Aula- conferência ministrada por: Francisco João Lopes Doutorando DLCV- FFLCH- USP Sob orientação: Profª Drª Márcia Oliveira

Documentos relacionados
AQUISIÇÃO DAS RELATIVAS PADRÃO EM PB DURANTE A ESCOLARIZAÇÃO

PAPIA 22(2), p , ISSN eissn

As construções de tópico marcado no português falado no Libolo/Angola

A SELEÇÃO ARGUMENTAL NA AQUISIÇÃO DE PORTUGUÊS ESCRITO POR SURDOS

Dados de mudança no sistema de relativização em português brasileiro

MOVIMENTO OU DEPENDÊNCIAS DESCONTÍNUAS: UMA REFLEXÃO INTRODUTÓRIA SOBRE ABORDAGENS DE INTERROGATIVAS-QU NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO EM UM LIVRO DIDÁTICO: GRAMÁTICA NORMATIVA VS. GRAMÁTICA EXPLICATIVA/GERATIVA

LINGUAGEM E COGNIÇÃO: A REFERENCIALIDADE

O modelo raising de descrição de cláusulas relativas: evidências do português1 Eduardo Kenedy (UERJ) Resumo Abstract Palavras-chave Key words

UMA ANÁLISE UNIFICADA DOS TRÊS TIPOS DE RELATIVAS RESTRITIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO *

TÓPICO III: INTRODUÇÃO A UMA ABORDAGEM FORMAL DA GRAMÁTICA 1. Teoria X-barra (ou: dos Constituintes Sintáticos)

Ambiguidade estrutural e variação na concordância número-pessoa em clivadas canônicas no português brasileiro

Estratégias de Relativização em Português Europeu o caso das relativas resumptivas*

AQUISIÇÃO DE CLÍTICOS E ESCOLARIZAÇÃO

O OBJETO DIRETO ANAFÓRICO E SUAS MÚLTIPLAS REALIZAÇÕES NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

INTERFERÊNCIA DE L1 EM PRODUÇÕES EM L2: O CASO DAS ORAÇÕES RELATIVAS PREPOSICIONADAS EM PORTUGUÊS BRASILEIRO E INGLÊS

RELATÓRIO DE CONFERÊNCIA DE PROJETOS DE PESQUISA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

PRONOMES E CATEGORIAS VAZIAS EM PORTUGUÊS E NAS LÍNGUAS ROMÂNICAS, UMA CONVERSA COM SONIA CYRINO

IX SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS 21 e 22 de setembro de 2017

AS ORAÇÕES RELATIVAS NO PORTUGUÊS FALADO EM FEIRA DE SANTANA-BA

Introdução a uma abordagem formal da sintaxe Teoria X-barra, II

A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10

SOBRE AS ORAÇÕES GERUNDIVAS COM SUJEITO ORACIONAL NO PORTUGUÊS DO BRASIL

A Relativa Resumptiva Em Dois Momentos Do Português Brasileiro

A AQUISIÇÃO DE SUJEITO NULO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO (PB): UM ESTUDO COMPARATIVO 1

Pronome relativo A língua portuguesa apresenta 7 formas de pronomes e advérbios relativos consensuais: Que O que Quem O qual Onde Quanto Cujo

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9. A NOÇÃO DE CONSTITUINTE...15 Objetivos gerais do capítulo Leituras complementares...53 Exercícios...

A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA *

Peso fonológico e foco informacional no sujeito em português europeu (PE)

AS RELATIVAS PREPOSICIONADAS PADRÃO SÃO NATURAIS AOS

O sujeito pré-verbal focalizado informacionalmente em português: prosódia e posição sintática

TIPOS DE SINTAGMAS E REPRESENTAÇÕES ARBÓREAS FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 23/05/2018 SAULO SANTOS

O PRONOME RELATIVO QUE E ESTRATÉGIAS DE RELATIVIZAÇÃO EM PRODUÇÕES ESCRITAS DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 2 1

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE LETRAS DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA, PORTUGUÊS E LÍNGUAS CLÁSSICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA

(2) SN N (SP)/(Adj) {gerando por exemplo: SN = N-livro SP-de chocolate; SN = N-rabo Adj-amarelo]

DESDEMONIZANDO O ENSINO DE GRAMÁTICA. Emilio Pagotto - USP

PLANO DE ENSINO SEMESTRE: 2016_1

Catarina Selas Santos. Relativas cortadoras no português europeu falado: interação com as variáveis sociais

