Plano Estadual do Livro e da Leitura para Santa Catarina O FCLL - Fórum Catarinense do Livro e da Leitura Fórum Leitura coordenado pela Secretaria Executiva, Sr. José Paulo Teixeira. O FCLL tem o propósito de criar e viabilizar politicamente iniciativas que: torne a "leitura" uma política de Estado: A) Assegurar a democratização do acesso ao livro; B) Valorizar e fortalecer as cadeias produtivas, criativas e disseminadoras do livro. Em 2008, foi criado pela Cidade Futura e o Instituto Parati um movimento de leitura batizado, carinhosamente, de movimento Bom de Ler, com o objetivo de estimular a leitura, a formação e a descoberta de bons livros e escritores. Somos um pequeno grupo de escritores catarinenses que investimos parte de nossos tempos e vidas para tornar Santa Catarina um estado de cultura e de leitura, de bons e melhores leitores, de bons e melhores escritores e uma gama de agentes culturais. Dizer não é fazer. Fazer é mais que o mero fazer. É preciso fazer acontecer. Mais: é preciso poder fazer acontecer. Para isso é premente e necessário construir uma plataforma do livro e da leitura e que os agentes públicos responsáveis assumam o processo de elaborar e aprovar o Plano Estadual do Livro e da Leitura e, desta forma, integrar o setor literário, do livro, da leitura e das bibliotecas, ao Plano Estadual de Cultura. É importante termos, além da lei, das políticas estaduais e municipais, uma plataforma e é necessário um programa (os indicadores de leitura mostram o quanto nosso estado de cultura é incompatível com a força que temos em outras áreas, da economia ao turismo). Sem sombra de dúvida, a leitura da escrita é a forma mais importante na história da civilização. O registro das ideias humanas em suportes de argila, papiro, peles de animais e finalmente em papel foi peça fundamental para o desenvolvimento e disseminação das artes e das ciências entre os povos. A leitura sistemática constrói uma subjetividade complexa, permite o deleite estético e amplia o repertório de conhecimentos do leitor. Os hábitos de leitura refletem os níveis escolares, econômicos e culturais de um povo, entre outros indicadores. A influência da escola nos hábitos de leitura dos brasileiros é marcante. Os estudantes leem mais que o dobro em relação àqueles que não estudam. Possivelmente, na fase escolar os livros lidos a pedido dos professores, aliada à necessidade de leitura de outras obras para a realização dos trabalhos escolares, são fatores que elevam a taxa de leitura. O desafio está na permanência do ato da leitura entre aqueles que não estudam. Dados de 2011 revelam que os que estudam leem 6,2 livros por ano, contra 2,3 dos que não estudam. Aqueles que possuem nível superior, por exemplo, em 2011, liam em média 7,7 livros por ano. Quanto maior a renda familiar, mais livros são lidos por ano. A queda do preço dos livros e a variedade de novos lançamentos talvez sejam os motivos para o aumento das vendas. O crescimento da renda familiar nem sempre vem acompanhado pelo aumento no consumo de bens culturais.
