UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊSE RESPECTIVAS LITERATURAS



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Transcrição:

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊSE RESPECTIVAS LITERATURAS LETÍCIA DE JESUS MARQUES ANÁLISE DIACRÔNICA DA LÍNGUA INGLESA EM TEXTOS LITERÁRIOS JUSSARA-GO 2013

Letícia de Jesus Marques ANÁLISE DIACRÔNICA DA LÍNGUA INGLESA EM TEXTOS LITERÁRIOS Monografia apresentada a banca examinadora, como requisito para a obtenção do título de licenciando em Letras Português/Inglês e respectivas Literaturas, da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, sob orientação do professor Evandro Rosa de Araújo. JUSSARA-GO 2013

Dedico a meus pais, Baltazar e Rosa Maria por sempre estarem me apoiando e se esforçando para me ajudarem nas horas que mais preciso. As minhas colegas de sala Maysa Peres, Natália Rodrigues e Débora Fernandes que desde o começo foram minhas companheiras em todas as horas. A todos os professores que me acompanharam e ajudaram nessa caminhada tão árdua, porém prazerosa.

AGRADECIMENTOS É com imensa satisfação e alegria que venho a agradecer principalmente a Deus por ter me acolhido e me aconchegado nos momentos mais difíceis e angustiantes. Se não fosse ele, nada disso estaria se concretizando, agradeço pelas vezes em que me colocou em seus braços na hora das dificuldades e nos momentos de alegria e vitória. Sem a presença de Deus sei que não teria chegado até aqui, pois nas horas de desespero e aflição pensando que não conseguiria ele me mostrou que eu sou capaz de ir além mais. Obrigada por tudo Senhor! Agradeço com imenso carinho e amor a meus pais Baltazar e Rosa Maria pelos anos de dedicação em minha educação, sem vocês e seus cuidados, sei que não seria e nem teria o caráter que tenho. Obrigada pelas palmadas que me deram, (sei que até hoje às vezes ainda preciso de umas). Obrigada por me deram o direito a vida e principalmente ao conhecimento, por me abrirem as portas para a educação. Sei que muitas vezes quis algo que não tinham condições de me dar, mas o que puderam me dar é o melhor e agradeço por terem me dado o que eram capazes com trabalho e amor. A amizade é algo espetacular e nos momentos mais difíceis é que sabemos realmente que é nossos amigos de verdade, e eu sei quem são minhas amigas de verdade. Nas horas tristes e alegres vocês estiveram lá me apoiando e me dando broncas, me ensinado, me encorajado e às vezes me desencorajando a fazer coisas que estavam erradas. Maysa (Ysa) corajosa, inteligente, brincalhona, as vezes doida e muitas vezes estressada, mas sempre amiga, obrigada por tudo... Natália (Nati) doce, inocente (até demais), tímida, inteligente, linda (de todas nós a mais linda de coração, alma e corpo)... Débora (Tia) com seu jeito mais doida do que as outras cativa a todos e a tudo sempre com aquela gargalhada muito diferente que contagia a todos, inteligente, nervosa (de tanto que até dava dor de barriga), sua capacidade de aprender e ensinar é fascinante. De todas tenho muito para falar e principalmente para lembrar muito obrigada por tudo vocês são parte de mim agora, hoje e sempre, nunca me esquecerei de vocês. A todos os professores por terem me suportado, pois sei que às vezes (muitas vezes, é claro) sou insuportável e chata, além é claro de estressada. A todos os professores que se foram e que aqui ainda estão. Todos vocês merecem agradecimentos nesse decorrer, e de agora em diante até o último dia de minha vida. A cada um: Cloves, Evandro, Helda, Fernandes, Irene, Geórgia, Anyellen, Aline Moreira, Aline Feier, Daiane, Elaine, Fernanda, Nalha, Lucas, Lumma, Osvaldina (Val), Hélio, Cleonice, Renata Lopes, Renata Hering, Ione

e Juliana que ficaram por pouco tempo mais que contribuíram para meu aprendizado nesses anos. A todos um muito obrigada!

