unesp 14a. Reunião Técnica PROTEF Nov/2009 PERSPECTIVAS PARA MANEJO DO PERCEVEJO BRONZEADO DO EUCALIPTO Carlos F. Wilcken; Everton P. Soliman; Alexandre C. V. Lima; Mário H.F.A. Dal Pogetto; Thaise K.R. Dias FCA/UNESP - Botucatu
Percevejo bronzeado do eucalipto Praga exótica Espécie: Thaumastocoris peregrinus (Hemiptera: Thaumastocoridae) Origem: Austrália Detecção: Detectado em maio de 2008
Ciclo biológico médio do percevejo bronzeado T. peregrinus em folhas de Eucalyptus em condições de laboratório (ToC: 26 o C; fotofase de 13 h) Fase de ovo: 7 a 9 dias Fase ninfas: 15,1 dias Fase adulta: 30 a 40 dias No. Médio de ovos/fêmeas: 50 a 60 ovos (Soliman, não public.)
Distribuição Geográfica Tabela 3. Distribuição geográfica de Thaumastocoris peregrinus (Hemiptera: Thaumastocoridae) (Carpintero & Dellape, 2006; FAO, 2008; Bouvet, com. pessoal) Continente Oceania África América do Sul País Austrália África do Sul e Zimbabwe Argentina, Uruguai, Brasil e Chile
T. peregrinus: ninfas e adultos
Artigo: Nadel et al. (2009). DNA bar-coding reveals source and patterns of Thaumastocoris peregrinus invasions in South Africa and South America (Biological Invasions)
Conclusão: O haplótipo de Thaumastocoris peregrinus da América do Sul (Ha) tem origem em Sydney (Austrália) Foi introduzido na Argentina e dispersou-se para Uruguai e Brasil.
T. peregrinus: posturas.
Ovos: T. peregrinus + G. brimblecombei
Ovos: T. peregrinus
Posturas de T. peregrinus em folhas vivas e secas
Posturas de T. peregrinus em frutos de eucalipto
T. peregrinus: eclosão
T. peregrinus: ninfas
T. peregrinus: adultos nas folhas
T. peregrinus: infestação
Excrementos nas folhas
T. peregrinus: infestação de adultos em ramos de eucalipto
T. peregrinus: infestação de adultos em folhas de eucalipto
DANOS Prateamento (semelhante a dano de tripes) Clorose Bronzeamento de folhas Secamento de folhas Desfolhamento Aparentemente há preferência por folhas maduras (terço inferior e médio da copa)
Prateamento e início de bronzeamento de folhas - urograndis
Sintomas de bronzeamento e colônia de ninfas em folha de clone urograndis. Salto de Pirapora, SP, OUT/2008.
Sintomas de clorose e bronzeamento de folha de clone urograndis.
Bronzeamento causado pelo percevejo bronzeado em E. viminalis. Rosário do Sul, RS, 2009.
Clorose da copa e desfolha de ponteiro em E. urophylla causado pelo percevejo bronzeado. S. Manuel,SP. Junho de 2009.
Dano: Clone com baixa infestação x clone clorótico (1270). Pompéu, MG. Agosto / 2009.
Dano: Desfolha de ponteiro, clone VM-1. Pompéu, MG. Agosto / 2009.
Dano: Clorose no clone UROxCAM. Pompéu, MG. Agosto / 2009.
Dano: Clorose e bronzeamento em clone UROxCAM. Pompéu, MG. Agosto / 2009.
Dano: Desfolhamento em clone GRA x CAM em comparação com Urograndis. Pompéu, MG. agosto / 2009.
Dano: Desfolhamento em clone urograndis. Gov. Valadares, MG. outubro / 2009.
Dano: Desfolhamento em clone urograndis. Gov. Valadares, MG. outubro / 2009.
Dano: Desfolhamento em clone urograndis. Gov. Valadares, MG. outubro / 2009.
Dano: Desfolhamento em clone urograndis. Gov. Valadares, MG. outubro / 2009.
Dano: Desfolhamento em clone urograndis. Gov. Valadares, MG. outubro / 2009.
Associação de pragas exóticas: T. peregrinus + G. brimblecombei. S. Manuel, SP. Junho / 2009.
