Amianto nas escolas. Pais e directores dizem que ainda há trabalho para fazer

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ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

Transcrição:

EDIÇÃO PDF Segunda-feira, 16-02-2015 Edição às 08h30 Directora Graça Franco Editor Raul Santos Amianto nas escolas. Pais e directores dizem que ainda há trabalho para fazer Prazo de entrega de facturas alargado até 28 de Fevereiro Grécia acredita em acordo até ao "último minuto" D. Manuel Clemente já é Cardeal Já está em vigor taxa de 10 cêntimos nos sacos de plástico Maioria dos abusos sexuais de menores acontece no seio da família MANUEL PINTO Luísa Dacosta: verbo e testemunho Paulo Sérgio demitido na Académica Países mais afectados querem erradicar ébola até Abril Morreu a escritora Luísa Dacosta

Segunda-feira, 16-02-2015 2 Grécia acredita em acordo até ao "último minuto" Dia de reunião decisiva para o futuro da Grécia. Ministros das Finanças da zona euro voltam a discutir programa de assistência a Atenas. Amianto nas escolas. Pais e directores dizem que ainda há trabalho para fazer Ministério da Educação garantiu a conclusão das operações de remoção de amianto em cerca de 300 escolas do país, mas persistem as denúncias. Gregos querem cortar na austeridade. Foto: Sotiris Barbarousis/EPA A Grécia está no topo da agenda da reunião dos ministros das Finanças da zona euro, desta segundafeira, em Bruxelas. O Governo de Atenas e os parceiros europeus vão tentar chegar a um acordo sobre o programa de assistência ao país, que termina no final do mês. O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, mostra-se confiante e acredita num acordo até ao último minuto. Em entrevista ao jornal Kathimerini, Varoufakis afirmou que a posição forte da Grécia, baseada na lógica, vai conduzir a um entendimento. O ministro grego das Finanças revela que há posições comuns sobre muitas questões, mas as privatizações e a legislação laboral continuam a ser pontos de discórdia. O primeiro-ministro da Grécia também está confiante e acredita na possibilidade de um acordo na reunião desta segunda-feira. Em entrevista à revista alemã Stern, Alexis Tsipras refere que a Grécia não precisa de mais dinheiro, mas sim de mais tempo, para implementar medidas. O primeiro-ministro deixa mesmo uma garantia: em seis meses o país estará irreconhecível. Milhares de pessoas manifestaram-se, domingo, nas ruas de Atenas em apoio ao Governo de Alexis Tsipras nas negociações com os parceiros da zona euro. A reunião desta segunda-feira do Eurogrupo deverá ainda aprovar a intenção de Portugal antecipar o pagamento de parte do empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Fonte europeia disse, na semana passada, que os ministros das Finanças da zona euro devem dar "luz verde" à pretensão do Governo português de reembolsar 14 mil milhões de euros ao FMI. Por Teresa Almeida Pais e directores de agrupamentos de escolas pedem uma intervenção urgente para remover as placas de fibrocimento ainda existentes nos estabelecimentos de ensino de Portugal. No início do ano, o Ministério da Educação garantia a conclusão das operações de remoção de amianto em cerca de 300 escolas do país, mas persistem as denúncias. Em declarações à Renascença, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Jorge Ascensão, avança que os pais se mantêm preocupados com o facto de ainda não terem sido retiradas grande parte dessas coberturas. Jorge Ascensão pede, por isso, um plano efectivo, para remover as placas de fibrocimento, antes que fiquem danificadas e libertem amianto. O mesmo alerta é feito pela Associação Nacional de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP). Filinto Lima pede ao Ministério da Educação o passo que falta nesta matéria para a remoção destas placas prejudiciais à saúde. Já Carmen Lima, da Quercus, diz que mesmo que esteja a ser feita uma monotorização das placas de fibrocimento, mais cedo ou mais tarde, vão ter de ser retiradas. A associação de defesa do ambiente chama à atenção para outros materiais existentes nas escolas que podem conter amianto, materiais que possam estar no interior dos edifícios e que não foram identificados, como pavimentos ou revestimentos de paredes. O processo já se arrasta há mais de 10 anos. A última intervenção do Governo nesta matéria foi feita no Verão do ano passado, mas ainda há escolas que mantêm o fibrocimento como cobertura, representando um risco para a saúde da comunidade escolar.

