Revista Ceres ISSN: X Universidade Federal de Viçosa Brasil

Documentos relacionados
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

BIODIVERSIDADE DE MOSCAS-DAS-FRUTAS NO CÂMPUS DO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE, RIO DO SUL, SANTA CATARINA

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITOIDEA) INFESTANTES DE CATUAÍ VERMELHO E CATUAÍ AMARELO NO ESTADO DE SÃO PAULO

INCIDÊNCIA E FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE ANASTREPHA FRATERCULUS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM DIFERENTES FRUTÍFERAS NATIVAS NO MUNICÍPIO DE VACARIA / RS

Moscas frugívoras (Tephritidae e Lonchaeidae): ocorrência em pomares comerciais de tangerina (Citrus(

ÍNDICES DE CAPTURA E INFESTAÇÃO DA MOSCA DO MEDITERRÂNEO EM ACEROLA COMUM E CLONADA

16 o Seminário de Iniciação Científica da EMBRAPA 16 e 17 de agosto de 2012 Embrapa Amazônia Oriental, Belém-PA

NÍVEIS DE INFESTAÇÃO DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (Diptera: Tephritidae) EM POMARES DOMÉSTICOS NO MUNICÍPIO DE PILÕES - PB Apresentação: Pôster

ANÁLISE FAUNÍSTICA DE ESPÉCIES DE TEPHRITIDAE EM POMAR COMERCIAL DE GOIABA EM JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ.

Levantamento de parasitoides de moscas-das-frutas em frutíferas nativas e cultivadas no Submédio do Vale do rio São Francisco

21ª RAIB. *Bolsista de mestrado do CNPq.

NOVOS REGISTROS DE HOSPEDEIROS DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) PARA O RIO GRANDE DO SUL. Alberto Luiz Marsaro Júnior 1

Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) no Semi-Árido do Rio Grande do Norte: Plantas Hospedeiras e Índices de Infestação

Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) e seus hospedeiros no município de Quixeré, estado do Ceará, Brasil

UMBUZEIRO (Spondias tuberosa Arruda): PLANTA NATIVA DA CAATINGA, IMPORTANTE REPOSITÓRIO NATURAL DE MOSCA-DAS-FRUTAS

INFESTAÇÃO DE MOSCAS-DAS-FRUTAS EM VARIEDADES DE MANGA (Mangifera indica L.) NO ESTADO DE GOIÁS 1

Primeiro registro de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em carambola nos municípios de Teresina, Altos e Parnaíba no estado do Piauí

DINÂMICA POPULACIONAL E INCIDÊNCIA DE MOSCAS-DAS-FRUTAS E PARASITOIDES EM CULTIVARES DE PESSEGUEIROS

Como se comporta. Frutas

FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (Diptera: Tephritidae) EM POMARES DOMÉSTICOS NO MUNICÍPIO DE PILÕES - PB Apresentação: Pôster

Flutuação populacional de moscas-das-frutas em pomares de citros no oeste de Santa Catarina, Brasil

Palavras-chave: Anastrepha fraterculus, flutuação populacional, Citrus deliciosa.

- CIIC 2012 Jaguariúna, SP INFESTAÇÃO Nº onde. A avaliação da. 180 frutos foram desensacados, frutos. após frutas.

V Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí V Jornada Científica 19 a 24 de novembro de 2012

DINÂMICA POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS EM POMARES DE GOIABA NO NOROESTE DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL.

Comunicado 122. Técnico. Novos Registros de Anastrepha (Diptera:Tephritidae) para o Estado do Pará. ISSN Dezembro, 2007 Macapá, AP

O uso de armadilha para captura de moscas- das-frutas em pomar de goiabeira no município de Taquarana, Alagoas, Brasil

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) ASSOCIADAS ÀS PLANTAS HOSPEDEIRAS DO POMAR DO CAMPUS DO PICI DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Revista Caatinga ISSN: X Universidade Federal Rural do Semi-Árido Brasil

INFLUÊNCIA DE FATORES CLIMÁTICOS SOBRE MOSCAS-DAS- FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM POMARES DE PESSEGUEIRO EM PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL.

