INDICADORES DE ATIVIDADE BASEADOS NA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA O PROCESSO DE GESTÃO

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Transcrição:

INDICADORES DE ATIVIDADE BASEADOS NA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA O PROCESSO DE GESTÃO Juliana Silveira 1 Cesar Augusto Bay 2 RESUMO No processo de gestão empresarial é necessário que se busque o maior número possível de informações a fim de subsidiar os gestores na tomada de decisão. O objetivo geral deste trabalho foi apurar e demonstrar através da técnica da análise das demonstrações contábeis os indicadores de atividade e com base neles, demonstrar como ocorre o ciclo operacional e financeiro de uma indústria do Vale do Rio Pardo. Por meio de um estudo de caso e da pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa e quantitativa, foram utilizadas as Demonstrações Contábeis do período de 2008 a 2010 a fim de alcançar os objetivos propostos. Os resultados evidenciaram que os indicadores não se mantiveram constantes no período analisado, refletindo nos ciclos financeiros e de caixa da empresa. Palavras-Chave: Indicadores de atividade, Gestão, Produção, Ciclo operacional, Ciclo financeiro ABSTRACT In the process of business administration it is necessary that one seeks the highest number of information items in order to subsidize the managers in making decisions. The general objective in this study was to find out and demonstrate, through the technique of analyzing the accountancy statements, the activity indicators and, based on these indicators, demonstrate how the operational and the financial cycles happen in an industry located in Rio Pardo Valley. Through a study of case and a bibliographic survey with a quantitative and qualitative approach the accountancy statements from 2008 to 2010 were used in order to achieve the proposed goals. The results highlighted that the indicators haven t kept constant during the analyzed period, thus reflecting it in the financial cycles and in the cashbook registers. Key-Words: Activity indicators, Management, Production, Operational Cycle, Financial Cycle. 1 Graduanda do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto. 2 Bacharel em Ciências Contábeis, Mestrando em Administração de Empresas, Professor de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto.

1 Introdução O mercado atual exige das organizações informações eficazes em seu processo de gestão. Nesse contexto a contabilidade é fator preponderante como fonte de informações, pois fornece aos gestores subsídios através de seus relatórios contábeis. Segundo Matarazzo (2008), através da análise das demonstrações contábeis pode-se calcular o índice de prazo médio de recebimento de vendas, o índice de prazo médio de renovação de estoque e o prazo médio de pagamentos de compras. E, ainda, a conjugação desses três indicadores leva à análise do ciclo operacional e do ciclo de caixa, que são elementos de grande importância na determinação de estratégias empresariais, sendo elas tanto comerciais quanto financeiras, vitais para a determinação do fracasso ou sucesso de uma empresa. Com base nesse pressuposto, este estudo tem como objetivo geral utilizar a técnica da análise de balanços, a fim de apurar os indicadores de atividade na empresa Gama, uma indústria situada no Vale do Rio Pardo, com base no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício dos anos de 2008 a 2010. Como objetivo específico buscou-se apresentar um embasamento teórico dos indicadores de atividade apurados, bem como a conjugação destes no reflexo do ciclo operacional e de caixa, nesses três períodos citados. Dessa forma, a estrutura deste artigo foi dividida em quatro partes. Na primeira parte, apresenta-se a revisão de literatura, que subsidia os temas referentes às demonstrações contábeis e aos índices de rotatividade; a seguir, apresenta-se a metodologia utilizada neste estudo; e, na sequência, realizou-se a coleta e análise dos dados; por fim foram apresentadas as considerações finais relativas às análises e conclusões elaboradas neste estudo. 2 Referencial Teórico