RELATIVAS LOCATIVAS COM ONDE QUE, EM TEXTOS DA INTERNET

Palestra na USPSão Paulo, 11 de setembro de Pseudo-clivadas. Carlos Mioto Universidade Federal de Santa Catarina/CNPq

CONTRIBUIÇÃO PARA A DEFINIÇÃO DO PERFIL LINGUÍSTICO DOS ALUNOS DO ENSINO BÁSICO: o caso das orações relativas

Pronomes, determinantes e advérbios relativos

Aprendizagem e uso das relativas convencionais 1 Hosana dos Santos Silva *

V SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS

A variação no sistema preposicional do Português do Brasil

Uma proposta de arquitetura

Do que as crianças sabem ao que. João Costa (FCSH-UNL)* Jornadas sobre o ensino do português FCSH, Maio de 2008

Construções comparativas em português: porque algumas são mais iguais que outras 1

Funções gramaticais: Complemento e adjunto. Luiz Arthur Pagani (UFPR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV. Evento: Concurso Público para Provimento de Cargos Técnico-Administrativos em Educação

Movimentos de constituintes na língua Tembé 1

Linguística O Gerativismo de Chomsky

Disciplinas Optativas

A HIPOSSEGMENTAÇÃO E HIPERSEGMENTAÇÃO NOS DOCUMENTOS INÁBEIS PORTUGUESES E BRASILEIROS 30

SINTAXE DO PORTUGUÊS I AULA 7 2/4 de maio Tema: Construções Monoargumentais: (i) Inacusativas, (ii) Inergativas, (iii) Com Verbos Leves.

1 Complementos e modificadores Distinção estrutural entre complementos e modificadores... 3

A HIPÓTESE DA ANTINATURALIDADE DE PIED-PIPING: EVIDÊNCIAS DE TESTE DE JUÍZO AUTOMÁTICO DE GRAMATICALIDADE EM PORTUGUÊS

DESEMPENHO DE INDIVÍDUOS NORMAIS E AFÁSICOS EM TESTE DE JUÍZO DE GRAMATICALIDADE SOBRE ORAÇÕES RELATIVAS PREPOSICIONADAS

pág Anais do XVI CNLF. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2012.

Resolução de anáfora no contexto do sluicing: O caso do Português Brasileiro

Nona semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia. A Teoria da Ligação

O custo de processamento de orações relativas: um estudo experimental sobre relativas com pronome resumptivo no Português Brasileiro

REVISÃO. Profª Fernanda Machado

Bárbara da Silva. Português. Aula 52 Adjunto adnominal

Construções relativas na língua Shanenawa (Pano)

01 Q Português Sintaxe

Análise de corpus, a intuição do lingüista e metodologia experimental na pesquisa sobre as orações relativas do PB e do PE.

As orações relativas no falar feirense: uma descrição preliminar

Capítulo1. Capítulo2. Índice A LÍNGUA E A LINGUAGEM O PORTUGUÊS: uma língua, muitas variedades... 15

ESTARÁ O PORTUGUÊS BRASILEIRO DEIXANDO DE SER LÍNGUA DE SUJEITO-PREDICADO? *

OS SINTAGMAS ADVERBIAIS NA ARQUITETURA DA SENTENÇA DAS LÍNGUAS NATURAIS: DUAS PERSPECTIVAS FORMALISTAS DE ANÁLISE LINGUÍSTICA

COMPORTAMENTO DO PRONOME RELATIVO QUE EM TEXTOS DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Is he a book? Animacy restrictions of the overt pronoun in European Portuguese

ELEMENTOS ANAFÓRICOS NA COORDENAÇÃO 1

CONSTRUÇÕES COM VERBOS DE ALÇAMENTO: UM ESTUDO DIACRÔNICO FERNANDO PIMENTEL HENRIQUES DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS

a) houve uma mudança na direção de cliticização do PB (NUNES, 1996); b) os pronomes retos estão sendo aceitos em função acusativa;

P R O G R A M A EMENTA: OBJETIVOS:

Vimos que os movimentos deixam vestígios. Mas o que são vestígios?