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. (O Menestrel William Shakespeare)

RESUMO MARQUES, Letícia de Jesus. Análise diacrônica da Língua Inglesa em textos literários. 2013. Graduação em Letras. UEG / UnU de Jussara. O objetivo em realizar a presente monografia nasceu na busca pelo conhecimento do surgimento e maturação do idioma inglês. Procurou-se construir este trabalho para apresentar os aspectos pertinentes da evolução da Língua Inglesa ao longo do tempo, visto que esse idioma hoje configura-se como sendo um dos mais falados do mundo. Mas antes de se fazer a apresentação desses aspectos evolutivos do inglês, fez-se necessário compreender o que vem a ser a lingua(gem) para a vida social. Para este entendimento serão utilizados teóricos como Lyons (2009), Lopes (1995) Fiorin (2010) entre outros teóricos que se preocuparam em estudar a língua no interno e externo a ela. As transformações realizadas na Língua Inglesa foram sendo anexadas em três fases: Inglês Antigo, Médio e Moderno. Esses períodos serão analisados e comprovados a partir de fragmentos de obras escritas em cada época. Obras como: Beowulf, The Canteburry Tales e fragmento de William Blake serão exploradas para comparar os aspectos evolutivos desse idioma. Serão ainda utilizadas nesse trabalho obras da Linguística Histórica e da Linguística Aplicada e autores como Almeida Filho (1990), Edward Lopes (1976), Bauch (1952) e outros. Por isso, realizar essa pesquisa torna-se extremamente necessário para o estudante de Letras que trabalha com esse idioma. Além de outros objetivos essa pesquisa é indispensável para integralizar a grade curricular do curso de Letras. PALAVRAS-CHAVE: Língua Inglesa. Evolução. Linguística. Literatura.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO 1 A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA INGLESA NO MUNDO 11 CONTEMPORÂNEO 1.1. Aspectos de Língua e Linguagem 11 1.2. Tributos ao Inglês 16 CAPÍTULO 2 HISTÓRIA E ANÁLISE DA LÍNGUA INGLESA 23 2.1. O Nascimento do Inglês e suas mudanças ao longo do tempo 23 2.2. Análise diacrônica de fragmentos dos Períodos Old English, Middle 31 and Modern English CONCLUSÃO 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39

8 INTRODUÇÃO Foi na baixa Idade Média que a linguagem ganhou maior destaque enquanto instrumento de interação social. Para chegar ao que se conhece hoje ela passou por diversas fases e processos de aprimoramento e reformulações. Toda mudança linguística é inquestionável, pois, todas as línguas mudam e variam com o tempo. Vários fatores contribuíram para esse processo de transformações, o crescimento das populações, as expansões marítimas e os choques culturais na busca pelo poder territorial. Essas mudanças pelas quais as línguas passaram foram concebidas da vontade que o homem possuía de entender e ser entendido no ambiente em que vivia. Por meio das mudanças linguísticas, hoje o inglês é considerado como o idioma universal. A Língua Inglesa, devido à grande quantidade de falantes, é considerada o idioma mais usado no mundo contemporâneo. Essa passou a representar status social, ascensão e sobrevivência no mercado de trabalho e uma porta aberta para um mundo que se encontra em constantes mudanças e desenvolvimentos. O que evidencia-se com o avanço do Inglês em suas múltiplas manifestações, é que aprender não é opção e sim uma necessidade. A aprendizagem de uma nova língua aproxima as pessoas de maneira natural, pois o ato de falar é algo naturalmente humano que está a todo tempo se modificando e se adaptando as necessidades de cada indivíduo. Por meio da linguagem o acesso ao conhecimento das mudanças linguísticas proporciona diferentes formas de perceber e conhecer a realidade de cada falante. A Língua Inglesa está nos principais meios de comunicação, ela é o idioma da internet, da informática, do turismo, do comércio internacional, ou seja, onde quer que você vá ela estará presente. Por meio da interação social entre diferentes idiomas torna-se possível obter o reconhecimento da cultura do outro. Havendo a troca de informações entre diferentes culturas estas poderão reconhecer as inúmeras composições literárias, artísticas, filosóficas e intelectuais de suas comunidades linguísticas. Embora sabendo da grande importância de se conhecer outras línguas e conhecendo o valor de aprender a Língua Inglesa, percebe-se que muitas pessoas não interessam em pesquisas sobre os aspectos formativos e evolutivos deste idioma. Como se sabe, o inglês nasceu na Inglaterra e foi formado pela junção de diversos povos e falares. Os Celtas foram os primeiros povos a chegarem à Inglaterra. Os Vikings por sua vez inseriram para a formação

