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Transcrição:

TÉCNICO EM ESTÉTICA COLÉGIO TÉCNICO MÓDULO PROFISSIONAL ll ANO: 2012

Caro Aluno (a) O Colégio Técnico São Bento está no mercado de trabalho desde 1996, tendo como objetivo promover a formação integral do aluno. Parabéns pela decisão em continuar seus estudos procurando um curso Técnico Profissionalizante. Colocamos nossa equipe a inteira disposição para atendê-lo da melhor maneira possível. É importante o uso da apostila nas aulas, facilitando assim seu aprendizado, assim se sentirá preparado para executar a prática de laboratório e posteriormente o estágio supervisionado. Todos os direitos do conteúdo da apostila são reservados ao Colégio Técnico São Bento Ltda. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou forma, seja mecânica, eletrônica, fotocópia, gravação etc., nem apropriada em sistema de banco de dados sem expressa autorização. Mantenedores Suzi Rybachi Cabral Marcelo Teixeira Cabral Nome do aluno (a): Endereço: Cidade: Telefone: Residencial Celular: 2

Manhã: 08:00 às 12:00 Tarde:14:00 às 18:00 horário Noite: 19:00 às 22:00 horário Horário de atendimento ao público (Secretaria) - 08:00 às 21:00 hs. Os professores do Colégio Técnico São Bento são profissionais da mais alta competência nas suas respectivas especialidades. Você terá aulas teóricas e práticas (a mesma em laboratório específico do curso), onde disponibilizamos aos professores vídeos, DVDs, transparências, com o intuito de que o aprendizado seja completo, abrangendo a todos de forma nivelar. Disponibilizamos aos alunos do Colégio técnico São Bento sala de internet, de uso gratuito para pesquisa, o uso é liberado fora do horário de aula para a realização de trabalhos, pesquisas e currículos. Temos um acervo de livros para pesquisa, para utilizá-los basta solicitar na secretaria. Lembrete: Os boletos serão emitidos mensalmente e deverão ser retirados na secretaria antes do vencimento do mesmo. Caso não receba até 24hs antes do vencimento favor entrar em contato com a secretaria. CONTROLE DE ACOMPANHAMENTO DE NOTAS - MÓDULO PROFISSIONAL I Disciplinas Avaliação Escrita Trabalho Avaliação Escrita Avaliação Prática Avaliação Substitutiva Recuperação Média Final Faltas 1. Anatomia Corporal, / /, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / / / 2., / /, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / / / 3., / /, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / / / 4., / /, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / / / 5., / /, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / / / 6., / /, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / / / 7., / /, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / / / 3

ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA CORPORAL 4

Sumário Organização do corpo humano...01 Anatomia Muscular...11 Músculos do abdome...11 Músculos utilizados na respiração...12 Músculos do Dorso...13 Músculos do membro superior...19 Membro Inferior...24 Sistema Esquelético...29 Histologia...31 Divisões do sistema esquelético...32 Sistema Circulatório...47 Sistema Respiratório...54 Sistema Digestório...56 Sistema Urinário...57 Sistema Reprodutor...58 Referências Bibliográficas e Agradecimentos...60 5

Organização do corpo humano Para entender as funções e estruturas desta incomparável e complexa máquina que é o corpo humano há de se entender e estudar sua anatomia e fisiologia. Aprendendo então que a função (fisiologia) nunca poderá ser completamente separada da estrutura (anatomia). Níveis de organizações Nível químico: Inclui todas as substâncias químicas necessárias para a manutenção da vida, essas substâncias são constituídas de átomos, os essenciais para a manutenção de nosso corpo são sódio (Na), potássio (K), cálcio (Ca), nitrogênio (N), oxigênio (O), hidrogênio (H), carbono (C). A combinação de átomos forma as moléculas, como por exemplo, as proteínas. Nível celular: Combinação de moléculas forma as células, que são unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo, como por exemplo, as células nervosas, musculares e sanguíneas. Cada célula com estrutura diferente desenvolverá uma função diferente. Nível tecidual: É um grupo de células semelhantes que, juntas realizam uma determinada função, como os tecidos epiteliais, tecidos conjuntivo, muscular e nervoso. Nível orgânico: É a união de diferentes tipos de tecidos, os órgãos possuem dois ou mais tipos de tecidos como, por exemplo, o coração. Nível sistêmico: Consiste em órgãos relacionados que desempenham uma função comum. 6

Nível de organismo: O mais alto nível de organização são todos os sistemas do corpo funcionando, um ser humano. Posição Anatômica 7

Para podermos descrever universalmente a posição em que um dado segmento corporal se encontra, necessitamos de parâmetros que são possíveis através de uma posição anatômica, nesta posição o indivíduo analisado sempre estará de pé, ereto, com os membros superiores posicionados lateralmente e as palmas das mãos voltadas para frente. Há também os termos de direção, para a localização das estruturas corporais, como: Superior: Em direção a cabeça, ou a parte superior de uma estrutura; Inferior: Em direção oposta à cabeça, ou a parte inferior de uma estrutura; Anterior (ventral ou frontal): Frente do corpo, ou próximo a ela; 8

Posterior (dorsal): Atrás do corpo, ou próximo e ele; Medial: Próxima a linha medial do corpo (linha imaginária feita verticalmente dividindo o corpo em direita e esquerda simetricamente); Lateral: Distante da linha medial; Intermédio: Entre a porção medial e lateral, ou entre a porção proximal e distal; Proximal: Mais próximo ao tronco; Distal: Mais distante ao tronco; Superficial: Em direção a superfície do corpo; Profundo: Distante de superfície do corpo. Há também a descrição segundo os planos, que são linhas imaginárias que atravessam o copo. Plano sagital: Divide o corpo anteriormente e verticalmente em duas porções, direito e esquerdo, podendo ser simétrico (plano sagital mediano), ou assimétrico (plano parassagital) Plano frontal: Divide o corpo em porções anteriores e posteriores (verticalmente); Plano transversal: Divide o corpo horizontalmente em porção superior e inferior; Plano oblíquo: Divide o corpo em um ângulo entre o plano transversal e os demais planos. 9