2.1 Demonstrações Contábeis e seus objetivos As demonstrações contábeis têm sua origem na escrituração contábil, ou seja, no lançamento dos fatos contábeis ocorridos nas entidades em determinado período. De acordo com Matarazzo (2008), as demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, obedecendo às regras contábeis. Braga salienta que as demonstrações contábeis, também denominadas de demonstrações financeiras na legislação societária (Lei nº 6.404/76), são utilizadas pelos administradores para prestar contas sobre os aspectos públicos de responsabilidade da empresa, perante acionistas, credores, governo e a comunidade em geral. Têm, portanto, por objetivo, revelar, a todas as pessoas interessadas, as informações sobre o patrimônio e os resultados da empresa, a fim de possibilitar o conhecimento e a análise de sua situação econômico-financeira. (BRAGA, 2006, p.75) Segundo Assaf Neto (2010), através das demonstrações contábeis levantadas por uma empresa, podem ser evidenciadas informações a respeito de sua posição econômica e financeira. Essas são a base para a análise de balanço, onde serão evidenciados aspectos considerados relevantes e de importância para produzir a informação correta, que é o objetivo da análise. O grau de excelência da análise de balanços é dado exatamente pela qualidade e extensão das informações que conseguir gerar (MATARAZZO, 2008). Nesse sentido, Marion explica que o primeiro passo para a análise é averiguar se estamos de posse de todas as Demonstrações Contábeis (inclusive Notas Explicativas). Também seria desejável ter em mãos as Demonstrações Contábeis de três períodos. Com as publicações em colunas comparativas, teremos de posse de uma única publicação, dois períodos: exercício atual e exercício anterior. (MARION, 2006, p.22) Com isso, deve-se ter como pressuposto básico a análise de no mínimo três períodos consecutivos, observando que quanto maior forem as séries históricas analisadas, maiores serão as informações obtidas. Sendo assim, Marion (2006) destaca, ainda, que é necessário averiguar a fidedignidade desses dados, para que as informações produzidas sejam coerentes com a realidade da empresa.

2.2 Análise das Demonstrações Contábeis e sua relevância como fonte de informações Segundo Padoveze, "a análise de balanço constitui-se num processo de meditação sobre os demonstrativos contábeis, objetivando uma avaliação da situação da empresa, em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros" (PADOVEZE, 2010, p.115). Para Matarazzo, a análise de balanços objetiva extrair informações das demonstrações financeiras para a tomada de decisões (MATARAZZO, 2008, p.15). Considerando a afirmativa dos autores, podemos concluir que as demonstrações contábeis contêm inúmeros dados que, quando analisados, tornamse informações relevantes à gestão dos negócios empresariais. Segundo Assaf Neto, a análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômicofinanceira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura (projetada) de uma empresa (ASSAF NETO 2010, p.35). O resultado da análise de balanços são relatórios escritos em linguagem descomplicada. Os relatórios devem ser elaborados como se fossem dirigidos a leigos, para que possam ser de fácil compreensão. A análise de balanços deve assumir um papel de tradução dos elementos contidos nas demonstrações financeiras (MATARAZZO, 2008). É importante mencionarmos, ainda, que a análise de balanços é fundamentalmente comparativa, ou seja, é indispensável que se conheçam os índices da empresa através dos anos e sua situação com relação à concorrência, pois, dados avaliados isoladamente não irão nos dar informações suficientes para conclusões corretas (ASSAF NETO, 2010). 2.3 Análise das Demonstrações Contábeis através de indicadores de atividades