9 desta civilização as navegações, que foram primordiais para as descobertas de outros territórios. A língua como se reconhece hoje passou por três períodos de evolução, Inglês Antigo, Médio e Moderno. No Inglês Antigo têm-se como destaque para a formação desse idioma os povos Anglos, Saxões e os Romanos, estes deram contribuições relevantes para a formação dos vocábulos e literatura. No Inglês Médio as influências surgiram a partir da batalha de Hastings, onde o rei impôs ao povo seu idioma, normas e leis. O Inglês Moderno chegou com a presença da Grã-Bretanha. Durante esses períodos, é perceptível a realização escrita de várias obras e autores como Beowulf, The Canterbury Tales de Geoffrey Chaucer e mais recentemente William Blake. Por meio dessas obras citadas percebe-se a caminhada evolutiva feita por esse idioma ao longo dos tempos. Em meados do século XIV, verificou-se grande enriquecimento vocabular na linguagem escrita, sobretudo por influência de Chaucer. Com todas essas influências culturais a Língua Inglesa, mostra a rica produção de língua (gem) pela qual surgiu. Todas as transformações durante aproximadamente 1500 anos, tornaram esse idioma um exemplo de grandes conquistas e batalhas para chegar à estrutura linguística que hoje é estudada e conhecida por muitas nações. Pensando nesta evolução cultural sofrida pelo Inglês, realizou-se uma pesquisa que tem como tema a Análise diacrônica em textos literários da Língua Inglesa. Este trabalho foi escrito e dividido em dois capítulos. No primeiro apresentou-se a importância da língua como um todo para a contemporaneidade humana que se encontra em um mundo cada vez mais globalizado e que não encontra fronteiras para se comunicar. O ato comunicacional entre homens torna-os seres capazes de interagir socialmente com todos os tipos de cultura. Por esse motivo o primeiro capítulo foi intitulado A importância da Língua Inglesa no mundo contemporâneo e foi subdividido em dois tópicos. No primeiro tópico denominado Aspectos de Língua e Linguagem apresentou-se uma análise do conceito de língua(gem) na interação social e os aspectos pertinentes que envolvem a evolução linguística no processo de aperfeiçoamento do idioma Inglês. No tópico seguinte intitulado Tributos ao Inglês foi feito um apanhado da importância dessa língua para os dias atuais, mostrando as vantagens do aprendizado desse idioma para o indivíduo social. O segundo e último capítulo intitulado História e Análise da Língua Inglesa foi subdividido em dois tópicos. O primeiro O Nascimento do Inglês e suas Mudanças ao Longo do Tempo visa fazer um panorama e explicar as etapas pelas quais o idioma Inglês passou da

10 Idade Antiga até os dias de hoje, apresentando e explicando cada fase e suas contribuições para a formação do idioma. No segundo e último tópico Análise diacrônica de fragmentos dos Períodos Old English, Middle and Modern English foi elaborado para fazer a comprovação dos períodos anteriormente exposto. Utilizou-se fragmentos de obras que apresentam em seus escritos o Inglês Antigo, Médio e Moderno. Para a retirada dos fragmentos foi utilizados manuscritos de William Blake, Beowulf e The Canterbury Tales, além de linguistas como Edward Lopes, Baugh e outros Linguistas que tratam da evolução linguística como um todo.

