INTERESSADO/MANTENEDORA ALFREDO DE JESUS DIAS MENDES UF ASSUNTO REGISTRO PROFISSIONAL DE ESTRANGEIRO < RELATOR: SR. CONS. PAULO ALCÂNTARA GOMES PARECER N.º 297/93 I - RELATÓRIO CÂMARA OU COMISSÃO CESu APROVADO EM 05/05/93 PROCESSO N.º 23001.000481/91-22 0 Presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia dirige-se ao CFE, encaminhando recurso interposto por Alfredo de Jesus Dias Mendes contra decisão do CONFEA relativa ao seu registro profissional. 0 requerente obteve o seu registro profissional junto ao CREA-RJ como Tecnólogo Civil e de Minas, sendo-lhe conferidas as atribuições do artigo 23 da Resolução 218/73. Posteriormente, solicitou revisão de suas atribuições de Tecnólogo para as de Engenharia Plena Civil, tendo o seu pedido sido indeferido, motivo pelo qual recorre ao CFE, para que se manifeste sobre o assunto. Independentemente da análise quanto ao mérito da revalidação em apreço,cumpre lembrar que, através da Portaria 23/71, de 10/6/71 o Conselho Federal de Educação fixou que: Artigo 1@ - Os diplomas e certificados expedidos por estabelecimento de ensino superior estrangeiro podem ser revalidados, para o efeito de serem declarados equivalentes aos conferidos por instituição brasileira de ensino superior e, quando for o caso, de serem apuradas as condições de capacidade profissional de seus portadores. Parágrafo ünico - A revalidação é obrigatória quando se trata de diploma que deve ser registrado no órgão competente ou que habilite ao exercício profissional no País. MOD 5 - C F E
Artigo 4@ - São competentes para processar e julgar as revalidações as universidades oficiais ou particulares que ministrarem cursos idênticos ou correspondentes aos referidos títulos estrangeiros, aplicada a correspondência dos cursos a regra contida no artigo 2@ "in fine" da presente portaria. Artigo 5@ - Salvo motivo relevante a ser fundamentado perante o Conselho Federal de Educação, não poderão as Universidades recusar-se a processar os pedidos de revalidação que lhes sejam apresentados. Por outro lado, o artigo XIV do Acordo Cultural entre Portugal e Brasil estabelece que: "Cada Parte contratante reconhecerá, para efeito de exercício de profissão em seu território, os diplomas e titulos profissionais idôneos expedidos por Institutos de ensino da outra Parte e desde que devidamente legalizadas e emitidas em favor de nacionais de uma e de outra Parte favorecendo em caso de inexistência ou diferença de curso, as necessárias alterações para o mais próximo". Os Institutos Superiores em Portugal, criados em 1974, são instituições de nível superior que ministram cursos na área de Engenharia, concedendo àqueles que os concluem o grau acadêmico de bacharel em Engenharia, mas expedido diploma designando o profissional como Engenheiro Técnico. Estes cursos, com 3 anos de duração, constituem "um degrau onde o aluno pode parar e exercer a profissão ou continuar e obter sua licenciatura em Engenharia, ou seja, obter a Engenharia Plena". II VOTO DO RELATOR Se ocorreram fatos novos (tais como a comprovação de continuação do curso ja ao nível de "Engenharia Plena" ou a conclusão de algum outro curso;. Estes devem ser objeto de apreciação por Universidade que ofereça curso idêntico ou correspondente aos oferecidos pela Instituição estrangeira e não pelo Conselho Federal de Educação. As informações constantes do processo, entretanto, não levam o relator a concluir pela existência destes fatos novos. Isto posto, o relator vota pelo encaminhamento do processo ao,' CREA-RJ para que este, no caso do interessado comprovar o cumprimento dos requisitos Portugueses para obtenção do diploma \ de Engenheiro, e uma vez ouvida Universidade que satisfaça ao disposto no artigo XIV do Acordo Cultural Brasil Portugal, mani- feste-se sobre a solicitação em apreço. Em caso contrário, julga o relator que o interessado RO dera,ao abrigo do artigo XIV do citado acordo cultural, ter possibilidade de completar os requisitos indispensáveis a conces- são do grau de engenheiro em Instituição de Ensino reconhecida pe lo CFE. a
III - PARECER DA CÂMARA A Câmara de Ensino Superior acompanha o voto do Relator. Presidente Relator
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou, por unanimidade, a conclusão da Câmara. Sala Barreto Filho, em 05 de maio de 1993.
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO - CFE FOLHA DE PRESENÇA REFERENTE A SESSÃO PLENÁRIA DO DIA 05/05/1993, REALIZADA AS 10 HORAS. REUNIÃO ORDINÁRIA DE / 1993. NOME DO CONSELHEIRO ASSINATURA