Segunda-feira, 16-02-2015 3 A Renascença visitou a Escola Básica EB 2-3 Padre António Moreira, nos Carvalhos, em Vila Nova de Gaia, um dos exemplos onde o fibrocimento ainda resiste. D. Manuel Clemente já é Cardeal Símbolos do cardinalato foram entregues em Roma pelo Papa Francisco. Por Aura Miguel, em Roma O Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, já é Cardeal. Este sábado, numa cerimónia na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o bispo de Lisboa foi o segundo dos 20 novos cardeais a receber os símbolos do cardinalato das mãos do Papa Francisco, que lhes lembrou que a dignidade cardinalícia é certamente uma dignidade, mas não é honorífica. Não se trata, portanto, de algo acessório, decorativo que faça pensar a uma honorificência, mas de um eixo, um ponto de apoio e movimento essencial para a vida da comunidade. Vós sois junções cardinais e estais incardinados na Igreja de Roma, que preside à universal assembleia da caridade, reforçou Francisco. D. Manuel Clemente percorreu a pé o caminho entre o Colégio Português de Roma e a Basílica de S. Pedro, acompanhado pelos seus bispos auxiliares, o seu secretário e alguns padres. Em S. Pedro, juntou aos outros 18 bispos (um deles, da Colômbia, não esteve presente na cerimónia por já ter 96 anos), que receberem do Papa Francisco não só os símbolos da sua nova condição, mas um programa de vida baseado no Hino à caridade de S. Paulo. A caridade tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta foi este o programa que D. Manuel Clemente recebeu para sempre do Papa a quem este sábado jurou fidelidade e obediência até à morte. De joelhos no altar da confissão, diante do actual sucessor de Pedro, o Cardeal Patriarca de Lisboa recebeu o barrete, o anel e a bula com a sua nomeação, que lhe atribui em Roma a Igreja de Santo António dos portugueses. Dignidades que, como reforçou o Papa Francisco, só têm sentido para servir e dar a vida pela Igreja e pelos outros, se for preciso até ao derramamento de sangue, como aliás a cor purpura das vestes cardinalícias recorda a todos. O Patriarca de Lisboa passa, a partir de agora, a colaborar mais directamente com o Papa e a fazer parte do Colégio de Cardeais. Com D. Manuel Clemente foram também investidos o bispo Arlindo Gomes Furtado, de Cabo Verde, país que pela primeira vez tem um cardeal, e Júlio Duarte Langa, bispo emérito de Xai-Xai, Moçambique, que, por ter mais de 80 anos, não terá capacidade eleitoral. O Estado português esteve representado na cerimónia pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. O Papa emérito esteve presente no consistório. Desde que renunciou ao pontificado, Bento XVI tem levado uma vida bastante recolhida, sobretudo de oração, como era seu desejo, e raramente aparece em público. Na segunda-feira, dia 16, D. Manuel Clemente irá celebrar a missa na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, (11h30, menos uma em Lisboa). De regresso a Portugal, a primeira celebração do novo cardeal vai decorrer na Sé de Lisboa, a 18 de Fevereiro, com a Missa de Quarta-feira de Cinzas (19h00). A 22 de Fevereiro, D. Manuel Clemente vai proferir a primeira catequese quaresmal, no Mosteiro dos Jerónimos, às 16h30, a que se segue uma sessão de apresentação de cumprimentos, aberta a todos os que desejarem participar. [Notícia actualizada às 12h04] Primeira mensagem do Cardeal D. Manuel Clemente Numa mensagem à diocese de Lisboa gravada em Roma momentos após ter recebido os símbolos do cardinalato, D. Manuel Clemente relembra a importância de ter sido criado mais um cardeal português. O vídeo foi partilhado no canal de YouTube do Patriarcado de Lisboa.