11 CAPÍTULO 01 A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA INGLESA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO O presente capítulo ocupou-se em falar sobre a importância da Língua Inglesa no mundo contemporâneo. Buscando por meio de fontes bibliográficas como Lopes (1993), Lyons (2009), Fiorin (2010), Saussure (2006), Bloomfield (1933) e Chomsky (1976). E tomando como foco as razões para se aprender este idioma. O capítulo foi dividido em dois tópicos, no primeiro foi feito um levantamento do que venha a ser a língua(gem), usando os posicionamentos de alguns linguistas que estudam a língua no interior e exterior a ela. Fazendo assim uma análise dos conceitos de língua e linguagem na interação social, onde o homem procurou criar suportes para se interagir. No último tópico, será retratado a importância do Inglês na idade contemporânea, suas contribuições aos falantes e aprendizes deste idioma, além de fazer um apanhado dos principais eventos que impulsionaram a coroação do inglês como Língua Mundial, utilizando para isso autores como Harmer (1994), Baugh (1952), Pires (2002), Le Breton (2005), Kachru (1983), Quirk e Smith (1966), Wardhaugh (1987), Rajagopalan (2005), Ventura (1989) e Quirk (1966). 1.1 Aspectos de Língua e Linguagem Segundo o dicionário CAMBRIDGE língua(gem) é a system of communication consisting of sounds, words, and grammar, or the system of communication used by people in a particular country or type of work 1. essa definição apresentada pelo Cambridge resume a principal característica da língua(gem) que é usada no dia a dia, porém esse significado restringiu o que os linguistas procuram estabelecer entre o falante e a língua. John Lyons (2009) diz que: O linguista a princípio lida com as línguas naturais. A pergunta o que é a língua(gem)? traz em si a pressuposição de que cada uma das milhares de línguas naturais reconhecidamente distintas, faladas em todo o mundo, é um caso específico de algo mais geral (p.03). Portanto, quanto se faz a seguinte pergunta O que é a língua(gem)? esperando uma resposta concretamente pronta, o indivíduo está baseando-se que cada língua natural 1 Um sistema de comunicação composto de sons, palavras, e gramática, ou sistema de comunicação utilizado por pessoas em um determinado país ou tipo de trabalho.

12 existente no mundo possui características próprias e distintas. Por isso, John Lyons (2009) afirma que: O que o linguista quer saber é se as línguas naturais, todas, possuem em comum algo que não pertença a outros sistemas de comunicação, humano ou não, de tal forma que seja correto aplicar a cada uma delas a palavra língua, negando-se a aplicação deste termo a outros sistemas de comunicação exceto na medida em que, assim como o esperanto, eles sejam baseados em línguas naturais preexistentes (p.03). Portanto, dar uma definição geral do significado do que venha a ser língua(gem) não está dentro das preocupações dos linguistas. O que eles procuram compreender é se todas as línguas naturais distintas e faladas têm em seus sistemas linguísticos outras formas de comunicação em que possa ser aplicada a definição de língua. O que se pode dizer é que não existe linguagem sem o uso de uma língua natural, pois uma depende da outra para haver a comunicação. Durante muito tempo se procurou a definição para língua e linguagem, o que se pode dizer segundo alguns linguistas como Chomsky (1957), Hall (1968), Robins (1979) e outros é de que a língua(gem) é um sistema composto por símbolos que levam à produção da comunicação. O homem vem buscando ao longo do tempo maneiras de se comunicar e interagir. Ele usou de muitas formas para ser entendido, de pinturas em pedras até chegar ao que ele chamou de língua(gem). O que seria do homem sem a língua? É por meio desta que ele se distingue dos outros animais, tornando se capaz de produzir falas e enunciados dentro da sociedade em que vive, mantendo assim relações sociais entre os povos. Sem a língua o ser humano seria apenas mais um animal que age por instintos. Isso pode ser comprovado por John Lyons (2009) quando ele diz que: Filósofos, psicólogos e linguistas frequentemente salientam que é a posse da linguagem o que mais claramente distingue o homem dos outros animais (p.02). Durante o surgimento da linguagem o homem aprimorou sua capacidade linguística e se fez capaz de entender e ser entendido na busca de conhecimento e culturas de outros povos. As línguas são um produto das convenções e dos valores sociais, de onde derivam as regras que tornam compreensíveis as intercomunicações dos indivíduos e asseguram a sobrevivência e coesão das sociedades (LOPES, 1996, p.27). Todas as línguas mudam, todas as línguas que existem ou foram extintas sofreram alterações em sua estrutura linguistas. Nenhuma língua é homogênea. Com o passar do tempo todas elas sofrem alterações, essas alterações são vistas na fala, pois a escrita demora para aderir os aspectos da mudança em sua forma, devido as regras gramaticais já estabelecidas.

