Câmara dos Deputados - Comissão de Defesa do Consumidor. Audiência Pública: Modelo de Negócio das Moedas Virtuais. Brasília,

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Transcrição:

Câmara dos Deputados - Comissão de Defesa do Consumidor Audiência Pública: Modelo de Negócio das Moedas Virtuais Brasília, 18.11.2015

Tipos de moedas Substitutos potenciais das moedas físicas Moeda (tradicional)- Reais (R$) - Regulamentada Substitutos potenciais das moedas tradicionais não denominados em reais -Objeto da Lei nº 12.865/2013 -Ainda não regulamentados Moedas eletrônicas virtuais (ou digitais) Ativo Mercadorias ou Objetos Dinheiro (cédulas e moedas) Depósitono Banco Central Depósito nos bancos comerciais Moedas eletrônicas Emissão Centralizada (ex.: jogos, redes sociais, programas fidelidade) Emissão descentralizadaou automática (ex.: criptomoedas) Moeda física Moeda não-física 2

Tipos de moedas Substitutos potenciais das moedas físicas Moeda (tradicional)- Reais (R$) - Regulamentada Substitutos potenciais das moedas tradicionais não denominados em reais -Objeto da Lei nº 12.865/2013 -Ainda não regulamentados Moedas eletrônicas virtuais (ou digitais) Ativo Mercadorias ou Objetos Dinheiro (cédulas e moedas) Depósitono Banco Central Depósito nos bancos comerciais Moedas eletrônicas Emissão Centralizada (ex.: jogos, redes sociais, programas fidelidade) Emissão descentralizadaou automática (ex.: criptomoedas) Moeda física Moeda não-física 3

Comunicado nº 25.306/2014 Moedas virtuais No Brasil, embora o uso das chamadas moedas virtuais ainda não se tenha mostrado capaz de oferecer riscos ao Sistema Financeiro Nacional, particularmente às transações de pagamentos de varejo (art. 6º, 4º, da Lei nº 12.865/2013), o Banco Central está acompanhando a evolução da utilização de tais instrumentos e as discussões nos foros internacionais sobre a matéria em especial sobre sua natureza, propriedade e funcionamento, para fins de adoção de eventuais medidas no âmbito de sua competência legal, se for o caso Lei nº 12.865/2013, art. 6º, 4º: Não são alcançados por esta Lei os arranjos de pagamento em que o volume, a abrangência e a natureza dos negócios, a serem definidos pelo Banco Central do Brasil, conforme parâmetros estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional, não forem capazes de oferecer risco ao normal funcionamento das transações de pagamentos de varejo 4

Lei nº 12.865/2013 atribui competência ao Conselho Monetário Nacional e ao Banco Central do Brasil para disciplinar arranjos de pagamento, instrumentos de pagamento e moedas eletrônicas competência ampla: podem regular, autorizar, supervisionar, adotar medidas para promover competição, inclusão financeira e transparência, bem como disciplinar os produtos e os serviços podem inclusive estabelecer a abrangência da própria regulação moeda eletrônica: recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento regulamentação: Resolução nº 4.282/2013 e Circulares n os 3.680, 3.681, 3.682 e 3.683, de 2013, e n os 3.704, 3.705, 3.721, 3.727 e 3.735, de 2014 5

Medidas vigentes Resolução nº 3.919/2010 Cartão de crédito classificação dos cartões em duas categorias: I - básico: fornecimento obrigatório usado exclusivamente para pagamentos de bens e serviços (função clássica) anuidade inferior a de outros cartões de crédito II - diferenciado: além de pagamentos, está associado a programas de benefício e/ou recompensas benefícios e/ou recompensas devem ser listados nos contratos e divulgados nos recintos das suas dependências e na internet 6

Medidas vigentes Resolução nº 3.919/2010 Cartão de crédito diferenciado os benefícios e/ou recompensas devem ser divulgados em tabela específica, em local e formato visíveis ao público no recinto das suas dependências, bem como nos respectivos sítios eletrônicos na internet os benefícios e/ou recompensas devem ser agrupados em dois quadros, um por proprietário do esquema de pagamento (bandeira) e outro por valor da tarifa de anuidade diferenciada em ordem crescente os benefícios e/ou recompensas associados a cada cartão devem também ser listados no contrato e detalhados pela instituição emissora quanto à sua forma de utilização 7

Riscos programas de benefícios e recompensas, caso não transparentes e adequados, podem: dificultar a comparação entre as opções de produtos e disponíveis serviços levar a decisões não racionais dos consumidores prejudicar os mecanismos de formação de preços 8

Obrigado 9