FÉ EM JESUS CRISTO SEGUNDO BENTO XVI CELEBRADA ANUNCIADA NOVA EVANGELIZAÇÃO

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Transcrição:

FÉ EM JESUS CRISTO FÉ SEGUNDO BENTO XVI FÉ ANUNCIADA FÉ CELEBRADA NOVA EVANGELIZAÇÃO

O QUE JÁ ESTUDAMOS NA SEÇÃO FÉ EM JESUS CRISTO?

RELEMBRANDO CREIO EM JESUS CRISTO, SEU ÚNICO FILHO, NOSSO SENHOR

RELEMBRANDO Creio = fé Jesus = nome que salva Cristo = título messiânico Único Filho = somos filhos no Filho Senhor = Ele é o Kyrios

O QUE ESTUDAREMOS HOJE NA SEÇÃO FÉ EM JESUS CRISTO?

TEMÁTICA DA AULA JESUS FOI CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO

TEMÁTICA DA AULA A concepção da Segunda Pessoa da Trindade no seio de Maria a Teologia chama de Encarnação.

TEMÁTICA DA AULA O CIC, ao falar da Encarnação, apresenta o seguinte esquema: Razões da Encarnação Conceito de Encarnação Princípio Calcedônico Dimensões da humanidade de Cristo: alma, conhecimento, vontade, corpo e afeto

RAZÕES DA ENCARNAÇÃO DIMENSÕES DA HUMANIDADE DE CRISTO CONCEITO DE ENCARNAÇÃO PRINCÍPIO CALCEDÔNICO

RAZÕES DA ENCARNAÇÃO DIMENSÕES DA HUMANIDADE DE CRISTO CONCEITO DE ENCARNAÇÃO PRINCÍPIO CALCEDÔNICO

1. RAZÕES DA ENCARNAÇÃO

1. RAZÕES DA ENCARNAÇÃO Razão Soteriológica O Verbo se fez carne para nos salvar (CIC 457)

1. RAZÕES DA ENCARNAÇÃO Razão Gnosiológica O Verbo se fez carne para conhecermos o amor de Deus (CIC 458)

1. RAZÕES DA ENCARNAÇÃO Razão Ética O Verbo se fez carne para ser nosso modelo (CIC 459)

1. RAZÕES DA ENCARNAÇÃO Razão Participativa O Verbo se fez carne para participarmos da natureza divina (CIC 460)

1.1 Razão Soteriológica Teoria da Satisfação Substitutiva

1.1 Razão Soteriológica O Verbo de Deus se fez carne para salvar-nos (CIC 457)

1.1 Razão Soteriológica Posição da Idade Média Santo Anselmo (século XI) Cur Deus homo?

1.1 Razão Soteriológica Deus recebeu uma ofensa pelo pecado e essa ofensa precisa ser reparada

1.1 Razão Soteriológica Somente o homem Jesus, nascido sem pecado, pode dar a Deus uma satisfação: a sua vida

1.2 Razão Gnosiológica Teoria do Conhecimento de Deus

1.2 Razão Gnosiológica O Verbo se fez carne para que assim conhecêssemos o amor de Deus (CIC 458)

1.2 Razão Gnosiológica Conhecimento Relação profunda, íntima e intensa

1.2 Razão Gnosiológica Posição da Cristologia Antiga, principalmente das comunidades joaninas

1.3 Razão Ética Teoria do Referencial

1.3 Razão Ética Jesus era o grande modelo de tendência ética dos homens e nisto se buscava o significado salvífico de Jesus

1.3 Razão Ética Este parece ter sido o pensamento cristológico capital de Orígenes (século III)

1.3 Razão Ética O que Jesus faria em meu lugar?

1.4 Razão Participativa Teoria da Divinização

1.4 Razão Participativa Deus se encarna para que o ser humano se divinize, para que se torne "Deus"

1.4 Razão Participativa Posição da Cristologia Antiga Santo Ireneu (século II) Santo Atanásio (século III)

1.4 Razão Participativa A divinização é consequência do movimento de Deus ao homem

1.4 Razão Participativa Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, a razão pela qual o Filho de Deus se tornou Filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo, assim, a filiação divina, se torne filho de Deus (Santo Ireneu)

1.4 Razão Participativa A Encarnação é a possibilidade de que o Verbo se comunique novamente ao ser humano, de maneira humana, visto que a comunicação havíamos perdido mediante o pecado

