INFLUENCIA DO TIPO DE PREPRARO DO SOLO E VELOCIDADE DE SEMEADURA EM CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DA CULTURA DO MILHO

Documentos relacionados
Desempenho Operacional de Máquinas Agrícolas na Implantação da Cultura do Sorgo Forrageiro

GERMINAÇÃO E SOBREVIVÊNCIA DA SOJA EM DIFERENTES MANEJOS DO SOLO

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

CONSUMO DE TRATOR EQUIPADO COM SEMEADORA

DESEMPENHO DE UMA SEMEADORA-ADUBADORA UTILIZANDO UM SISTEMA DE DEPOSIÇÃO DE SEMENTES POR FITA.

Leonardo Henrique Duarte de Paula 1 ; Rodrigo de Paula Crisóstomo 1 ; Fábio Pereira Dias 2

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA EM AMBIENTES E POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIAS

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

O manejo da matéria orgânica esta adequado visando a sustentabilidade dos sistemas de produção? Julio Franchini Henrique Debiasi

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

Resposta da Cultura do Milho Cultivado no Verão a Diferentes Quantidades de Calcário e Modos de Incorporação

Gessi Ceccon, Luís Armando Zago Machado, (2) (2) (3) Luiz Alberto Staut, Edvaldo Sagrilo, Danieli Pieretti Nunes e (3) Josiane Aparecida Mariani

XX Congreso Latinoamericano y XVI Congreso Peruano de la Ciencia del Suelo

Arranjo espacial de plantas em diferentes cultivares de milho

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA COM POPULAÇÕES DE PLANTAS DE FORRAGEIRAS PERENES

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DA SOJA EM FUNÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO E VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO RESUMO

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

EFEITO DO TRÁFEGO DE MÁQUINAS SOBRE ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO E DESENVOLVIMENTO DA AVEIA PRETA. Instituto Federal Catarinense, Rio do Sul/SC

Avaliação de cultivares de milho com e sem pendão visando a produção de minimilho na região Norte do estado de Minas Gerais 1

SEMEADORA-ADUBADORA. Prof. Dr. Carlos Eduardo Angeli Furlani RESULTADOS DE PESQUISAS

Preparo convencional e Preparo reduzido do solo. Prof. Dr. Amauri N. Beutler

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHOS HÍBRIDOS CONSORCIADOS COM Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ

INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE SEMEADURA NA CULTURA DO FEIJÃO

Avaliação de Doses e Fontes de Nitrogênio e Enxofre em Cobertura na Cultura do Milho em Plantio Direto

PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA DO MILHO HÍBRIDO AG7088 VT PRO3 CULTIVADO SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS.

ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE MANEJO DE SOLO E DE ROTA CÃO COM CULTURAS ,(, PRODUTORAS DE GRAOS NO INVERNO E NO VERÃO

V Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG campus Bambuí V Jornada Científica 19 a 24 de novembro de 2012

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

Produtividade da soja no plantio direto em função da escarificação, do uso de haste mais profunda na semeadura e da cultura antecessora

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 888

MANEJO DE RESTOS CULTURAIS DE MILHO PARA PLANTIO DIRETO DE TRIGO. Resumo

INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIAS EM ESPAÇAMENTO NORMAL E REDUZIDO

AVALIAÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA ESCOADO EM DIFERENTES DECLIVES SOB CHUVA SIMULADA 1

INTERFERÊNCIA DA VELOCIDADE E DOSES DE POTÁSSIO NA LINHA DE SEMEADURA NA CULTURA DO MILHO

COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE PLANTAS DE MILHO COM DIFERENTES EVENTOS DE BIOTECNOLOGIA

CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE MILHO PARA SILAGEM EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO SUL DE MG

Partição de Assimilados em Crotalaria juncea sob Dois Espaçamentos de Cultivo

Composição Bromatológica de Partes da Planta de Cultivares de Milho para Silagem

INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE SEMEADURA NO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DA CULTURA DO MILHO. Resumo

ÍNDICE DE ESPIGAS DE DOIS HÍBRIDOS DE MILHO EM QUATRO POPULAÇÕES DE PLANTAS E TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NA SAFRINHA

AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO LONGITUDINAL DE PLANTAS DE MILHO EM DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

EFEITO DA ADUBAÇÃO BORATADA NO DESEMPENHO PRODUTIVO DE GIRASSOL

MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIA EM SEMEADURA TARDIA

l«x Seminário Nacional

PERDAS DE SOLO E ÁGUA EM UM LATOSSOLO VERMELHO- ESCURO SOB DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO.