As bibliotecas públicas são equipamentos culturais que objetivam atender por meio do seu acervo e de seus serviços, os diferentes interesses de leitura e informação da comunidade em que está localizada, colaborando para ampliar o acesso à informação, à leitura e ao livro, de forma gratuita. Atende a todos os públicos e estão instaladas em 97% dos municípios brasileiros. O Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) divulgou em 2014 que o Brasil possui 6.060 bibliotecas públicas em 5.453 municípios (é 5.570 o total de municípios brasileiros); a região Sul possui 1.272 bibliotecas publicas em 1.188 municípios. Santa Catarina conta com 289 bibliotecas públicas, sendo que o estado possui 295 municípios. O acervo das bibliotecas de Santa Catarina é constituído, 72% por obras doadas e 28% são comprados. A maioria da população brasileira não frequenta bibliotecas e esta também é a realidade de Santa Catarina. As bibliotecas catarinenses têm seus acervos ampliados por meio de doações. São livros e outros materiais usados que as pessoas, por não os quererem mais em suas casas, mas com reservas à ideia de jogar livros no lixo, os entregam à guarda das bibliotecas. As doações não devem ser a única forma de crescimento do acervo, a falta de investimentos constantes na compra de livros novos afasta os leitores. O uso do espaço de leitura e uso do sinal de Internet wifi atrai o público jovem que se prepara para concursos ou estuda para faculdade. A leitura de periódicos e a consulta local a outros materiais atende a preferência de usuários adultos. O uso de internet a partir de computadores oferecidos pelas bibliotecas é bastante procurado, porém estes usuários formam um grupo distinto e não costumam usufruir os demais serviços oferecidos pela biblioteca. As bibliotecas públicas catarinenses, de forma geral, têm um longo caminho a percorrer até alcançarem o status de centro cultural dinamizador de suas comunidades. Algumas unidades, no entanto, sobressaem e dão bons exemplos de serviços de incentivo à leitura, promoção de eventos e cursos. As bibliotecas públicas catarinenses têm o apoio do SBPSC - Sistema de Bibliotecas Públicas de Santa Catarina. Criado em 1986, tem como objetivo implantar, expandir, modernizar e prestar assessoria a bibliotecas públicas em todos os municípios do Estado. Em 2008, a partir do decreto estadual n. 1.572, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) passou a coordenar suas atividades. A biblioteca escolar objetiva atender os interesses de leitura e informação da sua comunidade e trabalha em consonância com o projeto pedagógico da escola a qual está inserida. Atende prioritariamente alunos, professores, funcionários da unidade de ensino, podendo também ampliar sua ação para atender os familiares de alunos e a comunidade moradora do entorno. Está localizada dentro de uma unidade de ensino pré-escolar, fundamental e/ou médio. A história da editoração de livros no Brasil é relativamente recente. O marco oficial das práticas editoriais brasileiras foi à fundação da Impressão Régia, em 13 de maio de 1808. A partir daí, foram criadas diversas tipografias. Até início do século XX, era comum que livros de autores brasileiros fossem impressos na França e em Portugal.
O mercado editorial é complexo e envolve a atuação do governo, editores, autores, tradutores, tipógrafos, distribuidores, bibliotecários, livreiros e, claro, o leitor, só para citar alguns. As relações entre esses atores são afetadas diretamente pela saúde da economia, pelas políticas públicas para a educação, a lei de direito autoral, os níveis de alfabetização e cultura das classes sociais, entre outros fatores. No Brasil, o principal comprador de livros é o Governo Federal (mais de 50% do total de vendas), que distribui gratuitamente livros didáticos para os estudantes das escolas públicas de nível Fundamental e Médio por meio do PNDE - Programa Nacional do Livro Didático e livros de literatura através do PNBE - Programa Nacional Biblioteca na Escola. A comercialização de livros é livre de impostos, conforme assegura a constituição brasileira em seu artigo 150. Em 2012 a produção de títulos de autores brasileiros cai de 53.506 para 51.905. Sobre as editoras catarinenses, há pouquíssimas informações sistematizadas. Não foram encontradas pesquisas sobre o volume de vendas das editoras, tão pouco sobre a penetração dos livros catarinenses em outros estados. Registra-se aqui nome de algumas editoras catarinenses com reconhecida tradição: Florianópolis: Ed. da UFSC, Ed. Cuca Fresca, Ed. Insular, Ed. Garapuvu, Ed. Expressão. Blumenau: Ed. da Furb, Ed. Vale das Letras. Joinville: Ed. Letradágua. Chapecó: Argos Editora da Unichapecó. As livrarias distribuem-se de forma muito desigual no território brasileiro. 60% das livrarias brasileiras concentram-se na Região Sudeste e 16% na Região Sul. A consolidação da venda on-line de livros no Brasil nos sites das editoras ou de grandes redes de livrarias, o leitor adquirir obras impressas, que chegam por correio, ou então versões digitais, em formatos de arquivos pdf; neste caso, imediatamente após a compra, o leitor já tem acesso à obra. ESCRITORES CATARINENSES Ao lado da leitura, a habilidade de escrever é fundamental, das mais básicas e necessárias a todo indivíduo que almeja autonomia de pensamento e de exercício da cidadania. Quem escreve bem se comunica em diferentes tempos e espaços, afina a sua capacidade de crítica, cria registros que serão lidos e interpretados pelas próximas gerações. Em comparação, aquele que não escreve, de forma geral, não tem plena clareza sobre as suas ideias e conhece pouco sobre o mundo. Tal como aquele que não lê; quem não escreve é excluído de um número sem fim de atividades, vive à margem e, não raro, sente-se inferior àqueles que dominam o alfabeto. Para ser chamado de escritor, no entanto, não basta ser alfabetizado, diz o senso comum. Uma rápida pesquisa em dicionários permite constatar que são nomeados escritores os autores de livros de cunho literário ou científico.