13 Porém, a percepção da mudança linguística sofrida por um idioma durante anos é percebida por meio de textos escritos. [...] a língua escrita não reflete todas as mudanças que ocorrem na língua falada. A língua escrita vem normalmente a reboque das mudanças ocorridas na língua falada, havendo frequentemente uma defasagem ente o aparecimento de mudanças na língua falada e o momento em que elas passam a ser aceitas ou pelo menos toleradas na língua escrita (FIORIN, 2010, p.147). A língua escrita pelo fato de apresentar suas regras gramaticais acaba não acompanhado todas as mudanças linguísticas da fala. Pode-se dizer que as alterações gramaticais na escrita acontecem quando a forma escrita anterior se encontra quase extinta pela forma falada, por esse motivo pode-se dizer que por diversas vezes na história da fala houve por parte da língua escrita impedimentos para aceitar as mudanças estabelecidas pela fala. Para se entender melhor essa perspectiva adotada por Labov, Sociolinguística Variacionista, sobre a mudança linguística. Far-se-á primeiramente necessário entendermos o Estruturalismo Saussuriano e o Gerativismo Chomskyano. Segundo Fiorin (2010): Ao fazer qualquer observação a respeito de um língua, podemos analisar aspectos que são momentâneos (relacionados a um único momento, presente ou não) ou aspectos que apresentem certa duração no tempo (relacionados a pelo menos dois momentos e ao intervalo entre eles) (p.147). Em se tratando de língua, sabe-se que todas elas sofreram alterações tornando possível aos pesquisadores fazerem análises de aspectos de um determinado momento de sua história, como também analisá-la em situações distintas. Sistematizando os estudos da linguagem enquanto ciência, Saussure procurou então delimitar seu estudo ao objeto língua. Ela, segundo Saussure seria a única suscetível a autonomia, fazendo da Linguística uma ciência. Para Saussure a língua é um sistema organizado, composto de unidades que compõe um todo. No Curso de linguística geral, Saussure fez em sua apresentação a necessidade de diferenciar dois fatos, o sincrônico e o diacrônico. Dentro desta perspectiva Saussure apontou fatos que levavam ao estudo de fatores linguísticos sem qualquer vinculação com a sua história. Ou seja, a intenção de Saussure era estudar a língua sem relacioná-la ao que é exterior a ela. Dessa forma, ele excluiu de seus estudos todos os pontos de vista das ciências que tinham alguma opinião sobre a linguística como: a história, a sociologia e outros. Separando a linguística interna da externa, Saussure considerou a linguística interna como uma disciplina científica que estudaria os elementos da língua e suas relações entre si.

