O ANGLO RESOLVE O EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO



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O ANGLO RESOLVE O EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO É trabalho pioneiro. Prestação de serviços com tradição de confiabilidade. Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras em sua tarefa árdua de não cometer injustiças. Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudante em seu processo de aprendizagem. Constituído de 63 questões objetivas, envolve conceitos de várias disciplinas do Ensino Médio, cruzando- -os entre si, com a finalidade de avaliar a capacidade de interpretar textos e manipular dados. Este trabalho, preparado por autores do Sistema Anglo de Ensino, focalizou apenas a parte objetiva da prova. 83418016 1

SIMULADO ENEM 2006 Questões Objetivas ELABORAÇÃO, RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS BIOLOGIA Armênio Uzunian Dan Edésio Pinsetta Nelson Caldini Jr. Nelson Henrique C. de Castro Sezar Sasson FÍSICA José Roberto Castilho Piqueira (Sorocaba) Ronaldo Moura de Sá GEOGRAFIA Hélio Carlos Garcia Reinaldo Scalzaretto Tito Márcio Garavello HISTÓRIA José Carlos Pires de Moura Gianpaolo Franco Dorigo Gilberto Tibério Marone Jucenir da Silva Rocha MATEMÁTICA Alexandre Marmo Glenn Albert Jacques van Amson Roberto Benedicto Aguiar Filho Roberto Miguel El Jamal PORTUGUÊS Cely Arena Dácio Antônio de Castro Eduardo Antonio Lopes Eduardo CalBucci Fernando Marcílio Lopes Couto Francisco Platão Savioli Henrique Santos Braga José De Paula de Ramos Júnior Rubens César Carnevale QUÍMICA Edgard Salvador Geraldo Camargo de Carvalho João Usberco 3

SISTEMA ANGLO DE ENSINO Rua Tamandaré, 596 Liberdade São Paulo SP CEP 01525-000 Fone/Fax (011) 3273-6000 http://www.cursoanglo.com.br COORDENAÇÃO DA PROVA Sezar Sasson COORDENAÇÃO GERAL Nicolau Marmo DIREÇÃO Emílio Gabriades Guilherme Faiguenboim PROGRAMAÇÃO VISUAL Ulhôa Cintra Comunicação Visual e Arquitetura COMPOSIÇÃO Gráfica e Editora Anglo Ltda. 5

INTRODUÇÃO A prova que você resolveu é uma simulação do ENEM Exame Nacional do Ensino Médio, que o MEC criou e aplicou, pela primeira vez, em 1998. A participação no exame é voluntária, podendo inscrever-se todos os alunos matriculados na 3ª série do Ensino Médio e aqueles que tenham concluído esse curso. Algumas universidades, inclusive do Estado de São Paulo, como, por exemplo, a USP, a UNESP e a UNICAMP, utilizam a nota obtida pelo candidato no ENEM como parte de sua avaliação, que continua sendo feita por meio de vestibulares. A prova do ENEM tem como proposta avaliar 21 habilidades, que decorrem de 5 competências. Cada habilidade é medida em três questões; portanto a prova é composta de um total de 63 questões. Algumas das habilidades são bastante genéricas. A habilidade 2, por exemplo, analisa a capacidade de o aluno entender um gráfico cartesiano, de variável socioeconômica ou técnico-científica Em outras palavras, mede a habilidade de se ler um gráfico e entender o que ele propõe, não importando se o assunto é Biologia, Geografia, Física, Química ou História. Outras habilidades, mais específicas, estão relacionadas a determinadas disciplinas. Imagine, por exemplo, uma questão que meça a habilidade 6, que se refere a função da linguagem : você a identificaria facilmente como uma questão de Português, que envolve textos e sua compreensão. É importante entender que, numa prova desse tipo, pretende-se examinar não o conhecimento da matéria ou a disciplina propriamente dita, mas cada uma das 21 habilidades. Nesse caso, as disciplinas são utilizadas, de certa forma, como instrumentos para a avaliação das habilidades. O simulado que você fez foi elaborado levando em conta o que foi exposto acima. Nas páginas a seguir, encontram-se as 5 competências, uma lista das 21 habilidades a elas relacionadas e a indicação das três questões que propusemos para avaliar cada uma. Para facilitar, também ao lado da resolução de cada questão consta o número da habilidade analisada. Dentro de alguns dias, você receberá relatório de seu desempenho nesta prova. Desejamos que você tenha sucesso no ENEM, em agosto. 7

A RELAÇÃO ENTRE AS COMPETÊNCIAS E AS HABILIDADES O diagrama mostra as cinco competências e as habilidades a elas relacionadas. Cada habilidade é medida três vezes (três questões para cada habilidade). São 21 habilidades avaliadas, portanto a prova constará de 63 questões de igual valor. Assim, há duas categorias de avaliações: Uma avaliação global do desempenho do participante, em que o total de pontos obtidos na prova é colocado numa escala de 0 a 100. Uma avaliação do candidato em cada uma das cinco competências, igualmente representada por uma nota de 0 a 100. 14 18 13 12 11 6 I 5 4 3 2 1 9 10 11 1213 141516 8 7 6 2 1 II 17 18 20 21 1 2 3 4 7 9 10 III 12 14 15 16 19 17 21 19 20 18 17 16 14 13 12 11 10 V 3 5 7 8 9 IV 21 20 19 15 1413 3 4 5 6 8 I Dominar linguagens II Compreender fenômenos III Enfrentar situações-problema IV Construir argumentações V Elaborar propostas 9