De acordo com Matarazzo (2008), uma das grandes descobertas da análise de balanços é a de que, através dos dados das demonstrações financeiras, podem ser calculados quantos dias, em média, a empresa terá de esperar para receber suas duplicatas (índice de prazo médio de recebimento de vendas), pagar seus fornecedores (índice de prazo médio de pagamento de compras), renovação de seus estoques (índice de prazo médio de renovação de estoques), porém, não devem ser analisados individualmente, mas sempre em conjunto. A conjugação dos três índices leva à análise dos ciclos operacional e de caixa, elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, geralmente determinantes para o fracasso ou sucesso de uma empresa. Os índices de atividade, também conhecidos como índices operacionais, índice de rotação de valores ou ainda ciclometria, segundo Gitman (2010), medem a velocidade com que várias contas se convertem em vendas ou caixa - entradas ou saídas. 2.3.1 Índices de Atividades Iudícibus define índices de atividades como quocientes que representam a velocidade com que elementos patrimoniais de relevo se renovam durante determinado período de tempo (IUDÍCIBUS, 2007, p.97). Por sua natureza têm seus resultados normalmente apresentados em dias, meses ou períodos maiores, fracionários de um ano. Nesse contexto, os índices de prazos médios são classificados conforme o quadro abaixo. Prazo médio de renovação do estoque QUADRO 1- Índices de Prazo Médio ÍNDICE FÓRMULA INDICA Estoque x 360 CMV Prazo médio de recebimento de vendas Prazo médio de pagamento de compras Duplicatas a Receberx360 V O tempo que a empresa leva para consumir ou vender seus estoques. O tempo que a empresa espera para receber suas vendas realizadas. Fornecedores ou DP X360 O tempo que a empresa Compras demora para pagar suas compras. Fonte: Adaptado de Da Silva, 2010, p.217.

O prazo médio de renovação de estoque indica, em média, quanto tempo (dias ou meses) a empresa leva para consumir ou vender seus estoques. No comércio, representa o tempo médio entre a compra e a venda das mercadorias, o período em que a mercadoria fica no estoque à espera da venda. Na indústria é o tempo médio desde a compra do material até a sua entrada em produção, o tempo que o material permanece em estoque até ser consumido (ASSAF NETO, 2010). O prazo médio de recebimento, ou a idade média das contas a receber, conforme Gitman, é útil para avaliar as políticas de crédito e cobrança. Pode ser obtido dividindo-se o saldo das contas a receber de clientes pelo valor diário médio de vendas (GITMAN, 2010, p.53). Nesse sentido, Ching, Marques e Prado (2007) ressalta que a empresa deve abreviar sempre que possível o prazo para o recebimento de suas vendas. Pois, assim, poderá acelerar a entrada de dinheiro em seu caixa, mantendo seus recursos disponíveis para serem aplicados na produção. Porém, de acordo com Matarazzo (2008), os prazos de recebimento são uma questão de mercado e não uma decisão unilateral da empresa, que acaba sendo obrigada a adotar um determinado prazo, com certa margem de manobra, e não escolher o prazo ideal (teoricamente igual a zero, idealmente as vendas seriam a vista). O aumento do prazo poderá aumentar ou diminuir o lucro da empresa. O quociente de prazo médio de pagamento de compras, segundo Ching, Marques e Prado (2007), mostra quanto tempo a empresa leva, em média, para pagar seus fornecedores. Expressa o tempo de financiamento do capital de giro da empresa pelos fornecedores. É o tempo decorrido entre a compra de matéria-prima ou mercadoria e o pagamento do fornecedor. De acordo com Silva (2010), esse índice deverá ser superior aos prazos concedidos aos clientes para que seja mantido um adequado nível de liquidez. Se uma empresa demora muito mais para receber suas vendas a prazo do que para pagar suas compras a prazo, irá necessitar mais capital de giro adicional para sustentar suas vendas (IUDÍCIBUS, 2007). 2.3.2 Posicionamento de Atividade