14 Paralelo a essa perspectiva, Saussure se ocupou ainda da distinção entre os fatos diacrônico e sincrônico. Em sua teoria, sincrônico estaria para aspectos do estado da língua, logo este estaria voltado para o momentâneo e estático em relações linguística e o diacrônico estaria relacionado a fase de evolução da língua, relacionando-se ao que tem duração no tempo e é dinâmico. Portanto, Saussure (2006) procura resumir esses fatos dizendo: Em resumo: os fatos sincrônicos, quaisquer que sejam, apresentam uma certa regularidade mas não tem nenhum caráter imperativo; os fatos diacrônicos, ao contrário, se impõem à língua, mas nada tem de geral (p.111). Saussure mostra em seus estudos que estes fatos sincrônicos e diacrônicos eram distintos e se distinguiam entre si de forma não admitindo nenhum compromisso, mas o sincrônico estaria prevalecendo sobre o diacrônico, pois segundo Saussure este seria para os falantes a realidade em verdade, uma vez que o indivíduo estaria vivendo aquilo naquele momento. Partindo para a teoria gerativista, Chomsky criou sua teoria para contestar as afirmações dos behavioristas, que afirmavam que a linguagem humana era decifrada como um condicionamento social, em que um indivíduo produzia uma resposta em mediante estímulos que recebia da interação com outros. A resposta produzida pelo agente devida as repetições seria transformada em hábitos que marcariam o comportamento linguístico. Segundo Bloomfield (1933) uma criança aprenderia uma língua dessa forma: Cada criança que nasce num grupo social adquire hábitos de fala e de resposta nos primeiros anos de sua vida. (...) Sob estimulação variada, a criança repete sons vocais. (...) Alguém, por exemplo, a mãe, produz, na presença da criança, um som que se assemelha a uma das sílabas de seu balbucio. Por exemplo, ela diz doll [boneca]. Quando esses sons chegam aos ouvidos da criança, seu hábito entra em jogo e ela produz a sílaba de balbucio mais próxima, da. Dizemos que nesse momento a criança começa a imitar. (...) A visão e o manuseio da boneca e a audição e a produção da palavra doll (isto é, da) ocorrem repetidas vezes em conjunto, até que a criança forma um hábito. (...) Ela tem agora o uso de uma palavra (p. 29-30). Partindo da ideia contrária, Chomsky acreditava que todos os falantes possuem internamente o conhecimento linguístico necessário para sua comunicação. Assim como Saussure, Chomsky analisava a língua individualmente e analisava o falante ideal dentro de uma comunidade ideal. Segue-se, pois que tanto os mecanismos perceptivos quanto os mecanismos de produção da palavra devem empregar o sistema subjacente de regras gerativas. É por causa da virtual identidade deste sistema subjacente na pessoa que fala e na que ouve, que pode se dar a comunicação, sendo a

15 participação em um sistema gerativo subjacente atribuível, em última instância, à uniformidade da natureza humana (CHOMSKY, 1976, p. 84). Assim, nem Saussure nem Chomsky pretenderam relacionar a língua e suas demais variações com a heterogeneidade presente na sociedade. Já Labov faz de sua pesquisa um campo aberto a todas as mutações e variáveis presentes na sociedade em relação à fala. Para ele todas os idiomas possuem variações e sendo assim acabam desencadeando mudanças, ou seja, a língua não pode ser estudada ou entendida sem as influências da sociedade. Dentro de uma perspectiva variacionista se tem como certo que toda mudança pressupõe variação, ou seja, para que a mudança ocorra a língua tem necessariamente de passar por um período em que há variação, em que coexistem duas ou mais variantes (FIORIN, 2010 p. 152). Para que mudança ocorra se faz necessário identificar variações que correspondem em igual instância ao objeto que está sofrendo as alterações. Portanto, as mudanças linguísticas que começam gradualmente na língua falada são com o tempo, aderidas pela língua escrita. Existem dois fatores que podem favorecer ou dificultar as mudanças na língua, os estritamente linguísticos e os extralinguísticos. O primeiro está relacionado à maneira como está organizada a língua e como é o funcionamento dos sistemas e o extralinguístico está relacionado ao contato que ela faz ao ser inserida na sociedade. As mudanças linguísticas podem acontecer de várias maneiras, uma delas é o contato de um idioma com outro totalmente ou parcialmente diferente. Como exemplo tem-se o inglês que teve sua estrutura modificada durante a batalha de Hastings (1066), onde entrou em contato com a Língua Francesa, mudando assim não só a política desse país, mas também os rumos de seu idioma. Assim também exemplifica Fiorin (2010): [...] o latim, ao ser implantado nas diversas regiões do Império Romano, entrou em contanto com línguas variadas, que acabaram por modificar certas características do latim em cada região dependendo das línguas com as quais ele entrou em contato (p.153). O termo usado pela linguística histórica para descrever essas interações, que ocorrem entre as línguas e suas mudanças é chamado de camadas linguísticas ou estratos. Quando temse dois dialetos X e Y que possuem uma certa convivência por determinado tempo, pode-se apresentar três termos para avaliar a relação de convivência entre elas. O primeiro termo é chamado de substrato e acontece quando uma língua Y falada em uma determinada região acaba sendo justaposta por outra X pela instalação de uma população que fala a língua X. Se com a instalação do idioma X a língua Y continuar sendo falada podemos dizer então que o dialeto X será um superstrato da língua Y. O terceiro e último termo surge quando