Políticas públicas A leitura e a escrita devem ser consideradas base em processos de formulação e implantação de políticas públicas de educação e cultura dos governos em todos os seus níveis e modalidades de ensino e de administração, e, junto com o tema das línguas, perpassá-las estruturalmente, tal como proposto no PNC - Plano Nacional de Cultura, elaborado pelo Ministério da Cultura. A consolidação de políticas e programas de fomento à leitura deve ser pensada a curto, médio e longo prazo, com ênfase no caráter permanente. PROPOSTA DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA DO LIVRO Linha de Ação Fomento do desenvolvimento da cadeia produtiva do livro Objetivos: a) Apoiar cursos de formação de profissionais para o mercado do livro. b) Incentivar a instituição de linhas de financiamento para editoras, gráficas e livrarias, especialmente as micro e pequenas empresas. c) Assegurar a compra periódica de livros para as bibliotecas públicas e escolares catarinenses. Linha de Ação Fomento à distribuição, circulação e consumo de bens de leitura Objetivos: a) Incentivar campanhas publicitárias que promovam a literatura catarinense em todo o país. b) Fomentar a abertura de livrarias convencionais e em pontos alternativos e apoiar as existentes. c) Analisar a tributação do setor livreiro e propor alternativas que viabilizem tarifas diferenciadas para transporte e circulação de bens de leitura. d) Fortalecer as feiras de livros já existentes no estado e envidar esforços para a criação de feiras literárias catarinenses de grande porte, com repercussão nacional. Linha de Ação Apoio à cadeia criativa do livro Objetivos: a) Incentivar e fomentar programas de bolsas de criação literária para apoiar escritores. b) Apoiar o fortalecimento da Academia Catarinense de Letras, a fim de ampliar sua infraestrutura e seu poder de atuação no estado. c) Incentivar e fomentar projetos de circulação de escritores catarinenses nas escolas, bibliotecas, feiras de livros, entre outros espaços de oportunizem contato com o público leitor. d) Promover fóruns sobre direitos autorais e copyrights restritivos e não restritivos. e) Promover a defesa dos direitos do autor.
PROGRAMAS E PROJETOS Incentivo à leitura e à escrita catarinenses Programa e Lei Catarinense Programa Cem cópias sem Custo, instituído pela lei estadual 15.019, de 22 de dezembro de 2009: permite a reprodução gratuita de 100 cópias de uma obra para escritores que não têm condições financeiras para arcar com a tiragem. Administrado pela Diretoria da Imprensa Oficial e Editora de Santa Carina. Procedência: Governamental Natureza: PL./0425.0/2009 DO: 18.757 de 22/12/09 Cria o Programa Cem Cópias Sem Custo, de incentivo à produção literária e cultural, vinculado à Secretaria de Estado da Administração e adota outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica criado o Programa Cem Cópias Sem Custo, vinculado à Secretaria de Estado da Administração. Art. 2º Este Programa tem por objetivo: I - gerar oportunidades para autores, compositores, artistas em geral, carentes de recursos e apoio, divulgarem e publicarem suas obras por meio de: a) livros; e b) capas em papel de disco compacto - CD; II - estimular a publicação de trabalhos acadêmicos; III - garantir a publicação mínima de 100 (cem) exemplares sem custo, aos beneficiados pelo Programa; e IV - democratizar a produção editorial e gráfica estimulando o surgimento de novos talentos. Parágrafo único. Somente pessoas físicas poderão fazer uso dos benefícios do Programa Cem Cópias Sem Custo. Art. 3º O Conselho Editorial, órgão responsável pela implantação, gestão e manutenção do Programa, será designado em decreto pelo Governador do Estado para o período de um ano, tendo a seguinte composição: I - um representante da Secretaria de Estado da Administração; II - um representante da Secretaria de Estado do Turismo, Cultura e Esporte; III - um representante da Fundação Catarinense de Cultura; IV - um representante do Conselho Estadual de Cultura; e