AS 5 COMPETÊNCIAS I Dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica. II Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. III Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema. IV Relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente. V Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. AS 21 HABILIDADES 1. Dada a descrição discursiva ou por ilustração de um experimento ou fenômeno, de natureza científica, tecnológica ou social, identificar variáveis relevantes e selecionar os instrumentos necessários para a realização ou interpretação do mesmo. Questões: 23, 31, 40 2. Em um gráfico cartesiano de variável socioeconômica ou técnico-científica, identificar e analisar valores das variáveis, intervalos de crescimento ou decréscimo e taxas de variação. Questões: 2, 3, 15 3. Dada uma distribuição estatística de variável social, econômica, física, química ou biológica, traduzir e interpretar as informações disponíveis, ou reorganizá-las, objetivando interpolações ou extrapolações. Questões: 19, 42, 47 4. Dada uma situação-problema, apresentada em uma linguagem de determinada área de conhecimento, relacioná-la com sua formulação em outras linguagens ou vice-versa. Questões: 1, 28,43 5. A partir da leitura de textos literários consagrados e de informações sobre concepções artísticas, estabelecer relações entre eles e seu contexto histórico, social, político ou cultural, inferindo as escolhas dos temas, gêneros discursivos e recursos expressivos dos autores. Questões: 12, 24, 58 6. Com base em um texto, analisar as funções da linguagem, identificar marcas de variantes lingüísticas de natureza sociocultural, regional, de registro ou de estilo, e explorar as relações entre as linguagens coloquial e formal. Questões: 17, 48, 53 11

7. Identificar e caracterizar a conservação e as transformações de energia em diferentes processos de sua geração e uso social, e comparar diferentes recursos e opções energéticas. Questões: 25, 52, 61 8. Analisar criticamente, de forma qualitativa ou quantitativa, as implicações ambientais, sociais e econômicas dos processos de utilização dos recursos naturais, materiais ou energéticos. Questões: 5, 6, 34 9. Compreender o significado e a importância da água e de seu ciclo para a manutenção da vida, em sua relação com condições socioambientais, sabendo quantificar variações de temperatura e mudanças de fase em processos naturais e de intervenção humana. Questões: 13, 16, 55 10. Utilizar e interpretar diferentes escalas de tempo para situar e descrever transformações na atmosfera, biosfera, hidrosfera e litosfera, origem e evolução da vida, variações populacionais e modificações no espaço geográfico. Questões: 21, 46, 49 11. Diante da diversidade da vida, analisar, do ponto de vista biológico, físico ou químico, padrões comuns nas estruturas e nos processos que garantem a continuidade e a evolução dos seres vivos. Questões: 18, 27, 45 12. Analisar fatores socioeconômicos e ambientais associados ao desenvolvimento, às condições de vida e saúde de populações humanas, por meio da interpretação de diferentes indicadores. Questões: 10, 22, 50 13. Compreender o caráter sistêmico do planeta e reconhecer a importância da biodiversidade para preservação da vida, relacionando condições do meio e intervenção humana. Questões: 7, 41, 54 14. Diante da diversidade de formas geométricas planas e espaciais, presentes na natureza ou imaginadas, caracterizá-las por meio de propriedades, relacionar seus elementos, calcular comprimentos, áreas ou volumes, e utilizar o conhecimento geométrico para leitura, compreensão e ação sobre a realidade. Questões: 26, 44, 56 15. Reconhecer o caráter aleatório de fenômenos naturais ou não e utilizar em situações-problema processos de contagem, representação de freqüências relativas, construção de espaços amostrais, distribuição e cálculo de probabilidades. Questões: 4, 9, 37 16. Analisar, de forma qualitativa ou quantitativa, situações-problema referentes a perturbações ambientais, identificando fonte, transporte e destino dos poluentes, reconhecendo suas transformações; prever efeitos nos ecossistemas e no sistema produtivo e propor formas de intervenção para reduzir e controlar os efeitos da poluição ambiental. Questões: 38, 59, 63 17. Na obtenção e produção de materiais e de insumos energéticos, identificar etapas, calcular rendimentos, taxas e índices, e analisar implicações sociais, econômicas e ambientais. Questões: 11, 29, 30 12