Articulações A articulação é um ponto de contato entre ossos, entre a cartilagem e os ossos, ou entre os ossos e dentes. A estrutura da articulação determina como ela funciona, pois há articulações que permitem movimentos, já outras são imóveis. Em geral quando mais rígida a articulação menos movimento ela produz, assim como quanto mais frouxas, mais livremente elas se movimentam, mas esse movimento também é determinado por outros fatores como forma dos ossos que se articulam, posição dos ligamentos, dos tendões e dos músculos associados. Classificação estrutural Fibrosa: Os ossos são mantidos juntos por tecidos conjuntivos fibrosos; Cartilagínea: Quando os ossos estão ligados por fibrocartilagem ou cartilagem hialina; Sinovial: Quando os ossos são mantidos por uma cápsula articular (apenas esse tipo de articulação possui cavidade articular). Classificação funcional 10

Sinartrose: Imóvel (do tipo fibrosa), podendo ser subdividida em: Sutura: É uma articulação encontrada entre os ossos do crânio, unidos por tecido conjuntivo denso; Gonfose: É ossos de encaixe unidos por material fibroso como os dentes nos alvéolos; Sincondrose: É uma articulação cartilaginosa em que o material de juntura é a cartilagem hialina, que será substituída por osso. Anfiartrose: Levemente móvel (do tipo cartilagínea), divididas em dois tipos: Sindesmose: Existe mais tecido conjuntivo denso que na sutura, mas os ossos se encontram mais frouxos, permitindo algum movimento; Sínfise: É uma articulação cartilaginosa, em que a articulação é um disco largo e plano de fibrocartilagem. Diartrose: Livremente móvel (do tipo sinovial), subdivididas em seis grupos, são eles: Plana: Movimento de deslizamento, sem qualquer movimento angular ou rotatório; Gínglimo: A superfície convexa de um osso se acopla a superfície côncava de outro osso, realiza o movimento de flexo-extensão; Trocóide: A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel, realizando o movimento de rotação; Condilar: A superfície oval de um osso se ajusta em uma depressão de outro osso, realizando os movimentos de flexo-extensão, abdução e adução e circundução; Sela: A superfície articular de um osso possui a forma de sela e a superfície do outro osso apresenta a forma de membros inferiores de um cavaleiro, realiza a mesma movimentação que a articulação condilar; Esferóide: A superfície articular de um osso é semelhante a uma bola, e a superfície do outro osso como um copo, realiza o movimento de rotação, flexoextensão e abdução- adução. 11

Cápsula Articular É uma membrana conjuntiva que envolve a articulação sinovial como um manguito constituído de duas camadas: a membrana fibrosa que é externa e resistente pode estar reforçada, em alguns pontos por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares e a membrana sinovial (interna). Em muitas articulações sinoviais, existem ligamentos independentes da cápsula articular denominados extra-capsulares e em algumas, como na do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares. Os ligamentos e cápsula articular tem por finalidade manter a união entre os ossos e impedir movimentos em planos indesejáveis e limitar a amplitude dos movimentos considerados normais. A membrana 12

sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e é abundantemente vascularizada e inervada sendo encarregada da produção da sinóvia. Discos e Meniscos Em várias articulações são encontradas formações fibrocartilagíneas, chamadas de discos e meniscos, que proporcionam melhor adaptação das superfícies que se articulam, e amortecem pressões. 13

Sistema muscular O movimento de um segmento é resultado da contração e relaxamento de um músculo. O tecido muscular constitui cerca de 50% do peso corporal total e é composto de células altamente especializado. Existem três tipos de tecido muscular. Tecido muscular esquelético: É um tecido muscular estriado, de contração voluntária; Tecido muscular cardíaco: É um tecido muscular estriado, porém de contração involuntária (forma a maior parte da parede do coração); Tecido muscular liso: É um tecido que não apresenta estrias, de contração involuntária, e está localizado em estruturas internas ocas. Funções do tecido muscular Produção de calor: Quando há contração muscular, seu subproduto é a produção de calor, que é utilizado para a manutenção da temperatura corporal (até 85%); Estabilização corporal e regulação dos volumes dos órgãos: As contrações musculares mantêm o corpo em posições estáveis, esses músculos posturais apresentam uma 14

contração sustentada, da mesma forma que a musculatura lisa se mantém em uma determinada contração para impedir o refluxo do conteúdo de um órgão oco; Movimentação de substâncias intracorpóreas: O músculo cardíaco se contrai movendo o sangue, que passa do coração para vasos sanguíneos, o músculo liso movimenta o alimento através do trato gastrointestinal, etc; Movimento do corpo: Normalmente realizado por um sistema da alavancas movimentadas pela contração e relaxamento da musculatura, produzindo o movimento de um dado segmento. O tecido muscular possui quatro características principais, sendo elas: Excitabilidade que é a capacidade do tecido muscular receber e responder a um estímulo; Contratilidade que é a capacidade de contrair-se (encurtar e espessar); Extensibilidade que é a capacidade do tecido se distender (alongar); Elasticidade que é a capacidade do músculo voltar ao seu estado normal de relaxamento após uma contração ou a um alongamento. O tecido muscular esquelético possui um suprimento nervoso e sanguíneo, e é revestido por um tecido conjuntivo. Este tecido conjuntivo é composto de uma fáscia que se apresenta na forma de lâmina de tecido conjuntivo sob a pele ou em torno dos músculos, existindo dois tipos de fáscia: Fáscia superficial: Composta de tecido conjuntivo areolar possui tecido adiposo junta a ela e se encontra imediatamente abaixo da pele; Fáscia muscular profunda: Composta de tecido conjuntivo denso e irregular que mantém os músculos unidos e separando-os em grupos funcionais. 15

A partir da extensão da fáscia muscular profunda, podemos observar o epimísio que envolve o músculo por inteiro, o perimísio que recobre os fascículos e o endomísio que recobre cada fibra muscular individual. A extensão do epimísio, perimísio e do endomísio vai além do músculo, dando origem ao tendão que nada mais é que um cordão de tecido conjuntivo, seu papel é fixar um músculo a um osso. Os músculos esqueléticos necessitam de uma boa nutrição sanguínea, normalmente uma artéria e uma veia acompanham cada nervo que penetra em um músculo esquelético. Cada fibra muscular esquelética está em contato com um ou mais capilares, e faz contato com uma porção de um neurônio motor, denominado bulbo sináptico terminal. Para uma fibra muscular esquelética se contrair, ela deverá ser estimulada por um neurônio, denominado neurônio motor. Uma unidade motora é composta de um neurônio motor e todas as fibras musculares que ele estimula, realizando uma contração simultânea de todas essas fibras quando estimulado. Para um músculo se contrair, é necessário íons de cálcio, e energia, na forma de ATP. 16

