ORDEM DE SERViÇO N 003, DE 24 DE FEVERERO DE 2016 REGULA O USO DOS BERÇOS DE ATRACAÇÃO DO PORTO NOVO DURANTE OBRA DE MODERNZAÇÃO DO CAS. o DRETOR SUPERNTENDENTE DA SUPERNTENDÊNCA DO PORTO DO RO GRANDE - SUPRG, no uso de suas atribuições legais, conferidas pelo Artigo 8, da Lei n010.722, de 18 de janeiro de 1996, alterada pela Lei n010.883,de 11 de novembro de 1996, bem como, o previsto no Artigo 17, 1, inciso V, da Lei Federal no12.815/2013, e CONSDERANDO: - a necessidade de normatizar os procedimentos, para dotar de agilidade as operações de carga e descarga de mercadorias no âmbito do Porto Novo; - a necessidade de dar eficiência às operações portuárias no Cais Comercial do Porto Novo; - o disposto no Artigo 39 do Regulamento de Exploração do Porto do Rio Grande; - a necessidade de adequar o múltiplo uso dos berços de atracação do Porto Novo, regulando a demanda de atracação no cais comercial; - que o navio ao solicitar a atracação no Setor de Fiscalização de Operações Portuárias, deverá estar com sua operação planejada, no que tange a mão de obra, equipamentos e logística (caminhões, barcaças, guindastes, maquinários, etc.); - a interdição operacional no Cais Comercial, entre os cabeços 44 e 47, a fim de que este trecho inicie o processo contínuo de modernização do cais, obra vital para o Porto de Rio Grande; - início da desmontagem e retirada dos quatro últimos antigos guindastes sobre. trilhos, com a também necessária interdição do trecho compreendido entre os cabeços 40 ao 44; Página 1 de 7
- a consequente diminuição do espaço operacional, limitando para três embarcações de grande porte e um trecho para operação de navegação interior; - que esta redução afeta o equilíbrio entre os berços operacionais; - que a especialização dos berços de atracação deverá traçar um equilíbrio de ocupação do cais comercial, conforme o segmento de mercadorias e tipos de operação e; - que se trata de uma situação transitória e temporária, enquanto se executam as obras de modernização do cais do Porto Novo; RESOLVE: 1. Estabelecer os seguintes Critérios para Programação em Berços Preferenciais; 1.1. CABEÇOS 08 ao 17 - Berço de Granéis Sólidos. 1.2. CABEÇOS 17 ao 27 - Berço de Uso Comum entre Granéis Sólidos, Carga Geral e Navios Ro-On-Ro-Off. 1.3. CABEÇOS 27 ao 36 - Berço de Carga Geral e Ro-On-Ro-Off. 1.4. CABEÇOS 36 ao 40 - Berço de Barcaças ou Embarcação de Tamanho Compatível com o Berço. 2. Regras para solicitação de programação 2.1. As prioridades de Atracação, deverão respeitar a cada programação, o novo arranjo do uso dos berços do Porto Novo definido no item 1. 2.2.As prioridades serão respeitadas conforme os critérios a seguir: 2.2.1. nformação: a chegada da embarcação deverá ser informada com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência na reunião de programação; 2.2.2. Programação: o operador portuário deverá solicitar a atracação do navio na reunião de programação nas 24 (vinte e quatro) horas subsequentes; Página 2 de 7
2.2.3. No momento da Programação (2.2.2.) da chegada da embarcação, o operador portuário deverá realizar o depósito antecipado; 2.2.4. Os Operadores Portuários serão responsáveis pela veracidade das informações prestadas na reunião de programação. 3. Regramento para programação: 3.1. Somente serão programadas as embarcações que foram informadas. 3.2. A programação será por berço e prioridade, conforme previsto nos Critérios para Programação em Berços Preferenciais do item 1 desta Ordem de Serviço - OS. 3.3. Depois de realizado o procedimento previsto no item 3.2, havendo disponibilidade de berço de atracação, poderá ser programada embarcação de segmento de mercadoria e tipo de operação diverso do previsto nos Critérios para Programação em Berços Preferenciais do item 1 desta OS, desde que sejam, cumulativamente, preenchidos os seguintes requisitos: 3.3.1. Deverá ser mantida a proporção de berços e mercadorias, de acordo com as prioridades previstas nos Critérios para Programação em Berços Preferenciais do item 1 desta OS; 3.3.2. Não tenham embarcações esperadas para as próximas 48 (quarenta e oito) horas; 3.3.3. A embarcação deverá obrigatoriamente cumprir a prancha de descarregamento e/ou carregamento definida para um berço em condições similares; 3.3.4. A ocupação do berço deverá respeitar a ordem de chegada das embarcações na BÓiA 01, com exceção das barcaças que serão programadas mediante informação prévia do ETA; 3.4. No caso de disputa de embarcação do mesmo segmento para o mesmo Berço de Atracação, a prioridade será da embarcação que chegou primeiro na BÓiA 01, com exceção das barcaças que serão programadas mediante a informação do horário de chegada ao Porto Organizado do Rio Grande. 3.5. O operador portuário que, eventualmente, venha a solicitar atracação para um berço que já tenha uma embarcação informada, confirmada ou Página 3 de 7