O posicionamento de atividade identifica a comparabilidade do tempo médio de renovação dos estoques e recebimentos das vendas e tempo para pagamento das compras. O ideal, segundo Marion (2006), é que a empresa atinja uma posição em que a soma do PMRE e PMRV seja igual ou inferior ao PMPC, a fim de que haja tempo hábil para vender e receber suas mercadorias, produtos ou serviços, somente para depois liquidá-lo junto aos fornecedores (de mercadorias, matérias-primas e materiais). O autor ainda afirma que, para fins de análise, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e de renovação de estoque, melhor. Por outro lado, quanto mais lento for o pagamento de compras, desde que não corresponda em atrasos, melhor. 2.3.3 Ciclo Operacional O ciclo operacional mostra o prazo de investimento. Para Assaf Neto, o ciclo operacional se inicia no momento da aquisição dos materiais (ASSAF NETO, 2010, p. 177). Paralelamente ao ciclo operacional ocorre o financiamento concedido pelos fornecedores, a partir do momento da compra. Até o momento do pagamento aos fornecedores, a empresa não precisa preocupar-se com o financiamento, o qual é automático. Se o Prazo Médio de Pagamento de Compras PMPC for superior ao Prazo Médio de Renovação de Estoque PMRE, então os fornecedores financiarão também uma parte das vendas da empresa (PADOVEZE, 2010). As fases do ciclo operacional possuem determinada duração e evidenciam: compra de materiais (prazo de armazenamento); produção (tempo de transformação em produtos prontos); vendas (prazo de estocagem dos produtos elaborados); e recebimento (prazo de cobrança de duplicatas e recebimento). Confrontando-se o espaço de tempo para realizar monetariamente as vendas com o prazo de pagamento das compras de matéria-prima ou mercadorias a fornecedores, é possível detectar se a empresa opera com superávit ou déficit financeiro em seu ciclo operacional. Caso a empresa trabalhe somente com vendas a vista, o ciclo operacional tem o mesmo valor do ciclo econômico. Somando-se o PMRE e o PMRV temos como resultado o ciclo operacional.

2.3.4 Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro Através dos dados extraídos do Balanço Patrimonial e da Demonstração dos Resultados, segundo Silva (2010), pode-se mensurar o ciclo financeiro de uma empresa através da determinação dos prazos médios, em número de dias (rotação) em que a mesma leva para vender seus estoques, receber de seus clientes e efetuar o pagamento a seus fornecedores. O ciclo de caixa ou ciclo financeiro compreende o período de tempo entre o momento do desembolso inicial de caixa para o pagamento de materiais e a data do recebimento da venda do produto acabado. É determinado basicamente pela diferença entre o número de dias do ciclo operacional e o prazo médio de pagamento a fornecedores da matéria-prima. (ASSAF NETO, 2010) O ciclo financeiro corresponde a diferença entre o ciclo operacional e o PMPC. 3 Metodologia Este trabalho tem por finalidade apurar os índices relativos à ciclometria da empresa Gama e caracteriza-se por um composto entre pesquisa bibliográfica e estudo de caso. A pesquisa bibliográfica baseou-se na literatura pesquisada a fim de subsidiar o referencial teórico abordado no que diz respeito aos índices de atividade. No estudo de caso foi possível realizar uma análise mais detalhada através de dados das demonstrações contábeis publicadas, cujo período compreendido foi de 2008 até 2010, possibilitando, assim, a apuração dos indicadores de atividade bem como a conjugação deles na apuração do ciclo operacional e de caixa que são o objeto de estudo deste trabalho. A abordagem deste trabalho baseou-se em métodos de pesquisa quantitativos e qualitativos, devido à coleta de dados das demonstrações contábeis da empresa, bem como a interpretação dos resultados obtidos. Os cálculos presentes neste trabalho foram feitos em planilha Microsoft Excel, baseados nas informações retiradas das demonstrações contábeis dos períodos analisados, fazendo uso das fórmulas apresentadas no referencial teórico.

4 Descrição, Análise e Discussão dos Resultados 4.1 Caracterização da empresa A empresa objeto deste estudo é uma indústria de médio porte localizada no Vale do Rio Pardo com atuação no mercado interno e externo. Trata-se de uma empresa consolidada no mercado nacional, onde atua há mais de 50 anos e que durante a sua trajetória procurou estar sempre atualizada, no intuito de atender às necessidades de seus clientes, buscando fornecer produtos de excelente qualidade. 4.2 Análise através dos índices de atividade Para realizar a análise dos índices de atividade deve-se fazer uso de informações contidas no Balanço Patrimonial e na Demonstração dos Resultados do Exercício da empresa Gama, ambos referentes ao período de 2008 até 2010. QUADRO 2 - Dados do Balanço Patrimonial ATIVO 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 Ativo Circulante 191.148.300 134.609.969 109.308.871 Caixas e Equivalentes de caixa 3.591.927 749.209 679.040 Duplicatas a Receber 141.450.941 104.543.353 74.361.273 (-) Perdas com Clientes -2.070.405-888.513-1.079.868 (-) Duplicatas Descontadas - - -3.263.759 (-) Adiantamento Contrato de -1.665.400-934.095-7.673.424 Câmbio (-) Perdas com Operações - - -744.330 Derivativas Estoques 41.628.280 21.828.670 37.321.077 Impostos a Recuperar 1.160.247 340.575 1.155.941 Adiantamentos a Fornecedores 6.895.461 8.846.154 8.390.431 Adiantamentos Diversos 105.888 72.339 14.273 Outros Direitos - - 133.409 Despesas Antecipadas 51.361 52.277 14.808 Ativo Não Circulante 39.639.407 19.667.769 16.517.553 Realizável a Longo Prazo 6.748.989 1.456.130 393.625 Investimentos 4.096.899-247.832

