R E L A T Ó R I O D A A C T I V I D A D E L A B O R A T O R I A L

Documentos relacionados
RELATÓRIO*DA*ACTIVIDADE* LABORATORIAL*

Reações químicas. Soluções ácidas e básicas Indicadores ácido-base Escala de ph Reacções ácido-base

Reacções químicas. Soluções ácidas e básicas Indicadores ácido-base Escala de ph Reacções ácido-base

R E L A T Ó R I O D A A C T I V I D A D E L A B O R A T O R I A L

Química. APL 1.6 Funcionamento de um sistema-tampão: titulação ácido forte-base fraca (HCl e Na 2 CO 3 )

ACTIVIDADE EXPERIMENTAL

ESCOLA SECUNDÁRIA DE S. LOURENÇO EM PORTALEGRE ACTIVIDADE LABORATORIAL QUÍMICA 11º ANO TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE. Versão professor. Algumas notas prévias

TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE

TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE. Versão aluno

ESCOLA SECUNDÁRIA FERREIRA DIAS, AGUALVA - SINTRA

FICHA DE TRABALHO N.º 3. Nome: Turma: Nº: Domínio de Referência 2 Contexto Profissional Processos e métodos científicos

Escola Secundária com 3.º ciclo Jorge Peixinho Curso de Educação e Formação de Adultos (nível secundário)

Componente de Química

2º trimestre Química Data: 08/2018 Ensino Médio 1º ano classe: Prof. Valéria

REAÇÕES QUÍMICAS REAGENTES E PRODUTOS DE REAÇÃO

Titulação ácido-base. 11º ano. [Imagem: blenderartists.org]

NEUTRALIZAÇÃO: UMA REACÇÃO DE ÁCIDO BASE

QUÍMICA 12º ANO ACTIVIDADE DE PROJECTO CONSTRUÇÃO DE UMA PILHA PROPOSTA DA METODOLOGIA 2010/ º Período

Funcionamento de um sistema tampão

Al 1.1 Amoníaco e compostos de amónio em materiais de uso comum

Escola Secundária / 3º CEB da Batalha ACTIVIDADE LABORATORIAL DE FÍSICA E QUÍMICA A FORMAÇÃO ESPECÍFICA ENSINO SECUNDÁRIO. Ano de Escolaridade : 11

Suporte universal Tubo de borracha comprido Bureta de 25 ml Pipeta volumétrica de 5mL Gobelé de 500 ml Kitasato de 25 ml Rolha Material e reagentes.

Titulações; Curvas de titulação; Concentração; Ácidos; Bases; Sais; Indicadores de ácido-base

EXERCÍCIOS. Química 11. e problemas Exames Testes intermédios Professor Luís Gonçalves

Titulação Ácido-Base. wertyuiopasdfghjklçzxcvbnmqwerty. Actividade Laboratorial Química 11º ano. uiopasdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopas

Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora

ACÇÃO DE FORMAÇÃO GUIÃO DE ACTIVIDADE PRÁTICA. (Versão Professor)

Aprender a utilizar um medidor de ph e indicadores para medir o ph de uma solução.

ROTEIRO PRÁTICO DE QUÍMICA GERAL

Física e Química A. Nomes: N.º s : T.ª: Como neutralizar resíduos de ácidos/bases do laboratório de Química da escola?

Solução aquosa de tiossulfato de sódio 0,100 moldm. Ácido clorídrico concentrado: R: ; S: /37/ Realizar na hotte. Usar luvas.

Titulação ácido - base. Neutralização

Ficha Informativa n.º 2 Tipos de Reações Químicas

EXAME ENSINO PROFISSIONAL

Ligar cuidadosamente a fonte de alimentação.