Diversity of Flies (Diptera: Tephritidae and Lonchaeidae) in Organic Citrus Orchards in the Vale do Rio Caí, Rio Grande do Sul, Southern Brazil

PRAGAS POLÍFAGAS GERAIS

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM UM POMAR DE GOIABEIRA, NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO 1

Flutuação populacional de moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) em pomares de pessegueiro e maracujazeiro em Iraceminha, Santa Catarina

Diversidade e índices de infestação de moscas-dasfrutas e seus parasitoides em seis cultivares de café no município de Bom Jesus do Itabapoana, RJ

Capítulo 13. Conhecimento sobre Lonchaeidae na Amazônia brasileira

Frugivorous flies and their parasitoids associated with Surinam cherry fruits

Diogo Ricardo Goulart Pereira-Rêgo, Simone Mundstock Jahnke, Luiza Rodrigues Redaelli & Naihana Schaffer

Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) no Campus Araguatins/IFTO, Tocantins

Engenheira-florestal, mestre em Ciências de Florestas Tropicais, analista da Embrapa Amapá, Macapá, AP. 4

Semina: Ciências Agrárias ISSN: X Universidade Estadual de Londrina Brasil

DINÂMICA POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (Diptera: Tephritidae) EM POMAR DE GOIABA NO MUNICÍPIO DE JABOTICABAL SP

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade

Revista Caatinga ISSN: X Universidade Federal Rural do Semi-Árido Brasil

DÍPTEROS FRUGÍVOROS (TEPHRITIDAE E LONCHAEIDAE) NA REGIÃO DE MOSSORÓ/ASSU, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ELTON LUCIO DE ARAUJO

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA, TEPHRITIDAE): PRIMEIRO REGISTRO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS EM PONTA GROSSA, PR ASSOCIADAS À CULTURA DO PÊSSEGO

ÍNDICE DE INFESTAÇÃO E DIVERSIDADE DE MOSCAS-DAS-FRUTAS EM HOSPEDEIROS EXÓTICOS E NATIVOS NO PÓLO DE FRUTICULTURA DE ANAGÉ, BA ( 1 )

Flávio Roberto Mello Garcia* Daniele Bertol de Lara

Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento

Análise Faunística de Espécies de Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) na Região Oeste de Santa Catarina 1

Atrativos alimentares na flutuação populacional de moscas-das-frutas e abelha irapuá

ENTOMOFAUNA ASSOCIADA AOS FRUTOS DO BACUPARI, Salacia crassifolia (MART.) PEYR, NOS CERRADOS DO BRASIL CENTRAL 1

OCORRÊNCIA DA MOSCA-DA-CARAMBOLA NO ESTADO DO AMAPÁ

Parasitóides (Braconidae) associados à Anastrepha (Tephritidae) em frutos hospedeiros do Litoral Sul da Bahia 1

PREPARADOS HOMEOPÁTICOS PARA O MANEJO DA MOSCA-DAS- FRUTAS NA CULTURA DO PESSEGUEIRO.

Revista Caatinga ISSN: X Universidade Federal Rural do Semi-Árido Brasil

Frugivoria de larvas de Neosilba McAlpine (Diptera, Lonchaeidae) sobre Psittacanthus plagiophyllus

Revista Ceres ISSN: X Universidade Federal de Viçosa Brasil

Pelotas, RS Brasil Caixa Postal 354. URLL da Homepage: -

EFICÁCIA DE ATRATIVOS ALIMENTARES NA CAPTURA DE MOSCAS-DAS-FRUTAS EM POMAR DE CITROS ( 1 )

Biodiversidade de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha (Diptera, Tephritidae) no campus da ESALQ-USP, Piracicaba, São Paulo

Revista Agrarian ISSN: Flutuação populacional de moscas-das-frutas em pomar de goiaba no município de Pindorama SP

FRUIT FLIES AND THEIR PARASITOIDS IN THE FRUIT GROWING REGION OF LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA, BAHIA, WITH RECORDS OF UNPRECEDENTED INTERACTIONS 1

FRUIT-FLIES IN COFFEE CULTIVARS IN PRESIDENTE PRUDENTE, SP.

ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS HOSPEDEIRAS DA MOSCA-DAS- FRUTAS ANASTREPHA FRATERCULUS (WIED. 1830) (DIPTERA: TEPHRITIDAE)

OCORRÊNCIA DA MOSCA-DA-CARAMBOLA AMAPÁ

MOSCAS-DAS-FRUTAS NO ESTADO DE SÃO PAULO: OCORRÊNCIA E DANOS

COMO COMBATER MOSCA-DAS-FRUTAS EM POMARES DOMÉSTICOS?

Efeito de Nosódio na 5CH e 6CH como repelente de oviposição de Ceratitis capitata (Wied.,1824)(Diptera:Tephridae) em goiabas.

REVISTA CAATINGA ISSN X UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA) Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

FRUIT FLIES (Diptera: Tephritidae) IN IRRIGATED COFFEE PLANTATIONS IN THE NORTH OF MINAS GERAIS

(23 a 25 de novembro 2011)

Ocorrência de moscas-das-frutas e parasitoides em Spondias mombin L. em três municípios do estado do Amapá, Brasil

Caracterização da fauna de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) na região de Ponta Grossa, Paraná, Brasil

Estudos com moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) na Região de Ponta Grossa PR.

Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento

ANÁLISE FAUNÍSTICA E FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS- FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM BELMONTE, BAHIA 1

NOVAS ALTERNATIVAS PARA O MONITORAMENTO E CONTROLE DE Anastrepha fraterculus (Wied., 1830) (DIPTERA: TEPHRITIDAE) NA FRUTICULTURA DE CLIMA TEMPERADO

PARASITOIDES (HYMENOPTERA) DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) NO SEMIÁRIDO DO ESTADO DO CEARÁ, BRASIL 1

EFEITO DE ATRATIVOS ALIMENTARES NA CAPTURA DA MOSCA-DAS- FRUTAS, Anastrepha fraterculus EM POMAR DE GOIABEIRA SERRANA.

AGRICULTURAL ENTOMOLOGY / SCIENTIFIC ARTICLE. Janaína Pereira dos Santos 1 *, Luiza Rodrigues Redaelli 2, Josué Sant Ana 2, Eduardo Rodrigues Hickel 3

MONITORAMENTO E IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DE MOSCA- DAS-FRUTAS Anastrepha spp. (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM FRUTÍFERAS E CUCURBITÁCEAS

Caracterização de danos de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritoidea) em frutos de Stenocalyx dysentericus (Mart.) O. Berg

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ UESC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL ELISÂNGELA ALVES DOS SANTOS FELIX MELO

Relações interespecíficas entre parasitoides nativos de moscas-das-frutas e o braconídeo exótico Diachasmimorpha longicaudata em frutos de umbu-cajá

Lance fly (Diptera: Lonchaeidae) host plants in the State of São Paulo, Southeast Brazil

Espécies de Anastrepha (Diptera: Tephritidae) em pomares de goiaba: diversidade, flutuação populacional e fenologia do hospedeiro

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITOIDEA) EM UM POMAR EXPERIMENTAL NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: DIVERSIDADE, DINÂMICA

A mosca-do-mediterrâneo, Ceratitis capitata (Wied.) (Diptera:tephritidae): um caso de sucesso

TERMO DE APROVAÇÃO ELISANDRA HUGO

Diversidade de moscas-das-frutas, suas plantas hospedeiras e seus parasitóides nas regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Revista Brasileira de Ciências Agrárias ISSN: Universidade Federal Rural de Pernambuco. Brasil

ARTRÓPODES-PRAGA ASSOCIADOS À CULTURA DA MANDIOCA EM PRESIDENTE TANCREDO NEVES, BA

Flávio Roberto Mello Garcia 1 Elio Corseuil 2

Danilo Baia do Nascimento, Ricardo Adaime, Alan Cavalcanti Cunha, Janisete Gomes Silva

Desenvolvimento e reprodução da mosca do mediterrâneo em caquizeiro, macieira, pessegueiro e videira

CLARA ANGÉLICA CORRÊA BRANDÃO

Flutuação populacional e infestação de mosca-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em função do sistema produtivo de goiaba

Transcrição:

Revista Ceres ISSN: 0034-737X ceresonline@ufv.br Universidade Federal de Viçosa Brasil Pinto Dias, Naymã; Felisberto da Silva, Fernando; Avila de Abreu, Jéssica; de Bastos Pazini, Juliano; Botta, Robson Antonio Nível de infestação de moscas-das-frutas em faixa de fronteira, no Rio Grande do Sul Revista Ceres, vol. 60, núm. 4, julio-agosto, 2013, pp. 589-593 Universidade Federal de Viçosa Vicosa, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=305228472020 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