V - quatro representantes de entidades representativas da sociedade civil organizada, ligadas à área temática. Parágrafo único. A Presidência do Conselho Editorial será exercida pelo representante da Secretaria de Estado da Administração, conforme regulamento. Art. 4º São os seguintes os gêneros contemplados para as publicações beneficiadas pelo Programa Cem Cópias Sem Custo: I - científico; II - romance; III - ficção; IV - suspense; V - autoajuda; VI - infanto-juvenil; e VII - outras expressões culturais, desde que aprovada pelo Conselho. Art. 5º São os seguintes os critérios de bonificação para edição: I - primeira tiragem: 100 (cem) cópias sem custo; II - segunda tiragem: 100 (cem) cópias com custo de 20% (vinte por cento) do valor orçado; III - terceira tiragem: 100 (cem) cópias com custo de 30% (trinta por cento) do valor orçado; IV - quarta tiragem: 100 (cem) cópias com custo de 40% (quarenta por cento) do valor orçado; V - quinta tiragem: 100 (cem) cópias com custo de 50% (cinquenta por cento) do valor orçado; VI - sexta tiragem: 100 (cem) cópias com custo de 60% (sessenta por cento) do valor orçado; VII - sétima tiragem: 100 (cem) cópias com custo de 70% (setenta por cento) do valor orçado; VIII - oitava tiragem: 100 (cem) cópias com custo de 80% (oitenta por cento) do valor orçado; IX - nona tiragem: 100 (cem) cópias com custo de 90% (noventa por cento) do valor orçado; e X - décima tiragem: 100 (cem) cópias com custo de 100% (cem por cento) do valor orçado. 1º Para ter direito a bonificação prevista neste artigo, o beneficiário deverá autorizar a impressão de até 30% (trinta por cento) de cópias de cada tiragem realizada dentro do Programa Cem Cópias Sem Custo, sem qualquer ônus ao Estado, para distribuição gratuita a título de incentivo à leitura, nas seguintes instituições: I - unidades escolares das redes; pública estadual e municipal; II - bibliotecas públicas estaduais e municipais; III - arquivos públicos estaduais e municipais; e
IV - outras instituições de incentivo à leitura e cultura, a critério do conselho. 2º Cada pessoa física poderá ser contemplada com os benefícios do Programa Cem Cópias Sem Custo, uma vez a cada ano. Art. 6º As publicações estarão sujeitas à capacidade de impressão da gráfica, ao estoque de material para uso, e à reserva financeira de no máximo 3% (três por cento) do valor líquido do balanço entre renda e despesas com impressão gráfica encontrada mês a mês, utilizada como base, para as concessões do mês subsequente. Art. 7º As despesas decorrentes da execução do Programa Cem Cópias Sem Custo correrão por conta do Fundo de Materiais Publicações e Impressos Oficiais. Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Florianópolis, 22 de dezembro de 2009. LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA Governador do Estado Lei n.º 13.848, de 09 de outubro de 2006 Autoriza a instituição da Política Estadual do Livro LEI Nº 15.019, de 22 de dezembro de 2009. LEI Nº 13.848, de 09 de outubro de 2006. Autoriza a instituição da Política Estadual do Livro. O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I Da Política Estadual do Livro Art. 1º Fica autorizada a instituição da Política Estadual do Livro do Estado de Santa Catarina, mediante adoção facultativa das seguintes diretrizes: I democratização do acesso ao livro, através de mecanismos de incentivo à leitura, permitindo ao cidadão o acesso e uso do livro; II dinamização do uso do livro como meio principal e insubstituível da difusão da cultura e transmissão do conhecimento, do fomento à pesquisa social e científica, da conservação do patrimônio cultural do Estado, da transformação e aperfeiçoamento social e da melhoria da qualidade de vida; III fomento e apoio à produção, a edição, a difusão, a distribuição e a comercialização da produção editorial em todo território catarinense;