Demanda Energética de Máquinas Agrícolas na Implantação da Cultura do Corgo Forrageiro

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

ARRANJOS DE PRODUTIVIDADES DE HÍBRIDOS DE MILHO ATRAVÉS DE ADUBAÇÕES FOSFATADAS E NITROGENADAS

Produtividade de milho convencional 2B587 em diferentes doses de Nitrogênio

PROFUNDIDADE DE RAÍZES DE MILHO SAFRINHA EM SUCESSÃO COM SOJA EM TRÊS SISTEMAS DE CULTIVOS NO NORTE DO PARANÁ

Palavras chave: mecanização agrícola, plantio direto, semeadora-adubadora.

INFLUÊNCIA DE BORDADURA NAS LATERAIS E NAS EXTREMIDADES DE FILEIRAS DE MILHO NA PRECISÃO EXPERIMENTAL 1

DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO APLICADAS EM COBERTURA E SEUS REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE DO MILHO HÍBRIDO TRANSGÊNICO 2B587PW SEMEADO NA 2ª SAFRA

Produção e Composição Bromatológica de Cultivares de Milho para Silagem

RESISTÊNCIA MECÂNICA DO SOLO A PENETRAÇÃO E PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO MILHO SOB DISTINTAS PLANTAS DE COBERTURA E DOSES DE NITROGÊNIO

AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO LONGITUDINAL DE SEMENTES NO PLANTIO DIRETO DA SOJA

Ocorrência de artrópodes em área recuperada com o Sistema de Integração Lavoura- Pecuária 1. Paulo A. Viana 2 e Maria C. M.

PRODUTIVIDADES DE MILHO EM SUCESSIVOS ANOS E DIFERENTES SISTEMAS DE PREPARO DE SOLO (1).

Avaliação de aspectos produtivos de diferentes cultivares de soja para região de Machado-MG RESUMO

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

VALORES DE FÓSFORO, CÁLCIO, MAGNÉSIO, OBTIDO NA PLANTA DO MILHO SEM ESPIGAS EM CONSÓRCIO COM FORRAGEIRAS 1.

MANEJO DA PASTAGEM ANUAL DE INVERNO AFETANDO A EMERGÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO MILHO EM SUCESSÃO 1. INTRODUÇÃO

DISPONIBILIDADE DE MACRONUTRIENTES EM LATOSSOLO APÓS O USO DE ADUBAÇÃO VERDE

RESPOSTA DE MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis À ADUBAÇÃO, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

RESPOSTA DO MILHO SAFRINHA A DOSES E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO DE POTÁSSIO

VARIAÇÃO NO ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO SOLO DURANTE O CICLO DE DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO

Avaliação Preliminar de Híbridos Triplos de Milho Visando Consumo Verde.

PARCELAMENTO DA COBERTURA COM NITROGÊNIO PARA cv. DELTAOPAL E IAC 24 NA REGIÃO DE SELVÍRIA-MS

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS

CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis) EM DIFERENTES POPULAÇÕES

EFEITOS DA FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES- MG.