Nível de infestação de moscas-das-frutas em faixa de fronteira, no Rio Grande do Sul 589 Comunicação Nível de infestação de moscas-das-frutas em faixa de fronteira, no Rio Grande do Sul Naymã Pinto Dias 1, Fernando Felisberto da Silva 2, Jéssica Avila de Abreu 3, Juliano de Bastos Pazini 3, Robson Antonio Botta 3 RESUMO As moscas-das-frutas são as principais pragas da fruticultura mundial, destacando-se os tefritídeos e os lonqueídeos, sendo que, sobre este último grupo de insetos, existem poucas informações a respeito do seu potencial de danos. O objetivo deste trabalho foi identificar os níveis de infestação de moscas-das-frutas, em municípios da faixa de fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina e o Uruguai. O estudo foi realizado em 2011 e 2012, nos municípios de Itaqui, Quaraí, Santana do Livramento e Uruguaiana, RS. Foram realizadas coletas de frutos de 19 espécies vegetais exóticas e nativas, calculando-se os índices de infestação em pupários/kg de fruto e pupários/fruto. O maior índice de infestação de Ceratitis capitata ocorreu em nectarineira, com 72,01 pupários/kg e 2,51 pupários/fruto. Anastrepha fraterculus apresentou índices elevados em cerejeira, correspondendo a 57,57 pupários/kg e 0,23 pupários/fruto. Os lonqueídeos foram representados pelos gêneros Neosilba e Lonchaea, infestando frutos de mamoeiro e caramboleira, respectivamente. Registra-se para os municípios estudados do Rio Grande do Sul a ocorrência das seguintes espécies de moscasdas-frutas: C. capitata, A. fraterculus, Neosilba zadolicha e Lonchaea sp. Palavras-chave: Ceratitis capitata, Anastrepha fraterculus, Neosilba zadolicha, Lonchaea sp., fruticultura. ABSTRACT Infestation level of fruit flies in the boundary zone in Rio Grande do Sul, Brazil Fruit flies are considered the major pests of fruit worldwide. Tefritids and lonchaeids are major pests in this group of insects. However, little information exists regarding the potential for harm of lonchaeids. The aim of this study was to identify the infestation levels of fruit flies in the boundary zone of Rio Grande do Sul with Argentina and Uruguay. The study was conducted in 2011 and 2012 in Itaqui, Quaraí, Santana do Livramento and Uruguaiana, RS. Fruits were collected from19 exotic and native plant species, and the infestation levels in pupae/kg of fruit and pupae/ fruit were calculated. The highest rate of Ceratitis capitata infestation occurred in nectarine, with 72.01 pupae/kg and 2.51 pupae/fruit. Anastrepha fraterculus showed high levels in cherry, corresponding to 57.57 pupae/kg and 0.23 pupae/fruit. Lonchaeids were represented by Neosilba and Lonchaea, infesting papaya and star fruits, respectively. In the studied municipalities of Rio Grande do Sul, the following species of fruit flies occurred: C. capitata, A. fraterculus, Neosilba zadolicha and Lonchaea sp. Key words: Ceratitis capitata, Anastrepha fraterculus, Neosilba zadolicha, Lonchaea sp., fruticulture. Recebido para publicação em 26/10/2012 e aprovado em 06/05/2013. 1 Graduanda em Agronomia. Departamento de Entomologia, Universidade Federal do Pampa, Rua Luiz Joaquim de Sá Britto, s/n, 97650-000, Itaqui, Rio Grande do Sul, Brasil. nayma.dias@gmail.com (autora para correspondência). 2 Engenheiro Agrônomo, Doutor. Departamento de Entomologia, Universidade Federal do Pampa, Rua Luiz Joaquim de Sá Britto, s/n, 97650-000, Itaqui, Rio Grande do Sul, Brasil. fernando.silva@unipampa.edu.br 3 Graduandos em Agronomia. Departamento de Entomologia, Universidade Federal do Pampa, Rua Luiz Joaquim de Sá Britto, s/n, 97650-000, Itaqui, Rio Grande do Sul, Brasil. jessica-breu@hotmail.com; julianopazzini@hotmail.com; robson_a.b@hotmail.com