18. Valorizar a diversidade dos patrimônios etnoculturais e artísticos, identificando-a em suas manifestações e representações em diferentes sociedades, épocas e lugares. Questões: 35, 36, 39 19. Confrontar interpretações diversas de situações ou fatos de natureza histórico-geográfica, técnico-científica, artístico-cultural ou do cotidiano, comparando diferentes pontos de vista, identificando os pressupostos de cada interpretação e analisando a validade dos argumentos utilizados. Questões: 20, 33, 57 20. Comparar processos de formação socioeconômica, relacionando-os com seu contexto histórico e geográfico. Questões: 8, 32, 62 21. Dado um conjunto de informações sobre uma realidade histórico-geográfica, contextualizar e ordenar os eventos registrados, compreendendo a importância dos fatores sociais, econômicos, políticos ou culturais. Questões: 14, 51, 60 13

QUESTÕES OBJETIVAS Texto para a questão 1. Petição ao prefeito Governador desta cidade, Excelentíssimo Prefeito General Mendes de Morais, Ouça o que digo, e tenho que há de Mover-se-lhe o sensível peito Dado às coisas municipais! Há no interior do quarteirão Formado pelas avenidas Antônio Carlos, Beira-Mar, Wilson e Calógeras, tão Bem traçadas e construídas, Um pântano que é de amargar! Não suponha que eu exagero, Excelência: é a verdade pura, Sem nenhum véu de fantasia, Já o pintei uma vez: não quero Fabricar mais literatura Sobre tamanha porcaria! Reporters, a quem nada escapa, Escreveram sueltos diversos Sobre esse foco de infecção. Fotógrafos bateram chapa... Coisas melhores que os meus versos De velho poeta solteirão! Fiz, por sanear-se esta marema*, Uma carta desesperada Ao seu ilustre antecessor. Uma carta em forma de poema: O homem saiu sem fazer nada... Pelo martírio do Senhor, Ponha o pátio, insigne Prefeito, Limpo como o olhar da inocência, Limpo como feita a ressalva Da muita atenção e respeito Devidos a Vossa Excelência Sua excelentíssima calva! (Manuel Bandeira, Mafuá do Malungo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p. 407-8) * Marema: designação comum aos pântanos do litoral da Itália. Questão 1 Habilidade 4 Assinale o comentário que encontra sustentação no texto de Bandeira: A) O título sugere uma forma de linguagem que é perfeitamente compatível com textos poéticos. B) Ao redigir uma petição numa forma de linguagem própria de poema, o enunciador está ridicularizando a poesia. C) Por meio de vários tipos de irreverência na linguagem, o poeta denuncia o estado de degradação da cidade e o descaso dos governantes. D) Ao utilizar formas de tratamento típicas do gênero das relações oficiais, o poeta quer enfatizar a gravidade do assunto e o respeito para com a autoridade. E) Todas as prescrições típicas da linguagem protocolar foram cumpridas pelo poeta, desde o tratamento cerimonioso (Excelentíssimo) até combinações sintáticas refinadas (Mover-se-lhe o sensível peito). 15

Há no texto inúmeras irreverências, tanto na escolha quanto na combinação das palavras: expressões populares contrastam chocantemente com palavras ou expressões cerimoniosas e eruditas. É o caso de Ouça o que digo ; que é de amargar ; Sobre tamanha porcaria ; O homem saiu sem fazer nada... ; Sua excelentíssima calva! Além desse tipo de irreverência, chamam a atenção ironias disseminadas pelo texto. Ao falar, por exemplo, do sensível peito / Dado às coisas municipais!, o poeta só pode estar ironizando o sinal de exclamação confirma essa versão. A referência Ao seu ilustre antecessor também deve ser entendida pelo avesso, pois vem confirmada pela reclamação de que ele nada fez. Os versos Da muita atenção e respeito / Devidos a Vossa Excelência vêm desmentidos pelo último, Sua excelentíssima calva. Há também expressões de desespero do poeta, as quais, junto com os vários sinais de exclamação, dão mostras do estado de degradação em que se encontra a cidade: Um pântano que é de amargar! ; Sobre tamanha porcaria! ; Sobre esse foco de infecção. ; Uma carta desesperada ; Pelo martírio do Senhor. Resposta: C f(t) O enunciado a seguir refere-se às questões 2 e 3: Na figura, temos o gráfico do número f(t) de pessoas que, de um modo ou de outro, ficaram sabendo de um determinado fato, t dias após sua ocorrência. Estudos mostraram que f(t) = f(0) e k t, em que e é uma constante cujo valor aproximado é 2,7 e k é uma C constante positiva. Os pontos A, B e C, pertencentes à curva, têm abscissas, nessa ordem, iguais a 0, t B e t C, com t C = t B + 2. Sabe-se, B ainda, que o número de pessoas cientes do fato em questão A aumenta de 30% por dia. 0 t B t C t Questão 2 Habilidade 2 Podemos concluir, também, que: A) f(t C ) = f(t B ) + 2 D) e k = 1,3 B) f(t C ) = f(t B ) e 2k E) f(t) = f(0) 0,3 t C) a ordenada do ponto A é igual a 1. f(1) = f(0) + 30% de f(0) f(1) = f(0) + 0,30 f(0) f(1) = f(0) 1,3 De f(t) = f(0) e k t e f(1) = f(0) 1,3, temos: f(0) e k 1 = f(0) 1,3 Como f(0) 0, temos e k = 1,3. Resposta: D Questão 3 Habilidade 2 Podemos afirmar que, a cada dois dias, o número de pessoas cientes do fato em questão aumenta de: A) 56% D) 69% B) 60% E) 73% C) 63% Do enunciado, temos: f(t + 1) = f(t) 1,3 f(t + 2) = f(t + 1) 1,3 f(t + 2) = f(t) 1,3 2 f(t + 2) = f(t) 1,69 f(t + 2) = f(t) (1 + 0,69) f(t + 2) = f(t) + 0,69f(t) f(t + 2) = f(t) + 69% de f(t) Resposta: D 16