Volumetria de Neutralização

APL 1.1 Amoníaco e compostos de amónio em materiais comuns NH 4 + NH 3 + H +

Reações ácido base 1

MÉTODOS CLÁSSICOS DE ANÁLISE QUÍMICA QUANTITATIVA A análise química pode ser definida como o uso de um ou mais processos que fornecem informações

ALQ1.3 - Efeito da variação de temperatura e da variação de concentração na progressão global de uma reação

Escola Secundária / 3º CEB da Batalha ACTIVIDADE LABORATORIAL DE FÍSICA E QUÍMICA A FORMAÇÃO ESPECÍFICA ENSINO SECUNDÁRIO. Ano de Escolaridade : 11

Volumetria Ácido-base

Preparar e fazer cálculos prévios para o preparo de soluções diluídas a partir de soluções estoque.

Química. APL 2.3 Determinação da entalpia de neutralização da reação NaHO (aq) + HCl (aq)

Nesta actividade laboratorial não existe nenhum factor que leve a alguma

Preparar e fazer cálculos prévios para o preparo de soluções diluídas a partir de soluções estoque;

Actividade Laboratorial

1. O amoníaco é uma base, segundo a teoria de Brönsted-Lowry, sendo a sua reação de ionização em água traduzida pela seguinte equação:

UTILIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS ESCOLARES

TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE

Exercícios Equilíbrio Iônico

Funcionamento de um sistema tampão

QUÍMICA. Soluções: características, tipos de concentração, diluição, mistura, titulação e soluções coloidais. Parte 9. Prof a.

ESTUDO DA FOTOSSÍNTESE COM ALGAS IMOBILIZADAS

DOSEAMENTO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO

AMONÍACO E COMPOSTOS DE AMÓNIO EM MATERIAIS DE USO COMUM

Escola Secundária / 3º CEB da Batalha ACTIVIDADE LABORATORIAL DE FÍSICA E QUÍMICA A FORMAÇÃO ESPECÍFICA ENSINO SECUNDÁRIO. Ano de Escolaridade : 11

Nome: Ano: Turma: Nº.: Duração da prova: 60 minutos

CINÉTICA QUÍMICA Estuda a velocidade (rapidez) das reações. Exemplo a síntese do HCl: H 2 (g) + Cl 2 (g) 2HCl(g)

Há vários tipos de indicadores, e cada um age numa faixa determinada de ph com colorações específicas.

Nome: Ano: Turma: Nº.: Duração da prova: 60 minutos

ph DAS ÁGUAS NATURAIS.

2NO 2 (g) (castanho avermelhado) (incolor)

Preparação e padronização de soluções

LCE0182 Química Analítica Quantitativa. Volumetria. Wanessa Melchert Mattos

Equilíbrio Químico. Aulas 6. Equilíbrio Químico: Reações reversíveis. Equação de equilíbrio. Princípio de Le Chatelier

Escolher adequadamente as vidrarias volumétricas a serem utilizadas na titulação;

Química. APL 2.5 Determinação da variação da entalpia de combustão de diferentes álcoois

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS. DISCIPLINA: Química Geral. Assunto: Equilíbrio Químico Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran

PESQUISA DE IÕES EM ADUBO QUÍMICO

Ião Nome Ião Nome CO 3. Carbonato Na + Sódio. Sulfato Ag + Prata. Nitrato Mg 2+ Magnésio. Pb 2+

ACTIVIDADE LABORATORIAL QUÍMICA 10º Ano

2. Determinar o valor da constante de acidez a partir do ph e da concentração inicial de cada uma das soluções.

Equilíbrio Profº Jaison

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 10ª aula /

Ácidos e Bases. Capítulo 15

Experimento 11 - Equilíbrio químico e sistema tampão

Ião Nome Ião Nome CO 3. Carbonato Na + Sódio. Sulfato Ag + Prata. Nitrato Mg 2+ Magnésio. Fe 3+

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 1

Ácidos e Bases. O ph de soluções de sais

Nome dos participantes: Jaqueline do Espirito Santo D Apresentação, Iven Roberto Andrade Oliveira e André Filipe Martins Justino

Aula Dica ENEM Química Simone Equilíbrio Químico

2ª Ficha de Avaliação Laboratorial Turma: 10ºA Física e Química A 10ºAno (VERSÃO 1)

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 1

Interpretar as reacções químicas que ocorrem quando se efectua a electrólise da água com eléctrodos de grafite, ferro e zinco.

