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1. NORMAS DE DESENHO TÉCNICO 1.1. IMPORTÂNCIA DO DESENHO O ensino de desenho nos Cursos de Aprendizagem, não visa formação de desenhistas, mas sim, de preparar e orientar o aprendiz por meio dele, dando condições de: Ler e interpretar com segurança, desenhos de peças ou conjuntos; Saber executar desenhos a mão livre e com instrumentos. Na Escola ou na Indústria, para a execução de uma peça, as informações poderiam ser apresentadas de diversas maneiras: A PALAVRA- dificilmente transmite a idéia da forma de uma peça. A PEÇA- nem sempre pode servir de modelo. 1

A FOTOGRAFIA- não esclarece os detalhes internos da peça O DESENHO- através dele, é que se pode transmitir todas as idéias de forma e dimensões de uma peça. Ele ainda nos fornece uma rede de informações, como: material de que é feita a peça; acabamento das superfícies; tolerâncias de suas medidas,etc. O desenho mecânico é a linguagem universal que fornece todas as informações necessárias, para formar uma imagem mental de como a peça é na realidade, ou como deverá ser produzida.

1.2. FORMATOS DE PAPEL Sempre que for gerar um desenho, deve ser escolhido um formato de papel de acordo com as normas adotadas pela empresa, a comum é a ABNT NBR-10068, a escolha também deve ser no menor formato possível, desde que não prejudique a sua clareza do documento. Tabela de formatos conforme ABNT NBR-10068: Comprimento x Altura Formato Serie A mm A0 1.189 x 841 A1 841 x 594 A2 594 x 420 A3 420 x 297 A4 210 x 297 O formato básico na norma ABNT NBR-10068, é um retângulo de área igual a 1 m², que é designado por A0 medindo 841 mm X 1189 mm, deste formato básico são extraídos os demais formatos: A1, A2, A3, A4 etc. Cada formato se obtém pela bipartição do formato anterior, segundo uma linha paralela ao menor lado do retângulo bipartido. Ex.: bipartindo o formato A0 no lado maior ao meio, terá dois formatos A1. Os formatos são geometricamente semelhantes entre si. 3

Os lados de um formato qualquer guardam entre si a mesma razão que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal.

1.2.1. MARGENS Nos desenhos, assim como nos documentos em geral, temos as margens, porem nos desenhos é representado através de um contorno duplo em toda a folha, um representa o quadro, onde se executa o desenho, e o outro o limite do papel. Tabela de margens e espessuras das linhas: Formato Margem Largura da linha do quadrado conforme NBR 8403 Esquerda Direita A0 25 10 1,4 A1 25 10 1,0 A2 25 7 0,7 A3 25 7 0,5 A4 25 7 0,5 Obs.: As margens superiores e inferiores são iguais da Direita. 1.2.2. FORMATO ESPECIAL Caso seja necessário o uso de formatos fora dos padrões estabelecidos pela norma, aconselha-se adaptar o formato de modo que a largura ou o comprimento corresponda ao múltiplo ou submúltiplo do formato padrão. Ex.: A3 A2 1.3. LEGENDA Todas as folhas de desenho técnico devem ter no canto inferior direito, um quadro reservado para legenda, para identificação do mesmo, com número de registro, titulo, revisão, data, responsável, etc. Para lista de peças, relação de materiais, relação das revisões do documento, notas, observações em geral, etc. Deve-se preferencialmente ser colocado acima da legenda. 5

1.4. DOBRAMENTO DA FOLHA Sendo necessário o dobramento de folhas, o formato final deve ser o A4 de modo a deixar visível o quadro destinado á legenda. O dobramento das formas pode ser efetuado da seguinte maneira: Efetua-se o dobramento a partir do lado direito da folha d em dobras verticais de 185 mm; a parte final a è dobrada ao meio Em seguida a folha será dobrada segundo a altura, em dobras horizontais de 297 mm. A fim de facilitar o dobramento, aconselha-se assinalar nas margens, as posições das dobras. O canto superior esquerdo pode ser dobrado conforme indicado na figura.