Segunda-feira, 16-02-2015 4 D. Manuel preside a primeira missa como cardeal Eucaristia será celebrada na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma. MANUEL PINTO Luísa Dacosta: verbo e testemunho Luísa Dacosta foi uma mulher da comunicação (...) Dava aulas onde fazia sentido que as desse: na escola, certamente, mas também no Jardim de S. Lázaro ou no Museu Soares dos Reis, na Ribeira ou na Estação de S. Bento. D. Manuel Clemente preside esta segunda-feira manhã, em Roma, à primeira missa depois de ter sido criado cardeal. A eucaristia será celebrada na Igreja de Santo António dos Portugueses, às 10h30 (hora de Lisboa). O Cardeal Patriarca de Lisboa recebeu o barrete cardinalício das mãos do Papa Francisco, no sábado, numa cerimónia realizada na Basílica de S. Pedro, no Vaticano. Numa mensagem à diocese de Lisboa após ter recebido os símbolos do cardinalato, D. Manuel Clemente lembrou a importância de ter sido criado mais um cardeal português. O Cardeal Patriarca de Lisboa adiantou, numa conferência de imprensa com os jornalistas portugueses, que enfrenta os desafios futuros inspirado no modelo do Papa Francisco. Hoje é dia de Luísa Dacosta. É também o dia em que começamos a recordá-la. Os seus quase 88 anos. Os seus livros. O que, deles, gerações e gerações de crianças sonharam, sentiram, viveram. Os encontros. E, em especial, os seus alunos. Devo aos alunos o não me ter afastado do sonho e começar a escrever para eles à volta desse sonho. Luísa Dacosta foi uma mulher da comunicação. Os seus poemas, os fragmentos, os retratos da vida, estão espalhados por um sem-número de revistas culturais, de páginas literárias de jornais (no tempo em que as havia), de entrevistas e de notas de conferências. Não sem motivo foi distinguida em 2002 com o Prémio Uma Vida, Uma Obra, pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, apenas um dos numerosos atos de reconhecimento da sua vasta produção literária. É especialmente gostoso sublinhar o entrosamento que teceu entre a docência e a escrita (não apenas a que produziu para as crianças). Só começou a escrever depois de começar a dar aulas. Mas desde pequena que gostava de guardar palavras, como outros guardam folhas secas ou pedrinhas da praia: aos seis anos, por exemplo, vibrou com a descoberta de asseivar, e em A-Ver-o-Mar maravilhou-se com a inventiva popular a moldar verbos a partir de substantivos. A liberdade, o sonho e o abrir de horizontes nasceram também desse contacto quotidiano com a vida real, nos mais diversos contextos. Em 2011, numa entrevista à Pagina Literária do Porto, contava como, desde cedo, se insurgiu contra aquela selecta de maluquinhos e como procurava adentrar as crianças nos autores que não cabiam nessas formas canonizadas e oficiais. Dava aulas onde fazia sentido que as desse: na escola, certamente, mas também no Jardim de S. Lázaro ou no Museu Soares dos Reis, na Ribeira ou na Estação de S. Bento. Hoje - diz ela - seria

