o índice de exclusão social no Brasil e as diversas faces dos vários brasis que se construiu ao longo dos séculos. É necessário conhecer essa realidade para enfim transformá-la e torná-la sustentável para a gerações vindouras. 6.REFERÊNCIAS ANDION, Carolina. Revista da FAE. Publicação nº9. Disponível em <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_fae_business/n9/13_atlas.pdf>acessado em 27/07/2006. CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação.são Paulo: Ed. Cultrix, 1999 CAVALCANTI, C. Condicionantes biofísicos da economia e suas implicações quanto à noção do desenvolvimento sustentável. In: Economia do Meio Ambiente: teoria, políticas e a gestão de espaços regionais. ROMEIRO, A. R. et alli. Org. Instituto de Economia, UNICAMP. Ed. EDUNICAMP, 3 a ed.. Campinas, 2001. GALLOPIN. G. S. Emvironment e Sustentability indicators, and concept of situacional indicators. A system approach. Emvironment Modelling & Assessment.n.11996 GUIMARÃES, R. P. A ética da sustentabilidade e a formulação de políticas de desenvolvimento. In: O desafio da sustentabilidade: um debate sócio-ambiental no Brasil. Org. Gilney Viana et alli. SP. Fudação Perseu Abramo, 2001 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2000. Rio de Janeiro: síntese de indicadores sociais. 2001. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/>. Acessado em 10/07//2006.

15 IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. 2003. Disponível em <http://www.ipea.gov.br/asocial/>. Acessado em 25/07/2006. JANNUZZI, Paulo de Martino. Considerações sobre o uso, mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulação e avaliação de políticas públicas municipais. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, v.36, n.1, p. 51-72, Jan./Fev. 2002. MATOS, Carlos. Desenvolvimento Sustentável nos territórios da globalização: alternativa de sobrevivência ou nova utopia? In: BECKER, Bertha K., MIRANDA, Mariana (orgs). A geografia política do desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: editora UFRJ, 1997, ONU - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Manual de orçamento por programas e realizações. Rio de Janeiro: Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, 1971. POLLITT, C. Performance management and financial management: how to integrate them? PUMA/SBO, 1999 apud PUMA/OCDE. Estudos sobre orçamento e gestão nos países da OCDE: uma proposta de estrutura. Revista do Serviço Público. Brasília, ano 53, n. 4, p.5-30, Out./Dez 2002. PEARCE, D.W., E TURNER, R.K. (Economics of natural resources and the environment. New York : Harvester Wheatshef, 1990. SIENA, Osmar. Método para avaliar progresso em direção ao desenvolvimento sustentável. Florianópolis: [s.n], Tese de doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Centro Tecnológico (CTC), Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP), 2002. SHUMACHER, E.F.O negócio é ser pequeno. São Paulo : Círculo do Livro, 1982. SILVA, J.A. Direito ambiental constitucional. 2.ed. São Paulo: Malheiros, 1995. 243p. SPANGENBERG, J.H.; BONNIOT, O. Sustainability indicators: a compass on the road towards sustainability. Wuppertal: Wuppertal Institute, Paper n.81, 1998.34p. TEMPLE, S. Old Issue, New Urgency? In Wisconsin Environmental Dimension, Spring Issue, 1: 1. 1992. VARELA, Patrícia S., MARTINS, Gilberto A.. Indicadores Sociais no Processo Orçamentário do Setor Público: Possibilidades e Limites.2005. WCED- WORLD COMISSION ON ENVIROMENTAL AND DEVELOPMENT. Our Common Future. Oxford: Oxford University Press. 1987. http://www.prattein.com.br/prattein/texto.asp?id=45 WWF: Fundo Mundial para a Natureza (WWF/Brasil). Living Planet Report 2002. Disponível em <http://www.wwf.org.br/informa/doc/livingplanet_2002.pdf>. Acessado em 15.07.2006.