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Boletim Epidemiológico Volume 47 N 8-2016 Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde ISSN 2358-9450 Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 5, 2016 Dengue Em 2016, foram registrados 170.103 casos prováveis de dengue no país até a Semana Epidemiológica (SE) 5 (3/1/2015 a 6/2/2016) (Figura 1). Nesse período, a região Sudeste registrou o maior número de casos prováveis (96.664 casos; 56,8%) em relação ao total do país, seguida das regiões Nordeste (25.636 casos; 15,1%), Centro-Oeste (25.246 casos; 14,8%), Sul (13.522 casos; 7,9%) e Norte (9.035 casos; 5,3%) (Tabela 1). Foram descartados 19.249 casos suspeitos de dengue no período. A análise da incidência de casos prováveis de dengue (número de casos/100 mil hab.), segundo regiões geográficas, demonstra que as regiões Centro-Oeste e Sudeste apresentam as maiores incidências: 163,5 casos/100 mil hab. e 112,7 casos/100 mil hab., respectivamente, mantendo a tendência de 2015. Entre as Unidades da Federação, destacam-se Mato Grosso do Sul (284,9 casos/100 mil hab.), Tocantins (248,5 casos/100 mil hab.), Minas Gerais (230,5 casos/100 mil hab.) e Espírito Santo (205,2 casos/100 mil hab.) (Tabela 1). Entre os municípios com as maiores incidências acumuladas por estrato populacional, em relação ao número de habitantes (menos de 100 mil habitantes, de 100 a 499 mil, de 500 a 999 mil e acima de 1 milhão de habitantes), destacam-se Campanário/ MG, com 6.214,8 casos/100 mil hab. (população <100 mil hab.); Coronel Fabriciano/MG, com 1.617,5 casos/100 mil hab. (população de 100 mil a 499 mil hab.); Ribeirão Preto/SP, com 603,3 casos/100 mil hab. (população de 500 mil a 999 mil hab.); e Belo Horizonte/MG, com 431,1 casos/100 mil hab. (população >1 milhão de hab.) (Tabela 2). 120.000 100.000 Número de casos 80.000 60.000 40.000 20.000 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 Semana Epidemiológica de Início de Sintomas 2014 2015 2016 Fonte: Sinan Online (atualizado em a 13/07/2015; b 04/01/2016; c 10/02/2016). Figura 1 Casos prováveis de dengue, por semana epidemiológica de início de sintomas, Brasil, 2014 a, 2015 b e 2016 c

Tabela 1 Comparativo de casos prováveis de dengue entre 2015 a e 2016 b, até a Semana Epidemiológica 5, por região e Região/ Casos Incidência (/100 mil hab.) 2015 a 2016 b 2015 2016 Norte 5.021 9.035 28,7 51,7 Rondônia 205 1.855 11,6 104,9 Acre 2.606 1.180 324,3 146,9 Amazonas 667 965 16,9 24,5 Roraima 108 49 21,4 9,7 Pará 468 1.166 5,7 14,3 Amapá 543 55 70,8 7,2 Tocantins 424 3.765 28,0 248,5 Nordeste 11.416 25.636 20,2 45,3 Maranhão 600 1.961 8,7 28,4 Piauí 283 122 8,8 3,8 Ceará 2.343 1.655 26,3 18,6 Rio Grande do Norte 1.955 3.076 56,8 89,4 Paraíba 372 2.892 9,4 72,8 Pernambuco 3.065 10.059 32,8 107,6 Alagoas 1.048 1.005 31,4 30,1 Sergipe 342 527 15,2 23,5 Bahia 1.408 4.339 9,3 28,5 Sudeste 76.370 96.664 89,1 112,7 Minas Gerais 6.517 48.098 31,2 230,5 Espírito Santo 1.050 8.063 26,7 205,2 Rio de Janeiro 3.395 8.050 20,5 48,6 São Paulo 65.408 32.453 147,3 73,1 Sul 2.510 13.522 8,6 46,3 Paraná 2.238 12.255 20,0 109,8 Santa Catarina 254 806 3,7 11,8 Rio Grande do Sul 18 461 0,2 4,1 Centro-Oeste 21.135 25.246 136,9 163,5 Mato Grosso do Sul 1.902 7.554 71,7 284,9 Mato Grosso 966 5.229 29,6 160,1 Goiás 17.805 10.918 269,3 165,2 Distrito Federal 462 1.545 15,8 53,0 Brasil 116.452 170.103 57,0 83,2 Fonte: Sinan Online (atualizado em a 04/01/2016; b 10/02/2016). 1969. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. Comitê Editorial Antônio Carlos Figueiredo Nardi, Sônia Maria Feitosa Brito, Alexandre Fonseca Santos, Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques, Elisete Duarte, Fábio Caldas de Mesquita, Geraldo da Silva Ferreira, Gilberto Alfredo Pucca Jr., Márcia Beatriz Dieckmann Turcato, Marcos da Silveira Franco, Maria de Fátima Marinho de Souza. Equipe Editorial Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviço/SVS/MS: Giovanini Evelim Coelho (Editor Científico), Izabel Lucena Gadioli (Editora Assistente). Colaboradores Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue/DEVIT/SVS/MS: Isabela Ornelas Pereira, Jaqueline Martins, Lívia Carla Vinhal Frutuoso, Matheus de Paula Cerroni, Priscila Leal Leite, Sulamita Brandão Barbiratto. Secretaria Executiva Raíssa Christófaro (CGDEP/SVS) Projeto gráfico e distribuição eletrônica Núcleo de Comunicação/SVS Diagramação Thaisa Abreu Oliveira (CGDEP/SVS) Revisão de texto Maria Irene Lima Mariano (CGDEP/SVS) 2 Volume 47 2016

Tabela 2 Municípios com as maiores incidências de casos prováveis de dengue até a Semana Epidemiológica 5 de 2016, segundo número de habitantes Número de habitantes População <100 mil hab. População de 100 a 499 mil hab. População de 500 a 999 mil hab. População >1 milhão hab. Município/ Incidência (/100 mil hab.) Janeiro Fevereiro Casos acumulados (SE 1 a 5) Incidência acumulada (/100 mil hab.) Campanário/MG 4.339,7 1.875,2 232 6.214,8 Cruzeta/RN 6.112,2 49,0 503 6.161,2 Malta/PB 5.500,7 0,0 312 5.500,7 Rancho Alegre/PR 5.388,5 25,1 216 5.413,5 Cordeiro/RJ 4.277,6 299,1 964 4.576,7 Coronel Fabriciano/MG 1.610,2 7,3 1.769 1.617,5 Ubá/MG 1.195,4 0,0 1.327 1.195,4 Sertãozinho/SP 1.012,9 51,6 1.279 1.064,5 Cachoeiro de Itapemirim/ES 1.006,7 16,3 2.135 1.023,0 Presidente Prudente/SP 942,9 71,1 2.253 1.014,0 Ribeirão Preto/SP 595,8 7,5 4.020 603,3 Londrina/PR 301,9 9,7 1.708 311,5 Contagem/MG 265,3 10,8 1.791 276,1 Aparecida de Goiânia/GO 189,3 1,0 993 190,3 Juiz de Fora/MG 156,9 0,2 872 157,0 Belo Horizonte/MG 405,5 25,7 10.789 431,1 Goiânia/GO 108,1 5,1 1.620 113,2 Campinas/SP 63,3 6,7 815 70,0 Recife/PE 61,7 1,2 1.018 62,9 Brasília/DF 47,4 5,6 1.545 53,0 Fonte: Sinan Online (atualizado em 10/02/2016). Casos graves e óbitos Em 2016, até a SE 5, foram confirmados 27 casos de dengue grave e 482 casos de dengue com sinais de alarme. No mesmo período de 2015, foram confirmados 163 casos de dengue grave e 1.529 casos de dengue com sinais de alarme (Tabela 3). A região com maior número de registros de casos de dengue grave e dengue com sinais de alarme é a região Centro-Oeste (7 graves; 270 com sinais de alarme) (Tabela 3). Foram confirmados 9 óbitos por dengue, o que representa uma redução no país de 91,3% em comparação com o mesmo período de 2015, quando foram confirmados 103 óbitos (Tabela 3). Existem 93 casos de dengue grave ou dengue com sinais de alarme e 50 óbitos em investigação que podem ser confirmados ou descartados nas próximas semanas. Sorotipos virais Em 2015, 23.976 amostras foram enviadas para realização do exame de isolamento viral, havendo 9.429 resultados positivos (39,3%) e prevalência do sorotipo viral DENV1 (94,1%), seguido de DENV4 (4,8%), DENV2 (0,7%) e DENV3 (0,4%). Em 2016, até a SE 4 (30/01/2016), foram processadas 216 amostras para isolamento do vírus da dengue, sendo 141 delas positivas para o sorotipo viral DENV1 (65,3%), mantendo-se a prevalência do ano anterior (Tabela 4). É importante ressaltar que estas informações não configuram a realidade do número de notificações, uma vez que ainda existem amostras de exames em processamento e um paciente pode realizar mais de um exame e ter