Anatomia Muscular Na anatomia muscular, os músculos serão divididos em grupos de acordo com a parte do corpo em que eles atuam, sendo evidenciados os principais grupos musculares. Músculos do abdome Músculo Origem (ponto fixo) Inserção (ponto móvel) Ação Reto do abdome Púbis e sínfise púbica Cartilagem da 5ª à 7ª costela e processo xifóide Flexão de tronco auxilia na expiração forçada, micção, evacuação e estabilização do 17

tronco Oblíquo externo do abdome Oito costelas inferiores Ílio e linha branca Rotação do tronco para o lado oposto, e quando contraído bilateralmente flexiona o tronco Oblíquo interno do abdome Ílio, ligamento inguinal e fáscia toracolombar Cartilagem as três últimas costelas Rotação do tronco para o mesmo lado e quando contraído bilateralmente flexiona o tronco Ílio, ligamento inguinal, fáscia Transverso do abdome lombar cartilagens e das Esterno, linha branca e púbis Comprime o abdome e auxilia na estabilização de tronco seis últimas costelas Piramidal Púbis Linha Alba Tenciona a linha Alba Processo transverso das vértebras lombares, corpos Psoas Maior e discos intervertebrais das últimas Trocânter maior do fêmur Flexão da coxa, flexão da coluna lombar (30-90 ) torácicas e todas lombares 18

Psoas Menor Corpo vertebral de T12 e L1 Eminência iliopectínea Flexão de quadril, anteroversão da pelve 2/3 superiores da Ilíaco fossa ilíaca, crista ilíaca e asa do Trocânter menor Flexão de quadril, anteroversão da pelve sacro Quadrado Lombar Crista ilíaca e ligamento ílio lombar 12ª costela e processo transverso da vértebra lombar Flexão lateral do tronco Músculos utilizados na respiração Músculo Origem fixo) (ponto Inserção (ponto móvel) Ação Esterno, cartilagens costais Forma um assoalho para a Diafragma das seis últimas costelas e Centro tendíneo cavidade torácica e traciona o centro tendíneo para baixo na vértebras inspiração lombares Intercostais externos Margem inferior da costela Margem superior da costela Elevação das costelas na inspiração Intercostais internos Margem superior da costela Margem inferior da costela Aproximação das costelas na expiração Músculos do Dorso 19

Músculo Origem fixo) (ponto Inserção (ponto móvel) Ação Osso occipital e Trapézio processos espinhosos da 7ª vértebra cervical Clavícula escápula e Eleva a clavícula, aduz e roda superiormente a escápula, extensão cervical e todas torácicas Processos espinhosos da 6ª últimas vértebras Latíssimo do Dorso T e todas L, crista do sacro, 1/3 posterior da crista Sulco intertubercular Adução, extensão e rotação medial do braço ilíaca e face externa da 4 últimas costelas Processos Rombóide espinhosos da 2ª à 5ª vértebra Escápula Aduz a escápula torácica Quatro vértebras Levantador da escápula cervicais Escápula Eleva a escápula superiores Serrátil Superior Póstero Processos espinhosos da C7 à T3 Borda superior e face externa da 2ª a 5ª costelas Elevação das primeiras costelas 20

Serrátil Póstero Inferior Processos espinhosos T11 à L3 da Borda inferior e face externa das 4 últimas costelas Depressão das últimas costelas Rotadores Estende-se do sacro até a C2. Ligando o processo transverso de uma vértebra ao processo espinhoso da vértebra suprajacente Dorso do sacro, Extensão e rotação lateral da C.V. EIPS, processos mamilares das Multifidos lombares, processo transverso torácicas das e Processo espinhoso de 3 a 5 vértebras acima Estabilização da C.V. processos articulares da C4 à C7 Processo Processo Intertransversais transverso da transverso da Inclinação da C.V. vértebra superior vértebra inferior Processo Processo Interespinhais espinhoso da espinhoso da Extensão da C.V. vértebra superior vértebra inferior 21

1/3 lateral da Esplênio da cabeça linha nucal superior e processo mastóide do osso Processos espinhosos da C7 à T4 Extensão, inclinação e rotação homolateral da cabeça temporal Processo Esplênio do pescoço transverso das 3 primeiras vértebras Processo espinhoso da T3 à T6 Extensão, inclinação e rotação homolateral da cabeça cervicais Processo Semi espinhal da cabeça Entre a linha nucal superior e inferior transverso da T1 à T7 e processos articulares da C5 Extensão da cabeça e inclinação homolateral da cabeça a C7 Semi espinhal do pescoço Processo espinhoso da C1 à C7 Processos transversos T1 à T6 das Extensão e rotação contralateral do pescoço Semi espinhal do tórax Processo espinhoso C6 a T4 Processos transversos T6 à T10 das Extensão e rotação contralateral do pescoço Eretores da espinha Esta é a maior massa muscular do dorso e consiste em três partes: Iliocostal (mais lateralmente)l, dorsal longo (intermédio) e espinhal (medial). Consistem de uma série de músculos sobrepostos. 22

Ângulo da 6 Iliocostal (cervical) Processos transversos de C4 a C6 primeiras costelas processo e Extensão e inclinação homolateral da C.V. transverso de C7 Iliocostal (torácica) Ângulo da 3ª à 6ª costelas Ângulo das 6 últimas costelas Extensão e inclinação homolateral da C.V. Iliocostal (lombar) Ângulo das 6 últimas costelas Face dorsal do sacro Extensão e inclinação homolateral da C.V. Processos Dorsal Longo (cabeça) Processo mastóide articulares de C4 a C7 e transversos de T1 Extensão e inclinação homolateral da C.V. a T4 Dorsal Longo (pescoço) Processos transversos de C2 a C6 Processos transversos de T1 a T4 Extensão e inclinação homolateral da C.V. Processos Processos transversos das Dorsal Longo (tórax) transversos vértebras das vértebras lombares e Extensão e inclinação homolateral da C.V. torácicas e das 10 aponeurose últimas costelas lombocostal Espinhal (cabeça) Ligado ao semi-espinhal da cabeça Ligamento nuca e Processos Espinhal (pescoço) processos espinhosos C2 a Extensão espinhosos de C7 C4 23

a T2 Processos Espinhal (tórax) Processos espinhosos T11 a espinhosos torácicas das Extensão L2 superiores 24