Imobilizado 28.288.768 17.892.821 15.602.508 Intangível 504.751 318.818 273.588 Total do Ativo 230.787.707 154.277.738 125.826.424 PASSIVO 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 Passivo Circulante 145.856.539 88.551.688 72.150.683 Fornecedores 39.392.727 41.189.184 37.887.055 Empréstimos e Financiamentos 81.041.751 25.957.857 22.288.913 Adiantamentos de Clientes 2.012.186 1.190.687 405.426 Salários a Pagar 653.219 626.684 247.696 Comissões a Pagar 1.284.926 1.048.864 765.616 Contribuições e Impostos a Recolher 8.038.187 9.081.301 5.170.608 Arrendamentos a Pagar - - 37.000 Provisão para Férias com Encargos 1.722.007 1.274.461 997.828 Juros s/ Capital Próprio a Pagar 230.685 424.167 223.453 Créditos de Acionistas e Diretores 677.566 13.507 9.888 Provisão para Verbas Contratuais 4.359.941 3.114.921 1.892.374 Provisão Contingências Trabalhistas 900.174 412.300 247.000 Provisão p/ Fretes a Pagar 2.448.924 1.969.515 972.504 Provisão p/comissões Vinculadas a Pagar 3.074.965 2.223.113 962.660 Outras Obrigações 19.281 25.127 42.662 Passivo Não Circulante 2.502.408 4.098.803 12.350.313 Empréstimos e Financiamentos 2.128.349 4.098.803 12.226.254 Arrendamentos a Pagar - - 54.533 Contribuições e Impostos a Recolher - - 69.526 Provisão p/ Impostos Diferidos 374.059 - - Patrimônio Líquido 82.428.760 61.627.247 41.325.428 Capital Social 43.210.000 43.150.000 33.726.927 Reserva de Capital 511.658 511.658 511.658 Reserva de Lucros 38.707.102 17.965.589 7.831.173 Ajustes de Avaliações Patrimoniais - - -744.330 Total do Passivo 230.787.707 154.277.738 125.826.424 Fonte: dados fornecidos pela empresa Gama Conforme Padoveze, a base das informações para a condução de um modelo de gestão empresarial está contida nas duas demonstrações contábeis básicas: o balanço patrimonial e a demonstração de resultados (PADOVEZE, 2010, p.27). O autor ressalta ainda que elas se configuram em dois grandes modelos sintéticos de decisão para gestão econômica.