QUÍMICA FARMACÊUTICA II

CURSINHO ETWB 2012 Componente Curricular: Química Professor: Ricardo Honda

ACTIVIDADE LABORATORIAL Ciências Físico-Químicas 7ºANO

Agrupamento de Escolas de Bobadela Escola EBI de Bobadela. Preparação de soluções aquosas de sulfato de cobre

QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA

Cinco gobelés de 50 ml Quatro tubos de ensaio Suporte para tubos de ensaio Cinco conta-gotas Pipeta de transferência Material.

TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE

Indicadores e Titulações

Calcule o ph de uma solução de HCl 1x10-7 mol L-1

RELATÓRIO DE EXPERIMENTO Equilíbrio químico

TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA

3ª Série / Vestibular. As equações (I) e (II), acima, representam reações que podem ocorrer na formação do H 2SO 4. É correto afirmar que, na reação:

TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA

Espectros de Absorção

Transcrição:

1 R E L A T Ó R I O D A A C T I V I D A D E L A B O R A T O R I A L ACTIVIDADE LABORATORIAL 2.1 Ácido ou base: uma classificação de alguns materiais. Factores que afectam o ph de uma água OBJECTIVO Classificar uma solução aquosa como ácida, neutra ou alcalina a partir da medição do ph ou do uso de indicadores. Verificar a influência da temperatura no ph da água. INTRODUÇÃO O ph é o potencial de Hidrogénio, é uma função logarítmica da concentração do ião hidrogénio. Sendo que quanto maior dor a concentração de iões H +, menor será o ph da solução. Os indicadores podem apresentar-se segundo dois grandes tipos, os indicadores universais e os indicadores ácido-base. Sendo que os indicadores universais são aqueles que nos permitem concluir acerca do valor de ph de uma determinada solução. No entanto, os indicadores ácido-base permitem-nos apenas classificar a solução como ácida ou alcalina, não sendo possível atribuir um valor numérico ao ph da solução. O carácter químico de uma solução pode ser avaliado qualitativamente através do uso de indicadores ácido-base. Estes indicadores quando adicionados à solução aquosa adquirem uma cor que depende do ph da mesma. Este fenómeno acontece devido ao facto de os indicadores de ph se ligarem aos iões H + ou OH -. Cada indicador apresenta ainda uma zona de viragem. Entenda-se por zona de viragem os valores de ph nos quais nenhuma das formas do indicador predomina em relação à outra e portanto não é possível fazer uma avaliação rigorosa da cor. Este intervalo pode variar ligeiramente dependendo da concentração do indicador e da temperatura a que se processa a determinação do ph. Existem vários tipos de indicadores como o alaranjado de metilo, o verde de bromocresol, o vermelho de metilo, tornesol, azul de bromotimol e a fenolftaleína. Estes podem ainda aparecer em forma de solução ou impregnados em papel. É importante seleccionar os indicadores de ph em função da sua zona de viragem. Pois quando se recorre a indicadores que nos permitem apenas análises qualitativas é necessário recorrer a diferentes indicadores, pois só assim e após um cruzamento dos resultados obtido chegaram a um valor que se aproxime do ph real da amostra estudada. No entanto estes indicadores permitem apenas determinar um intervalo onde o ph daquela solução se encontra, o que não nos permite retirar conclusões quantitativas. Deste modo, o carácter químico de uma solução também pode ser avaliado quantitativamente através da utilização de um medidor electrónico de ph ou de outros sensores de função análoga. Após a medição do valor de ph é possível classificar a solução como ácida (ph <7), neutra (ph=7) ou básica (ph> 7), apresentando assim características diferentes. As soluções ácidas têm por norma um sabor azedo, avermelham com a tintura azul de tornesol, reagem com alguns metais corroendoos e conduzem a corrente eléctrica. Por outro lado as soluções básicas têm sabor amargo, são untuosas ao tacto, conduzem a corrente eléctrica e tornam carmim a solução de fenolftaleína. O nosso objecto de estudo para esta actividade será diferentes amostras de água. O objectivo será estudar, não só o ph da amostra, mas também a sua variação com temperatura, com base no equilíbrio e prever-se-á o sentido do deslocamento deste mesmo equilíbrio com base na lei de Le Châtelier. A equação química que permite relacionar a variação de ph de uma amostra de água em função das espécies presentes é a seguinte 2H 2 O l H 3 O + aq + HO (aq) Assim, de acordo com esta lei, quando se alteram as condições da reacção que se encontra em equilíbrio, esta irá evoluir no sentido de

