Edição nº 127 11 de abril de 2011. ALERTA GERENCIAL ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO ESTADUAL 1) Procedimento Administrativo Tributário 1 Elevação de Multas 1 Instituição da Autoregularização: 2 Criação do Domicílio Tributário Eletrônico: 2 Criação do Devedor Contumaz: 2 2) Substituição Tributária - Restituição Reforma ou Modernização de Estádios 3 3) Crédito Presumido Carne Exportação 3 4) Redução da Base de Cálculo, Crédito Presumido e Diferimento Guindastes, Caminhões-Guindastes e suas matérias-primas, peças, partes e componentes 3 1) Procedimento Administrativo Tributário A Lei nº 13.711 de 2011, publicada em 07 de abril de 2011, altera disposições da Lei nº 6.537 de 1973, que trata sobre o procedimento tributário administrativo no Estado. As principais alterações são: Elevação de Multas: 1) Multas moratórias relativas às infrações tributárias materiais privilegiadas 1 de 30% para 40%. (art. 9º, inciso I, da Lei nº 6.537/73); 2) Multas moratórias no pagamento do tributo inscrito em dívida ativa, de 0,25%, do valor do tributo, por dia de atraso, até o limite de 15%, para 0,334% por dia de atraso, até o limite de 20%. (art. 9º, 2º, alínea b da Lei nº 6.537/73); 3) Multas moratórias no pagamento fora do prazo, de tributo não constante de Auto de Lançamento, de 0,25%, do valor do tributo, por dia de atraso, até o limite de 15%, para 0,334%, por dia de atraso, até o limite de 20%. (art. 71 da Lei nº 6.537/73);!"
4) Multas Moratórias em relação ao parcelamento do crédito tributário, enquanto estiver em vigor, aumento 15% para 20%, devendo observar-se o limite da multa diária quando o pagamento ocorrer até o sexagésimo (60.º) dia e multa de 20% quando o pagamento se der após o sexagésimo (60.º) dia; Conforme disposição da Lei em análise, os aumentos nas multas só terão efeitos a partir de 1º de janeiro de 2012. Instituição da Autoregularização: São acrescentados ao artigo 16, da Lei nº 6.537 de 1973, que trata do início do procedimento fiscal e do saneamento de irregularidades, os parágrafos 3º, 4º e 5º criando a autoregularização. A autorregularização consiste no saneamento, pelo contribuinte, das irregularidades decorrentes das divergências ou inconsistências identificadas pelo Fisco no exercício regular de sua atividade. O contribuinte deverá sanar as irregularidades nos termos e condições estabelecidas em Comunicação da Receita Estadual; Esta comunicação não será considerada como início do procedimento fiscal. Mas, acrescentamos que a exclusão do inicio do procedimento fiscal restringe-se as irregularidades descritas na comunicação. A questão será regulamentada por Instruções baixadas pela Receita Estadual. Criação do Domicílio Tributário Eletrônico: Acrescentado o art. 144-A à Lei nº 6.537 de 1973 fica instituído o Domicilio Tributário Eletrônico, com o objetivo de simplificar e automatizar o procedimento tributário administrativo. Será considerado Domicilio Tributário Eletrônico o local disponibilizado pela Secretaria da Fazenda por meio de portal de serviços e comunicações eletrônicas na Internet. Será posteriormente regulamentado por instruções baixadas pela Receita Estadual. Criação do Devedor Contumaz: A Lei nº 13.711/11 cria a figura do Devedor Contumaz. Será considerado como devedor contumaz, ficando submetido a Regime Especial de Fiscalização, o contribuinte quando qualquer de seus estabelecimentos situados no Estado, sistematicamente, deixar de recolher o ICMS devido (art. 2º da Lei nº 13.711/11). Enquadra-se como devedor contumaz o contribuinte que:
I - deixar de recolher o ICMS declarado em Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA -, sucessiva ou alternadamente, de débitos referentes a 8 (oito) meses de apuração do imposto, considerados os últimos 12 (doze) meses; ou II - tiver créditos tributários inscritos como Divida Ativa que ultrapassem limite de valor definido em instruções baixadas pela Receita Estadual. Os débitos cuja exigibilidade esteja suspensa, nos termos do Código Tributário Nacional, não serão computados para o enquadramento. E, não serão considerados devedores contumazes as pessoas físicas ou jurídicas, titulares originários de créditos oriundos de precatórios inadimplidos pelo Estado e suas autarquias, até o limite do respectivo debito tributário constante de Divida Ativa. O Regime Especial de fiscalização será regulamentado posteriormente. 2) Substituição Tributária - Restituição Reforma ou Modernização de Estádios O Decreto nº. 47.931 de 2011, incluiu entre as hipóteses de restituição do imposto retido por substituição tributária, mediante adjudicação do crédito, a saída de mercadoria destinada à construção, ampliação, reforma ou modernização, do Estádio Beira-Rio, do Sport Club International, e da Arena, do Gremio Foot-Ball Porto Alegrense, amparadas pela isenção do ICMS. No Livro III, o inciso V do art. 23 passa a vigorar com a seguinte redação: "V - saída de mercadorias beneficiada com a isenção de que trata o Livro I, art. 9º, CXX ou CLXIV." 3) Crédito Presumido Carne Exportação O Decreto nº. 47.920 de 2011, prorroga, de 01/04/11 a 30/06/11, o crédito fiscal presumido de ICMS de 3% sobre o valor da operação, concedido aos estabelecimentos abatedores nas saídas de carne desossada de gado bovino para o exterior. (Art. 32, XLV). 4) Redução da Base de Cálculo, Crédito Presumido e Diferimento Guindastes, Caminhões-Guindastes e suas matérias-primas, peças, partes e componentes O Decreto nº. 47.931 de 2011, com fundamento no art. 58 da Lei 8.820/79, que autoriza o Estado do Rio Grande do Sul a conceder benefício similar a outro Estado, mesmo que sem aval do Confaz, para proteger a nossa economia, acrescenta hipóteses de redução de base de cálculo e de crédito fiscal presumido.