O quadro 3 apresenta a demonstração do resultado do exercício da empresa Gama, referente ao período de 2008 a 2010. QUADRO 3 Demonstração do Resultado do Exercício 2010 2009 2008 Receita Operacional Bruta 307.406.445 217.913.305 195.625.100 Receita Bruta de Vendas 332.241.959 238.221.427 Deduções de Vendas -96.594.971-68.818.961-55.645.404 Receita Operacional Líquida 235.646.988 169.402.466 139.979.696 Custo dos Produtos e Mercadorias Vendidas - 149.522.264-111.478.573-98.201.710 Lucro Bruto 86.124.724 57.923.893 41.777.986 Despesas/Receitas Operacionais Com Vendas -44.223.960-31.259.278-25.615.094 Gerais e Administrativas -6.742.731-4.882.847-4.501.653 Outras Receitas Operacionais 2.113.950 1.136.519 1.137.742 Resultados Extraordinários 327.837 61.096 2.726 Lucro Antes dos Efeitos Financeiros 37.599.820 22.979.383 12.801.707 Despesas Financeiras -9.486.656-7.196.562-10.340.567 Receitas Financeiras 5.310.080 3.887.296 5.276.184 Lucro Antes dos Impostos sobre o Lucro 33.423.244 19.670.117 7.737.324 Contribuição Social -1.928.438-1.794.052-708.753 Imposto de Renda -4.936.293-4.841.649-1.885.697 Lucro Líquido do Exercício 26.558.513 13.034.416 5.142.874 Lucro Líquido por Lote de 1000 Ações 3.796 1.863 1.159 Fonte: dados fornecidos pela empresa Gama 4.2.1 Índices de Atividade Conforme descrito no referencial teórico, através dos índices de atividade é possível realizar uma análise do desempenho operacional da empresa, bem como da necessidade de investimento em giro.

A partir dos dados coletados nas demonstrações contábeis da empresa analisada elaborou-se o Gráfico 1, o qual demonstra os índices apurados nos respectivos períodos analisados. GRÁFICO 1 Índices de Prazos Médios O prazo médio de renovação do estoque mostra que a indústria Gama, em 2008 e 2010, apresentou um baixo índice de renovação dos seus estoques, o que pode ter acarretado um aumento nos custos com a manutenção dos estoques, bem como a necessidade de capital de giro para financiá-lo. Em 2009 houve uma variação significativa no PMRE da empresa, em relação aos demais períodos analisados, que passou de 136,8 dias (2008) para 70,4 dias (2009). O recomendável é que as empresas tenham altos índices PMRE, mas que estes sejam decorrentes do aumento da demanda pelos seus produtos. Por sua vez o prazo médio de recebimento de vendas evidencia qual o tempo médio que a empresa leva para receber suas vendas. Verificou-se que a empresa apresentou índices que foram aumentando ao longo do período, o que representa o oposto do recomendado pelos autores conforme o referencial teórico, uma vez que as empresas devem, sempre que for possível, abreviar esse prazo para o recebimento de suas vendas. O prazo médio de pagamento de compras demonstra o tempo que a empresa leva para pagar as suas compras, que deverá ser superior aos prazos concedidos aos clientes. Na empresa Gama observa-se que esses prazos mostraram-se

superiores ao PMRV apenas no período de 2008. Nos demais períodos, pode ter ocorrido a necessidade do uso de recursos próprios para sustentar as vendas. 4.2.2 Posicionamento de Atividade O ideal é que a empresa atinja uma posição em que a soma do PMRE e PMRV seja igual ou inferior ao PMPC. GRÁFICO 2 Posicionamento de Atividade Analisando os resultados do PA da empresa, verificou-se que no referido período todos os anos ficaram acima do ideal, uma vez que a soma do PMRE e PMRV deve ser igual ou inferior ao PMPC, para que haja tempo suficiente para a empresa vender e receber suas mercadorias, serviços ou produtos e somente depois liquidá-los junto aos seus fornecedores. Nos períodos analisados constatou-se que a empresa Gama só recebeu os valores referentes a suas vendas depois de ter efetuado os pagamentos aos fornecedores, o que pode ter ocasionado a necessidade do uso de recursos que acabam por acarretar um incremento nos custos financeiros. 4.2.3 Ciclo Operacional