2 contrariar essas perturbações. A reacção de auto-ionização da água é uma reacção endotérmica, logo o aumento da temperatura desloca a reacção preferencialmente no sentido directo, do mesmo modo que ao diminuir a temperatura, a reacção ocorre no sentido inverso. Desta forma o ph da água diminui com o aumento da temperatura. Para além da temperatura o ph da água pode ser afectado pela presença de CO 2, pelo facto deste provocar a acidificação da água. A constituição da própria água também influência o ph. MATERIAL E REAGENTES Material Material Incerteza Alcance Sensor de ph ±0,1 14,0 Sensor de ph de Bancada ±0,01 14,00 Termómetro ±0,5ºC 110,0ºC Placa de Aquecimento Placa de Microanálise Tubos de Ensaio Gobelés Reagentes e Indicadores Diferentes Águas Engarrafadas Soluções Tampão Indicadores Indicador Alaranjado de Metilo Verde de Bromocresol Vermelho de Metilo Fórmula Química C 14 H 14 N 3 NaO 3 S C 21 H 14 Br 4 O 5 S C 15 H 15 N 3 O 2 Tornesol - Azul de Bromotimol Fenolftaleína C 27 H 28 Br 2 O 5 S C 20 H 14 O 4 Cor da Forma ácida Vermelho Forte Amarelo Vermelho Escuro Vermelho Claro Amarelo Incolor Cor da Forma Alcalina Azul Forte Azul Forte Amarelo Azul Claro Azul Forte Carmim Zona de Viragem Massa Molar (g mol -1 ) Frases S e R 3,1 4,4 327,33-3,8 5,4 698,05 4,4 6,2 269,299 R: 36, 37, 38 S: 26-36 R: 20, 21, 22, 36, 37, 38, 40 5,0 8,0 - - 6,0 7,6 624,35-8,3 10,0 318,323 R: 36-38 S: 26

3 PROCEDIMENTO COM ESQUEMA DE MONTAGEM 1. Colocar 3 tubos de ensaio sobre uma folha de papel branca e adicionar o mesmo volume de água a cada um deles. 2. Adicionar a cada um dos tubos, um dos 3 indicadores diferentes. 3. Registar a cor final da amostra. 4. Colocar o mesmo volume de água num gobelé e introduzir o sensor de ph e um termómetro. 5. Antes de registar qualquer valor de ph é necessário proceder à calibração desses instrumentos de medida recorrendo pelo menos a duas soluções tampão com ph diferente. 6. Registar o valor de ph obtido, assim como o valor de temperatura a que foi realizado o ensaio. 7. Repetir os passos 4 e 5, para diferentes temperaturas.