Segunda-feira, 16-02-2015 5 certamente expulsa do ensino. O facto de ter trabalhado numa escola técnica, facilitou-lhe o acesso ao cinema. Mandava vir de Lisboa filmes com Marcel Marceau e Charlie Chaplin, com os quais desenvolvia trabalho pedagógico e cultural. Para que, tal como na escrita, os alunos crescessem emocionalmente, já que é pobre a educação que se fica pela informação. A semente dorme na placenta, húmida, da Terra. A semente é a obra que nos deixa e o testemunho que, através dela, nos deu. Obrigado, Luísa. Morreu a escritora Luísa Dacosta Entre os seus livros, contam-se "Província", "A Menina Coração de Pássaro", "Sonhos Na Palma da Mão", "O Valor Pedagógico da Sessão de Leitura", "A-Ver-O-Mar" ou "Nos Jardins do Mar". Escreveu também livros infantis. A escritora Luísa Dacosta morreu, este domingo, aos 87 anos, no hospital de Matosinhos, vítima de doença prolongada, disse à agência Lusa fonte editorial, citando a família. O corpo da escritora, natural de Vila Real, vai estar na segunda-feira, a partir das 15h00, no tanatório de Matosinhos, seguindo-se a cremação, na terça-feira, às 10h00. Luísa Dacosta, que completaria 88 anos na segundafeira, formou-se na Faculdade de Letras de Lisboa, em Histórico-Filosóficas, iniciou a sua actividade literária em 1955 e recebeu, em 2010, o Prémio Literário Vergílio Ferreira, atribuído pela Universidade de Évora. Entre os seus livros, contam-se "Província", "A Menina Coração de Pássaro", "Sonhos Na Palma da Mão", "O Valor Pedagógico da Sessão de Leitura", "A-Ver-O-Mar" ou "Nos Jardins do Mar". Escreveu também livros infantis. Em 2011, a décima edição da revista Correntes, publicação associada ao festival Correntes d`escritas, na Póvoa de Varzim, homenageou a autora, que, na sessão de abertura, se mostrou satisfeita por ter tanta gente a "ouvir uma escritora pouco lida". "Fui sempre mais homenageada como professora do que como escritora", comentou, confessando que a sua obra - "autobiográfica" - era pouco compreendida. Chico Buarque escreve sobre "O irmão alemão" Romance do cantor brasileiro chega às livrarias portuguesas esta segunda-feira. O romance "O irmão alemão", de Chico Buarque, chega esta segunda-feira às livrarias portuguesas, naquela que é a estreia nacional da editora Companhia das Letras. Trata-se de "um romance em busca da verdade e dos afectos" que corresponde a uma inquietação de Chico Buarque: o facto de ter um meio-irmão, pelo lado paterno, que nunca conheceu. O pai do cantor, o historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), residiu em Berlim, no final dos anos 1920. Numa entrevista publicada em 1994, pelo jornal Folha de São Paulo, Chico Buarque afirmou que só soube da existência do irmão na década de 1960, e que nunca o conseguiu encontrar. A única mensagem que Sérgio Buarque de Holanda teria recebido da ex-namorada que deixou em Berlim, na década de 1930, seis anos antes de se casar no Brasil, foi durante a II Guerra Mundial, para pedir documentos que provassem que o filho, Sérgio Georg Ernst, não era descendente de judeus, disse o músico ao diário. Entretanto, investigadores contratados pela editora de Chico Buarque levaram-no a conseguir reatar os laços com os familiares alemães perdidos. Em Maio de 2013, o músico, compositor e escritor teve os primeiros contactos com os parentes alemães e, em ano meio, visitou por três vezes a Alemanha, para estar com a meia-irmã do seu meio-irmão, Monika Knebel, e com as suas sobrinhas Kerstin Prügel e Josepha Prügel. Esta história, afirmou o músico à imprensa brasileira, começou a ser escrita ainda antes do romance "Leite derramado", editado em 2009 pela Companhia das Letras. A Companhia das Letras, em Portugal, "será uma chancela literária dedicada à publicação de autores de língua portuguesa de todas as geografias, com 12 novidades planeadas já para o primeiro ano", segundo comunicado da editora.