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1.5. TIPOS E ESPESSURAS DE LINHAS Cada tipo de linha representa um detalhe do desenho. Ex.: a linha continua, representa os contornos visíveis de uma peça, etc. As espessuras das linhas devem ser escolhidas, conforme o seu tipo, dimensão, escala e densidade no desenho, de acordo com os seguintes escalonamentos: 0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00mm. A B C D E F G Tabela com os tipos, espessuras e aplicação das linhas LINHA DENOMINAÇÃO Contínua Larga Contínua Estreita Contínua Estreita a mão livre (A) Contínua estreita em ziguezague (A) Tracejada larga Tracejada estreita Traço e ponto estreita APLICAÇÃO GERAL (Ver figuras abaixo) A1 contornos visíveis A2 arestas visíveis B1 linhas de interseção imaginárias B2 linhas de cotas B3 linhas auxiliares B4 linhas de chamadas B5 hachuras B6 contornos de seções rebatidas na própria vista B7 linhas de centros curtas C1 limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se o limite não coincidir com linhas traço e ponto D1 esta linha destina-se a desenhos confeccionados por máquinas E1 contornos não visíveis E2 arestas não visíveis F1 contornos não visíveis F2 arestas não visíveis G1 linhas de centro G2 linhas de simetrias G3 trajetórias H J K Traço e ponto estreita, larga nas extremidades e na mudança de direção. Traço e ponto largo Traço dois ponto estreita H1 planos de cortes J1 indicação das linhas ou superfícies com indicação especial K1 contorno de peças adjacentes

K2 posição limite de peças moveis K3 linhas de centro de gravidade K4 cantos antes da conformação K5 detalhes situados antes do plano de corte (A) Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção. 9

Quando necessário pode ser utilizado outros tipos de linhas Recorrer à representação de arestas e contornos invisíveis (tracejados) apenas nos casos de maior clareza do desenho. Nos cruzamentos de linhas devem ser observadas as seguintes indicações:

1.6. Escala No Desenho Técnico nem sempre conseguiremos executar com as dimensões reais da peça. Em peças grandes teremos que desenhar em tamanho menor, porém sem perder suas proporções, o que chamamos de Escala de Redução. Para peças pequenas teremos que desenhar em tamanho maior, porém sem perder suas proporções, o que chamamos de Escala de Ampliação. Escala Natural: É aquela em que o desenho foi executado com as medidas reais da peça. Ex.: para cada 1 cm no desenho é igual a 1 cm da peça (1:1). Escala de Redução: É aquela em que o desenho foi executado com as dimensões menores que a dimensão real da peça. Ex.: para cada 1 cm no desenho é igual a 10 cm da peça (1:10). Escala de Ampliação: É aquela em que o desenho foi executado com as dimensões maiores que a dimensão real da peça. Ex.: para cada 10 cm no desenho é igual a 1 cm da peça (10:1). A escala do desenho deve, obrigatoriamente, ser indicada na legenda ou em casos que contém na mesma folha desenhos em escalas diferentes, estas devem ser indicadas junto aos desenhos correspondentes, além da escala principal na legenda do desenho. As escalas recomendadas, são: Redução Natural Ampliação 1 : 2 1 : 1 2 : 1 1 : 5 5 : 1 1 : 10 10 : 1 1 : 20 20 : 1 1 : 50 50 : 1 1 : 100 100 : 1 1 : 200 200 : 1 1 : 500 500 : 1 1 : 1000 1000 : 1 1 : 2000 2000 : 1 Exercício Complete a tabela abaixo: DIMENSÃO DO DESENHO ESCALA DIMENSÃO DA PEÇA 25 1:2 16 2:1 1:1 25 5:1 10 10 100 60 12 1:20 5 Determine e coloque as cotas nos desenhos: Utilize a régua milimetrada. 11

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