25

Músculos do membro superior Músculo Origem fixo) (ponto Inserção (ponto móvel) Ação Subclávio Primeira costela Clavícula Depressão da clavícula Peitoral menor Da 3ª a 5ª costela Escápula Clavícula, Peitoral maior esterno, cartilagens da 2ª a Úmero Flexão e adução horizontal 6ª costela Deltóide Clavícula escápula e Úmero Abdução, flexão e rotações 26

Subescapular Escápula Tubérculo menor do úmero Rotação medial Supra espinal Escápula Úmero Auxilia na abdução Fossa infra- Faceta média do Infra espinal espinhal da tubérculo maior Rotação lateral do braço escápula do úmero 2/3 superior da Faceta inferior Redondo menor borda lateral da do tubérculo Rotação lateral e adução do braço escápula maior do úmero 1/3 inferior da Redondo Maior borda lateral da escápula e ângulo inferior da Crista do tubérculo menor do úmero Rotação medial, adução e extensão da articulação do ombro escápula Braço Porção longa: Tubérculo supra- Bíceps Braquial glenoidal Porção Curta: Tuberosidade radial Flexão do cotovelo, ombro e supinação do antebraço Processo coracóide Braquial Anterior Face anterior da metade distal do úmero Processo coronóide tuberosidade ulna e da Flexão de cotovelo 27

Processo 1/3 médio da Coraco braquial coracóide - face medial do Flexão e adução do braço escápula corpo do úmero Porção longa: Tubérculo infraglenoidal Porção Medial: ½ distal da face Tríceps Braquial posterior do Olecrano Extensão do cotovelo úmero Porção Lateral: ½ proximal da face posterior do úmero (acima do sulco radial Antebraço (Anterior) Pronador Redondo Epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna Face lateral do 1/3 médio da diáfise do rádio Pronação e auxilia na flexão Flexor Radial do Carpo Epicôndilo medial Face anterior do 2º metacarpal Flexão do punho e desvio radial Aponeurose Palmar longo Epicôndilo medial palmar retináculo e dos Flexão do punho flexores 28

Flexor Ulnar do Carpo Epicôndilo medial e olécrano Osso pisiforme, hamato e 5º metacarpal Flexão de punho e desvio ulnar Face anterior da Flexor superficial dos Epicôndilo falange Flexão de punho, flexão, abdução dedos medial intermédia do 2º e adução dos dedos ao 5º dedos Flexor profundo dos dedos Face anterior dos ¾ proximais da ulna e do rádio Face anterior da falange distal do 2º ao 5º dedos Flexão palmar e flexão dos dedos Flexor longo do polegar Face anterior do rádio e epicôndilo medial Falange distal do polegar Flexão palmar, flexão, adução e oposição do polegar Pronador Quadrado ¼ da face anterior da ulna ¼ da face anterior do rádio Pronação Antebraço (Posterior) Extensor dos Dedos Epicôndilo lateral do úmero Falanges média e distal do 2º ao 5º dedos Extensão dos dedos Extensor do Dedo Mínimo Epicôndilo lateral do úmero Tendão do extensor comum para o 5º dedo Extensão do 5º dedo Extensor Ulnar Epicôndilo lateral do úmero Base do 5º metacarpal Extensão do punho e desvio ulnar 29

Olécrano da ulna Ancôneo Epicôndilo lateral do úmero e ¼ proximal da face posterior da Extensão do cotovelo diáfise da ulna Face posterior do Abdutor Longo do Polegar rádio e da ulna e membrana interóssea 1ª metacarpal Abdução da mão e do polegar Extensor Curto do Polegar Face posterior do rádio e membrana interóssea Face dorsal da falange proximal do polegar Extensão do polegar Face posterior do Extensor Longo do Polegar 1/3 médio da ulna e membrana Falange distal do polegar Extensão do polegar interóssea Extensor do Segundo Dedo Face posterior da diáfise da ulna e membrana interóssea Tendão do extensor comum do 2º dedo Extensão do 2º dedo Antebraço (lateral) Braquirradial 2/3 proximais da crista supracondiliana lateral do úmero Processo estilóide do rádio Flexão do cotovelo, pronação de antebraço e supinação até o ponto neutro Extensor Radial Longo do Carpo Face lateral do 1/3 distal da crista supracondiliana Face posterior do 2º metacarpal Extensão do punho e desvio radial 30

do úmero Extensor Radial Curto do Carpo Epicôndilo lateral do úmero Face posterior do 3º metacarpal Extensão do punho Supinador Epicôndilo lateral do úmero e ligamento colateral radial Face lateral e 1/3 proximal da diáfise do rádio Supinação do antebraço Músculos da mão Região Hipotenar (Palmar Curto, Abdutor do Dedo Mínimo, Flexor Curto do Dedo Mínimo e Oponente do Dedo Mínimo); Região Tenar (Abdutor Curto do Polegar, Flexor Curto do Polegar, Oponente do Polegar e Adutor do Polegar); Região Mediana (Lumbricais, Interósseos Palmares e Interósseos Dorsais). 31

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Membro Inferior Músculo Origem fixo) (ponto Inserção (ponto móvel) Ação Glúteo Máximo Linha glútea posterior do íleo, sacro, cóccix e ligamento sacrotuberoso Trato íleotibial da fáscia lata e tuberosidade glútea do fêmur Extensão e rotação lateral do quadril Glúteo Médio Face externa do íleo Trocânter maior Abdução e rotação medial da coxa Glúteo Mínimo Asa ilíaca Trocânter maior Abdução e rotação medial da coxa 33

Superfície pélvica do sacro e Piriforme margem da Trocânter maior Abdução e rotação lateral da coxa incisura isquiática maior Gêmeo Superior Espinha isquiática Trocânter maior Trocânter maior Face interna da Trocânter maior Obturatório Interno membrana obturatória e e fossa trocantérica do Rotação lateral da coxa ísquio fêmur Gêmeo Inferior Tuberosidade isquiática Trocânter maior Rotação lateral da coxa Ramos do púbis e ísquio e face Fossa Obturatório Externo externa da trocantérica do Rotação lateral da coxa membrana fêmur obturatória Quadrado Femoral Tuberosidade isquiática Crista intertrocantérica Rotação lateral e adução da coxa Coxa (Ântero-Lateral) Crista ilíaca e Flexão, abdução e rotação medial Tensor da Fáscia Lata Espinha Ilíaca Trato íleo-tibial do quadril e rotação lateral do Ântero Superior joelho Sartório Espinha ilíaca ântero-superior Superfície medial da tuberosidade da tíbia Flexão, abdução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação medial do joelho Quadríceps 34