Segunda-feira, 16-02-2015 6 Condor. Um ensurdecedor silêncio de morte no sul da América <div>joão Pina, fotojornalista português itinerante, requisitado pelas principais publicações mundiais, levou dez anos a fotografar a memória visual da Operação Condor. A ave típica dos Andes foi resgatada para uma outra viagem, agora publicada em livro em Portugal, sobre o plano secreto das ditaduras sul-americanas.</div> Por José Pedro Frazão (texto) e Conceição Sampaio (vídeo) Foram mortes silenciosas. Milhares delas, distribuídas em surdina por seis países da América do Sul, em nome do combate aos opositores das ditaduras militares que regeram Bolivia, Uruguai, Brasil, Paraguai, Argentina e Chile nos anos 70. Chamaram-lhe Operação Condor, não se sabe como acabou mas a data de arranque oficial é (mais) uma efeméride redonda. Faz 40 anos que foi assinada em Santiago do Chile uma acta para desatar a matar gente dispersa na geografia sul-americana. João Pina tentou ler tudo sobre o caso. [Estas ditaduras] tinham um interesse comum. A acta inaugural é um documento extraordinário. O primeiro parágrafo trata dos fundamentos, da subversão". O inimigo comunista era considerado a grande ameaça a estes regimes. A partir de 75,o projecto intensificou-se ao ponto de haver operações fora deste território. A mais conhecida foi a morte de Orlando Letellier em Washington, o primeiro carro -bomba da história dos EUA. Morreu ele e a sua secretária. O envolvimento dos EUA na operação é dos pontos mais discutidos. O que se sabe e se pode provar é que a CIA e os serviços secretos americanos sabiam do Condor desde o seu inicio. E que Kissinger era informado pelos embaixadores e pela CIA. Sendo secreta, a operação era do conhecimento vasto dos EUA, assegura João Pina. O fotojornalista diz que não se sabe nem onde, nem quando, nem se acabou esta operação desencadeada em seis países que deixaram de ser ditaduras nos anos 80. Não se sabe se por esmorecimento dos regime ou se por directivas nesse sentido, deixou de haver operações relacionadas com o Condor. O que se pode provar houve operação até ao final dos anos 70, principio dos anos 80. No livro, Pina recua até aos anos 60, à génese da violência política, e depois continuo até às vidas de hoje, com as exumações de corpos, procuras de desaparecidos e, parte importante, os julgamentos por crimes contra a humanidade dos militares na Argentina. Cada caso é um caso O repórter fotográfico português explica que cada país foi lidando à sua maneira com este legado sangrento. Não uso o torturómetro mas a Argentina, com o maior número de desaparecidos foi um dos países com maior pressão popular, com famílias de 30 mil desaparecidos que continuaram a procurar. A pressão só deu resultados palpáveis a partir do ano de 2004. com anulação de leis de amnistia. No Brasil, só muito recentemente, há dois meses, é que a Comissão da Verdade, formada pela presidente Dilma,entregou o seu relatório depois de 3 anos de trabalho. Há países que praticamente nunca tocaram nisto como o Paraguai ou a Bolivia. A Argentina funciona como ponta de lança das investigações sul-americanas sobre a Operação Condor. Existe em todos os países, com excepção da Argentina, uma lei de amnistia em que os militares não podem ser imputados pelos seus crimes. Mas o caso argentino já está a fazer jurisprudência, para que os sistemas judiciais uruguaio e brasileiro possam pedir aos juízes e procuradores argentinos que investiguem crimes que aconteceram no Uruguai ou no Brasil. Na Argentina, que se saiba, os documentos foram mais ou menos todos encontrados, tanto do lado militar como do lado civil os documentos foram sendo encontrados e recuperados. João Pina lembra que só no Brasil houve agora um relatório mas impressionado, só mesmo com o que se passou no Paraguai. Com