Características Agrônomicas e Produção de Massa Seca no Cultivo Consorciado de Milho e Urochloa ruziziensis Inoculados com Azospirillum brasiliense

ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO VERDE EM DOIS SISTEMAS DE MANEJO DE SOLO NITROGEN FERTILIZATION IN CORN CROP IN TWO SOIL MANAGEMENT SYSTEMS

Avaliação de Cultivares de Milho na Região Central de Minas Geraisp. Palavras-chave: Zea mays, rendimento de grãos, produção de matéria seca, silagem

INOCULAÇÃO DE SEMENTES COM Azospirillum E NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

INFILTRAÇÃO APROXIMADA DE ÁGUA NO SOLO DE TALUDE REVEGETADO COM CAPIM VETIVER EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS

EFEITO DA VELOCIDADE DO CONJUNTO TRATOR SEMEADORA- ADUBADORA E DA PROFUNDIDADE DE DEPOSIÇÃO DO ADUBO SOB PLANTIO DIRETO NA CULTURA DO FEIJÃO

SISTEMAS DE PRODUÇÃO E EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE FERTILIZANTES

Resposta de Cultivares de Milho a Variação de Espaçamento Entrelinhas.

DESEMPENHO DE VARIEDADES DE MILHO-VERDE NO CULTIVO ORGÂNICO EM REGIÕES DE CLIMA QUENTE DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

PRODUÇÃO DE BIOMASSA DO MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA E PLANTIO SIMULTÂNEO COM CAPIM MARANDU

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO IRRIGADO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

TÍTULO: PRODUÇÃO DE FORRAGEM DE ESPÉCIES DE "BRACHIARIA" SUBMETIDAS A DIFERENTES ALTURAS DE CORTE

ADENSAMENTO DE SEMEADURA EM TRIGO NO SUL DO BRASIL

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

CALAGEM SUPERFICIAL E INCORPORADA E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA AO LONGO DE CINCO ANOS

ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS E DENSIDADES DE SEMEADURA DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA

o custo elevado dos fertilizantes fosfatados solúveis em água

COMPARAÇÃO DE TRÊS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE PATINAGEM DE TRATORES AGRÍCOLAS

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA SOJA EM FUNÇÃO DO MANEJO E TIPO DE COBERTURA DO SOLO

DESEMPENHO VEGETATIVO DE MAMONA SOB DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO DO SOLO.

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

PRODUÇÃO DE GRÃOS E DECOMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS CULTURAIS DE MILHO E SOJA EM FUNÇÃO DAS PLANTAS DE COBERTURA

EVAPOTRANSPIRAÇÃO E COEFICIENTES DE CULTIVO DO CONSÓRCIO MILHO E BRAQUIÁRIA NAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE MATO GROSSO DO SUL

Avaliação de cultivares de milho para produção de silagem em Patrocínio, MG

Transcrição:

Revista Agrotecnologia, Anápolis, GO, PrP/UEG INFLUENCIA DO TIPO DE PREPRARO DO SOLO E VELOCIDADE DE SEMEADURA EM CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DA CULTURA DO MILHO Edney Leandro da Vitória 1, Flávio Coutinho Longui 2 *, Haroldo Carlos Fernandes 3, Cesar Conte Guimarães Filho 4 Resumo: O solo é um importante recurso que precisa ser preservado e deve ser utilizado um correto preparo, pois melhora a sua estrutura física, porosidade e rugosidade superficial facilitando a infiltração da água no solo e, conseqüentemente, a perda de matéria orgânica e de outros componentes de sua fertilidade. Uma das variáveis diretamente ligadas ao processo de preparo de solo é a velocidade da semeadura. Diante deste contexto este trabalho teve como objetivo avaliar a influencia do sistema de preparo do solo e velocidade de semeadura sobre alguns parâmetros agronômicos da cultura do milho. O experimento foi montado no delineamento em blocos casualizados no esquema fatorial (2x2), com quatro repetições. Os tratamentos constituíram uma aração com arado de discos, duas gradagens e uma escarificação combinadas com duas velocidades da semeadura. O tipo de preparo do solo proporcionou diferenças na porcentagem de cobertura da superfície do solo e na massa da espiga. A velocidade de semeadura não causou interferência significativa nos parâmetros estudados. O tipo de preparo do solo proporcionou diferenças na porcentagem de cobertura da superfície do solo e na massa da espiga. Palavras-chaves: Solo, máquinas de plantio, máquinas de preparo de solo. INFLUENCE OF SPEED OF SOWING AND PREPARATION OF SOIL IN THE CULTURE OF MAIZE 1 Engenheiro Agrícola, Professor adjunto DS, DCAB/CEUNES, Universidade Federal do Espírito Santo, Rod. BR 101 km 60 Campus Litorâneo, CEP: 29932-540, São Mateus, ES, Brasil. edney.vitoria@ceunes.ufes.br. 2 Zootecnista, Doutorando Engenharia Agrícola/UFV, Viçosa, MG. Email: flavio.clongui@hotmail. 3 Engenheiro Agrícola, Professor Associado DS, DEA/UFV, Viçosa, MG. Email: haroldo@ufv.br. 4 Zootecnista, Professor adjunto DS, CCA/UFES, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES. Email: cesar.guimaraes@ufv.br. *Autor para correspondência.