Reto Anterior Espinha ântero-inferior ilíaca Trocânter maior, linha áspera, linha Vasto Lateral intertrocantérica e tuberosidade Patela e, através Extensão do joelho e o reto glútea do ligamento femoral realiza flexão do quadril. Linha áspera e patelar, na O vasto medial realiza rotação Vasto Medial linha tuberosidade medial e o vasto lateral, rotação intertrocantérica anterior da tíbia lateral 2/3 proximais da face anterior e Vasto Intermédio lateral do fêmur e ½ distal da linha áspera Coxa (Posterior) Semitendinoso Tuberosidade isquiática Superfície medial da tuberosidade da tíbia Extensão do quadril, flexão e rotação medial do joelho Semimembranoso Tuberosidade isquiática Côndilo da tíbia medial Extensão do quadril, flexão e rotação medial do joelho Coxa (Póstero - Medial) Grácil Sínfise púbica e ramo inferior do púbis Superfície medial da tuberosidade da tíbia Adução da coxa, flexão e rotação medial do joelho 35

Eminência ílo- Pectíneo pectínea, tubérculo púbico e ramo superior Linha pectínea do fêmur Flexão do quadril e adução da coxa do púbis Superfície Adutor Longo anterior do púbis Linha áspera Adução da coxa e sínfise púbica Adutor Curto Ramo inferior do púbis Linha áspera Adução da coxa Adutor Magno Tuberosidade isquiática, ramo do púbis e do ísquio Linha áspera e tubérculo adutório Adução da coxa Perna (Anterior) Côndilo lateral da tíbia e ½ proximal Cuneiforme Tibial Anterior da face lateral da medial e base do Flexão dorsal e inversão do pé tíbia e membrana 1º metatarso interóssea Côndilo lateral da Extensor Longo dos Dedos tíbia, ¾ proximais da fíbula e membrana Falange média e distal do 2º ao 5º dedos Extensão da MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos interóssea 36

2/4 intermediários Extensor Longo do da fíbula e Falange distal do Extensão do hálux, flexão dorsal Hálux membrana hálux e inversão do pé interóssea Fibular Terceiro 1/3 distal da face anterior da fíbula Base do 5º metatarsal Eversão do pé Perna (Lateral) Cabeça, 2/3 Fibular Longo proximais da superfície lateral da fíbula e côndilo lateral da 1º metatarsal e cuneiforme medial Flexão plantar e eversão do pé tíbia Fibular Curto 2/3 distais da face lateral da fíbula Base do 5º metatarsal Flexão plantar e eversão do pé Perna (Posterior) Gastrocnêmio Medial Côndilo do fêmur medial Calcâneo Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo Gastrocnêmio Lateral Côndilo lateral do fêmur Calcâneo Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo 1/3 intermédio da Sóleo face medial da tíbia e cabeça da Calcâneo Flexão plantar do tornozelo fíbula Poplíteo Côndilo lateral do fêmur Linha solear da face posterior da tíbia Flexão e rotação medial do joelho 37

Flexor Longo dos Dedos Face posterior da tíbia Falanges distais do 2º ao 5º dedo Flexão plantar e inversão do tornozelo, flexão da MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos 2/3 distais da face Flexor Longo do Hálux posterior da fíbula e membrana Falange distal do hálux Flexão do hálux, flexão plantar e inversão do tornozelo interóssea Face posterior da 3 cuneiformes tíbia e 2/3 (medial, médio e Tibial Posterior proximais fíbula da e lateral), cubóide, navicular e base Flexão plantar e inversão do pé membrana do 2º ao 4º interóssea metatarsais Músculos do Pé Região Plantar Medial (Abdutor do Hálux, Flexor Curto do Hálux, Adutor do Hálux); Região Plantar Lateral (Abdutor do Mínimo, Flexor Curto do Mínimo, Oponente do Mínimo); Região Plantar Média (Flexor Curto dos Dedos, Quadrado Plantar, Lumbricais, Interósseos Plantares, Interósseos Dorsais); Região Dorsal (Extensor Curto dos Dedos, Extensor Curto do Hálux). 38

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Sistema Esquelético O sistema esquelético compreende os ossos e as cartilagens, e tem como funções: Proteção aos órgãos internos, como por exemplo, o coração é protegido pela caixa torácica, medula pelas vértebras; Sustentação aos tecidos moles e fixação para os músculos esqueléticos, fornecendo uma moldura para o corpo; Movimento, pois os músculos são fixados nos ossos e quando se contraem; tracionam os ossos; Armazenamento de minerais, especialmente cálcio e fósforo; Produção de células do sangue em determinados ossos, num processo de hematopoiese (medula óssea vermelha); 40

Armazenamento de energia (lipídios) nas denominadas medula óssea amarela. Classificação dos ossos Os ossos são classificados em quatro principais formas, sendo elas: Longos com seu comprimento maior que sua largura possui principalmente osso compacto, e em menor quantidade ossos esponjoso (fêmur); Curtos com comprimento e largura semelhantes são esponjosos e em sua superfície possui uma fina camada de osso compacto (ossos do carpo); Planos geralmente finos e compostos de duas lâminas paralelas de osso compacto revestido por osso esponjoso (ossos do crânio); Irregulares possuem formas complexas e não se encaixam nas classificações acima (vértebras). Estruturas dos ossos longos Diáfise a parte longa, a haste do osso a parte principal; Epífise é a extremidade do osso; Metáfise junção no osso maduro da diáfise com a epífise. No osso em crescimento essa região contém uma cartilagem hialina denominada epífise de crescimento que é por onde ocorre o crescimento longitudinal de um osso; Cartilagem articular é uma fina camada de cartilagem hialina que reveste a epífise, onde é formada uma articulação com outro osso, reduzindo o atrito entre esses ossos; Periósteo é uma resistente membrana que reveste todo o osso que não se encontra protegido pela cartilagem, necessário para a proteção, nutrição, crescimento em diâmetro de um osso e local de fixação de tendões e ligamentos; Endósteo reveste a cavidade medular são células osteoclastos e osteoprogenitoras; Cavidade medular é o espaço dentro da diáfise que contém medula óssea amarela em adultos. 41

Histologia Esse sistema consiste de quatro tipos de tecido conjuntivos sendo eles: cartilagem, osso, medula óssea e periósteo. Tecido ósseo contém uma grande quantidade de matriz, que consiste num componente inorgânico (sais minerais), que é responsável pela dureza do osso e um componente orgânico (principalmente fibras colágenas), que oferece ao osso resistência. No tecido ósseo possui quatro tipos de células, as células osteoprogenitoras (osteogênicas), os osteoblastos, os osteoclastos e os osteócitos. 42