1.4 Razão Participativa O homem foi criado à imagem de Deus (Cf. Gn 1,26) O Verbo é a imagem de Deus (Cf. Col 1,15)

1.4 Razão Participativa Pois o Filho de Deus se fez homem para que o homem se torne Deus (Santo Atanásio)

RAZÕES DA ENCARNAÇÃO DIMENSÕES DA HUMANIDADE DE CRISTO CONCEITO DE ENCARNAÇÃO PRINCÍPIO CALCEDÔNICO

2. CONCEITO DE ENCARNAÇÃO

2. CONCEITO DE ENCARNAÇÃO A Igreja chama Encarnação ao fato de o Filho de Deus ter assumido uma natureza humana para nela levar a efeito a nossa salvação (CIC 461)

2. CONCEITO DE ENCARNAÇÃO O que significa a palavra Encarnação? É a versão portuguesa do latim incarnatio, que por sua vez é a tradução literal do grego sárkosis (carne), tomada em sinédoque por homem ; encarnar-se é tornar-se homem.

2. CONCEITO DE ENCARNAÇÃO O Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14)

2. CONCEITO DE ENCARNAÇÃO O núcleo da fé cristã é a Encarnação A fé na verdadeira Encarnação do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã (CIC 463)

RAZÕES DA ENCARNAÇÃO DIMENSÕES DA HUMANIDADE DE CRISTO CONCEITO DE ENCARNAÇÃO PRINCÍPIO CALCEDÔNICO

3. PRINCÍPIO CALCEDÔNICO

3. PRINCÍPIO CALCEDÔNICO Termo referente ao Concílio de Calcedônia (451), que promulgou que Cristo é Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem

3. PRINCÍPIO CALCEDÔNICO O acontecimento único e absolutamente singular da Encarnação do Filho de Deus não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que seja o resultado de uma mistura confusa do divino com o humano. Ele se fez verdadeiro homem, permanecendo verdadeiro Deus. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem (CIC 464)

3.1 Heresias Combatidas Docetismo Jesus não tinha um corpo real

3.1 Heresias Combatidas Adocionismo Jesus era filho adotivo de Deus

3.1 Heresias Combatidas Arianismo Jesus foi criado pelo Pai

3.1 Heresias Combatidas Apolinarismo Jesus não tinha alma humana

3.1 Heresias Combatidas Nestorianismo em Jesus havia duas pessoas

3.1 Heresias Combatidas Monofisismo Cristo tinha uma só natureza

3.1 Heresias Combatidas Monotelismo Jesus não tinha vontade humana

RAZÕES DA ENCARNAÇÃO DIMENSÕES DA HUMANIDADE DE CRISTO CONCEITO DE ENCARNAÇÃO PRINCÍPIO CALCEDÔNICO

4. DIMENSÕES DA HUMANIDADE DE CRISTO

4. DIMENSÕES DA HUMANIDADE DE CRISTO Princípio dos Santos Padres O que não foi assumido não é redimido

4. DIMENSÕES DA HUMANIDADE DE CRISTO Uma vez que, na união misteriosa da Encarnação, a natureza humana foi assumida, não absorvida, a Igreja, no decorrer dos séculos, foi levada a confessar a plena realidade da alma humana, com as suas operações de inteligência e vontade, e do corpo humano de Cristo. Mas, paralelamente, a mesma Igreja teve de lembrar repetidamente que a natureza humana de Cristo pertence, como própria, à pessoa divina do Filho de Deus que a assumiu. Tudo o que Ele fez e faz nela, depende de um da Trindade. Portanto, o Filho de Deus comunica à sua humanidade o seu próprio modo de existir pessoal na Santíssima Trindade. E assim, tanto na sua alma como no seu corpo, Cristo exprime humanamente os costumes divinos da Trindade (CIC 470)

4. DIMENSÕES DA HUMANIDADE DE CRISTO Na realidade o mistério do homem só se torna claro verdadeiramente no mistério do Verbo encarnado. Cristo manifesta plenamente o homem ao próprio homem e lhe descobre a sua altíssima vocação. Não é, portanto, de se admirar que em Cristo estas verdades encontrem sua fonte e atinjam seu ápice

4. DIMENSÕES DA HUMANIDADE DE CRISTO Imagem do Deus invisível (Col 1,15), Ele é o homem perfeito, que restituiu aos filhos de Adão a semelhança divina, deformada desde o primeiro pecado. Como a natureza humana foi n'ele assumida, não aniquilada, por isso mesmo também foi em nós elevada a uma dignidade sublime. Com efeito, por Sua encarnação, o Filho de Deus uniu-se de algum modo a todo homem. Trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado (GS 22)