Abstract: Soil is an important resource that must be preserved and should be used a correct preparation, because it improves their physical structure, porosity and surface roughness facilitating water infiltration into the soil and consequently, the loss of organic matter and other components their fertility. One of the variables directly related to the process of soil preparation is the speed of sowing. Given this context, this work aimed to evaluate the influence of soil tillage and sowing speed on some agronomic parameters of corn. The experiment was arranged in randomized blocks in factorial scheme (2x2) with four replications. The results showed that tillage did not suffer influence the speed of sowing. The type of tillage yielded differences in the percentage of coverage of the soil surface and the mass. O tillage did not influence the speed of sowing. The seeding rate did not cause significant interference in the studied parameters. The type of tillage yielded differences in the percentage of coverage of the soil surface and the mass of the spike. keyword: Soil, planting machines, machines for soil preparation. INTRODUÇÃO refletindo-se negativamente na resistência O solo é um importante recurso que dos agregados do solo. Este sistema de precisa ser preservado, utilizando correto preparo aumenta o volume de poros dentro preparo do solo. Quando esse preparo é da camada preparada, à permeabilidade e o bem conduzido, observa-se melhoria na armazenamento de ar e facilitam o sua estrutura física, porosidade e crescimento das raízes das plantas nessa rugosidade superficial estas características camada, em relação à semeadura direta e facilitam a penetração da água no solo ao campo nativo. reduzindo a possibilidade de ocorrer e, Os aspectos positivos do preparo conseqüentemente, a perda de matéria convencional são perdidos, quando o solo, orgânica e de outros componentes de sua descoberto pelo efeito do preparo, é fertilidade (SILVA et al. 2006). submetido às chuvas erosivas, as quais o Segundo Bertol et al. (2004) o desagregam na superfície pelo impacto das preparo convencional rompe os agregados gotas, diminuem a taxa de infiltração de na camada preparada e acelera a água de acordo com Bertol et al. (2004) e decomposição da matéria orgânica, aumentam o escoamento superficial e a 45

erosão hídrica, em relação aos outros sistemas de manejo do solo. O escarificador é um implemento agrícola que apresenta-se como uma opção dentro do manejo conservacionista trazendo vantagens, como o fato de que mobilizar o solo sem revolvê-lo, promovendo a incorporação de menos de 1/3 do material existente na superfície, danifica pouco a estrutura do solo, porque produz torrões grandes. Segundo Mello et al. (2007) uma das variáveis diretamente ligadas ao processo de preparo de solo é a velocidade da semeadura. Vários trabalhos citam que a velocidade contribui de maneira decisiva para a distribuição longitudinal das sementes no momento da semeadura, comprovados por Mantovani et al. (1992), Pacheco et al. (1996) e Justino et al. (1998). Consegue romper camadas compactadas do solo atingindo profundidades de trabalho maiores, quando comparado com outros implementos de preparo primário (BIANCHINI et al., 1999). No presente trabalho procurou-se avaliar a influencia do sistema de preparo do solo e velocidade de semeadura sobre alguns parâmetros agronômicos na cultura do milho MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido na fazenda Modelo do Centro Universitário Vila Velha, localizado no município de Cariacica, ES. A localização geográfica esta definida pelas coordenadas 20 o 16`58`` latitude sul e 40 o 25 34 longitude oeste sendo a altitude média de 32m, apresentando clima Aw Tropical, com inverno seco, de acordo com classificação de Köeppen. O solo da área experimental foi classificado como solo aluvial, A moderado, textura argilosa, relevo plano. Nessa área, a cultura anteriormente implantada foi brachiaria (brachiaria decumbes sp.) O referido experimento foi instalado num esquema fatorial 2X2 em blocos ao acaso, com quatro tratamentos e quatro repetições, totalizando 16 parcelas, cujas dimensões foram de 20 por 4 m (80m 2 ). Entre as parcelas deixou-se um espaço de 10 m de comprimento com objetivo de facilitar as manobras e estabilização dos conjuntos mecanizados. Os tratamentos foram: convencional (uma aração com arado de disco e duas gradagens); e reduzido (uma escarificação combinada com o rolo destorroador). Em todas as condições de preparo de solo foram utilizadas duas velocidades de deslocamento de semeadora 46