mais de 30 anos de ditadura, funcionavam como bons burocratas que tinham tudo muito bem organizadinho. E quando a ditadura ruiu, esqueceram-se que as coisas estavam organizadas e ficaram empacotadas nalgum sitio. Acabaram por ser descobertas por um juiz e por advogado de direitos humanos. É hoje conhecido como o 'o arquivo do terror' em Assunção. É dos mais extraordinários desta época com milhares de fotografias, documentos que provam toda esta operação, conta João Pina. Sarar estas feridas também varia de país para país. O caso chileno sempre foi um em que isto dividiu muito a sociedade. Isso só prova que estas feridas teimam em não sarar. Isto é o denominador comum destes 6 países. Enquanto não houver justiça - e esta justiça está a chegar lentamente à Argentina - enquanto as vitimas não tiverem a sensação que a justiça foi feita. é muito difícil encerrar este capitulo. Isso, aliado ao desaparecimento dos corpos em que a grande maioria das pessoas não sabe o que aconteceu aos seus familiares, torna isto uma coisa impossível de sanar, reconhece o repórter. A máquina não perdoa A operação Condor envolveu milhares de operacionais numa máquina cujas ramificações não são totalmente conhecidas. João Pina diz não ter encontrado arrependidos do lado dos autores dos crimes. Falei directamente com militares envolvidos na operação condor e na repressão das ditaduras no Brasil. Por exemplo, Sebastián Curió não mostrou arrependimento, diz que as coisas deviam ter sido feitas de forma diferente. mas que dadas as circunstancias e as ordens que tinha recebido, foram assim. Na Argentina não falei directamente com nenhum militar envolvido, mas ouvi os julgamentos e todos continuam a repetir aquele que é o dogma oficial, que estavam a lutar contra a subversão. E ou eram eles ou eram os subversivos que iam a ganhar esta guerra. Quando a máquina fotográfica apontou aos rostos dos

Segunda-feira, 16-02-2015 7 sobreviventes ou familiares de vítimas, João Pina encontrou tristeza e injustiça mas ao mesmo tempo olhares de grande dignidade e força. E os rostos que não vemos? Existe uma imagem dos militares a esconder os rostos. Sabia que à minha frente estava a acontecer uma coisa extraordinária. Os todopoderosos militares insultavam-me e escondiam as caras atras de cadernos e mãos. Casos semelhantes João Pina, quase 35 anos e muitos quilómetros pelo mundo a retratar vidas difíceis, encontrou neste projecto a continuação do seu livro sobre a memória histórica e a violência política em Portugal ( Por teu livre pensamento, 2007). Entrei neste tema quando nasci. Sou neto de presos políticos, nada que me contavam era alheio a mim. Há dores que são as mesmas? Sim, mas com reflexos muito diferentes. A ditadura portuguesa foi a mais longa da Europa Ocidental. Esta falta de questionamento interno, a crítica em voz baixa, é para mim o reflexo da ditadura. Isso também se verifica noutros países. Quem passa por prisões, tortura, fica com traumas muito profundos. Isso é visível em Portugal como na América do Sul. Hoje, na Argentina, o tema continua a ser a acção de estruturas de segurança obscuras. As noticias são dominadas pelo Caso Nisman, nome do procurador morto dias antes de uma acusação dirigida à presidente Kirchner por alegado envolvimento em negócios pouco claros com o Irão. Está tudo na mesma? Não, porque há 30 anos ninguém poderia falar disto. Haveria censura e o risco de mais alguma pessoa desaparecer. mas é um facto que existem na argentina estruturas secretas, usadas para a repressão dos anos 70, que continuam minimamente intactas e organizadas e que, de vezes quando, com intuitos muito pouco transparentes, actuam. Aconteceu em 2006 com o desaparecimento de Julio Lopez, que era testemunha importante no processo de um antigo campo de concentração na ditadura. O