ph 4 Indicador ph RESULTADOS EXPERIMENTAIS Águas A B C D Tornesol Violeta Azul Roxo Azul Roxeado Universal 7 7 8 6 Fenolftaleina Incolor Incolor Carmim Incolor Bancada 6,09 5,76 10,08 5,44 Sensor 6,3 6,0 10,0 6,4 T (ºC) 17,5 17,5 17,5 15,6 Classificação da água Ácida Ácida Básica Ácida ph 6,3 T (ºC) 9,5 ph 51,5 T (ºC) 6,1 Classificação da água Ácida ph Rotulado na Garrafa 6,17 a 20ºC 5,8 a 18ºC 9,47 5,8 Origem Serra da Estrela Serra do Gerês Caldas de Monchique Sintra Água Mineral Água Mineral Água Mineral Fastio Nome da Água Auchan Monchique Água Destilada CÁLCULOS E TRATAMENTO DE RESULTADOS 6,35 ph em função da T(ºC) 6,3 6,25 6,2 6,15 6,1 6,05 0 10 20 30 40 50 60 T (ºC) ph = -0,004T + 6,310 R² = 0,886 ph Linear (ph)

5 CONCLUSÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA Os indicadores ácido-base permitem-nos apenas tirar conclusões acerca da alcalinidade ou da acidez das águas estudadas, não permitindo quantificar o valor de ph. Este tipo de indicadores apresentam-se como um método rápido e económico de classificar soluções, nomeadamente águas quanto ao ph, no entanto, não nos permite obter o valor real do ph da solução. Foram também utilizados indicadores universais. Este tipo de indicadores permitemnos determinar o valor do ph. No entanto, este valor depende sempre da leitura do utilizador, sendo desaconselhado a pessoas daltónicas. É portanto um valor relativo, pois a própria percepção das cores varia de pessoa para pessoa. Para determinar com mais rigor o ph das águas estudadas utilizamos sensores de ph que podem-se apresentar de diversas formas, portáteis, consolas e de mesa. Os sensores requerem, no entanto, uma calibração regular antes de se efectuar qualquer tipo de medição. Para esta calibração utilizámos soluções tampão de ph igual a 4 e a 7. É também necessário ter em conta que devemos sempre lavar o sensor com água destilada sempre que se termina uma medição. Após a utilização o sensor deve ser mergulhado numa solução de limpeza, impedindo desta forma a formação de sais, nomeadamente alguns cloretos que incapacitam a leitura do eléctrodo. É um método rigoroso, sendo no entanto necessário ter em conta o factor temperatura. Numa primeira parte da actividade laboratorial determinamos o ph de diferentes águas através de um sensor e de um indicador universal. Para água A, verificámos que o ph medido pelo sensor era de 6,3 e o valor de ph medido no sensor de bancada era de 6,03. O valor real do ph era de 6,17 a uma temperatura de 20ºC. O valor obtido nos dois sensores foi um valor próximo do real, desta forma obtivemos valores exactos e precisos. Podem ter sido no entanto, cometidos erros tais como o descuido da temperatura e no calibrar dos sensores. Utilizando o indicador universal obtivemos um valor de ph de 7. Este valor é então relativo dependo do utilizador. Classificámos então a água A como sendo uma solução ácida facto comprovado pelo facto da tintura azul de tornesol ficar violeta e a solução alcoólica de fenolftlaleína ficar incolor. Para a água B verificámos um ph de 6 no sensor e de 5,76 no sensor de bancada sendo que o valor real era 5,8 a 18ºC. Os resultados obtidos verificam os mesmos parâmetros de precisão e exactidão. Ao utilizar o indicador universal obtivemos um valor de ph de 7, não tendo sido este valor muito exacto pelo facto de se terem cometido erros no que respeita à comparação das cores da escala com as do papel universal. Classificamos esta água como sendo ácida, pois os resultados para os indicadores mencionados na água A foram os mesmos. Para a água C obtivemos um valor de ph de 10 no sensor e de 10,08 no sensor de bancada sendo o valor real de 9,47. Ao utilizar o indicador universal obtivemos um valor de 8, sendo este um resultado pouco preciso. Classificámos a água como básica sendo este facto comprovado pelo facto de esta tornar carmim a solução alcoólica de fenolftaleína e roxa a tintura azul de tornesol. Por último a água D em que obtivemos um valor de ph de 6,4 no sensor e de 5,44 no sensor de bancada sendo o valor real de 5,8. Estes valores foram talvez os mais discrepantes, no entanto não é possível retirar qualquer conclusão acerca da exactidão, visto que não nos é apresentado no rótulo os valores de temperatura a que foi determinado o ph rotulado. Como verificámos ao decorrer da actividade laboratorial as diferentes águas apresentam diferentes valores de ph. No entanto, concluímos também que a temperatura influencia o valor de ph. Teoricamente para uma temperatura inferior à temperatura ambiente é de esperar que o valor do ph da água seja maior. Pela Lei de Le Châtelier, sabemos que sempre que decorrem perturbações no sistema, este tende a contrariálas. Assim, como o sistema em estudo é um sistema endotérmico, se diminuirmos a temperatura, este reage no sentido inverso, aumentando a temperatura. Ao nível experimental obtivemos os resultados esperados pois para uma temperatura ambiente de 17,5ºC obtivemos um valor de ph de 6,2 e quando baixámos a temperatura para 9,5ºC obteve-se um valor de ph de 6,3. Conseguimos então verificar que com a diminuição da temperatura o valor de ph aumenta. Por outro lado, teoricamente sabemos que com o aumento da temperatura existe o abaixamento do valor