(3 e 5 km h -1 ). Foi utilizada a variedade de milho BR106 da EMBRAPA com espaçamento de 0,9m entre linhas. Os equipamentos utilizados foram: trator Massey Ferguson 275, arado reversível Tatu com 3 discos de 26 de diâmetro, grade niveladora de arrasto Piccin com 32 discos de 46 cm de diâmetro e escarificador Tatu com 7 hastes, conjugado com discos de cortes mais rolo destorroador e uma semeadora convencional JUMIL, modelo JM 2040, com três linhas de plantio. A profundidade de semeadura foi determinada da seguinte forma: dez plantas por parcela, sete dias após a emergência, medindo-se com uma régua graduada em milímetros a distância entre a semente e a superfície do solo. A porcentagem de emergência de plântulas foi obtida contando-se o número de plantas emergidas em dois metros, sendo realizadas em três leituras por parcela, obtendo-se o valor extrapolado em número de plantas emergidas por hectare. A porcentagem de cobertura vegetal foi determinada segundo metodologia descrita por Laflen et al. (1981). A massa vegetal na superfície do solo foi avaliado em 0,25 m 2, utilizando-se um quadrado de madeira, seguindo a mesma metodologia usada por Lopes et.al. (2001). O material foi seco em estufa por 48 horas 105 o C e posteriormente verificada a massa vegetal seca em kg ha -1. Para obter a porcentagem de grãos, palhas e sabugo das espigas, coletaram-se duas linhas úteis de cada parcela, totalizando 25m 2. Usou-se uma trilhadora estacionária para o processamento das espigas, sendo a massa de grãos verificada por meio de balança digital. RESULTADOS E DISCUSSÃO O teor médio de água do solo no dia dos preparos e semeadura foi de 10,9% na profundidade de 0 a 0,15 m e de 11,6% na profundidade de 0,15 a 0,30 m. Na Tabela 1 esta apresentado o resultado da análise de variância da cobertura vegetal incorporada (CVI), massa vegetal seca (MVS), emergência de plântulas (EP), profundidade de semeadura (PS), massa de espiga (ME), palha (P), sabugo (S) e grãos (G). Não houve diferença significativa em nenhum parâmetro estudado para o fator velocidade de semeadura, assim como para a interação do tipo de preparo de solo e velocidade de semeadura, sendo assim só realizou-se o teste Tukey para o fator tipo de preparo de solo. 47