16 duas línguas são faladas em regiões vizinhas, e o dialeto Y tem alguma influência sobre o idioma X, então pode-se dizer que o idioma X é um adstrato do dialeto Y. Durante os diversos contatos entre as diversas línguas o que pode ser facilmente afetado em uma estrutura linguística é o léxico. Assim também ocorreu com o idioma inglês durante a batalha de Hastings. Foi nesse período que se introduziu o Middle English, uma das fases do Inglês que será trabalhada no segundo capítulo, onde a influência da Língua Francesa se fazia presente no Inglês. Influências essas que ocasionaram em inúmeras contribuições lexicais, implantadas por meio de conceitos políticos, administrativos e sociais. Além dos contatos entre línguas há um último fator que pode influenciar as mudanças linguísticas, fatores estes internos a um idioma e a uma comunidade em que ela é praticada. Fiorin (2010) explica: O latim possuía uma ordem vocabular bastante livre, o que se relacionava estreitamente com os fatos de seus substantivos, adjetivos e pronomes apresentarem marcação de caso, desinências que indicavam sua função sintática independentemente da posição e que eles apareciam na oração. A partir do momento em que começa a haver perda de diversos sons finais no latim falado, há a erosão das desinências de caso, que precisam então ser substituídas por outro mecanismo que deixe clara a função sintática dos diversos sintagmas nominais. Passa então a prevalecer uma ordem bem mais rígida do que a que havia em latim (p.154). No caso citado acima, percebe-se que mudanças estritamente linguísticas, como a perda de distinções dos vocábulos finais da língua provocaram a mudança da estrutura linguística, tornando-a mais ríspida. Portanto, o pode-se dizer é que as mudanças passadas, por todos os idiomas podem trazer benefícios ou não aos seus falantes e estudiosos. Sendo assim, este tópico foi elaborado com a intenção de mostrar a importância da língua e da linguagem dentro da vida social, onde o homem é produto de sua construção na busca da preservação da relação homem/língua. Dando sequência ao texto, no próximo tópico retratouse a evolução do Inglês e sua importância para o mundo contemporâneo. 1.2 Tributos ao Inglês Por séculos, línguas surgiram e desapareceram por diversos fatores. O mais comum deles se baseava na conquista de territórios. Nações mais fortes conquistavam determinada região e impunha como lei o idioma de origem. Esse era aprendido por aqueles que eram submissos.