Redução de Base de Cálculo, art. 23: LIV - valor que resulte em carga tributaria equivalente a 7% (sete por cento), nas saídas de máquinas e equipamentos classificados no código 8705.10.10 da NBM/SH- NCM, produzidos neste Estado por estabelecimento que tenha firmado Termo de Acordo com o Estado do Rio Grande do Sul; LV - valor que resulte em carga tributaria equivalente a 7% (sete por cento), nas saídas de maquinas e equipamentos classificados nos códigos 8426.41.10, 8426.49.10 e 8705.10.10 da NBM/SH-NCM, importados do exterior ao abrigo do diferimento do pagamento do imposto previsto no art. 53, II, e Apêndice XVII, item LII, por estabelecimento fabricante que tenha firmado Termo de Acordo com o Estado do Rio Grande do Sul." Crédito Fiscal Presumido, art. 32: Diferimento: CXXI - ao estabelecimento fabricante que tenha firmado Termo de Acordo com o Estado do Rio Grande do Sul, em montante igual ao que resultar da aplicação do percentual de 50% (cinquenta por cento) sobre o ICMS devido nas saídas de: NOTA - Este credito fiscal fica condicionado a celebração de Termo de Acordo com o Estado do Rio Grande do Sul, prevendo: a) a realização de investimentos, a geração ou manutenção de empregos e o aumento de faturamento, bem como outras condições definidas no referido instrumento; b) o prazo para a fruição do beneficio. a) máquinas e equipamentos classificados nos códigos 8426.20.00, 8426.41.90 e 8705.10.10 da NBM/SH-NCM, de produção própria; b) máquinas e equipamentos classificados nos códigos 8426.20.00, 8426.41.10, 8426.41.90, 8426.49.10 e 8705.10.10 da NBM/SH-NCM, importados do exterior ao abrigo do diferimento do pagamento do imposto previsto no art. 53, II, e Apêndice XVII, item LII." O Decreto nº. 47.931 de 2011, também, acrescenta hipóteses de diferimento na importação. No Apêndice XVII ficam acrescentados os itens LI e LII, com a seguinte redação: ITEM MERCADORIAS "LI Matérias-primas, peças, partes e componentes, importados por estabelecimento
fabricante que tenha firmado Termo de Acordo com o Estado do Rio Grande do Sul, desde que, cumulativamente: a) o desembaraço aduaneiro ocorra neste Estado; b) as mercadorias não possuam similar fabricado no Estado, o que será comprovado mediante atestado emitido pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento - SDPI, com base em informação fornecida por entidade representativa do setor ou órgão técnico; c) as mercadorias sejam empregadas pelo importador para a fabricação de máquinas e equipamentos classificados nos códigos 8426.20.00, 8426.41.90, 8426.91.00 e 8705.10.10 da NBM/SH-NCM. LII Máquinas e equipamentos classificados nos códigos 8426.20.00, 8426.41.10, 8426.41.90, 8426.49.10 e 8705.10.10 da NBM/SH-NCM, importados por estabelecimento industrial que tenha firmado Termo de Acordo com o Estado do Rio Grande do Sul, desde que, cumulativamente: a) o desembaraço aduaneiro ocorra neste Estado; b) as mercadorias não possuam similar fabricado no Estado, o que será comprovado mediante atestado emitido pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento - SDPI, com base em informação fornecida por entidade representativa do setor ou órgão técnico." Estamos à disposição para maiores esclarecimentos, através da Gerência Técnica e de Suporte aos Conselhos Temáticos GETEC/CONTEC. Fone: (51) 3347-8739 e-mail: contec@fiergs.org.br