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Transcrição:

PUBLICADA A DECISÃO DO ACÓRDÃO No D.O. de 09/04/2010 Fls. 06 SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES Sessão de 08 de abril de 2010 QUARTA CÂMARA RECURSO Nº - 30.750 ACÓRDÃO Nº 8.276 INSCRIÇÃO ESTADUAL Nº - 77.028.277 AUTO DE INFRAÇÃO N - 03.209.127-4 RECORRENTE MANIA DE TELAS 2000 COMÉRCIO E DECORAÇÕES LTDA RECORRIDA RELATOR - IRF 64.15 BARRA DA TIJUCA - CONSELHEIRO ANTONIO DE PÁDUA PESSOA DE MELLO Participaram do julgamento os Conselheiros Antonio de Pádua Pessoa de Mello, Lelyane Vilar Medeiros Damasceno, Sandro Machado dos Reis e João da Silva Figueiredo. ICMS OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. EMISSOR DE CUPOM FICSAL ECF. OBRIGATORIEDADE DE USO. VENDAS A NÃO CONTRIBUINTES. Sendo patente que o autuado realiza vendas a não contribuintes e, de forma mais particular, a pessoas físicas, caracterizada está a hipótese de obrigatoriedade de uso do ECF. A penalidade aplicada deve ser adequada em função da legislação superveniente e de condição específica do sujeito passivo apontada no curso do litígio. Recurso voluntário a que se dá provimento parcial. RELATÓRIO A empresa qualificada na inicial foi autuada por infringir o(s) dispositivo(s) legal(ais) ali arrolado(s), sendo que o relato acusa a não utilização de equipamento Emissor de Cupom Fiscal ECF, tendo sido imposta a multa pelo descumprimento da obrigação acessória.

QUARTA CÂMARA Acórdão nº 8.276- fls. 2/6 A impugnação apresentada não foi acolhida e o sujeito passivo recorreu a esta Segunda Instância argumentando que nunca foi cientificado da obrigação de ter ECF; que emite nota fiscal para todas as suas operações; que não faz vendas de balcão, só atendendo pessoas em suas residências; que as obrigações acessórias devem se submeter ao princípio da legalidade e que não cometeu nenhuma infração tão grave para receber multa tão elevada, cujo pagamento lhe é impossível suportar A linha para justificar a manutenção da exigência fiscal, desenvolvida ao longo do feito, repousa em que o autuado tem receita anual superior a R$120.000,00 e é comerciante varejista, condições cumuladas que tornam obrigatório o uso do ECF. A Representação da Fazenda manifestou-se pelo desprovimento do recurso. É o relatório. VOTO DO RELATOR Como óbvio, a ninguém é dado alegar o desconhecimento da lei, sendo vazia a alegação do contribuinte de que deveria ser notificado de seus deveres. Por outro lado, a obrigação acessória em questão observa estritamente o princípio da legalidade, com explícita previsão há tempos, digase de passagem na legislação tributária em vigor, quando o dever de fazer (ou deixar de fazer) algo não tem necessariamente relação direta com o cumprimento da obrigação principal (o pagamento do tributo). De forma que não socorre o autuado a sua alegação de ter registrado suas operações sob outro meio (emissão de notas fiscais) e pago o respectivo ICMS. O aspecto de a multa aplicada apresentar-se (originalmente) em valor tão elevado decorre, também, do texto da lei, não cabendo ao Julgador administrativo adentrar em juízo de valor, mas, apenas, examinar se o enquadramento foi feito de forma pertinente, para a situação concreta relatada como causa da infração. A obrigação de o RECORRENTE registrar suas operações empregando Emissor de Cupom Fiscal (ECF) advém da combinação dos seguintes textos legais:

QUARTA CÂMARA Acórdão nº 8.276- fls. 3/6 Lei 2657/96... Art. 78 - Ficam obrigados ao uso de ECF, o estabelecimento que exerça a atividade de venda ou revenda de mercadorias ou bens, o restaurante e estabelecimento similar, ou de prestação de serviços em que o adquirente ou tomador seja pessoa física ou jurídica não contribuinte do imposto. 1º - O ECF deve ter a capacidade de satisfazer as condições estabelecidas na legislação. 2º - Fica o Poder Executivo autorizado a determinar os casos em que o contribuinte poderá ficar desobrigado do uso do ECF. (redação do artigo 78, 1º e 2º, dada pela Lei 3525/00, ceap de 29/12/00) Resolução SEF 2926/98... Art. 2º - A utilização de ECF pelo estabelecimento a que se refere o artigo 1º, observará os seguintes prazos: I - imediatamente, tratando-se de início de atividade, para estabelecimento com expectativa de receita bruta anual acima de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), observado o disposto no 1º; II - para estabelecimento que já exerce atividade e que não seja usuário de equipamento que emita Cupom Fiscal, a partir de: 1) 1º de julho de 1998, para estabelecimento de empresa com receita bruta anual superior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais); 2) 1º de outubro de 1998, para estabelecimento 6.000.000,00 (seis milhões de reais) até R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais); 3) 1º de janeiro de 1999, para estabelecimento 2.000.000,00 (dois milhões de reais) até R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais); 4) 1º de abril de 1999, para estabelecimento de empresa com receita bruta anual acima de R$ 720.000,00 (setecentos e vinte mil reais) até R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais); 5) 1º de julho de 1999, para estabelecimento de empresa com receita bruta anual acima de R$ 480.000,00 (quatrocentos e oitenta mil reais) até R$ 720.000,00 (setecentos e vinte mil reais);