17 Assim surgiu a Língua Inglesa. Houve inúmeras invasões na Inglaterra que resultaram no nascimento e estabelecimento dessa língua. Durante anos esse idioma veio crescendo e o mesmo passou de língua burguesa para o idioma Mundial, sendo hoje utilizado nos meios sociais, profissionais e culturais pelos indivíduos que esperam melhorar sua relação com o meio no qual estão inseridos. Neste sentido segundo, Harmer (1994). Some people want to study English (or another foreign language) because they think it offers a chance for advancement in their Professional lives. They will get a better job with two languages than IF they only know their mother tongue. English has a special position here since it has become the international language of communication (p.01). 2 Muitos fatores contribuíram para o fortalecimento e disseminação do inglês no mundo como: a Guerra dos Cem Anos, a Batalha de Hastings, a Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial. Estes impulsionaram a língua a alcançar o renome que hoje pode ser observado em todas as partes do mundo, Baugh (1952) cita: In a similar way the Hundred Years War, the rise of an important middle class, the Renaissance, the development of England as a maritime power, the expansion of the British Empire, and the growth of commerce and industry, of science and literature, have, each in its way, contributed to make the English language reflects in its entire development the political, social, and cultural history of English people (p.4). 3 Os fatores que fizeram com que a Língua Inglesa se difundisse fora o desenvolvimento da Inglaterra como potência marítima, a expansão do Império Britânico, o crescimento do comércio, da indústria, da ciência e da literatura. Todos esses aspectos levaram ao desenvolvimento cultural, social e político da nação inglesa. Além disso, a batalha de Hastings, a revolução industrial que deu grande poder a Inglaterra e a grande influência dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial como força político militar contribuíram para as significativas influências culturais e econômicas que esses países têm sobre o mundo contemporâneo. 2 Algumas pessoas querem estudar Inglês (ou outra língua estrangeira) porque eles pensam que oferece uma oportunidade para o avanço em suas vidas profissionais. Eles vão conseguir um emprego melhor sabendo duas línguas do que só com sua língua materna. Inglês tem uma posição especial desde que ela se tornou a língua de comunicação internacional. 3 De maneira semelhante a Guerra dos Cem Anos, a ascensão de uma importante classe média, o Renascimento, o desenvolvimento da Inglaterra como potência marítima, a expansão do Império Britânico, e o crescimento do comércio e da indústria, da ciência e da literatura, têm, cada um à sua maneira de contribuir para tornar a linguagem Inglesa que reflete em todo o seu desenvolvimento a história política, social e cultural do povo inglês.

18 A batalha de Hastings aconteceu em 1066, este foi considerado um período históricopolítico que contribuiu significativamente para a constituição do reino da Inglaterra, considerada como o berço do idioma inglês. Segundo Block (2006), essa batalha não apenas representou uma grande reorganização política, mas também alterou os rumos da Língua Inglesa, uma vez que foi a última invasão linguística, nesse caso de origem normanda, que a Inglaterra presenciou. Além disso, a batalha introduziu o período do Middle English, nesse o domínio da Língua Francesa era nítido no idioma inglês. Essas influências ocasionaram em contribuições lexicais que foram introduzidas ao vocabulário inglês por meio de conceitos políticos, administrativos e sociais. Com o advento da Revolução Industrial, essa expansão tomou proporções maiores quando as máquinas chegavam aos outros países. Não foi por coincidência que a Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra, segundo PIRES (2002): A Grã-Bretanha dispunha de importantes recursos em carvão, ferro, cobre e estanho. A sua agricultura assegurava a subsistência de uma população crescente e fornecia matérias-primas às indústrias têxteis, às fábricas de curtumes, aos moinhos e às fábricas de cerveja. As chaminés foram-se multiplicando no lugar dos antigos campos desabitados, foram feitas estradas mais alinhada, mais resistentes e largas. No norte surgiram as primeiras vias férreas para as locomotivas, os navios a vapor começaram a circular por estuários e estritos (p.13). Como pode ser observado na citação acima, o que ajudou a Inglaterra durante a Revolução Industrial foi o fato de ela ter em suas terras minérios utilizados nas máquinas das fábricas, ter uma agricultura favorável ao aumento da população e estar bem preparada para receber e utilizar em suas cidades e indústrias mais mão-de-obra, enquanto que outros países da Europa Ocidental estavam tentando se adaptar as condições propícias para receber o crescimento econômico. Logo após a Primeira Guerra Mundial, pode ser dito que uma nova potência mundial possuía em mãos o poder do Capital. Os Estados Unidos da América que contavam com o surgimento da tecnologia fez com que o polo econômico e industrial saísse da Inglaterra e caísse diretamente em suas terras, porém sua ascensão definitiva só veio após a Segunda Guerra Mundial permitindo ao idioma inglês a possibilidade de se estender por completo. Devido a grande quantidade de falantes, a globalização escolheu o inglês como língua que faz e continua fazendo parte da comunicação entre todos os campos de conhecimento. A ascensão do inglês como língua destaque, se deve a aspectos tanto etimológicos, de sua evolução linguística, quanto político.