Funções gramaticais: Sujeito e predicado. Luiz Arthur Pagani (UFPR)

Interrogativas, relativas e clivadas

SENTENÇAS RELATIVAS EM CARTAS DE INÁBEIS

Um dos principais filtros impostos pela estrutura de superfície é o filtro de Caso. O filtro de Caso pode ser expresso da seguinte maneira:

RESENHA/REVIEW. Resenhado por/by: Juliana Esposito MARINS (Doutorando do PPG em Letras Vernáculas - UFRJ)

Curso: Letras Português/Espanhol. Disciplina: Linguística. Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus

CATEGORIAS LEXICAIS EM LIBRAS

PORTUGUÊS III Semestre

Sobre a classificação das Subordinadas Substantivas / Completivas aquela revisão que você reixpeita! 1

Funções gramaticais: Objeto direto e indireto. Luiz Arthur Pagani (UFPR)

O PORTUGUÊS BRASILEIRO: UMA LÍNGUA DE FOCO OU CONCORDÂNCIA PROEMINENTE? 1. PB: Proeminência de Concordância versus Proeminência de Foco

O SISTEMA DE CASOS: INTERFACE ENTRE A MORFOLOGIA E A SINTAXE Dimar Silva de Deus (Unipaulistana)

Português. Termos Integrantes da Oração: Objeto Direto, Objeto Indireto e Agente da Passiva. Professor Arthur Scandelari

CONCURSO DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE/2014 FORMULÁRIO DE RESPOSTA AOS RECURSOS - DA LETRA PARA A LETRA

AS ORAÇÕES RELATIVAS NAS ATAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE OURO PRETO/MG 1

Efeitos de animacidade do antecedente na interpretação de pronomes sujeito

Ensino da Língua Materna como Desenvolvimento da Consciência Linguística

ESTRUTURA DE CONSTITUINTES FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 02/05/2018 SAULO SANTOS

Transcrição:

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO / USP - FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS / FFLCH DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS / DLCV, ÁREA DE FILOLOGIA E LÍNGUA PORTUGUESA / AFLP Disciplina: FLCO277 Sintaxe do Português I ano: 2015 Docente Responsável: Profa. Dra. Márcia Santos Duarte de Oliveira Aula- conferência ministrada por: Francisco João Lopes Doutorando DLCV- FFLCH- USP Sob orientação: Profª Drª Márcia Oliveira

Sintagma Complemen.zador (CP) Aspectos do sintagma complementizador Oliveira, 2010: 259. Uma projeção do núcleo C(omplementizador), de natureza funcional; Projeta uma posição de especificador (Spec) o local de pouso de sintagmas movidos de dentro de um TP; O complemento estrutural de um C é sempre uma oração (TP) Um CP serve pra ligar duas TPs

Uma Construção Rela.va Canônica (1) Estão a combater os jovens [ que praticam o ato], mas não o ato (2) Estão a combater [ quem pratica o ato], mas não o ato (a) Uma construção relativa se forma por uma relação de encaixamento entre uma oração principal (daqui em diante, PR) e uma oração relativa (daqui em diante, REL). A PR é exemplificada em (1) [Estão a combater os jovens]; (ii) a REL é exemplificada em (1) [que praticam o ato].

Uma Construção Rela.va Canônica (b) Uma construção relativa apresenta um antecedente da REL. Numa construção relativa, o antecedente pode ser explícito (realizado fonologicamente, como em (1)) ou implícito (não realizado fonologicamente, como em (2)). Por questões de uniformidade de análise das construções relativas, é assumida a hipótese de que toda construção relativa tem um antecedente ver, entre outros, Móia (1992).

Uma Construção Rela.va Canônica (c) Em uma construção relativa a REL é introduzida por um elemento referido na tradição gramatical e na literatura linguística como pronome relativo: Em (1): que Em (2): quem Segundo Chomsky (1977), o pronome relativo aparece sempre na posição inicial da sentença por movimento- wh (ou seja movimento do elemento- Qu da sua posição de dentro da oração encaixada para a posição de especificador de CP).