Células osteoprogenitoras sofrem mitose e tornam-se osteoblastos, são encontradas no periósteo, no endósteo e canais ósseos que possuem vasos; Osteoblastos são células formadoras de osso, e não possuem capacidade para se dividir por mitose, são encontradas na superfície do osso (forma colágeno e outros componentes orgânicos); Osteócitos é a denominação dos osteoblastos que ficam isolados na matriz óssea, mantendo as atividades celulares diárias, tornando-se as principais células do tecido ósseo; Osteoclastos são encontrados na superfície do osso e é responsável pela reabsorção óssea para que ocorra o desenvolvimento, crescimento e reparação do tecido ósseo. A matriz óssea é rica em sais minerais como o fosfato de cálcio e algum carbonato de cálcio, que à medida que são depositado pelos osteoblastos em torno das fibras de colágeno da matriz, o tecido enrijece sendo denominado este processo de calcificação. O osso não é completamente sólido, há espaços que fornecem canais para os vasos sanguíneos que suprem as células ósseas, além de conferir leveza ao osso, podendo ser classificado como compacto ou esponjoso. Tecido ósseo compacto contém pouco espaço, ele forma a camada externa de todos os ossos e o maior volume do corpo dos ossos longos, fornecendo proteção e suporte. Tecido ósseo esponjoso consiste de uma rede irregular de lâminas finas de osso chamadas trabécula, os espaços macroscópicos entre as trabéculas de alguns ossos são preenchidos de medula óssea vermelha. Normalmente pensa-se no osso como um material muito duro e rígido, porém nos ossos de um infante são bem maleáveis, tornando-se rígidos somente após a cessação do crescimento ósseo (epífise de crescimento). O osso é um tecido vivo, constantemente degradado e reconstruído. 43

Divisões do sistema esquelético O esqueleto humano adulto é composto de 206 ossos, formando o esqueleto axial e o esqueleto apendicular. Esqueleto axial consiste nos ossos do crânio, ossículos auditivos, hióide, costelas, esterno e as vértebras; Esqueleto apendicular consiste nos ossos das extremidades dos membros inferiores e superiores, mais os ossos dos cíngulos que conectam os membros ao esqueleto axial. 44

Coluna vertebral É constituída por vinte e seis ossos, que formam uma barra flexível e resistente, sustentando a cabeça, serve como ponto fixador das costelas, proteção da medula espinal e músculos do dorso. A coluna é dividida em segmentos, sendo sete cervicais; doze torácicas; 45

cinco lombares; cinco que são vértebras fundidas e quatro coccígeas também fundidas, antes desta fusão o número total era de 33 vértebras. Entre as vértebras há o disco intervertebral que é composto em sua periferia por um anel fibrocartilaginoso e m seu interior o núcleo pulposo que é altamente elástico. O disco possui um papel muito importante na absorção de choques. Curvaturas normais da coluna vertebral Num plano sagital podemos observar duas curvaturas convexas anteriormente (lordose) encontradas no segmento cervical e lombar e mais duas curvaturas côncavas anteriormente (cifose) no segmento torácico e sacral. Essas curvaturas conferem a coluna mais força e equilíbrio na posição ereta, absorvem mais os choque na deambulação e auxiliam na proteção contra fraturas. Há o desenvolvimento destas curvaturas por volta do terceiro mês pós-natal, iniciando-se pela curvatura cervical, e ao se manter na posição ereta e deambular é formada a curvatura lombar da criança. Anatomia das vértebras As vértebras variam de tamanho, forma e detalhe, mas há características similares quanto: Corpo: Parte anterior que sustenta a vértebra, espessa e em forma de disco; 46

Arco vertebral: Estende-se posteriormente ao corpo, formado por dois processos curtos e espessos chamados pedículos que se unem com as lâminas terminando em um processo espinhoso único; Forâme: Espaço entre o arco vertebral e a medula espinhal chama-se forame vertebral, e o conjunto desses forames formam o canal vertebral, onde se aloja a medula; Processos: Originam-se do arco vertebral, na união entre a lâmina e o pedículo existe o processo transverso que se estende lateralmente, e um único processo espinhoso posterior e inferior a união das lâminas. Esses processos são postos de fixação muscular e os restantes dos processos formam articulações com outras vértebras sendo eles os processos articulares superiores e os inferiores. Curiosidades 47

Todas as vértebras cervicais possuem três forames, um vertebral e dois transversários. A primeira vertebral cervical, o atlas, sustenta a cabeça, ela não tem corpo nem processo espinhoso, e se articula com o osso occipital, permitindo o movimento de flexo extensão da cabeça. A segunda vértebra, o áxis, possui um processo chamado dente, que permite que a cabeça rotacione. Da terceira à sexta vértebra não apresentam nenhuma particularidade. A sétima vértebra cervical, proeminente, possui um grande processo espinhoso que pode ser visto e palpado. Nas vértebras torácicas observamos que elas são maiores e mais fortes que as vértebras cervicais. Essas vértebras possuem uma superfície denominada fóvea que se articula com as costelas. As vértebras lombares são as mais fortes e maiores da coluna vertebral e fixam os grandes músculos do dorso. A fusão de cinco vértebras sacrais dá origem ao sacro, essa fusão tem início por volta dos 16 anos de idade e seu término em meados dos 25 anos, possui papel fundamental na fundação do cíngulo pélvico. O cóccix é formado pela fusão das vértebras coccígeas (em torno dos 20 aos 30 anos), articulando superiormente com o sacro. Tórax Formado pelo esterno, cartilagens costais, corpos das vértebras torácicas e pelos doze pares de costela (duas últimas flutuantes). Possui a função de proteção dos órgãos presentes em sua cavidade e de sustentação dos ossos do cíngulo peitoral e membros superiores. 48