programada, ao ocupar o berço designado, assume todos os custos de desocupar o berço na chegada desta embarcação prevista. 3.6. Os acordos entre operadores portuários, concorrentes ou não, deverão ter consenso entre os demais, e, assim, serão soberanos ao regramento desde que devidamente formalizado e homologado pelo Setor de Programação e Fiscalização de Operação Portuária - FOP da SUPRG. 4. Operação Portuária 4.1. O Operador Portuário que programar um navio, e o mesmo não atracar nas 24 (vinte e quatro) horas subsequentes, a FOP ficará desobrigada de reprogramar o navio durante as próximas 24 (vinte e quatro) horas para qualquer área do Cais Público. 4.2. O Operador Portuário deverá requisitar mão de obra avulsa no OGMO-RG, a partir do turno subsequente à atracação da embarcação, de forma ininterrupta até o término da operação. No caso de atracação no turno "C", o período a ser requisitado será o turno "A" do dia seguinte. 4.3. No caso de descumprimento do item 3.2, será aplicada ao operador portuário uma penalidade pecuniária no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) por turno não requisitado, através da FOP/SUPRG. 4.4. Toda e qualquer embarcação deve iniciar sua operação de carga e/ou descarga no período subsequente a sua atracação, e de forma ininterrupta. 4.5. No caso de descumprimento do item 4.4, a SUPRG através da FOP, aplicará penalidade pecuniária no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) por turno não operado (sem produção). 4.6. Toda operação portuária de embarque e/ou desembarque de carga no Porto Novo deverá cumprir a prancha diária (considerando o dia como 23 horas, conforme os turnos definidos pelos Acordos de Caráter Normativo do Trabalho Avulso - A, S, C e D) estipulada no anexo 01. 4.7. No caso de não cumprimento dos itens 4.2, 4.4 ou 4.6 o Operador Portuário poderá apresentar suas justificativas até às 11 horas do dia seguinte (inclusive domingos e feriados), junto à Divisão de Operações e Fiscalização - DOF da SUPRG. Página 4 de 7 l 1
4.8. Não será aceito como justificativa, para não cumprimento da prancha diária, eventual alteração física das características das mercadorias importadas ou exportadas. 4.9. Nos casos em que a justificativa for aceita, será considerada como prancha, o contido no anexo 01, excluindo, proporcionalmente, a hora parada justificada e aceita. 4.10. Caso, o operador portuário não alcançar a prancha mínima estipulada, a DOF/SUPRG aplicará penalidade pecuniária de R$20.000,00 (vinte mil reais) por navio, em desfavor ao Operador Portuário responsável pela operação. 4.11. Caso haja reincidência no descumprimento dos requisitos contidos nos 4.2, 4.4 ou 4.6, a DOF/SUPRG deverá determinar a imediata desatracação da embarcação. 4.12. A embarcação que for determinada a desatracação, voltará para o fim da fila de atracação do berço correspondente. 4.13. Os casos excepcionais, deverão ser apresentados para a DOF/SUPRG, antes do turno em questão, para a devida análise e autorização, quando for o caso. 5. Aplicação das penalidades 5.1. As penalidades serão emitidas através de EDS específica pela FO/SUPRG, tendo como prazo de pagamento o primeiro dia útil subsequente a sua emissão. 5.2. Os operadores portuários deverão manter cadastro de e-mail atualizado junto ao Setor da Receita/SUPRG, para que as cobranças sejam enviadas eletronicamente. 5.3. O Operador Portuário que não pagar a(s) EDS(s) dentro do prazo estipulado receberá NOTFCAÇÃO DE NFRAÇÃO, com a seguinte graduação de penalidade, de acordo com a sua reincidência: 5.3.1. Advertência escrita; 5.3.2. Suspensão do direito de programação por 24 (vinte e quatro) horas; Página 5 de 7
5.3.3. Suspensão do direito de programação e operação portuária por 72 (setenta e duas horas); 5.3.4. Suspensão do direito de programação e operação por 10 (dez) dias; 5.3.5. Suspensão do direito de programação e operação por 30 (trinta) dias; 5.3.6. Cancelamento do Certificado de Operador Portuário. 5.4. A Autoridade Portuária, após a aplicação da penalidade contida nos itens 5.3.3 ao 5.3.6, informará ao agente da embarcação o ocorrido e solicitará a sua imediata desatracação até a nomeação de outro Operador Portuário. Observadas as demais disposições legais, esta Ordem de Serviço entra em vigor na data de sua assinatura, ficando revogada a Ordem de Serviço n 007, de 19 de agosto de 2013, a Ordem de Serviço no016 de 17 de Outubro de 2014 e outras disposições em contrário. ~ j J~\-o Ja \qbranco. Diretor Superi tendente d SUPRG Página 6 de 7
Prancha de Descarga no Porto Novo (anexo 1) Tipo de GRANEL SOLDO GRANEL SOLDO NAVEGAÇAO ROLL ON CARGA GRANEL SOLDO Operação QUMCO/MNERAL QUMCO/MNERAL CELULOSE NTEROR ROLL OFF GERAL/PROJETO AGRiCOLA Prancha Mínima 6.000 tons 6.000 tons 8.000 tons 2 turnos 4 turnos 4 turnos 3.000 tons Tipo de Operação CONTANER CARGA ROLL ON CARGA NAVEGAÇAO NAVEGAÇAO CELULOSE GERAL/PROJETO ROLL OFF GERAL/PROJETO NTEROR NTEROR Turnos de Trabalho 4 turnos 4 turnos 4 turnos 4 turnos 2 turnos 2 turnos 8.000 tons Tipo de Operação GRANEL SOLDO AGRiCOLA.- CARGA GERAL/PROJETO CONTANER CELULOSE GRANEL SOLDO AGRiCOLA GRANEL SOLDO QUMCO/MNERAL Prancha Mínima 3.000 tons 4 turnos 4 turnos 8.000 tons 3.000 tons 3.000 tons Página 7 de 7