Questão 4 Habilidade 15 Com o fim da Guerra Fria, a maior parte dos países e organizações internacionais que ajudavam a África hoje o mais pobre dos continentes reduziu seu apoio. Observe a evolução de três importantes indicadores que se relacionam a essa realidade. US$ 5 GASTOS PER CAPITA COM SAÚDE NA ÁFRICA 4 3 2 1 0 1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 Fonte: Economic Commission for Africa from official sources. ONU, 2005. US$ 15 GASTOS PER CAPITA COM EDUCAÇÃO NA ÁFRICA 12 9 6 3 0 Fonte: Economic Commission for Africa from official sources. ONU, 2005. EVOLUÇÃO DA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL NA ÁFRICA POR MIL 140 133 120 100 80 119 110 98 91 85 94 60 40 20 0 1972 1977 1982 1987 1992 1997 2002 2007 1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 103 Fonte: World Bank: EAR 2005. 17

Indique a alternativa que analisa, de forma correta, essa situação-problema e indica as probabilidades de sua evolução. A) A elevação da taxa de mortalidade infantil na África está relacionada à disseminação da epidemia de Aids pelo continente, e não à redução dos investimentos em saúde e educação, que teve reflexos apenas nos setores econômicos. B) Se a taxa de mortalidade infantil continuar se elevando na África, certamente, em um futuro próximo, a qualidade da sua mão-de-obra será comprometida, gerando redução dos investimentos no continente. Isso poderá ampliar o quadro de pobreza. C) Ao longo das últimas décadas, houve redução nos gastos públicos por habitante na África, o que explica, em grande parte, o fato de a taxa de mortalidade infantil estar se elevando. D) A elevação da taxa de mortalidade infantil da África é resultado da proliferação de conflitos étnicos, após o fim da Guerra Fria; e a previsão de que ela subirá até 2007 se deve à participação de crianças nesses conflitos. E) Os dois primeiros gráficos podem gerar uma interpretação equivocada, já que, na verdade, o volume total de investimentos em saúde e educação na África vem crescendo bastante, fato que não aparece porque sua população tem uma das menores taxas de crescimento demográfico do mundo. Os dois primeiros gráficos (GASTOS PER CAPITA COM SAÚDE NA ÁFRICA e GASTOS PER CAPITA COM EDUCA- ÇÃO NA ÁFRICA) confirmam o enunciado, mostrando que os investimentos em dois dos mais importantes aspectos da qualidade de vida da população atingiram os mais baixos níveis das últimas décadas. Somente esses dados amostrais já são suficientes para que se deduza a situação de pobreza e miséria da população africana e nos permitem prever que as probabilidades de piora da situação são elevadas. O terceiro gráfico (EVOLUÇÃO DA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL NA ÁFRICA) reforça essa dedução, pois mostra que, ao contrário da tendência mundial (que é de queda), na África as taxas de mortalidade infantil estão aumentando. Resposta: C Questão 5 Habilidade 8 A ilustração a seguir representa o ciclo do carbono. 1 5 2 3 4 5 6 9 7 8 11 12 10 13 15 14 18

Legenda: 1. CO 2 na atmosfera e traços de CO e CH 4 2. Queima de florestas e decomposição de matéria orgânica 3. Combustão de combustíveis fósseis para movimentar veículos, produzir energia elétrica e calor 4. Respiração e decomposição 5. Fotossíntese 6. Fotossíntese 7. CO 2 dissolvido na água 8. Turfa 9. Carvão (ou hulha) 10. Petróleo e gás 11. Tempo 12. Material orgânico 13. Tempo 14. Sedimentos calcários 15. Calcário (Referência: Environmental Science, p. 70) Tome por base a ilustração e seus conhecimentos prévios para avaliar as seguintes afirmações: I O combustível utilizado no abastecimento do automóvel pode ser a gasolina, que é classificada como uma substância composta. II A queima de combustíveis obtidos a partir do petróleo origina compostos de enxofre. Quando esses compostos são lançados na atmosfera, originam um tipo de chuva ácida contendo ácido sulfúrico. III O gás carbônico, quando dissolvido em água, reage com a mesma originando uma solução de ph menor do que 7. IV O sal presente no exoesqueleto de animais marinhos é o carbonato de cálcio, cuja fórmula é CaCO 2. V Está se tornando freqüente nos meios de comunicação a expressão ar visível, que apresenta na sua composição material particulado cujo principal componente é o enxofre. São corretas: A) Todas. D) Somente II, IV e V. B) Somente I e II. E) Somente I, III e V. C) Somente II e III. I Incorreta. A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos. II Correta. S + O 2 SO 2 1 SO 2 + O 2 SO 2 3 SO 3 + H 2 O H 2 SO 4 III Correta. CO 2 + H 2 O H 2 CO 3 ácido carbônico ph 7 IV Incorreta. Carbonato de cálcio = CaCO 3 V Incorreta. O principal material sólido presente no ar visível é o carbono (carvão), em dispersão coloidal. Resposta: C Questão 6 Habilidade 8 Na edição do dia 23/4/2006 do jornal Folha de S.Paulo, o articulista Antonio Ermírio de Moraes escreveu sobre a auto-suficiência na produção de petróleo atingida pelo Brasil com a inauguração, no dia 21/4/2006, da plataforma P-50. Segue um trecho desse artigo. O Brasil é auto-suficiente em petróleo com um crescimento econômico de 2,5%. Precisaremos de muito mais petróleo quando crescermos a 5% ou 6%. Ademais as reservas vão durar no máximo 30 anos e terão de ser exploradas em lugares cada vez mais inóspitos. 19