590 Naymã Pinto Dias et al. INTRODUÇÃO As moscas-das-frutas são as principais pragas da fruticultura mundial, considerando-se o grau de infestação e os danos diretos provocados em pomares, em regiões de climas de tropical a temperado. Dentre esse grupo de insetos, destacam-se os tefritídeos e os lonqueídeos, a respeito dos quais as informações sobre potencial de danos são escassas. No Estado do Rio Grande do Sul, dentre os estudos realizados para avaliar os níveis de infestação de tefritídeos, destacam-se os de Silva et al. (2006) e Nunes et al. (2012). Na região do Vale do Caí, em um levantamento realizado a partir da coleta de frutos, Silva et al. (2006) constataram que Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) foi a única espécie de tefritídeo infestando frutos de laranjeira Céu e tangoreiro Murcott. Nunes et al. (2012) verificaram que, nos municípios de Pelotas e Capão do Leão, espécies da família Tephritidae apresentaram as maiores infestações em pomares de frutíferas não comerciais. Segundo Branco (1999), o grau de infestação das moscas-das-frutas nos diferentes hospedeiros varia em função da espécie vegetal, suas características genotípicas e condições climáticas. Para a família Lonchaeidae, existem poucos trabalhos relacionados com a infestação e com os danos provocados por esses insetos. Apesar de haver relatos de lonqueídeos infestando frutos de importância econômica, desde a década de 1930, no Brasil, por um longo período os lonqueídeos foram negligenciados nos levantamentos de moscas-das-frutas, principalmente pela falta de conhecimentos taxonômicos (Araújo & Zucchi, 2002). Nos últimos anos, diversos trabalhos foram realizados, no país, com espécies dessa família, motivados principalmente pelo avanço do conhecimento taxonômico das espécies (Strikis et al., 2011), destacando-se os trabalhos de Araújo & Zucchi (2002), Strikis & Prado (2005), Silva (2005) e Strikis et al. (2011). De acordo com Souza Filho (2006), os lonqueídeos têm chamado a atenção quanto ao seu status como pragas, pois têm sido observados atacando culturas de importância econômica no país. Strikis et al. (2011) citam que, em estudos realizados no Brasil, espécies do gênero Neosilba McAlpine têm sido consideradas pragas primárias em algumas culturas, como, por exemplo: mandioca (Manihot esculenta Crantz.), em São Paulo (Lourenção et al., 1996); acerola (Malpighia emarginata DC), no Rio Grande do Norte (Araújo & Zucchi, 2002); em citros (Citrus L.), no Mato Grosso do Sul (Uchôa-Fernandes et al., 2002) e em tangerina (Citrus reticulata Blanco), na Paraíba (Lopes et al., 2007). O índice de infestação das moscas-das-frutas é um importante indicador do nível populacional, pois permite estabelecer o status da planta hospedeira quanto à susceptibilidade ao ataque da praga em determinadas condições edafoclimáticas (Souza Filho, 1999). No entanto, Sá et al. (2008) ressaltam que as informações sobre os índices de infestação de moscas-das-frutas são escassas na literatura. Por essas razões, considerando-se os danos provocados por esses insetos e o grande número de hospedeiros de moscas-das-frutas disponíveis, além do potencial de dano que essas espécies podem apresentar, torna-se necessário investigar o índice de infestação das frutíferas locais, por espécies de tefritídeos e lonqueídeos, na faixa de fronteiras, no Rio Grande do Sul, onde, a respeito dos quais inexistem trabalhos. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar os níveis de infestação de moscas-das-frutas, em municípios da faixa de fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina e o Uruguai. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado nos municípios de Itaqui, Quaraí, Santana do Livramento e Uruguaiana, região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul e limítrofes com Argentina e Uruguai. O clima da região de abrangência dos municípios é o subtropical úmido, sendo, pela classificação de Koeppen, do tipo fundamental Cfa. Nos anos de 2011 e 2012, realizaram-se coletas de frutos de 19 espécies vegetais (Tabela 1), em função de sua disponibilidade, conforme o período principal de frutificação, adotando-se o método descrito por Nascimento et al., (2000). As amostras foram obtidas de frutos caídos no solo, em boas condições de conservação, e de frutos maduros e, ou, em fase de amadurecimento, coletados diretamente na copa da planta hospedeira. As coletas foram realizadas entre as coordenadas geográficas de 29 07 13 a 30 55 30 S e 55 28 15 a 57 05 83 W. Os frutos coletados foram acondicionados em sacos plásticos, identificados e conduzidos ao laboratório, onde foram quantificados, pesados e depositados em bandejas plásticas, contendo uma camada de areia, previamente esterilizada. As bandejas foram envolvidas com plástico filme e etiquetadas, com as informações dos dados de campo. Na Tabela 2, são apresentadas as quantidades de frutos coletados, em massa e número. De sete a dez dias após a coleta, realizou-se a inspeção nos frutos, os quais foram descartados e, a areia peneirada para obtenção dos pupários. Estes foram colocados em caixas acrílicas transparentes revestidas com papel filtro, visando à emergência dos adultos de moscasdas-frutas. As caixas foram mantidas em câmara de germinação, à temperatura de 25 C (± 1 C) e umidade de 75% (± 10%), até a emergência dos adultos.