Tabela 1 Quadro de análise de variância para a porcentagem de cobertura vegetal incorporada (%CVI), massa vegetal seca (MVS), emergência de plântulas (EP), profundidade de semeadura (PS), porcentagem de palha (%P), sabugo (%S) e grãos (%G). Fator Preparo do Solo (p) CVI (%) MVS (kg ha -1 ) EP (plant. ha -1 ) PS (cm) ME (kg ha -1) ) P (%) S (%) G (%) 198,50* 16,20* 1,40 ns 1,60 ns 12,5* 1,0 ns 1,40 ns 15,0 ns Vel. (V) 0,10 ns 0,60 ns 0,40 ns 0,01 ns 1,5 ns 0,9 ns 1,1 ns 1,0 ns Interação (P x V) 0,10 ns 2,00 ns 2,40 ns 0,09 ns 0,8 ns 0,5 ns 0,9 ns 1,0 ns C.V. 12,50 39,80 17,00 25,20 25,0 18,8 17,00 22,6 ns: não significativo (p>0,05) *: significativa (p<0,05) A porcentagem de cobertura vegetal antes do preparo do solo apresentou-se homogênea quantificando 100% para todos os tratamentos, devido ao manejo adotado na área. Na Tabela 2 está apresentado o resultado do teste Tukey da cobertura vegetal, a 5% de probabilidade para o tipo de preparo de solo. Tabela 2 - Valores médios de porcentagem de cobertura vegetal incorporada no solo. Cobertura vegetal incorporada (%) Preparo Reduzido 60,1 b Preparo Convencional 72,5 a Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Observa-se na Tabela 2 que a cobertura vegetal incorporada após as operações de preparo do solo e semeadura mostrou diferença estatística significativa para o fator preparo do solo. Os resultados encontrados equivalem aos encontrados por Lopes et.al. (2001). Na Tabela 1 observa-se que a variável plântula emergida por hectare não foi influenciada estatisticamente para os dois tipos de preparo do solo e velocidade de semeadura. Freitas et al. (2005) trabalhando com milho em plantio convencional encontrou valores semelhantes. 48

A massa vegetal seca também apresentou diferença significativa para os dois tipos de preparo do solo estudados, conforme visto na Tabela 1. Na Tabela 3 está apresentado o resultado do teste Tukey a 5% de probabilidade. Tabela 3 - Valores médios para a massa vegetal seca da cultura do milho. Fator Massa vegetal seca (kg ha -1 ) Preparo Reduzido 3.662 a Preparo Convencional 1.402 b Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Observando a Tabela 3, a massa vegetal seca do preparo reduzido foi 261% maior que no preparo convencional. Bayer et al. (1998) trabalhando com os mesmos preparo de solo em diferentes valores de adubação de nitrogênio encontrou valores maiores para a massa vegetal seca, para ambos tratamentos, porém com um aumento de mais de 200% na relação entre o preparo reduzido e o convencional. Este valor maior provavelmente se dá ao maior contato entre solo e semente e pela maior quantidade de matéria orgânica provocado pelo preparo reduzido, observação também feita por Amado et al.(2000). A Tabela 1 mostra que não houve diferença estatística significativa entre os fatores preparo do solo e velocidade da semeadura para a variável profundidade de semeadura. Lopes et al. (2001) trabalhando com semeadura direta observaram que a profundidade de semeadura foi menor do que as encontradas neste trabalho. Estudando a variável massa da espiga a estatística mostrou que houve influência significativa de acordo com dados apresentados na Tabela 1. Na tabela 4 está apresentado o resultado do teste de Tukey, a 5%. Tabela 4 - Valores médios para a massa de espiga da cultura do milho. Fator Massa de espiga (kg ha -1 ) Preparo Reduzido Preparo Convencional 4.128 a 5.212 b Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 49

