Seminário da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil Situação das Indústrias Petroquímica e Química no Brasil Marcos Antonio De Marchi Elekeiroz S.A.
Química é vida Quando uma folha de árvore é exposta à luz do sol e é iniciado o processo da fotossíntese, o que está ocorrendo é química; Quando o nosso cérebro processa milhões de informações para comandar nossos movimentos, emoções ou ações, o que está ocorrendo é química; A química está presente em todos os seres vivos; O corpo humano é uma grande usina química; Reações químicas ocorrem a cada segundo para que o ser humano possa continuar vivo. Quando não há mais química, não há mais vida.
Faturamento Líquido (US$ bilhões) Crescimento 1990-2011 (% a.a.) Mundo + 7% Brasil + 8% China + 18% A indústria química mundial movimenta US$ 5,1 trilhões e continua crescendo. Países importantes não abrem mão da indústria química. Brasil bem posicionado. 4.100 5.100 PAÍS FATURAMENTO (US$ bi) 1 CHINA 1.286 2 EUA 759 3 JAPÃO 382 4 ALEMANHA 261 2.600 5 CORÉIA 172 6 BRASIL 157 1.200 1.600 1.700 7 ÍNDIA 152 8 FRANÇA 151 9 ITÁLIA 115 10 RÚSSIA 114 11 REINO UNIDO 103 12 TAIWAN 90 1990 1995 2000 2005 2010 2011 Outros Itália França Índia Brasil Coréia Alemanha Japão EUA China 13 HOLANDA 83 14 ESPANHA 82 15 SUIÇA 73 Fontes: ACC, Cefic e Abiquim 3
No Brasil o consumo de produtos químicos cresce muito mais rapidamente que a produção local 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Faturamento Líquido 2012: US$ 153 bi (Nº índice) 250 Consumo Aparente Nacional (CAN) Produtos Químicos de Uso Industrial (Imp. %) 35 Outros 1% Produtos químicos de uso industrial 47% Produtos Farmacêuticos 17% 200 150 100 30 25 20 15 Fibras artificiais e sintéticas 1% Tintas, esmaltes e vernizes Defensivos 3% agrícolas 6% Produtos de limpeza 5% Higiene pessoal, perfumaria e cosméticos 9% Fertilizantes 11% 50 0 Produção CAN % Importação/CAN * 10 5 0 Fontes: Abiquim e associações d os segmentos específicos. Fonte: RAC. * = últimos doze meses encerrados em outubro. 4
Química é vida No Brasil, a indústria química paga melhor e demanda mão de obra mais qualificada 2.500 Remuneração Média R$2.345,86 18% 16% Escolaridade 15,90% 2.000 14% 12% 1.500 1.000 500 R$1.335,06 10% 8% 6% 4% 2% 6,43% 3,49% 6,50% 0 Fabricação de Produtos Químicos Indústria de transformação 0% SUP. INCOMP SUP. COMP Fabricação de Produtos Químicos Indústria de transformação Fontes: RAIS / Caged Ministério do Trabalho
Química é vida O número de empregos tem aumentado, mas poderia aumentar mais, se a produção local acompanhasse o consumo Número de empregados diretos da indústria química (x1000) 394 388 395 374 331 338 342 351 309 310 305 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10* Fontes: IBGE e Abiquim Chemical Industry Total *Estimado
A indústria química andou de lado nesta última década, resultando em menor participação no PIB Participação da indústria química no PIB do Brasil (%) 3,6 3,3 3,3 3,0 3,0 3,0 3,0 2,7 2,8 2,5 2,5 2,5 2,5 2,7 2,1 2,0 2,1 2,1 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 1112(*) Nota: Admitindo-se que o valor agregado, em média, seja de 40%. Fonte: Abiquim. (*) estimado. 7
Progressos tem sido feitos, mas os gargalos para saturar as plantas e atrair novos investimentos continuam... Falta compromisso firme sobre matérias primas a volumes garantidos e preços internacionalmente competitivos. Gás natural é principal exemplo; Tributação complexa, distorcida e elevada; Logística deficiente: falta gasodutos, navegação de cabotagem, transporte ferroviário; Elevado custo de capital; Baixa geração de inovação; Em menor grau: carência de recursos humanos qualificados
jan-01 jan-02 jan-03 jan-04 jan-05 jan-06 jan-07 jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 A lei do gás existe há 5 anos, mas ainda não foi regulamentada. Enquanto isso o Gás natural Brasil vs EUA Referência: em US$/MBTU 16 14 12 10 8 6 4 2 0 16 14 12 10 8 6 4 2 0 EUA (Henry Hub) Brasil (Média nacional e boliviano) Fonte: Gas Energy, elaboração ABIQUIM.
jan-01 jan-02 Aplausos para a redução de tarifas de Energia Elétrica; mas no Brasil ela continua custando o dobro que nos EUA, apesar de matriz energética competitiva (hidroelétrica) jan-03 jan-04 jan-05 jan-06 jan-07 jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Referência: em US$/MWh mensal Fonte: ABICLOR, elaboração ABIQUIM.