Nível de infestação de moscas-das-frutas em faixa de fronteira, no Rio Grande do Sul 591 Tabela 1. Espécies frutíferas nativas (N) e exóticas (E) amostradas nos municípios de Itaqui, Quaraí, Santana do Livramento e Uruguaiana, RS (2011 e 2012) Família Nome científico Espécie Nome comum Caricaceae Carica papaya Mamoeiro (E) Ebenaceae Diospyros kaki Caquizeiro (E) Eugenia uniflora Pitangueira (N) Mirtaceae Myrciaria trunciflora Jabuticabeira (N) Psidium guajava Goiabeira (N) Moraceae Ficus carica Figueira (N) Morus nigra Amoreira (E) Oxalidaceae Averrhoa carambola Caramboleira (E) Eriobotrya japonica Nespereira (E) Prunus avium Cerejeira (N) Rosaceae Prunus domestica Ameixeira (E) Prunus persica Pessegueiro (E) Prunus persica var. Nucipersica Nectarineira (E) Rutaceae Procedência Citrus limon Limoeiro (E) Citrus paradisi Pomeleiro (E) Citrus reticulata var. Murcott Bergamoteira (E) Citrus reticulata var. Ponkan Tangerineira (E) Citrus sinensis cv. Navelate Laranjeira de umbigo (E) Citrus sinensis cv. Valencia Laranjeira doce (E) Para análise dos dados, não houve estratificação entre frutos coletados na copa e no solo, sendo esta divisão adotada apenas para fins de coleta. Os adultos obtidos foram acondicionados em álcool 70%, para a identificação das espécies, a qual foi realizada por meio da chave dicotômica apresentada por Zucchi (2000). Os índices de infestação foram expressos em número de pupários/kg de fruto e pupários/número de frutos, de acordo com Malavasi & Morgante (1980). A viabilidade pupal foi calculada pelo número de adultos emergidos, dividido pelo número de pupários, e expressa em percentagem (%). RESULTADOS E DISCUSSÃO Nos anos de 2011 e 2012, foram coletados 5.384 frutos (315,64 kg) e obtidos 3.088 exemplares de moscas-dasfrutas, das famílias Tephritidae e Lonchaeidae, infestando 4.961 frutos (231,79 kg), de 14 das 19 espécies vegetais amostradas. Os índices de infestação e a viabilidade pupal de moscas-das-frutas são apresentados na Tabela 3. Constatou-se a presença de indivíduos dos gêneros Anastrepha Shiner e Ceratitis MacLeay, infestando frutos nativos (pitangueira, goiabeira, jabuticabeira, nespereira e cerejeira) e exóticos (pessegueiro, nectarineira, tangerineira, bergamoteira, laranjeira doce, laranjeira de umbigo e caquizeiro). Dentre todas as espécies de frutíferas amostradas, figueira, limoeiro, pomeleiro, ameixeira e amoreira não foram infestadas por moscas-das-frutas, corroborando os dados obtidos por Sá et al. (2008) que também não verificaram infestação nestas frutíferas. Em relação à Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824), os maiores índices de infestação foram obtidos em nectarineiras, apresentando 72,01 pupários/kg e 2,51 pupários/fruto. O Estado do Rio Grande do Sul não apresentava, até então, índices de infestação elevados de C. capitata para essa frutífera, em levantamentos realizados a partir da coleta de frutos, ao passo que, nas regiões sudeste e centro-oeste do país, essa situação é mais comumente encontrada. Na região de Presidente Prudente, SP, Montes et al. (2011) verificaram índices de infestação de 2,22 e 1,78 pupários/fruto, para C. capitata, em pessegueiro, nos anos de 2004 e 2006, respectivamente, demonstrando a variação dos índices de infestação de moscas-das-frutas de acordo com a região de estudo. Apesar de em pessegueiro e em nectarineira terem sido observados os maiores índices de infestação, a viabilidade pupal foi inferior quando comparada com a dos demais frutos infestados. Por outro lado, o índice de infestação, em pessegueiro, corrobora o obtido por Zanardi et al. (2011), indicando ser este o valor médio para a espécie, nesse hospedeiro. A espécie A. fraterculus apresentou índices de infestação mais elevados em cerejeira, correspondendo a 57,57 e 0,23 pupários/kg e pupários/fruto, respectivamente. Os resultados encontrados para A. fraterculus corro-