IV estímulo à produção dos escritores catarinenses, tanto de obras científicas como culturais; V promoção e incentivo ao hábito da leitura; VI promoção da integração da produção literária catarinense, dinamizando formas de inserção da produção estadual à nacional e internacional; VII apoio às iniciativas de entidades associativas, culturais, artísticas e do Poder Público que têm como objetivo a produção e divulgação do livro; VIII apoio à livre circulação do livro no Estado, fomentando as exportações de livros catarinenses para outros estados e países; IX capacitação da população para o uso do livro como fator fundamental para seu desenvolvimento econômico, político, social, ambiental e de promoção da justa distribuição do saber e da renda; X instalação e ampliação no Estado e em parceria com os municípios, livrarias, bibliotecas e pontos de venda de livro; XI implantação e ampliação de centros de estudo e pesquisa, estimulando a criação de uma rede de bibliotecas escolares que possibilite a troca de conhecimentos e experiências; XII propiciar, sempre que possível, aos autores, editores, distribuidores e livreiros as condições necessárias ao cumprimento do disposto nesta Lei; e XIII viabilizar às pessoas com deficiência visual o acesso à leitura através do Sistema Braille. Art. 2º O Governo do Estado, através dos órgãos competentes, poderá organizar e submeter ao debate da sociedade por intermédio das organizações da sociedade civil vinculadas ao livro, o Plano Anual de Difusão do Livro. Parágrafo único. O Plano Anual de Difusão do Livro poderá ser elaborado em consonância com os prazos previstos para o Orçamento Anual do Estado, que poderá consignar os recursos orçamentários necessários para a execução do Plano. CAPÍTULO II Do Livro Art. 3º Considera-se livro, para efeitos desta Lei, a publicação de textos escritos em fichas ou folhas, não periódica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer formato e acabamento. Parágrafo único. São equiparados a livro: I fascículos, publicações de qualquer natureza que representem parte de livro; II materiais avulsos relacionados com o livro, impressos em papel ou em material similar; III roteiros de leitura para controle e estudo de literatura ou de obras didáticas; IV álbuns para colorir, pintar, recortar ou armar; V atlas geográficos, históricos, anatômicos, mapas e cartogramas;
VI textos derivados de livro ou originais, produzidos por editores, mediante contrato de edição celebrado com o autor, com a utilização de qualquer suporte; VII livros em meio digital, magnético e ótico, para uso exclusivo de pessoas com deficiência visual; e VIII livros impressos no Sistema Braille. Art. 4º É livro catarinense o publicado por editora sediada em Santa Catarina, em qualquer idioma, bem como o impresso ou fixado em qualquer suporte no exterior por editor sediado em Santa Catarina. CAPÍTULO III Da Editoração, Distribuição e Comercialização do Livro. Art. 5º Para efeitos desta Lei é considerado: I livro: toda publicação não-periódica, identificável quanto à responsabilidade editorial, produzida ou comercializada de maneira unitária ou parcelada, podendo seu conteúdo ser fixado em qualquer formato ou veículo de uma ou múltiplas bases materiais ou digitais; II autor: a pessoa física criadora de livros; III editor: a pessoa física ou jurídica que adquire o direito de reprodução de livros, dando a eles tratamento adequado à leitura; IV distribuidor: a pessoa jurídica que opera no ramo de compra e venda de livros por atacado; e V livreiro: a pessoa jurídica ou representante comercial autônomo que se dedica à venda de livros. Art. 6º As empresas editoriais, preferencialmente, devem adotar o Sistema de Catalogação na publicação e o número internacional padronizado (ISBN) para os livros. Parágrafo único. O número referido no caput deste artigo constará, preferencialmente, da quarta capa do livro impresso. Art. 7º O Poder Executivo poderá estabelecer formas de financiamento para as editoras e para o sistema de distribuição de livro, por meio de criação de linhas de crédito específicas. Parágrafo único. Caberá, ainda, ao Poder Executivo implementar programas anuais para manutenção e atualização do acervo de bibliotecas públicas, universitárias e escolares, incluídas obras em Sistema Braille. Art. 8º Na produção do livro deverão ser encaminhados, pelos editores 3 (três) exemplares à Biblioteca Pública Estadual. Art. 9º É o Poder Executivo autorizado a promover o desenvolvimento de programas de ampliação do número de livrarias e pontos de venda em Santa Catarina, podendo ser ouvidas as Prefeituras Municipais competentes.