6 de ph. Como o sistema é endotérmico com o aumento da temperatura este vai reagir no sentido directo de modo a contrariar esta perturbação, diminuindo a temperatura. Experimentalmente conseguimos também verificar esta situação, pois, para uma temperatura de 51.5ºC obtivemos um valor de ph de 6,1. Os resultados foram então os esperados. Com os valores obtidos traçamos então um gráfico cujo factor de correlação foi de 0,886, sendo que este valor apresenta algumas discrepância face à esperada regressão linear, este facto deve-se aos erros acima mencionados, como a temperatura, a má calibração dos instrumentos de medida e os próprios erros de leitura associados ao utilizador. Para uma pessoa com problemas de acidez no estômago deve sem dúvida preferir águas alcalinas pois estas têm na sua constituição bicarbonato de sódio que ajuda a combater a acidez no estômago e auxilia na digestão. Após a análise dos resultados verificamos que as águas ácidas se encontram preferencialmente na zona Norte do País. BIBLIOGRAFIA http://profs.ccems.pt/pauloportugal/cfq/ ALFQA11/ALQ2.1_FQA_11.pdf http://pt.wikipedia.org/wiki/indicador_de _ph http://www.proformar.org/teia/tdin/recur sos/did_especifica/fis.../titulação.ppt http://www.notapositiva.com/trab_estud antes/trab_estudantes/fisico_quimica/fisico_quim ica_trabalhos/factoresafectamph.htm http://sites.google.com/site/mariafatimab c2/quimica-11%c2%ba http://pt.wikipedia.org/wiki/alaranjado_d e_metila http://pt.wikipedia.org/wiki/tetrabromo metacresolsulfonoftale%c3%adna http://pt.wikipedia.org/wiki/vermelho_de _metila http://pt.wikipedia.org/wiki/azul_de_bro motimol http://pt.wikipedia.org/wiki/fenolftale%c 3%ADna SIMÕES, Teresa, QUEIRÓS, Maria Alexandra, SIMÕES, Maria Otilde, Química em Contexto, Física e Química A, Química 11º Ano, 1ªEdição, Porto Editora, Porto, 2008 HENRIQUE SILVA FERNANDES, NÚMERO 8, TURMA B JÉSSICA LOPES FIGUEIREDO, NÚMERO 9, TURMA B LEANDRO FILIPE RIBEIRO SOUSA, NÚMERO 11, TURMA B