592 Naymã Pinto Dias et al. boram os de Maldaner & Garcia (2011), os quais realizaram um estudo a fim de identificar as principais espécies de moscas-das-frutas e seus hospedeiros, no município de Selbach, RS, e encontraram índices de infestação de 0,31 e 0,15 pupários/fruto, em cerejeira e pitangueira, respectivamente. Gattelli (2006) também constatou índices de infestação elevados para A. fraterculus, em frutos de Tabela 2. Número (n) e massa de frutos (kg) coletados em diferentes hospedeiros nos municípios de Itaqui, Quaraí, Santana do Livramento e Uruguaiana, RS (2011 e 2012) Hospedeiro Número de frutos (n) Massa de frutos (kg) Ameixeira 567 35,76 Amoreira 738 1,80 Bergamoteira 167 13,73 Caquizeiro 14 0,99 Caramboleira 47 2,05 Cerejeira 82 0,33 Figueira 129 43,86 Goiabeira 830 40,60 Jabuticabeira 92 3,23 Laranjeira de umbigo 48 7,76 Laranjeira doce 577 71,65 Limoeiro 107 19,73 Mamoeiro 18 4,75 Nectarineira 84 2,93 Nespereira 379 3,33 Pessegueiro 784 37,95 Pitangueira 645 0,63 Pomeleiro 26 19,83 Tangerineira 50 4,73 Total 5.384 315,64 pitangueira coletados nos municípios de Montenegro e Harmonia, RS. A autora verificou índices de 1134,50 e 267,86 pupários/kg, para frutos coletados na copa da árvore e no solo, respectivamente. Além disso, tanto em pitangueira como em laranjeira, verificou-se a maior viabilidade pupal, caracterizando os frutos como multiplicadores do inseto (Salles, 1995). Em relação aos lonqueídeos, constatou-se a presença de insetos dos gêneros Neosilba McAlpine e Lonchaea Fallén, infestando frutos de mamoeiro e caramboleira, respectivamente. Foram encontrados índices de infestação de Neosilba zadolicha (McAlpine & Steyskal, 1982) de 4,42 pupários/fruto e 1,16 pupários/kg, valores elevados, quando comparados com os obtidos por Lopes et al. (2007) no município de Matinhas, PB. Os autores relatam índices de infestação de 1,40 e 2,92 de pupários/fruto, em frutos coletados diretamente da planta hospedeira e do solo, respectivamente. Santos et al. (2004) também encontraram índices de infestação inferiores de N. zadolicha, no município de Cruz das Almas, BA (0,68 pupários/kg e 0,01 pupários/fruto). De acordo com Araújo (2002), os níveis de infestação de moscas-das-frutas são variáveis, em função da região. A viabilidade pupal de N. zadolicha, constatada em mamoeiro, manteve-se acima de 90%, fato importante, de acordo com Sá et al. (2008), pois, permitindo um bom desempenho larval, o hospedeiro contribui para a manutenção e aumento populacional das moscas-das-frutas, na região, o que não é desejável no manejo de pragas. Portanto, o mamoeiro merece atenção especial, por se tratar de um potencial hospedeiro de moscas-das-frutas do gênero Neosilba. Tabela 3. Índices de infestação de moscas-das-frutas em municípios de fronteira do Rio Grande do Sul (2011 e 2012) Espécie de mosca-das-frutas Anastrepha fraterculus Ceratitis capitata Pupários n Fruto hospedeiro Índices de infestação pupários/fruto pupários/kg Viabilidade pupal % 19 Cereja 0,23 57,57 85 50 Goiaba 0,06 1,23 76 11 Nêspera 0,03 3,30 81 18 Pitanga 0,03 28,57 85 21 Bergamota 0,13 1,53 95 2 Caqui 0,14 2,02 100 422 Goiaba 0,51 10,40 85 13 Jabuticaba 0,14 4,02 92 57 Laranja de umbigo 1,19 7,35 95 631 Laranja doce 1,09 8,80 90 211 Nectarina 2,51 72,01 85 35 Nêspera 0,09 10,51 100 1519 Pêssego 1,93 40,02 84 57 Tangerina 1,14 12,05 100 Lonchaea sp. 1 Carambola 0,10 2,44 20 Neosilba zadolicha 21 Mamão 4,42 1,16 91