sistema judicial argentino é bastante independente, é muito diferente de antigamente. O livro Condor acaba de ser divulgado igualmente em Espanha na presença de Baltazar Garzón, juiz envolvido nas investigações aos crimes cometidos na ditadura argentina e que assina o pósfacio do livro de João Pina. Carnaval com vento forte, mas sem chuva Apesar dos avisos amarelos para o vento e agitação marítima, os meteorologistas prevêem para terça-feira de Carnaval céu pouco nublado ou limpo, sem precipitação, mas com descida das temperaturas mínimas. Dezasseis distritos do continente estão esta segundafeira sob aviso amarelo, devido à previsão de agitação marítima e vento forte, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Amanhã, dia de Carnaval, o céu vai estar pouco nublado e não é esperada chuva. Os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Viseu, Vila Real, Bragança, Guarda, Leiria, Castelo Branco, Lisboa, Setúbal, Beja, Évora e Faro estão sob aviso amarelo devido à previsão de vento forte com rajadas da ordem dos 90 quilómetros por hora nas terras altas. Aqueles 16 distritos do continente vão estar sob aviso amarelo devido à previsão de vento forte entre as 21h00 de hoje e até às 12h00 de terça-feira. Daqueles 16 distritos, Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro, além do aviso de vento vão estar também a amarelo devido à previsão de agitação marítima, com ondas com 4 a 4,5 metros, entre as 21h00 de hoje e até às 18h00 de terça-feira. O IPMA colocou também as zonas montanhosas da ilha da Madeira sob aviso amarelo devido à previsão de vento forte com rajadas da ordem dos 90/100 quilómetros por hora entre as 00h00 de terça-feira e as 9h00 de quarta-feira. O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica. Carnaval sem chuva Apesar dos avisos amarelos para o vento e agitação marítima, o IPMA prevê para terça-feira, dia de Carnaval céu pouco nublado ou limpo, sem precipitação, mas com descida das temperaturas mínimas e vento, que será forte nas terras altas. O IPMA prevê para hoje nas regiões do norte e centro do continente céu geralmente muito nublado, diminuindo de nebulosidade para o final do dia na região norte, e períodos de chuva fraca, em especial no litoral, que serão de neve acima de 1400 metros de altitude. Está também previsto vento fraco a moderado, tornando-se moderado a forte de norte para o final do dia no litoral e nas terras altas, com rajadas da ordem de 70/80 quilómetros por hora no litoral a sul do rio Douro e da ordem de 90 quilómetros por hora nas terras altas. A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal e descida da temperatura mínima, em especial no interior norte. No sul prevê-se períodos de céu muito nublado, tornando-se geralmente pouco nublado a partir do meio da tarde nas regiões do interior e no sotavento algarvio e possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou aguaceiros fracos no litoral oeste. Está também previsto vento fraco a moderado de noroeste, tornando-se moderado a forte a partir do final do dia no litoral oeste e nas terras altas, com rajadas da ordem de 70 quilómetros por hora no litoral e da ordem de 90 quilómetros por hora nas terras altas. O IPMA prevê ainda para a região sul neblina ou nevoeiro matinal e descida da temperatura mínima, em especial no interior. Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, períodos de chuva, em geral fraca, passando a regime de aguaceiros fracos nas vertentes norte e nas regiões montanhosas a partir do final da tarde e vento fraco a moderado, rodando para nordeste a partir do meio da tarde e tornando-se gradualmente moderado a forte. Nas terras altas, prevê-se vento forte de norte, rodando para nordeste a partir do meio da tarde, com rajadas da ordem de 80 quilómetros por hora para o final do dia.