mais de uma amostra coletada e analisada. Não há informações disponíveis (utilizandose como fonte de informações o Gerenciador de Ambiente Laboratorial GAL ) sobre os sorotipos circulantes nas Unidades da Federação da região Norte, no Rio de Janeiro, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal; na região Nordeste, apenas Pernambuco dispõe de informações. Febre de chikungunya Em 2015, até a SE 52, foram notificados 26.952 casos autóctones suspeitos de febre de chikungunya (Tabela 5). Foram registrados 3 óbitos por febre de chikungunya no Brasil, sendo 2 na Bahia e 1 em Sergipe. Conforme investigações, Volume 47 2016 3

Tabela 3 Casos graves, com sinais de alarme e óbitos por dengue confirmados, até a Semana Epidemiológica 5, em 2015 e 2016, por região e Casos confirmados Óbitos confirmados Região/ 2015 a 2016 b Dengue com 2015 a 2016 b Dengue grave sinais de Dengue Dengue com alarme grave sinais de alarme Norte 3 13 1 6 0 1 Rondônia 1 2 1 0 0 1 Acre 0 2 0 0 0 0 Amazonas 0 0 0 0 0 0 Roraima 0 1 0 0 0 0 Pará 1 5 0 4 0 0 Amapá 0 2 0 2 0 0 Tocantins 1 1 0 0 0 0 Nordeste 12 46 0 17 7 0 Maranhão 0 3 0 8 0 0 Piauí 0 2 0 0 0 0 Ceará 8 23 0 4 4 0 Rio Grande do Norte 1 4 0 0 1 0 Paraíba 1 5 0 0 1 0 Pernambuco 0 7 0 4 0 0 Alagoas 0 2 0 1 0 0 Sergipe 1 0 0 0 0 0 Bahia 1 0 0 0 1 0 Sudeste 105 970 13 129 81 1 Minas Gerais 7 34 7 64 5 0 Espírito Santo 5 25 2 25 4 0 Rio de Janeiro 10 26 2 8 4 0 São Paulo 83 885 2 32 68 1 Sul 5 39 6 60 0 4 Paraná 5 31 6 60 0 4 Santa Catarina 0 8 0 0 0 0 Rio Grande do Sul 0 0 0 0 0 0 Centro-Oeste 38 461 7 270 15 3 Mato Grosso do Sul 3 19 2 3 4 2 Mato Grosso 0 1 1 6 0 0 Goiás 33 440 2 226 9 0 Distrito Federal 2 1 2 35 2 1 Brasil 163 1.529 27 482 103 9 Fonte: Sinan Online (atualizado em a 04/01/2016 ; b 10/02/2016). esses óbitos ocorreram em indivíduos com idade avançada 85, 83 e 75 anos e com histórico de doenças crônicas preexistentes. Em 2016, foi confirmada autoctonia em três municípios do Ceará, totalizando 14 Unidades da Federação com transmissão autóctone desde a introdução do vírus no país em 2014. Deve-se chamar a atenção para o fato de que, uma vez caracterizada a transmissão sustentada de febre de chikungunya em uma determinada área, 4 Volume 47 2016

Tabela 4 Distribuição dos sorotipos virais da dengue confirmados em 2016, por região e Região/ Amostras Sorotipos confirmados Enviadas Positivas DENV1 DENV2 DENV3 DENV4 Nordeste 18 0 0 0 0 0 Pernambuco 18 0 0 0 0 0 Sudeste 75 50 49 1 0 0 Minas Gerais 52 37 37 0 0 0 Espírito Santo 5 2 2 0 0 0 São Paulo 18 11 10 1 0 0 Sul 5 5 4 0 1 0 Rio Grande do Sul 5 5 4 0 1 0 Centro-Oeste 118 90 88 0 0 2 Mato Grosso do Sul 101 82 80 0 0 2 Mato Grosso 1 0 0 0 0 0 Goiás 16 8 8 0 0 0 Brasil 216 145 141 1 1 2 Fonte: Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) (atualizado em 03/02/2016). Tabela 5 Distribuição dos casos autóctones de febre de chikungunya em 2015, até a Semana Epidemiológica 52, por região e Região/ Municípios com autoctonia Casos Critérios de confirmação dos casos Laboratorial Clínicoepidemiológico Descartado Em Investigação Norte 11 1.703 65 821 619 198 Amazonas 1 147 5 2 68 72 Roraima 2 398 13 1 354 30 Amapá 5 1.052 44 806 165 37 Tocantins 3 106 3 12 32 59 Nordeste 101 24.599 711 8.739 2.199 12.950 Pernambuco 32 3.672 255 1.885 355 1.177 Alagoas 10 1.254 107 75 218 854 Sergipe 15 1.519 118 601 606 194 Bahia 44 18.154 231 6.178 1020 10.725 Sudeste 2 21 14 0 4 3 Rio de Janeiro 2 21 14 0 4 3 Sul 1 34 1 0 29 4 Santa Catarina 1 34 1 0 29 4 Centro-Oeste 4 323 23 5 265 30 Mato Grosso do Sul 3 89 9 3 76 1 Distrito Federal 1 234 14 2 189 29 