Cíngulo peitoral 49

Compostos por apenas dois ossos, a clavícula e a escápula, são responsáveis pela fixação dos ossos dos membros superiores ao esqueleto axial. Essa articulação da cintura escapular é livremente móvel, permitindo assim movimentos em várias direções. Clavícula: Situa-se horizontalmente sobre a primeira costela, articulando-se na porção medial com o esterno e lateralmente com o acrômio da escápula. Escápula: Situada no dorso, se apresenta na forma triangular, diagonalmente a superfície posterior encontra-se a espinha da escápula, e sua extremidade é o acrômio, inferiormente ao acrômio está uma depressão denominada cavidade glenóide. Membros superiores Compostos por sessenta ossos, úmero, rádio, ulna, carpos, metacarpos e falanges (contagem bilateralmente). Úmero: é o maior osso do membro superior, se articulando com a escápula (cabeça do úmero com a fossa glenóide) e distalmente com o rádio e ulna (fossa radial e tróclea); Ulna: é o osso medial do antebraço, em sua extremidade proximal se articula com o úmero (olécrano), e em sua parte distal com os ossos carpais (processo estilóide); Rádio: é o osso lateral do antebraço, em sua extremidade proximal se articula com o úmero (cabeça do rádio) e em sua parte distal com os ossos carpais (processo estilóide); Carpos: São oito pequenos ossos unidos através de ligamentos e distribuídos em duas fileiras transversais, sendo eles de proximal para distal e de lateral para proximal o escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme, na fileira distal trapézio, trapezóide, capitato e hamato; Metacarpos: São cinco iniciando sua contagem de lateral para medial, visíveis com a mão cerrada; 50

Falanges: São quatorze em cada uma das mãos, sendo o polegar o único dedo com apenas duas falanges (proximal e distal), enquanto os demais possuem a falange média, sendo denominado comumente como polegar, indicador, médio, anular e mínimo. 51

Cíngulo pélvico Constituído de dois ossos do quadril, fornecendo um suporte forte e estável para a coluna vertebral, são unidos anteriormente pela sínfise púbica e posteriormente ao sacro. A pelve é subdividida em pelve maior (superior a margem pélvica) e pelve menor (inferior a margem pélvica). No recém nascido cada pelve consiste em um ílio, um púbis e um ísquio, a área comum desta fusão é denominada acetábulo, que consiste numa fossa onde se articula a cabeça do fêmur. Membro inferior Assim como os membros superiores apresentam-se em sessenta ossos (contagem bilateralmente). Incluindo o fêmur, patela, tíbia, fíbula, tarso, metatarsos e as falanges. Fêmur: É o maior osso do corpo humano, na porção proximal articula sua cabeça com o osso do quadril (fossa do acetábulo) e distalmente expande-se formando os côndilos mediais e laterais que se articulam com a tíbia e anteriormente esses côndilos se articulam com a patela. 52

Patela: osso pequeno triangular que se articula na porção frontal do joelho. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana, 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2001 Tíbia: Articula-se na porção proximal com o fêmur (côndilos medial e lateral da tíbia) e a fíbula (lateralmente), e na porção distal com a fíbula e o tálus. 53

Fíbula: Articula-se na sua porção proximal com o côndilo lateral da tíbia, e em sua porção distal tem uma projeção denominada maléolo lateral que se articula com o tálus tarsal. Tarso: Termo coletivo para os sete ossos tarsais, sendo eles o tálus e calcâneo localizado na região posterior do pé e na porção anterior o cubóide e navicular e três cuneiformes (médio, lateral e intermédio). Metatarso: Consiste em cinco ossos metatarsais numerados de I a V, possuem uma base, um corpo médio e uma cabeça distal. Falanges: As falanges dos pés lembram as falanges das mãos tanto em sua disposição como em números, exceto o polegar que possui somente a falange proximal e distal, as demais possuem a falange média (entre a distal e a proximal). Os ossos dos pés são divididos em dois arcos que permitem sustentação e alavanca na deambulação. Eles curvam-se à medida que o peso é aplicado, retornando a posição normal assim que a força aplicada é retirada. O arco longitudinal é formado pelos ossos metatarsais (uma parte medial e uma lateral), já o arco transverso é formado 54

pelo osso navicular, três cuneiformes, e as extremidades proximais dos ossos metatarsais. Principais diferenças entre o esqueleto feminino e o esqueleto masculino Nos homens, geralmente os ossos são maiores e mais pesados, as extremidades articulares mais espessas, alguns músculos são maiores e consequentemente suas tuberosidades (pontos de fixação muscular) são maiores que nas mulheres. A pelve feminina apresenta um espaço maior na pelve menor (verdadeira), para a acomodação do feto e para dar passagem no parto. Sistema Linfático Esse sistema é constituído por um fluído chamado linfa, vasos linfáticos que transportam a linfa de órgãos e estruturas que contém tecido linfático e da medula óssea 55

vermelha, que é responsável pelo armazenamento de células que se transformam em glóbulos brancos (linfócitos). O tecido linfático é uma forma especializada de tecido conjuntivo reticular e contém muitos linfócitos do tipo B (transformam-se em plasmócitos e nos protegem contra possíveis doenças através dos anticorpos) e linfócitos tipo T(nos protegem contra doenças destruindo as células invasoras). Os linfonodos (nódulos linfáticos) são massas de tecido linfático de formato oval que não são encapsulados, alguns desses folículos são isolados como na túnica serosa, vias respiratórias, trato urinário e no trato genital. Outros folículos linfáticos são agrupados em partes específicas do corpo como as amígdalas, placas de Peyer, no intestino delgado e no apêndice vermiforme. Os órgãos linfáticos do corpo como os linfonodos, baço e timo contém tecido linfático encapsulado. Funções do sistema linfático Drenagem de fluído intersticial. São devolvidos ao sistema circulatório as proteínas e fluídos não reabsorvidos, que são formados através da filtração nas terminações arteriais dos capilares (fluído intersticial). Transporte de lipídios e vitaminas lipossolúveis. Responsáveis pelo transporte de triglicerídeos e algumas vitaminas (A, E, D e K) do trato gastrintestinal ao sangue. Defesa do organismo. É um sistema de vigilância e defesa contra invasores. Com o auxílio dos macrófagos protegem o corpo das células invasoras (micróbios e das células cancerosas). Linfa e Fluído Intersticial A principal diferença entre os dois fluídos é sua localização. Quando banha as células, é denominado fluído intersticial, quando flui através dos vasos linfáticos é chamado de linfa. 56