A parte cheia do copo... Desenvolvemos a 6ª indústria química do mundo ainda quando não tínhamos petróleo ; O Pré-Sal trará uma nova perspectiva em petróleo e gás para o Brasil: Passaremos de 2,0 a 4,2 mbpd até 2020; O gás associado é maior do que se esperava; Passaremos de 2,0 a 3,0 mbpd a capacidade das refinarias Agricultura brasileira é cada vez competitiva; Os processos para gerar produtos químicos a partir de produtos agrícolas estão se multiplicando e tem evoluído tecnologicamente
Oportunidades de investimento na química para os próximos 10 anos são da ordem de US$ 170 bilhões O crescimento da economia demanda enorme esforço de crescimento da indústria química, com investimentos intensivos em capital. Oportunidades de Investimento 2010-2020 15 20 (em US$ bilhões) Para que o País possa caminhar na direção das oportunidades serão necessários investimentos pelo menos três vezes mais elevados dos planejados no momento. 87 crescimento econômico 45 recuperação do déficit Total US$ 167 bilhões química renovável pré-sal 167 total Fonte: Abiquim/Pacto Nacional da Indústria Química. Além dos investimentos em capacidade, a indústria química deverá realizar US$ 32 bilhões em P&D.
Projetos para expansão da oferta aprovados ou em andamento somam apenas US$ 8 bilhões. Outros US$ 11 bilhões vem sendo estudados. Butadieno (Braskem) 2% Coque de petróleo calcinado (Coquepar) 4% Cloretos de polivinila (PVC) (Braskem) 6% Óxido de eteno (Oxiteno) 2% PET (Petroquímica Suape) 7% Outros 21% Complexo Acrílico (Basf) 9% Total US$ 7,6 bilhões Amônia (Petrobras) 31% Ácido tereftálico purificado (Petroquímica Suape) 18% Fonte: Anuário da Indústria Química Brasileira.
Resumo sobre a situação atual da Indústria Química no Brasil Países líderes na economia mundial são também líderes na química; A indústria química brasileira é cada vez mais expressiva no mundo; A indústria química brasileira gera empregos de qualidade; No entanto: A falta de competitividade leva o setor a utilizar hoje menos de 80% de sua capacidade instalada. Importações são da ordem de 30% do consumo; A infra-estrutura afeta negativamente: portos, estradas, ferrovias, gasodutos; O nível de investimentos é insuficiente, tanto em ativos como em Pesquisa e Desenvolvimento; Mas: Temos à frente uma excelente razão para virarmos este jogo: gás e petróleo do pré-sal, mais refinarias e matérias primas alternativas, de fonte renovável;
Conselho Competitividade Química está tudo planejado e proposto, agora é preciso implementar! Os problemas que afetam a Indústria Química foram analisados, em conjunto entre representantes dos trabalhadores, do Governo e das empresas. Apresentadas sugestões de encaminhamento do assunto em maio 2012.
Agendas Estratégicas Setoriais Indústria Química OBJETIVO: AMPLIAR O INVESTIMENTO FIXO Medidas: Implantar Regime Especial de Incentivo ao Investimento na Indústria Química - REPEQUIM (Prazo: 08/2013. Responsáveis: MDIC e MF) Implantar o Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de Fertilizantes - REIF (Prazo: 08/2013. Responsáveis: MDIC e MF) OBJETIVO: REDUZIR CUSTO DE MATÉRIAS PRIMAS Medidas: Desonerar PIS/Cofins sobre matérias-primas petroquímicas (Prazo: 08/2013. Responsável: MF) Implantar política competitiva para viabilizar o uso de gás matéria-prima da indústria (Prazo: 12/2013. Responsável: MME) OBJETIVO: AMPLIAR A PARTICIPAÇÃO DA QUÍMICA DE ORIGEM RENOVÁVEL Medida: Implantar Regime Especial de Incentivo à Inovação na Indústria Química para utilização de recursos renováveis como matérias-primas: REIQ Inovação (Prazo: 08/2013. Responsável: MDIC)
Obrigado! Marcos A. De Marchi Diretor Presidente Diretor de Relações com Investidores Vice-Presidente Coordenador da Comissão de Economia marcos.demarchi@elekeiroz.com.br