Total 122 26.952 817 9.568 3.322 13.245 Fonte: Sinan-NET (atualizado em 10/02/2016). com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, o Ministério da Saúde recomenda que os demais casos sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico. Atualização periódica do número de casos nos demais países do continente americano, onde ocorre transmissão de febre de chikungunya, pode ser obtida por intermédio do seguinte endereço eletrônico: http://www.paho.org. Febre pelo vírus Zika Foi confirmada transmissão autóctone de febre pelo vírus Zika no país a partir de abril de 2015. Até a SE 5 de 2016, 22 Unidades da Federação confirmaram laboratorialmente autoctonia da doença (Figura 3). Além disso, também foram confirmados laboratorialmente dois óbitos por vírus Zika no país: um em São Luís/MA e outro em Benevides/PA. Volume 47 2016 5

UF sem registro UF com casos importados UF com casos autóctones Municípios com autoctonia 0 700 1400 2100 Quilômetros Fonte: Sinan e Secretarias Estaduais de Saúde (atualizado em 10/02/2016). Figura 2 Distribuição dos casos importados e dos casos autóctones de febre de chikungunya, por município e Unidade da Federação de residência, Brasil, 2014 a 2016 Autoctonia de vírus Zika 0 700 1400 2100 Quilômetros Fonte: Sinan e Secretarias Estaduais de Saúde (atualizado em 10/02/2016). Figura 3 Unidades da Federação com casos autóctones de febre pelo vírus Zika com confirmação laboratorial, Brasil, 2016 6 Volume 47 2016

Atividades desenvolvidas pelo Ministério da Saúde 1. Distribuição, aos estados e municípios, de insumos estratégicos, como inseticidas e kits para diagnóstico. 2. Elaboração e divulgação no site da SVS dos Planos de Contingência Nacional de Dengue e Chikungunya. 3. Realização de visitas técnicas para assessorar as Unidades da Federação na elaboração dos planos de contingência de dengue e febre de chikungunya. 4. Realização de reuniões macrorregionais (Sudeste, Centro-Oeste e Sul, em 24 e 25 de março de 2015; Norte e Nordeste, em 31 de março e 1º de abril) para revisão dos planos de contingência e atualização das medidas de vigilância, controle e organização da assistência. 5. Adaptação do Sinan para a notificação e investigação dos casos de febre de chikungunya (adequação do instrumento de coleta). 6. Elaboração e revisão dos materiais técnicos para orientação dos estados e municípios para adoção de medidas de controle vetorial, vigilância epidemiológica e manejo clínico de dengue e febre de chikungunya. 7. Campanha de mobilização e informação, com a realização do Dia D+1 em 7 de fevereiro de 2015, no município de Valparaíso, em Goiás. 8. Realização de reunião com dirigentes sobre dengue, chikungunya e zika, nos dias 24 e 25 de novembro de 2015. 9. Elaboração do Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika. 10. Lançamento da campanha de combate à dengue, chikungunya e Zika vírus. 11. Repasse, no Piso Variável de Vigilância em Saúde (PVVS) do Componente de Vigilância em Saúde, de recurso financeiro no valor de R$ 143.702.444,04 para implementação de ações contingenciais de vigilância, prevenção e controle de epidemias mediante situação de emergência (Portaria no 2.162, de 23 de dezembro de 2015). 12. Instalação da Sala Nacional de Coordenação e Controle, com o objetivo de gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti, para o enfrentamento da dengue, do vírus chikungunya e do vírus Zika. 13. Realização de reunião com especialistas para proposta de nova vigilância de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika em janeiro de 2016. Volume 47 2016 7