Nível de infestação de moscas-das-frutas em faixa de fronteira, no Rio Grande do Sul 593 Em relação ao gênero Lonchaea, foram constatados índices de infestação de 0,10 pupários/fruto e 2,44 pupários/kg. A viabilidade pupal de Lonchaea sp. (Fallén, 1820) foi muito baixa, 20%. No entanto, não se tem informações a respeito da biologia desse gênero. CONCLUSÕES Registra-se, para os municípios de Itaqui, Quaraí, Santana do Livramento e Uruguaiana, RS, a ocorrência das seguintes espécies de moscas-das-frutas: C. capitata, A. fraterculus, N. zadolicha e Lonchaea sp. Na região de faixa de fronteira do Rio Grande do Sul, C. capitata infesta preferencialmente a nectarineira, enquanto A. fraterculus, a cerejeira, ambas com índices de infestação elevados. N. zadolicha ocorre apenas em mamoeiro, enquanto, Lonchaea sp., em caramboleira. REFERÊNCIAS Araújo EL (2002) Dípteros frugívoros (Tephritidae e Lonchaeidae) na região de Mossoró/Assu, estado do Rio Grande do Norte. Tese de Doutorado. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba. 112p. Araújo EL & Zucchi RA (2002) Hospedeiros e níveis de infestação de Neosilba pendula (Bezzi) (Diptera: Lonchaeidae) na região de Mossoró/Assu, RN. Arquivos do Instituto Biológico, 69:91-94. Branco EDS (1999) Preferência para oviposição das moscas-dasfrutas Anastrepha fraterculus (Wied., 1830) (Diptera: Tephritidae) em genótipos de macieira. Revista Brasileira de Fruticultura, 2:216-221. Gattelli T (2006) Moscas frugívoras (Diptera: Tephritoidea) e parasitóides associados a mirtáceas e laranjeira Céu em Montenegro e Harmonia, RS. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 82p. Lopes EB, Batista JL, Albuquerque IC & Brito CH (2007) Moscas frugívoras (Tephritidae e Lonchaeidae): ocorrência em pomares comerciais de tangerina da Paraíba. Tecnologia & Ciência Agropecuária, 1:31-37. Lourenção AL, Lorenzi JO & Ambrosano GMB (1996) Comportamento de clones de mandioca em relação à infestação por Neosilba perezi (Romero & Rupell) (Diptera: Lonchaeidae). Scientia Agricola, 53:304-308. Malavasi A & Morgante JL (1980) Biologia de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae). Revista Brasileira de Biologia, 40:17-24. Maldaner C & Garcia FRM (2011) Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) e seus hospedeiros no município de Selbach, Rio Grande do Sul. In: X Congresso de Ecologia do Brasil, São Lourenço. Anais, SEB. p.1-2. Montes SMNM, Raga A, Boliani AC & Santos PC (2011) Dinâmica populacional e incidência de moscas-das-frutas e parasitoides em cultivares de pessegueiros (Prunus persica L. Batsch) no município de Presidente Prudente-SP. Revista Brasileira de Fruticultura, 33:402-411. Nascimento AS, Carvalho RS & Malavasi A (2000) Monitoramento populacional. In: Malavasi A & Zucchi RA (Eds.) Moscas-dasfrutas de importância econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado. Ribeirão Preto, Holos. p.109-117. Nunes AM, Muller FA, Gonçalves RS, Garcia MS, Costa VA & Nava DE (2012) Moscas frugívoras e seus parasitóides nos municípios de Pelotas e Capão do Leão, Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência Rural, 42:06-12. Sá RF, Castellani MA, Nascimento AS, Brandão MLST, Silva AN & Pérez-Maluf R (2008) Índice de infestação e diversidade de moscas-das-frutas em hospedeiros exóticos e nativos no pólo de fruticultura de Anagé, BA. Bragantia, 67:401-411. Salles LAB (1995) Bioecologia e controle da mosca-das-frutas sul-americana. Pelotas, Embrapa-CPACT. 58p. Santos WDS, Carvalho CAL & Marques OM (2004) Registro de Neosilba zadolicha McAlpine & Steyskal (Diptera: Lonchaeidae) em Umbu-cajá (Anacardiaceae). Neotropical Entomology, 33:653-654. Silva FF (2005) Espécies de moscas frugívoras (Diptera: Tephritidae e Lonchaeidae), quantificação de danos e avaliação de medidas para o seu manejo em pomares orgânicos de citros. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 167p. Silva FF, Meirelles RS, Redaelli LR & DalSoglio FK (2006) Diversity of flies (Diptera: Tephritidae and Lonchaeidae) in organic citrus orchards in the Vale do Rio Caí, Rio Grande do Sul, Southern Brazil. Neotropical Entomology, 35:666-670. Souza Filho MF (1999) Biodirvesidade de moscas-das-frutas (Diptera, Tephretidae) e seus parasitóides (Hymenoptera) em plantas hospedeiras no Estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba. 173p. Souza Filho MF (2006) Infestação de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae e Lonchaeidae) relacionada à fenologia da goiabeira (Psidium guajava L.), nespereira (Eriobotrya japonica Lindl.) e do pessegueiro (Prunus persica Batsch). Tese de Doutorado. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba. 125p. Strikis PC, Deus EG, Silva RA, Pereira JDB, Jesus CR & Marsaro Júnior AL (2011) Conhecimento sobre Lonchaeidae na Amazônia Brasileira. In: Silva RA, Lemos WP & Zucchi RA (Eds.) Moscas das Frutas na Amazônia brasileira: diversidade, hospedeiros e inimigos naturais. Macapá, Embrapa Amapá. 299p. Strikis PC & Prado AP (2005) A new species of the genus Neosilba (Diptera: Lonchaeidae), Zootaxa, 99:1-4. Uchôa-Fernandes MA, Oliveira I, Molina RMS & Zucchi RA (2002) Species diversity of frugivorous flies (Diptera: Tephritoidea) from hosts in the cerrado of the state of Mato Grosso do Sul, Brazil. Neotropical Entomology, 31:515-524. Zanardi OZ, Nava DE, Botton M, Grützmacher AD, Machota Jr. R & Bisognin M (2011) Desenvolvimento e reprodução da mosca-do-mediterrâneo em caquizeiro, macieira, pessegueiro e videira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 46:682-688. Zucchi RA (2000) Taxonomia. In: Malavasi A & Zucchi RA (Eds.) Moscas-das-frutas de importância econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado. Ribeirão Preto, Holos. p.13-24.