Uma Construção Rela.va Canônica (3) Prestem bem atenção só [na primeira parte em que a menininha vai cantar] Em (3) o elemento que introduz a oração relativa não é apenas o pronome relativo, mas sim um constituinte relativo, formado por uma preposição que precede o pronome relativo (ou locução) na REL cf. (MÓIA, 1995: capítulo 5). Em tais casos, essa preposição pode anteceder o pronome relativo (estratégia pied piping) como é o caso da preposição em no exemplo (3)

Pied piping refere- se a um fenômeno sintático em que um dado sintagma é movido com todas as suas partes". O termo foi cunhado pelo linguista John Robert Ross e liga- se ao flautista de Hamelin, da figura dos contos de fadas que atraiu ratos (e crianças), tocando sua flauta (todos se moviam ao som da flauta). Ross (1967: 206; a tradução é minha) estabelece a Convenção Pied Piping

Construções Rela.vas Não Canônicas (4)... não foram vocacionados para escolher [uma área que o mercado de trabalho hoje precisa] Sentenças em que a preposição é omitida são chamadas relativas não canônicas e são conhecidas na literatura como cortadoras exemplo (4).

Construções Rela.vas Não Canônicas Além das relativas cortadoras há também as relativas não canônicas resumptivas As relativas resumptivas foram primeiramente apontadas para o português brasileiro por Tarallo (1983) (5) E um deles foi esse fulano aí, que eu nunca tive aula com ele Tarallo (1996: 86; dado 5, renumerado). Em (5) observa- se o pronome resumptivo ( pronome lembrete para o PE) ele na posição relativizada da oração encaixa, antecedido da preposição com.

A estratégia resumptiva é também atestada na literatura da variedade do português europeu PE (ver ALEXANDRE, 2000, entre outros). Veja o exemplo abaixo em PE: (6) Existem aqueles morros aqueles i [ CP que eles [ OI lhes] i chamam morros] e que nós cá chamaríamos... Em (6), chamo a atenção para o clítico lhes que funciona como pronome resumptivo na relativa em PE. Alexandre (2000: 63).

Estratégia P- Chopping em PB e PE Importante ainda dizer que, tanto em PB quanto em PE, atesta- se a estratégia P- Chopping: PB (7) A moça que eu conversei ontem Ribeiro (2009: 194). PE (8) Custou- me ouvir da boca do Octávio um insulto [ OBL [ P Ø] que eu não contava ] Alexandre (2000: 56).

O cão a que tu fizeste festas fugiu Adaptado de Brito & Duarte, 2003: 666

No Português falado em Cabo Verde - PCV, pesquisas em andamento evidenciam o fato de não se atestar a estratégia de relativização não canônica resumptiva. Observe o exemplo da Bíblia falado na língua: PCV (9)a. ensina a criança no caminho [ P Ø que deve andar] e quando for velho não se desviará dele b.* ensina a criança no caminho [que deve andar nele] e quando for velho não se desviará dele

Em (9a), por meio do símbolo [ P Ø], é marcada a ausência a preposição em dá- se a estratégia P- chopping ou cortadora. No entanto, na posição relativizada, não se dá preenchimento de qualquer pronome lembrete. Isso é comprovado pela agramaticalidade em (9b), causada pela presença do pronome resumptivo nele na posição relativizada.

Conclusão A estratégia de relativização não canônica cortadora é atestada nas três variedades do português sob cotejo: PB (dado 7), PE (dado 8) e PCV (dado 9); Já a estratégia de relativização não canônica rusumptiva é atestada em PB (dado 5) e PE (dado 6), mas não atestada em PCV, de acordo com os dados de Lopes (2015) pesquisa em andamento.

Referências Alexandre. 2000. A Estratégia Resumptiva em Relativas Restritivas do Português Europeu. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Letras Universidade de Lisboa. Brito, Ana Maria & Duarte, Inês. 2003. Orações relativas e construções aparentadas. In: M.H.M Mateus et al (eds), Gramática da língua portuguesa. Capítulo 16. Lisboa: Caminho. Chomsky, N. 1977. On wh- movement. In Culicover, P. W., Wasow, Thomas, and Akmajian, Adrian (eds), Formal Syntax, New York.

Lopes, Francisco João. 2015. Análise morfossintática dos pronomes- Q no português falado em Cabo Verde. Relatório de Qualificação do Programa de Doutorado em Filologia e Língua Portuguesa. Departamento Letras Clássicas e Vernáculas Faculdade Filosofia Letras e Ciências Humanas Universidade de São Paulo. Móia, Telmo. 1992. A Sintaxe das Orações Relativas sem Antecedente Expresso do Português, Dissertação de mestrado, Faculdade de Letras - Universidade de Lisboa. Oliveira, Márcia S. D. (2010). Análise Sintática do Português Falado no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Multifoco. Tarallo, Fernando. 1983. Relativization stratgies in brazilian portuguese. University of Pennsylvania. Ph.D. Dissertation.