Considere a afirmações: I O crescimento econômico do país implicará maior consumo de energia. II O petróleo é uma fonte de energia inesgotável para nós brasileiros, desde que o crescimento econômico seja de 2,5% ao ano. III Auto-suficiência brasileira em petróleo significa que a nossa produção equivale pelo menos ao nosso consumo. Estão corretas as afirmações: A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) somente a II. E) somente a I. I Correta. II Incorreta: o petróleo é uma fonte de energia não-renovável. III Correta. Resposta: B Questão 7 Habilidade 13 Leia o texto a seguir, extraído da edição de 10/4/2006 do jornal O Estado de S.Paulo, página A14. ONU projeta cenário sombrio para região do Mediterrâneo A costa do Mar Mediterrâneo (...) corre o risco de um colapso ambiental. Um levantamento da ONU apontou que, se o ritmo de degradação da região não for revertido, em 20 anos os balneários estarão saturados e o impacto social em alguns países da região poderá ser profundo. (...) Segundo as previsões da ONU, em 2025, 312 milhões de turistas passarão pelas praias do Mediterrâneo por ano. Hoje, são 175 milhões.(...) A população das cidades costeiras também tende a uma explosão. (...) Com uma urbanização excessiva, a previsão é de que o consumo de água seja incrementado em 25%.(...) A costa do Mediterrâneo poderá se transformar em um local com sérios problemas de acesso à água limpa, em que a desertificação irá gerar o empobrecimento do setor rural e a perda de biodiversidade será irreversível. (...) Para completar o cenário catastrófico, a poluição das águas do mar mais navegado do mundo tende a chegar a uma situação crítica. Cresce a cada ano o número de embarcações que transitam pelas águas do Mediterrâneo, derramando produtos químicos e combustível em uma região que hoje é responsável por 7% da biodiversidade marinha mundial. De acordo com o texto e utilizando os seus conhecimentos sobre o tema, é possível afirmar que: A) o agravamento do efeito estufa é, sem dúvida, um dos responsáveis pela atual situação da costa do Mar Mediterrâneo, ao promover a elevação do nível dos mares. B) apesar do tom alarmista do artigo, a situação não é tão grave, uma vez que a região é responsável apenas por uma parcela da biodiversidade marinha, menos importante do que a biodiversidade terrestre. C) a desertificação citada no artigo refere-se a um processo devido, naquela região, à ação dos ventos quentes e secos provenientes do Saara. D) o derramamento de produtos químicos é, em última análise, o principal responsável pelos problemas de acesso à água limpa mencionados no texto. E) o excessivo número de pessoas que buscam a região com propósitos turísticos a cada ano está provocando degradação ambiental na costa do Mar Mediterrâneo. De acordo com o texto, a ocupação turística excessiva ( os balneários estarão saturados ) da costa do Mediterrâneo está levando essa região a uma situação de colapso ambiental. Resposta: E 20