A massa de espiga apresentou-se significativamente maior no preparo convencional. Carvalho et al. (2004) trabalhando em plantio convencional e reduzido utilizando diferentes doses de adubo verde encontrou valores um pouco menor, porém uma diferença ainda maior no preparo convencional. De acordo com a análise estatística dos resultados (Tabela 1), as distribuições percentuais de palha, sabugo e grãos na espiga apresentam resultados estatisticamente semelhantes para os fatores preparo de solo e velocidade de semeadura. Foram encontrados maiores valores para palha e sabugo no preparo convencional (10,8 e 14,5%) em relação ao preparo reduzido (10,2 e 13,8), em relação aos grãos o preparo convencional apresentou valores maiores, assim como para a velocidade de 5 km h -1, porém não significativos. Em relação ao fator velocidade de semeadura os valores foram bem parecidos. Carvalho et al. (2004) encontrou diferença significativa para o preparo convencional para os parâmetros sabugo e grãos, Bayer et al.(1998) encontrou valores similares a este trabalho. CONCLUSÕES A velocidade de semeadura não causou interferência significativa nos parâmetros estudados. O tipo de preparo do solo proporcionou diferenças na porcentagem de cobertura vegetal incorporada, na massa vegetal seca e na massa da espiga, porém não apresentou diferenças significativas na emergência de plântulas, profundidade de semeadura, na porcentagem de palha, de sabugo e de grãos. REFERÊNCIAS AMADA,T. J. C.; MIELNICZUK, J.; FERNANDES, S. B. V. Leguminosas e adubação mineral como fontes de nitrogênio para o milho em sistemas de preparo do solo. Revista Brasileira de Ciência do solo. v.24, n.1, p.179-189. 2000. BAYER, C.; MIELNICZUK, J.; PAVINATO, A. Sistemas de manejo do solo e seus efeitos sobre o rendimento do milho. Revista Ciência Rural. Santa Mária, v.28, n.1, p.23-28, 1998. BERTOL, I.; ALBUQUERQUE, J. A.; LEITE, D.; ALMARAL. A. J.; JUNIOR, W. A. Z. Propriedades físicas do solo sob preparo convencional e semeadura direta em rotação e sucesso de culturas, 50

comparadas às do campo nativo. Revista Brásileira de Ciencia do Solo. v. 28. n. 1, p. 15-29, 2004. BIANCHINI, A.; SABINO, M. H. C.; BORGES, P. H. M.; SGUAREZZI, J. J. Comportamento operacional de um escarificador de hastes parabólicas em solo de cerrado. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.3, n.3, p.395-401, 1999. BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 27. 1998. Poços de Caldas. Anais Poços de Caldas: Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola, 1998.p.286-294. LAFLEN, J.M; AMEMIYA, M.; HINTZ,E.A. Measuring crop residue cover. Journal of soil and water conservation, Ankeny, v.36, p.341-343, 1981. CARVALHO, M. A. C.; SORATTO, R. P.; ATHAYDE, M. L. F.; ARF, O.; SÁ, M. E. Produtividade do milho em sucessão e adubos verdes no sistema de plantio direto e convencional. Revista Pesquisa Brasileira, Brasília, v.39, n.1, p.47-53, 2004. LOPES, A.; FURLANI, C. E. A.; ABRAHÃO, F. Z.; LEITE, M. A. S; GROTTA, D. C. C. Efeito do preparo do solo e da velocidade de semeadura na cultura do milho ( Zea mays L.). Engenharia Agrícola. Jaboticabal: v.21, n.1, p. 68-73, 2001. FREITAS,F.C.L.; FERREIRA, F. A.; FERREIRA, L. R.; SANTOS, M. V.; AGNES, E. L. Cultivo consorciado de milho para silagem com Brachiaria Brizantha no sistema de plantio convencional. Revista Planta Daninha, Viçosa, v.23, n.4, p.625-644, 2005. JUSTINO, A.; WEIRICH NETO, P. H.; SANTOS, S. R. Análise da distribuição de sementes do conjunto de sete híbridos de milho (Zea mays L.) e sete discos horizontais perfurados. In: CONGRESSO MELLO, A. J. R; FURLANI, C. E. A; SILVA, R. P. LOPES, A.; BORSATTO, E. A. Produtividade de híbridos de milho em função da velocidade de semeadura. Engenharia Agrícola. Jaboticabal. v. 27 n.2.p. 75-87, 2007. MANTOVANI, E. C.; BERTAUX, S.; ROCHA, F. E. C. Avaliação da eficiência operacional de diferentes semeadorasadubadoras de milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.27,n.12,p.79-86,1992 51

PACHECO, E. P.; MANTOVANI, E. C.; MARTYN, P. J.; OLIVEIRA, A. C. Avaliação de uma semeadora-adubadora de precisão. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.31,n.3,p.09-14,1996. SILVA, J. G.; GUIMARÃES, C. M.; FONSECA, J. R., Preparo de solo e semeadura para cultivo de Arroz de terras altas no Estado de Minas Gerais. EMBRAPA Arroz e Feijão. 2006. 52