Em sua composição são semelhantes ao plasma (contém menos proteína e não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos). A cada dia uma média de 20 litros passa do sangue para os espaços tissulares, esse fluído e as proteínas plasmáticas devem retornar ao sistema circulatório para manter o volume e as funções normais, cerca de 85% do fluído é reabsorvida pela terminação venosa, o restante retorna ao sangue indiretamente passando ao sistema linfático e então ao sangue através das veias subclávias. Capilares Linfáticos e Vasos Linfáticos Eles são encontrados por todo corpo (exceto no tecido avascular, sistema nervoso central e medula óssea vermelha), apresentam-se ligeiramente maior que os capilares sanguíneos e com uma estrutura única responsável por permitir que o fluído intersticial penetre seu interior e evitando sua saída. As extremidades linfáticas não são ligadas e sim sobrepostas, logo quando a pressão é maior no fluído intersticial que na linfa, as células se separam ligeiramente (abrindo uma porta) e o fluído entra no capilar linfático, quando a pressão maior é no vaso linfático, as células aumentam sua aderência e o fluído não pode voltar ao fluído intersticial. Os capilares linfáticos se iniciam nos tecidos e carregam a linfa em direção a um vaso linfático maior (os capilares unem-se para formar vasos linfáticos cada vez maiores), por fim esses grandes vasos drenam a linfa para dois principais canais: o ducto torácico e o ducto linfático direito. 57

Os vasos linfáticos assemelham-se estruturalmente às veias, mas têm paredes mais finas, mais válvulas e contém linfonodos em intervalos variáveis. Tecido Linfático Os linfonodos são órgãos ovais, localizados ao longo dos vasos linfáticos por todo o corpo, e geralmente em grupos. Cada linfonodos é coberto por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, internamente, os linfonodos são divididos em folículos, que são regiões de linfócitos T e B. Por todo o linfonodo existem canais denominados de seios linfáticos e fibras reticulares. Os vasos aferentes apresentam válvulas que se abrem na direção em direção do linfonodo para que a linfa seja direcionada para seu interior, fluindo para os seios linfáticos e deixando um linfonodo através de um vaso linfático eferente, que possui válvulas que se abrem em direção contrária ao linfonodo para drenar a linfa para seu exterior. 58

Os linfonodos filtram a linfa que passa do espaço tissular através dos vasos linfáticos durante seu retorno ao sistema circulatório. As fibras reticulares retém substâncias estranhas que podem ser destruídas pelos macrófagos, por linfócitos e pelos plasmócitos. Tonsilas É um grupo de folículos linfáticos grandes a arranjados em forma de anel na junção da cavidade da boca e faringe, e da cavidade do nariz e faringe, elas auxiliam nas respostas imunes contra substâncias ingeridas ou inaladas. Baço É oval e a maior massa individual de tecido linfático no corpo, é coberto de tecido conjuntivo denso e situa-se entre o estômago e o diafragma. O baço possui plasmócitos, macrófagos e leucócitos, ele não filtra a linfa, mas possui espaços para o armazenamento de sangue que é vital frente a uma perda significativa de sangue, onde através de impulsos simpáticos irá liberar o sangue armazenado para manutenção de volume e pressão sanguínea. Também é no baço o local onde ocorre a transformação dos linfócitos T em plasmócitos produtores de anticorpo, e durante i inicio da vida fetal participa na formação das células sanguíneas. Timo É um órgão bilobado, onde cada lóbulo está coberto de tecido conjuntivo, internamente consiste de macrófagos, linfócitos T e células epiteliais que produzem hormônios. São responsáveis pela distribuição os linfócitos T a outros órgãos linfócitos. Circulação Linfática 59

A linfa circula através dos capilares linfáticos, passa pelos vasos linfáticos e através dos linfonodos. Os troncos linfáticos são formados pelos vasos eferentes dos últimos linfonodos em uma cadeia, os principais troncos transferem a linfa para dois ductos. O ducto torácico é o principal coletor do sistema linfático, e recebe a linfa do lado esquerdo da cabeça, pescoço, tórax, membro superior esquerdo e todo o corpo abaixo das costelas (esvazia a linfa na junção jugular interna esquerda e veia subclávia esquerda). O ducto linfático direito recebe a linfa do lado superior direito (esvazia a linfa na junção da veia jugular interna direita e da veia subclávia direita). Assim a linfa drenada é direcionada ao sangue e forma-se um ciclo. Sequencialmente o sistema linfático segue essa direção: artérias (plasma sanguíneo), capilares sanguíneos (plasma sanguíneo), espaços intersticiais (fluído intersticial), capilares linfáticos (linfa), vasos linfáticos (linfa), ductos linfáticos (linfa), veias subclávias (plasma sanguíneo). As contrações musculares comprimem os vasos linfáticos, forçando seu conteúdo em direção as veias, outro mecanismo que favorece o retorno linfático é a diferença de pressão entre as duas terminações linfáticas. A linfa flui da região abdominal, onde a pressão é maior para a região torácica, onde ela é menor durante os movimentos respiratórios. O edema é o acúmulo excessivo de fluído intersticial, podendo ser por uma obstrução por causado pelo bloqueio de um linfonodo, ou um linfonodo infectado. Outra provável causa é a formação excessiva de linfa o que aumenta a permeabilidade capilar, ou aumento da pressão sanguínea capilar. 60

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Sistema Circulatório O coração é o centro do sistema circulatório, responsável por impulsionar o sangue por milhares de quilômetros de vasos sanguíneos. Mesmo em repouso o coração bombeia trinta vezes o seu próprio peso a cada minuto, bombeando mais de 7.000 litros de sangue diariamente. À medida que o sangue é bombeado pelos tecidos é transferido nutriente e oxigênio para o fluído intersticial e posteriormente para dentro das células, e ao mesmo tempo vai recolhendo resíduos, dióxido de carbono e mantém a temperatura adequada. Localização do coração Situado entre os dois pulmões, no mediastino, cerca de dois terços ficam à esquerda da linha mediana do corpo. Ele possui o tamanho aproximado se sua própria mão fechada. Os principais vasos sanguíneos estão localizados em sua base (formado pelos átrios), e seu ápice é formado pelo ventrículo esquerdo. Pericárdio Recobre e mantém o coração no local correto, consiste de duas porções, o pericárdio fibroso, mais externo que restringe sua distensão e o sustenta no mediastino e o pericárdio seroso, consiste em uma bicamada ao redor do coração, entre essas camadas encontra-se o fluído pericárdico que evita a fricção entre as lâminas quando o coração se move. Parede do coração É composta de três camadas: Epicárdio uma lâmina externa, fina e transparente; Miocárdio é o tecido muscular cardíaco, é responsável pelo bombeamento do coração, as fibras musculares formam duas redes, que se separam em atrial e ventricular. Os átrios se contraem como uma unidade e os ventrículos como outra; 64