Questão 8 Habilidade 20 Interessante artigo do ex-jogador de futebol Raí, publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 16/01/2006, examina a situação atual do nosso esporte mais popular e a compara com momentos da história brasileira. 2005 nos comprovou, mais uma vez, que o futebol brasileiro tem uma verdadeira vocação para ser uma eterna colônia a ser explorada. Nossos craques estão espalhados por boa parte do mundo, invariavelmente tendo um papel protagonista e decisivo. Nunca tivemos tanto poderio, se olharmos a relação quantidade / qualidade. No império da bola, somos cada vez mais conquistadores. Começamos pelo velho continente, depois expandimos para o Oriente. Hoje já dominamos a Itália temos até um imperador por lá; a Espanha, onde temos um esquadrão no time do primeiro-ministro, que se rende diante da magia e eficiência de nossos fenômenos; Portugal, onde nossos representantes integram a família real incluindo o comandante Felipe, do exército de elite. Na Alemanha e na Inglaterra, onde a resistência é maior, temos menos representantes, porém nosso domínio cresce a cada ano. Há também o Japão, país em que fomos catequizadores. (...) No império da bola, sem dúvida, somos o maior paradoxo. Dominamos os que nos dominam, federação rica, clubes pobres, equipe dos sonhos, realidade medíocre, e por aí vai, mas não volta. Nos trechos citados podemos identificar a seguinte idéia: A) O futebol segue a mesma rota dos grandes navegadores do século XV, ou seja, a conquista da África e do Oriente. B) Na Itália, nosso futebol vive o papel dos povos bárbaros na queda do Império Romano. C) Na Espanha, os brasileiros personificam os cavaleiros das Cruzadas do século XII. D) No Japão, os brasileiros atuam ensinando, como os missionários que converteram os índios ao cristianismo. E) Por meio do futebol, o Brasil está se tornando uma potência econômica e dominando os países que outrora nos dominaram. O texto aponta a expansão da presença de brasileiros na Europa e no Oriente e estabelece paralelos entre o jogador Adriano e o Imperador romano; refere-se ainda ao fenômeno Ronaldo na Espanha e à atuação de Felipe Scolari como treinador da seleção nacional de Portugal. Ao referir-se ao Japão, o autor chama os brasileiros de catequizadores, comparando-os aos missionários que converteram os povos da América à prática católica. Resposta: D Questão 9 Habilidade 15 Numa sala de aula de um curso noturno, a distribuição das idades dos alunos é dada pelo gráfico seguinte. 5 número de alunos 4 3 2 1 idade dos alunos 16 17 18 19 20 21 Escolhido um aluno ao acaso, a probabilidade de sua idade ser no máximo 18 anos é: A) 4 9 5 D) 20 B) 2 1 5 E) 4 C) 3 5 21

O número total de alunos é 4 + 5 + 3 + 1 + 2 + 5 = 20 O número de alunos com no máximo 18 anos é 4 + 5 + 3 = 12 A probabilidade pedida é: 12 P = = 20 3 5 Resposta: C Questão 10 Habilidade 12 A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim (Amblyomma cajennense). Esse carrapato pode infestar, além do homem, animais silvestres (a capivara, por exemplo) e domésticos. O número de casos de FMB em seres humanos e de óbitos provocados por ela, anualmente, no Estado de São Paulo estão demonstrados no gráfico que segue. 35 30 EPIDEMIOLOGIA Número de casos de febre maculosa e de óbitos provocados por esta doença no Estado de São Paulo, entre 1985 e 2005 (*dados provisórios) Número de casos Número de óbitos 25 20 15 10 5 0 1985 1986 1987 1988 Fonte: Div. Zoonoses CVE 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004* 2005* (Jornal do Cremesp Conselho Regional de Medicina de São Paulo, nov./2006, p. 16) Assinale a alternativa que corresponde a uma interpretação correta desse gráfico. A) Em todos os anos em que houve registro de casos, ocorreram óbitos. B) Em alguns anos, o número de casos e o de óbitos coincidiram. C) Nos três últimos anos (de 2003 a 2005) o número de óbitos foi cerca de três vezes maior que o número de casos do ano 2000. D) Em todo o período considerado, o número de casos aumentou gradativamente. E) Em 2004, o número de óbitos foi proporcionalmente maior que em 2005. O gráfico revela que, em 1988 e 1995, o número de casos coincidiu com o de óbitos. Resposta: B 22

Questão 11 Habilidade 17 Quantidades enormes de herbicidas são produzidas pela indústria química. Entre os componentes dos herbicidas temos as dioxinas, compostos altamente tóxicos, cuja contaminação produz sérios danos à saúde. Há alguns anos, na Bélgica, descobriu-se que frangos estavam contaminados com uma dioxina e apresentavam, por kg, 2,0 10 13 mol desse composto. Sabendo-se que um adulto pode ingerir, por dia, sem perigo, no máximo 3,22 10 11 g dessa dioxina, qual a massa, em kg, de frango que ele poderia consumir diariamente? Dados: fórmula da dioxina Cl O Cl Cl O Cl massas molares em g/mol: C = 12; H = 1; O = 16; Cl = 35,5. A) 1,0. B) 0,5. C) 1,5. D) 2,0. E) 0,25. Massa molar da dioxina (C 12 H 4 Cl 4 O 2 ) = 322g/mol Massa (m) de dioxina/kg de frango m = 2 10 13 mol 322g/mol = 644 10 13 g = 6,44 10 11 g 1kg de frango 6,44 10 11 g de dioxina x 3,22 10 11 g de dioxina x = 0,5kg de frango Resposta: B Questão 12 Habilidade 5 Os poetas Alberto de Oliveira e Bernardo da Costa Lopes (conhecido como B. Lopes) foram contemporâneos e estrearam em poesia quase ao mesmo tempo (o primeiro com Canções românticas, de 1878, e o segundo com Cromos, de 1881). Apresentamos a seguir as duas primeiras estrofes de poemas escritos por cada um deles: O muro É um velho paredão, todo gretado Roto e negro a que o tempo uma oferenda Deixou num cacto em flor ensangüentado E num pouco de musgo em cada fenda. Serve há muito de encerro a uma vivenda; Protegê-la e guardá-la é seu cuidado; Talvez consigo esta missão compreenda, Sempre em seu posto, firme e alevantado. Alberto de Oliveira Cromo XXXI Hera, musgo e parasita, Desde o muro ao patamar, Essa trindade esquisita Faz o encanto do teu lar, Das janelas vê-se o mar Beijando a praia infinita... De tua casa bonita Vêem-se flores no pomar. B. Lopes 23