Como descrito no referencial teórico, o ciclo operacional é o prazo entre a compra e o recebimento das vendas, através das somas do PMRE e do PMRV obtemos a média dos dias necessários para que os estoques sejam vendidos. O gráfico 3 demonstra o ciclo operacional de cada período analisado. GRÁFICO 3 - Ciclo Operacional O ciclo operacional evidenciado acima compara os prazos de pagamento e de recebimento e a renovação dos estoques. Essa comparação é de fundamental importância para o negócio, pois evidencia a atividade principal da empresa, sua eficiência, evolução e, por fim, seu retorno. Através do exposto no gráfico nota-se que o ciclo operacional e amplo, onde a empresa apresenta uma redução em seu ciclo operacional somente em 2009, alcançando em média 228 dias, se comparado com os demais períodos analisados, que foram de 273 e 253 referente a 2008 e 2010 respectivamente, mas em contrapartida, o PMPC apurado pela empresa em 2008 e 2009 é maior que o PMRE. Conforme Padoveze (2010), isso indica que os fornecedores também financiam uma parte das vendas da empresa, o que gera um benefício de modo geral. 4.2.4 Ciclo Financeiro Como abordado também no referencial teórico, o tempo decorrido entre o momento em que a empresa coloca o dinheiro (pagamento ao fornecedor) e o momento em que recebe as vendas (recebimento do cliente) é o período em que a

empresa precisa arrumar financiamento. É o ciclo de caixa, também chamado de ciclo financeiro. O Gráfico 4 demonstra o ciclo de caixa de cada período analisado. GRÁFICO 4 Ciclo Financeiro O ciclo de caixa ou financeiro, evidenciado no gráfico acima, demonstra o período em que a empresa financia o ciclo operacional. A empresa obteve em 2009 uma redução no seu prazo de utilização de capital de giro, ou seja, necessitou de fontes de recursos financeiros, em média por 95 dias, ao contrário de 2008, quando a empresa apurou um ciclo de caixa de 138 dias, culminando com 158 dias de média em 2010, reflexo do comportamento do ciclo operacional bem como do PMPC apurado pela empresa. Deve-se observar que esse intervalo de tempo não pode ser muito grande, a fim de não tornar o ciclo operacional muito oneroso à empresa. 5 Considerações Finais Como observado, uma das principais contribuições dos indicadores de atividade é evidenciar a situação operacional da empresa. Demonstra ainda, uma série de informações otimizadas por essa análise capaz de subsidiar a tomada de decisões e a própria gestão do empreendimento. O controle interno dos prazos de renovação de estoques, recebimento das vendas, pagamento das compras, bem como do prazo médio de recebimento das vendas, traduz a busca da eficiência condizente com a atual conjuntura de competitividade empresarial em que vivemos.

A técnica da análise de balanços permite extrair esses indicadores médios que, embasados em um referencial teórico, sintetizam as informações de modo objetivo, e que conjugadas identificam os ciclos operacional e de caixa do empreendimento. As análises apresentadas neste trabalho foram feitas, unicamente, com base em dados extraídos de demonstrações publicadas, que mesmo auditadas configuram uma limitação deste estudo, uma vez que as interpretações tornam-se subjetivas, pois não foi possível ter acesso às informações internas, as quais forneceriam dados concretos a respeito de fatos contábeis que pudessem ter interferido no comportamento dos indicadores apurados. Um dos benefícios obtidos através deste estudo, em relação ao pesquisador, foi a integração entre a prática e teoria, percebendo as diversas informações que a análise das demonstrações contábeis pode gerar em beneficio da gestão dos negócios empresariais. Como recomendação a estudos futuros, sugere-se a comparação dos resultados obtidos com empresa do mesmo porte e ramo de atividade, a fim de medir sua eficiência de indicadores de atividade. 6 Referências ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços. Um enfoque econômico financeiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BRAGA, H. R. Demonstrações contábeis: estrutura, análise e interpretação. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. CHING, Y. H; MARQUES, F.; PRADO, L. Contabilidade e Finanças para não especialistas. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. IUDÍCIBUS, S. Análise de Balanços. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

MARION, J. C. Contabilidade Básica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2006. MATARAZZO, D. C. Análise financeira de Balanços Abordagem Básica e Gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. PADOVEZE, C. L.; DE BENEDICTO, G. C. Análise das Demonstrações Financeiras. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010. SILVA, A. A. da. Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2010.