Segunda-feira, 16-02-2015 8 Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 9 e 15 graus celsius, no Porto entre 7 e 13, em Bragança entre -1 e 14, em Viseu entre 4 e 12, em Castelo Branco entre 5 e 16, em Évora entre 6 e 15, em Beja entre 7 e 15, em Faro entre 8 e 18, em Coimbra entre 6 e14 e no Funchal entre 15 e 21. Prazo de entrega de facturas alargado até 28 de Fevereiro O Governo quer garantir que todos os consumidores possam entregar a tempo todas as suas facturas, para maximizar o respectivo benefício fiscal. Foi prorrogado até 28 de Fevereiro o prazo para os contribuintes validarem nos Portal das Finanças as facturas relativas a 2014 que dão direito a um benefício fiscal em sede de IRS. Em 2013 foi atribuído um benefício fiscal em sede de IRS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares) para os consumidores que peçam facturas com o número de identificação fiscal em quatro sectores específicos: o alojamento, a restauração, a reparação automóvel e os cabeleireiros. No entanto, uma vez que se trata apenas do segundo ano de vigência deste regime, considera-se necessário assegurar que todos os consumidores finais que solicitaram factura com número de contribuinte em 2014 possam confirmar e comunicar devidamente todas as suas facturas, de forma a maximizar o respectivo benefício fiscal na declaração de IRS a apresentar em 2015, explica o Ministério das Finanças em comunicado. O prazo foi alargado até 28 de Fevereiro, segundo despacho emitido este domingo pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio. Com o novo regime de facturas os contribuintes podem deduzir em IRS 15% do valor correspondente do IVA (Imposto de Valor Acrescentando), até um máximo de 250 euros. De acordo com o documento do Ministério das Finanças o benefício fiscal associado às facturas comunicadas até esta data por referência ao ano de 2014 ascende já a 29 milhões de euros, o que representa um crescimento de 16% face ao benefício atribuído por referência ao ano de 2013 (25 milhões de euros). Guardo a factura ou deito o papel no lixo? Tire as suas dúvidas sobre o novo IRS Já está em vigor taxa de 10 cêntimos nos sacos de plástico Os portugueses são os europeus que mais utilizam sacos de plástico "leves", atingindo 466 por habitante por ano, um número que o Governo pretende reduzir. Os consumidores começam este domingo a pagar dez cêntimos por cada saco de plástico "leve" em qualquer estabelecimento comercial, dos hipermercados às farmácias, uma contribuição ambiental para tentar reduzir a presença deste material na natureza. A medida está integrada na reforma da Fiscalidade Verde, concretizada pelo ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, que está optimista relativamente à sua aplicação, tanto da parte dos consumidores, como dos comerciantes. Os portugueses são os europeus que mais utilizam sacos de plástico "leves", atingindo 466 por habitante por ano, um número que o Governo pretende baixar para 50 este ano e 35 em 2016. A decisão de taxar os sacos recebeu algumas críticas, nomeadamente dos representantes dos comerciantes, que ficaram com grandes 'stocks' de sacos e não têm possibilidade de pagar o imposto inerente para recolocá-los no circuito comercial, e dos ambientalistas, que defendem a realização de campanhas de sensibilização e um período de transição de um ano, para adaptação dos consumidores ao novo hábito. A partir de agora, os clientes das várias lojas de alimentação, restauração, hotelaria, farmácias, livrarias ou de materiais de construção devem procurar diversas alternativas para acomodarem as suas compras, em sacos de plástico mais resistentes e reutilizáveis, ou feitos de outros materiais, como pano ou papel, ou mesmo os antigos sacos de ráfia ou de palma, ou cestos de vime, 'troleys' ou mochilas. Pretende-se reduzir o consumo de sacos, cada um usado em média 25 minutos, e a quantidade de plástico deteriorado que permanece cerca de 300 anos na natureza, afectando os animais, como os peixes que o ingerem confundindo com alimento. Segundo as contas do Ministério do Ambiente, serão obtidos 167 milhões de euros com a Fiscalidade Verde, a maior parte dos quais (150 milhões) a canalizar para o alívio do IRS (Imposto sobre o Rendimento Singular) das famílias, enquanto os restantes 17 milhões de euros se destinam ao fundo de conservação da natureza e a incentivar a mobilidade sustentável.