4.1 A Alma de Cristo Esta alma humana, que o Filho de Deus assumiu, é dotada de um verdadeiro conhecimento humano. Como tal, este não podia ser por si mesmo ilimitado. Exercia-se nas condições históricas da sua existência no espaço e no tempo. Foi por isso que o Filho de Deus, fazendo-se homem, pôde aceitar crescer em sabedoria, estatura e graça (Lc 2, 52) e também teve de Se informar sobre o que, na condição humana, deve aprender-se de modo experimental. Isso correspondia à realidade do seu abatimento voluntário na condição de servo (CIC 472)

4.1 A Alma de Cristo Mas, ao mesmo tempo, este conhecimento verdadeiramente humano do Filho de Deus exprimia a vida divina da sua pessoa. A natureza humana do Filho de Deus, não por si mesma, mas pela sua união com o Verbo, conhecia e manifestava em si tudo o que é próprio de Deus. É o caso, em primeiro lugar, do conhecimento íntimo e imediato que o Filho de Deus feito homem tem do seu Pai. O Filho também mostrava, no seu conhecimento humano, a clarividência divina que tinha dos pensamentos secretos do coração dos homens (CIC 473)

4.2 A Vontade Humana de Cristo De igual modo, a Igreja confessou, no sexto Concilio ecumênico, que Cristo possui duas vontades e duas operações naturais, divinas e humanas, não opostas, mas cooperantes, de maneira que o Verbo feito carne quis humanamente, em obediência ao Pai, tudo quanto decidiu divinamente com o Pai e o Espírito Santo para a nossa salvação. A vontade humana de Cristo segue a sua vontade divina, sem fazer resistência nem oposição em relação a ela, antes estando subordinada a essa vontade onipotente (CIC 475)

4.3 O Corpo de Cristo Afirmar que Cristo é verdadeiramente homem é afirmar a passibilidade de seu corpo

4.3 O Corpo de Cristo Uma vez que o Verbo Se fez carne, assumindo uma verdadeira natureza humana, o corpo de Cristo era circunscrito. Portanto, o rosto humano de Jesus pode ser pintado. No VII Concílio ecuménico, a Igreja reconheceu como legítimo que ele fosse representado em santas imagens. (CIC 476)

4.3 O Corpo de Cristo Ao mesmo tempo, a Igreja sempre reconheceu que, no corpo de Jesus, Deus que, por sua natureza, era invisível, tornou-se visível aos nossos olhos. Com efeito, as particularidades individuais do corpo de Cristo exprimem a pessoa divina do Filho de Deus. Este fez seus os traços do seu corpo humano, de tal modo que, pintados numa imagem sagrada, podem ser venerados porque o crente que venera a sua imagem, venera nela a pessoa nela representada (CIC 477)

4.4 Os Afetos de Cristo Jesus conheceu-nos e amou-nos, a todos e a cada um, durante a sua vida, a sua agonia e a sua paixão, entregando-se por cada um de nós: O Filho de Deus amou-me e entregou-se por mim (Gl 2, 20). Amou-nos a todos com um coração humano. Por esse motivo, o Sagrado Coração de Jesus, trespassado pelos nossos pecados e para nossa salvação é considerado sinal e símbolo por excelência daquele amor com que o divino Redentor ama sem cessar o eterno Pai e todos os homens (CIC 478)

CONSEQUÊNCIAS PARA NOSSA FÉ A Encarnação é o modo de vermos o humano a partir de uma perspectiva diferenciada A Encarnação nos possibilita uma justa relação com a as coisas criadas

CONCLUSÃO Ó Cristo Jesus, carregais verdadeiramente em vossa humanidade toda a implacável grandeza do mundo. E é por isso, por essa inefável síntese realizada em vós, que nossa experiência e nosso pensamento jamais ousaram reunir para adorar em conjunto: o elemento e a totalidade, a unidade e a multidão, e espírito e a matéria, o infinito e o pessoal; é pelos contornos indefiníveis que esta complexidade dá à vossa Face e à vossa Ação que meu coração, cativado pelas realidades cósmicas, se dá apaixonadamente a vós (Teilhard Chardin)

TAREFA DE CASA Ler as páginas 16-21

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