A partir da leitura dos trechos, assinale a alternativa correta: A) O fato de os dois poetas terem vivido na mesma época, bem como a semelhança temática dos textos, estabelece entre eles uma necessária identidade estilística, permitindo filiá-los à mesma escola literária, o Parnasianismo. B) O rigor formal notável na métrica regular e na presença das rimas permite situar os dois poetas no âmbito do Realismo, reforçado pelas imagens singelas e pelo tom pessoal e subjetivo dos textos. C) A preocupação com o perfeccionismo formal e a solenidade das imagens associam o primeiro poema ao Parnasianismo, enquanto o ritmo mais leve do segundo, bem como as imagens ligadas ao cotidiano, permitem filiá-lo ao Realismo. D) O primeiro poema pode ser incluído na estética realista, graças à crueza das imagens e à linguagem direta e clara; o segundo pertence à estética parnasiana, pelo despojamento formal e pela simplicidade das imagens. E) A temática da natureza explorada pelos dois textos sugere uma inclusão na estética romântica, hipótese confirmada pela preocupação com o rigor formal e pela poesia descritiva e de forte objetividade. O poema de Alberto de Oliveira apresenta elementos característicos do Parnasianismo, como o rigor formal e o descritivismo, enquanto o de B. Lopes embora sem deixar de apresentar esses mesmos elementos pode ser associado mais propriamente ao Realismo, pela presença marcante de um universo concreto imediato, desprovido de idealismo. Acrescente-se a solenidade (ausente no registro mais ameno que o poema de B. Lopes faz do mesmo objeto o muro) que os versos decassílabos do primeiro conferem à descrição. Resposta: C Questão 13 Habilidade 9 Um dos fatores determinantes do conforto térmico de um ambiente é a umidade relativa do ar. Se ela for muito alta, nosso suor não evapora e nos sentimos melados, mesmo que a temperatura ambiente seja relativamente baixa. Se a umidade relativa for baixa, mesmo que a temperatura ambiente seja relativamente alta, sentimo-nos confortáveis. A umidade relativa é a razão entre a quantidade de água na forma de vapor suspensa na atmosfera e a quantidade máxima de água na forma de vapor que seria possível estar suspensa na atmosfera, naquela temperatura. À temperatura de 12ºC, a quantidade de água máxima suspensa na forma de vapor é 12g/cm 3. Se a umidade relativa do ar nessa temperatura for 75%, qual é a quantidade de água suspensa na forma de vapor na atmosfera? A) 5g/cm 3 B) 6g/cm 3 C) 7g/cm 3 D) 8g/cm 3 E) 9g/cm 3 Seja d a densidade da água suspensa na forma de vapor. O problema presente, na verdade, pode ser resolvido por uma regra de três. umidade relativa densidade da água na forma de vapor 100% 12g/cm 3 75% d 12 75 Nessas condições, d = 100 = 9g cm 3. Resposta: E 24