QUARTA CÂMARA Acórdão nº 8.276- fls. 4/6 6) 1º de outubro de 1999, para estabelecimento 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) até R$ 480.000,00 (quatrocentos e oitenta mil reais); 7) 1º de janeiro de 2000, para estabelecimento 120.000,00 (cento e vinte mil reais) até R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).... 2º - Observado o disposto no parágrafo anterior, a Secretaria de Estado de Fazenda e Controle Geral estabelecerá, a partir de 1º de julho de 2000, a data em que entrará em vigor o uso obrigatório de ECF, para estabelecimento de empresa com receita bruta anual de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). (redação da Res. 2926 com alterações da Resolução 3556/00, ceap de 14/01/00) Assim, com receita bruta superior a R$120.000,00 e realizando vendas como varejista, sobretudo a pessoas físicas, indubitável que o RECORRENTE estava obrigado ao uso do ECF naquela data considerada como marco inicial, para cálculo da multa imposta (02/01/2003), no quadro demonstrativo anexo ao A.I. (fls. 03), e que teve por termo final a data de 11/10/2007, totalizando 58 (cinqüenta e oito períodos) de infração à legislação. E a penalidade foi calculada como adiante se explicita, observada a redação então vigente do dispositivo abaixo, com entrada em vigor quando a UFIR-RJ equivalia a R$0,9611: Lei 2657/96... Art. 59 - Aquele que descumprir obrigação prevista na legislação tributária fica sujeito às seguintes multas:... XXXIV - de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), por mês ou fração de mês, para o contribuinte que não utilizar equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, quando obrigado pela legislação (redação da Lei 3040/98, vigente até 23/12/08) fls. 03) CÁLCULO: 58 X (1.500,00 / 0,9611) = 90.521,28 UFIR-RJ (cf.

QUARTA CÂMARA Acórdão nº 8.276- fls. 5/6 Todavia, ao longo da tramitação do litígio, o retro mencionado inciso veio a sofrer nova alteração de redação, adiante reproduzida, tornando-se a nova multa ali fixada mais favorável ao sujeito passivo, pelo que tal deverá prevalecer, em obediência às regras do art. 106, inc. II, alínea c, do CTN: inc. XXXIV do art. 59 da Lei 2657/96 c/ redação da Lei 5356/08, vigente desde 24/12/08, com UFIR-RJ=R$1,8258 XXXIV - se não utilizar equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, quando obrigado pela legislação, não inferior a R$ 300,00 (trezentos reais), por mês ou fração de mês em que mantida a irregularidade, calculada sobre o valor das operações de saída ou prestações de serviço realizadas no período: (grifo não consta do original) a) 0,25% (vinte e cinco centésimos por cento), para valor de saídas ou prestações igual ou inferior a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), não superior a R$ 500,00 (quinhentos reais); Desnecessária a transcrição das demais alíneas de tal dispositivo, posto que a documentação de fls., solicitada por esta Câmara à SUACIEF em 25/03/10, demonstra que o autuado se enquadra na hipótese primeira das previstas no inciso. E por não ter mês algum com saídas superando R$120.000,00, a multa de 0,25%, para cada período sob infração, deve ser fixada no mínimo de R$300,00. NOVO CÁLCULO: 58 X (300,00 / 1,8258) = 9.530,06 UFIR-RJ Outrossim, conforme consulta ao histórico dos regimes de tributação, documento cadastral recém juntado aos autos por iniciativa deste Relator, vê-se que se trata de empresa que sempre se mantinha no regime simplificado de tributação, pelo que a penalidade em foco é beneficiada com a redução de 50% (cinqüenta por cento), prevista no art. 4º da Lei 2881/97, devendo ser exigida do sujeito passivo, portanto, a multa de 4.765,03 UFIR-RJ Isto posto, e nos termos acima expendidos, DOU PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO VOLUNTÁRIO, para fixar o valor da multa formal a ser exigida do RECORRENTE em 4.765,03 (quatro ponto sete seis cinco vírgula zero três) UFIR-RJ, com base no art. 59, inc. XXXIV, alínea a, da Lei 2657/96, c/ a

QUARTA CÂMARA Acórdão nº 8.276- fls. 6/6 redação da Lei 5359/08, c/c o art. 4º da Lei 2881/97 e c/c o art. 106, inc. II, alínea c, do CTN. É o voto. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos em que é Recorrente MANIA DE TELAS 2000 COMÉRCIO E DECORAÇÕES LTDA e Recorrida IRF 64.15 BARRA DA TIJUCA. Acorda a QUARTA CÂMARA do Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro, à unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário, para fixar a multa formal a ser exigida, nos termos do voto do Conselheiro Relator. QUARTA CÂMARA do Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro, em 08 de abril de 2010. ANTONIO DE PÁDUA PESSOA DE MELLO RELATOR lmbc JOÃO DA SILVA FIGUEIREDO NO EXERCÍCIO REGIMENTAL DA PRESIDÊNCIA