Art. 10. A veiculação de publicidade em livros, tendo como objetivo o seu barateamento, mesmo a título oneroso, poderá não alterar os benefícios de que o mesmo goza em qualquer esfera. CAPÍTULO IV Da Aquisição de Livros Art. 11. O livro como elemento indissociável do sistema de ensino do Estado de Santa Catarina é considerado essencial e prioritário. Art. 12. A aquisição de livros didáticos e paradidáticos pelo Poder Público poderá ser feito no mercado livreiro catarinense de acordo com as necessidades das escolas e das bibliotecas, sob fiscalização do órgão competente, e levando em consideração o currículo estabelecido, a autonomia escolar e a livre indicação dos professores. Art. 13. O Poder Executivo poderá organizar o cronograma de compras de livros pelas escolas, objetivando manter o equilíbrio entre a capacidade industrial e a demanda, podendo inclusive determinar aos órgãos correspondentes no Estado que procedam da mesma forma. Art. 14. O Poder Executivo deverá consignar em seu orçamento verbas destinadas às bibliotecas públicas estaduais para aquisição de livros. Parágrafo único. Para fins de aquisição pelo Poder Público da administração direta e indireta, o livro poderá não ser considerado material permanente. Art. 15. O Poder Executivo, anualmente, poderá selecionar autores catarinenses cujas obras serão adquiridas para compor o acervo das bibliotecas públicas estaduais. Art. 16. O auxílio e a cooperação de entidades e agências internacionais, quando destinados à aquisição e distribuição de livros didáticos e paradidáticos, serão feitos nos termos da Lei, no que se refere a compras efetuadas no mercado livreiro, como no que diz respeito ao currículo básico, à autonomia das escolas e à liberdade de escolha dos professores. CAPÍTULO V Da Difusão do Livro Art. 17. O Poder Executivo poderá criar e executar projetos de acesso ao livro e incentivo à leitura, bem como ampliar os já existentes e implementar, isoladamente ou em parcerias públicas ou privadas, as seguintes ações em âmbito nacional: I criar parcerias, públicas ou privadas, para o desenvolvimento de programas de incentivo à leitura, com a participação de entidades públicas e privadas; II incentivar a realização de Feiras de Livros em todos os municípios e a participação especial de Santa Catarina em Feiras Nacionais e Internacionais; III estimular a criação e execução de projetos voltados para o estímulo e a consolidação do hábito de leitura, mediante: a) revisão e ampliação do processo de alfabetização e leitura de textos de literatura nas escolas;
b) introdução da hora de leitura diária nas escolas; c) exigência pelos sistemas de ensino, para efeito de autorização de escolas, de acervo mínimo de livros para as bibliotecas escolares; IV instituir programas, em bases regulares, para a exportação e venda de livros brasileiros em feiras e eventos internacionais; e V criar cursos de capacitação do trabalho editorial, gráfico e livreiro em todo o território nacional. CAPÍTULO V Disposições Gerais Art. 18. Cabe aos municípios a iniciativa de firmar convênios com o Governo do Estado a fim de receberem os incentivos desta Lei, no que concerne às bibliotecas municipais. Art. 19. O Governo do Estado fica autorizado a regulamentar a presente Lei e enviar à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, se entender conveniente; Projeto de Lei criando o Fundo Estadual do Livro e a Comissão Estadual do Livro. Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Florianópolis, 09 de outubro de 2006. EDUARDO PINHO MOREIRA Governador do Estado Lei e decreto Federal Lei federal nº 10.753, de 30 de outubro de 2003 Institui a Política Nacional do Livro. Artigos de destaque: Art. 16. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios consignarão, em seus respectivos orçamentos, verbas às bibliotecas para sua manutenção e aquisição de livros. Art. 17. A inserção de rubrica orçamentária pelo Poder Executivo para financiamento da modernização e expansão do sistema bibliotecário e de programas de incentivo à leitura será feita por meio do Fundo Nacional de Cultura. Art. 18. Com a finalidade de controlar os bens patrimoniais das bibliotecas públicas, o livro não é considerado material permanente. Decreto presidencial nº 7.559, de 1º de setembro de 2011 Dispõe sobre o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e dá outras providências.