Questão 14 Habilidade 21 A Casa do Bandeirante, do século 18, na Praça Monteiro Lobato, no Butantã, é uma casa-documento. ( ) Na reconstituição, do lado direito da casa, ficava o quarto do casal e o quarto das filhas mulheres. Do lado esquerdo, o quarto dos filhos homens. No meio da casa, voltada para o alpendre de acesso ficava a sala de jantar, na qual as mulheres não tinham assento, quando houvesse visita, como observaram com espanto vários viajantes dos séculos 18 e 19. (...) A casa paulista dos tempos coloniais era uma casa hierárquica e mística. Externamente, constituía a fortaleza masculina da família e, internamente, o reduto de uma certa segregação da mulher. O homem estava voltado para fora e a mulher para dentro. Expressão de uma sociedade cujo núcleo mais consistente e sagrado era a intimidade do casal. (...). Como mostrou Câmara Cascudo, uma casa simbolicamente uterina, baseada na pressuposição de que a morada é a figuração do útero. (...). A típica casa rural paulista é uma casa sem ambigüidades. É historicamente feminina, o avesso da morte. Mais do que uma casa, é um rito permanente. (José de Souza Martins, Feminino e masculino na Casa do Bandeirante, O Estado de S.Paulo, 4/2/2006) Algumas características da sociedade paulista do período colonial podem ser identificadas na descrição da Casa do Bandeirante que você acabou de ler. Assinale a afirmação correta sobre essas características. A) A sociedade colonial era matriarcal, de base essencialmente agrícola. B) A sociedade colonial era patriarcal, conservadora e autoritária. C) A sociedade paulista não se baseava na escravidão em sua fase colonial. D) O papel da mulher na organização da casa refletia a organização escravista da sociedade. E) Por ser bandeirante, o homem paulista atribuía à mulher a organização da casa e da família. O texto faz referência à casa rural paulista do período colonial como fortaleza masculina em que a mulher pode sofrer segregação na ocupação dos espaços internos de acordo com as situações sociais (presença de visitas, por exemplo). O caráter patriarcal, conservador e autoritário típico de uma sociedade escravista fica retratado na organização da residência dos colonos. Resposta: B Questão 15 Habilidade 2 Observe atentamente o gráfico sobre o crescimento médio real do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no período 1979-2006, publicado no jornal Folha de S.Paulo em 13/11/2005. CRESCIMENTO MÉDIO REAL DO PIB, A CADA PERÍODO DE GOVERNO DOS PRESIDENTES, EM % Figueiredo (1979-1985) 2,27 Sarney (1985-1990) 2,64 Collor e 2,78 FHC 2,56 Itamar (1º mandato (1990-1994) 1995-1998) FHC (2º mandato 1999-2002) 2,09 Lula* (2002-2006) 3,11 9,17 6,76 0,81 7,91 7,50 5,39 3,61 ANO A ANO, CRESCIMENTO REAL 3,20 1,03 4,92 5,85 4,22 4,36 4,94 2,66 3,27 3,303,70 0,13 0,79 1,311,92 0,55 0,05 0,54 4,28 2,92 5,05 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05* 06* *Crescimento de 2005 e 2006 e projeção feita pela MS Consult Fonte: MS Consult com dados do IBGE 25

Com base nos dados apresentados, é possível concluir que: A) no governo João Figueiredo o PIB apresentou crescimento constante e regular. B) em razão dos planos Cruzado, do governo Sarney, Collor e Real, do governo Itamar Franco, o PIB declinou em toda a fase 1985-1994. C) na Era FHC ocorreram os maiores índices de crescimento constante do PIB. D) oscilações constantes, com tendência à estabilidade, marcaram os governos FHC e Lula. E) o PIB apresentou tendência de queda em todo o período analisado. Observando o gráfico, constatamos que o PIB oscilou entre índices positivos e índices negativos no período que vai de 1979 a 1994, correspondente aos governos Figueiredo, Sarney, Collor e Itamar Franco. Já no governo de FHC (1995-2002), o PIB apresentou índices de crescimento positivos (apesar de oscilantes) e abaixo das médias anteriores e posteriores. Assim, nos governos FHC e Lula, mesmo com oscilações, o PIB apresentou apenas crescimento, com médias de 2,09% e 3,11%, respectivamente. Resposta: D Questão 16 Habilidade 9 O processo de dissolução do oxigênio do ar na água é fundamental para a existência de seres vivos que habitam oceanos, rios e lagoas. Ele pode ser representado pela equação: O 2 (g) + aq O 2 (aq) (aq) = quantidade muito grande de água Algumas espécies de peixes necessitam, para a sua sobrevivência, de taxas de oxigênio dissolvido relativamente altas. Peixes com essas exigências teriam maiores chances de sobrevivência: I num lago de águas a 10ºC do que num lago a 25ºC, ambos à mesma altitude. II num lago no alto da cordilheira dos Andes do que num lago na base da cordilheira, desde que a temperatura da água fosse a mesma. III em lagos cujas águas tivessem qualquer temperatura, desde que a altitude fosse elevada. Dessas afirmações, está(ão) correta(s): A) somente I. B) somente II. C) somente III. D) somente I e II. E) somente I e III. Fatos observados no cotidiano mostram que a solubilidade de um gás num líquido aumenta com o aumento da pressão do gás sobre o líquido e com a diminuição da temperatura. Assim, ao abrirmos uma garrafa de refrigerante gaseificado (guaraná, Coca-Cola, etc.), há uma efervescência, que é causada pela liberação do gás nele dissolvido. Ao ser aberta a garrafa, diminui a pressão do gás no seu interior e, com isso, há liberação do gás dissolvido, produzindo a efervescência. Isso mostra que a solubilidade de um gás num líquido aumenta com o aumento da pressão. Por outro lado, essa efervescência é muito mais intensa quando o refrigerante está em temperatura ambiente (fora da geladeira) do que quando ele está gelado. Isso demonstra que a solubillidade de um gás num líquido aumenta com a diminuição da temperatura. I Correta, já que a solubilidade de O 2 na água é maior a 10ºC do que a 25ºC. II Incorreta. No alto da cordilheira, a pressão atmosférica e, portanto, a pressão do oxigênio são menores do que na sua base. Em conseqüência, a solubilidade do gás na água do lago no alto da cordilheira é também menor do que na sua base. III Incorreta, pois a alteração da temperatura e a da pressão (influenciada pela altitude) estão relacionadas à solubilidade do gás na água. Resposta: A 26