Proposta: Emenda Escritor Antônio Ramos da Silva LEI Nº 13.848, de 09 de outubro de 2006. Autoriza a instituição da Política Estadual do Livro. CAPÍTULO I Da Política Estadual do Livro Art. 1º Fica autorizada a instituição da Política Estadual do Livro do Estado de Santa Catarina, mediante adoção facultativa das seguintes diretrizes: III fomento e apoio à produção, a edição, a difusão, a distribuição e a comercialização da produção editorial em todo território catarinense; como espaço reservado nas livrarias e bibliotecas escolar, municipal e estadual para autores catarinenses. IV estímulo à produção dos escritores catarinenses, tanto de obras científicas como culturais; adquirindo para compor os acervos das bibliotecas das escolas estadual e municipal, bem como as bibliotecas publicas do estado de Santa Catarina, VI promoção da integração da produção literária catarinense, dinamizando formas de inserção da produção estadual à nacional e internacional; VIII apoio à livre circulação do livro no Estado, fomentando as exportações de livros catarinenses para outros estados e países; XII propiciar, sempre que possível, aos autores, editores, distribuidores e livreiros as condições necessárias ao cumprimento do disposto nesta Lei; e Art. 2º O Governo do Estado, através dos órgãos competentes, poderá organizar e submeter ao debate da sociedade por intermédio das organizações da sociedade civil vinculadas ao livro, o Plano Anual de Difusão do Livro. Parágrafo único. O Plano Anual de Difusão do Livro poderá ser elaborado em consonância com os prazos previstos para o Orçamento Anual do Estado, que poderá consignar os recursos orçamentários necessários para a execução do Plano. Art. 7º O Poder Executivo poderá estabelecer formas de financiamento para as editoras e para o sistema de distribuição de livro, por meio de criação de linhas de crédito específicas. Parágrafo único. Caberá, ainda, ao Poder Executivo implementar programas anuais para manutenção e atualização do acervo de bibliotecas públicas, universitárias e escolares, incluídas obras em Sistema Braille.
Art. 13. O Poder Executivo poderá organizar o cronograma de compras de livros pelas escolas, objetivando manter o equilíbrio entre a capacidade industrial e a demanda, podendo inclusive determinar aos órgãos correspondentes no Estado que procedam da mesma forma. Art. 14. O Poder Executivo deverá consignar em seu orçamento verbas específicas destinadas às bibliotecas públicas estaduais para aquisição de livros de autores catarinenses. Art. 15. O Poder Executivo, anualmente, selecionara através do seu cadastro os autores catarinenses cujas obras serão adquiridas para compor o acervo das bibliotecas públicas estaduais. Art. 18. Cabe aos municípios a iniciativa de firmar convênios com o Governo do Estado a fim de receberem os incentivos desta Lei, no que concerne às bibliotecas municipais. Art. 19. O Governo do Estado fica autorizado a regulamentar a presente Lei e enviar à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, se entender conveniente; Projeto de Lei criando o Fundo Estadual do Livro e a Comissão Estadual do Livro. São Bento do Sul, 10 de Outubro de 2015. Antônio Ramos da Silva Presidente da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul
Considerações finais: Elencamos alguns escritores catarinenses que apoiam a iniciativa: Maurélio Machado (São Bento do Sul) Ivanilde Kiem Dranka (São Bento do Sul) Mariano Soltys (São Bento do Sul) Cléverson Minikovski (São Bento do Sul) Gilmar Voltolini (São Bento do Sul) Rose Bona (São Bento do Sul) Edimar Geraldo Salomon (São Bento do Sul) Rita Padoin (Urussanga) Isabella Pavesi (Florianópolis) Celio Gilberto Silva (São José) Marli da Cruz (São José) Adriana Garda de Souza (Nova Trento) É de suma importância à criação da Associação dos Escritores do Estado de Santa Catarina, sediada em Florianópolis e as Associações dos Escritores Municipais. Outro fator preponderando para a produção das obras literárias ou cientificas seria a parceria com gráficas regionais gerando emprego e renda. A contrapartida social propiciaria a aproximação do escritor com o leitor, em festas literárias, oficinas, divulgação das obras nas redes municipal e estadual de ensino. Além de fomentar a adesão de futuros nossos escritores; pois escrever, editar e divulgar uma obra intelectual no estado de Santa Catarina é possível. Antônio Ramos da Silva Idealizador do projeto