Distribuição geográfica: - SP (2008) - RS (2008) - MG (2008) - PR (2009) - ES (2009) - MS (2009) - RJ (2009) - SC (2009)
Distribuição geográfica do percevejo bronzeado no RS. Ago/2008
Distribuição geográfica do percevejo bronzeado em SP. Jul/2008
Distribuição geográfica do percevejo bronzeado em SP. Ago/2009
Distribuição geográfica do percevejo bronzeado em MG. Nov/2009
Distribuição geográfica do percevejo bronzeado no PR. Ago/2009
Distribuição geográfica do percevejo bronzeado no ES. Nov/2009
Distribuição geográfica do percevejo bronzeado no MS. Out/2009
Dispersão do percevejo bronzeado nas rodovias de SP. Nov/2008
Testes prévios com espécies e clones de eucalipto conduzidos no LCBPF/UNESP Material adequado à T. peregrinus (desenvolvimento e oviposição) Espécies: Clones: Eucalyptus camaldulensis Eucalyptus urophylla Eucalyptus dunnii Urograndis: H-13, VR-3748 VR-3709; 519, 1404, C-219, GG-100 (I-144*, H-15*, H-18*) Uro x Cam: VM-01 Gra x Cam: 3025, 1277 E. urophylla: 433, 117-20
Testes prévios com espécies e clones de eucalipto conduzidos no LCBPF/UNESP Material adequado à T. peregrinus (desenvolvimento e oviposição) Espécies pouco adequadas (experimento em andamento) Corymbia citriodora ( 35% de sobrevivência) Espécies inadequadas Eucalyptus cloeziana (100 % de mortalidade) Eucalyptus pilularis (100% de mortalidade) Corymbia torelliana ( 100% de mortalidade)
Controle: Desconhecido Possibilidades: Importação de inimigos naturais Candidato: Cleruchoides noackae (Hymenoptera: Mymaridae) parasitóide de ovos. Controle curativo com aplicação de inseticidas sistêmicos e/ou com fungos entomopatogênicos. Seleção de material resistente (a longo prazo) África do Sul: firmando convênio com Austrália para busca por inimigos naturais
Monitoramento: Monitoramento do psilídeo-de-concha com armadilhas adesivas.
Dinâmica populacional Flutuação Populacional do P. bronzeado região de Brotas (macho e fêmea) Nº de Indivídu 70 60 50 40 30 20 10 0 Ago Set Out Nov Dez Fig. Flutuação populacional de T. peregrinus em Brotas, SP (IP)
Flutuação Populacional do P. bronzeado região de Luís Antônio (macho e fêmea) 80 Nº de Indivídu 60 40 20 0 Ago Set Out Nov Dez Flutuação Populacional do P. bronzeado região de Mogi Guaçu (macho e fêmea) Nº de Indivídu 60 50 40 30 20 10 0 Ago Set Out Nov Dez
Flutuação Populacional do T. peregrinus (macho e fêmea) Nº de Indivídu 120 100 80 60 40 20 0 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Período - Ano 2009 COMP-26-TCII COMP-27-TCII COMP-28-MN COMP-29-STA COMP-01-CAVG COMP-02-CAVG Fig. Flutuação populacional de T. peregrinus em Itirapina, SP (Conpacel)
Controle: Bioensaio com aplicação de inseticidas biológico à base de fungos entomopatogênicos. Tratam. Produto comercial Princípio ativo Concentração Dose Forma de aplicação 1 Vertirril L. lecanii 1 x 10 7 con./ml pulverizada 2 Boveril 3 Metarril 4 Bb Toyobo 5 Ma Toyobo B. bassiana M. anisopliae B. bassiana M. anisopliae 1 x 10 8 con. /ml pulverizada 1 x 10 8 con. /ml pulverizada 1 x 10 8 con. /ml pulverizada 1 x 10 8 con. /ml pulverizada Testem. - - - - -
Eficiência de formulações de fungos entomopatogênicos ao percevejo bronzeado do eucalipto 100,00 90,00 80,00 Eficiência (%) - Abbott (1 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 Vertirril Boveril Metarril Beauv. Toyobo Met. Toyobo 20,00 10,00 0,00 3 DAT 5 DAT 7 DAT 9 DAT Dias de avaliação após a pulverização Eficiência de diferentes micoinseticidas no controle do percevejo bronzeado em laboratório (26 oc; fotofase: 13:11h)
Testes com inseticidas químicos Testes de laboratório e campo: Imidacloprid (Confidor 700 GRDA) Thiamethoxam (Actara 250 WG) Acefato (Orthene ou Cefanol) B. bassiana e M. anisopliae (Boveril e Metarril)
Eficiência de diferentes inseticidas químicos e biológico no controle do percevejo bronzeado. Pompéu, MG (SET/OUT 2009) Trat. Produto comercial Nome técnico Dose (g ou ml/ha) 1 Boveril Beauveria bassiana 5 g 2 Boveril Beauveria bassiana 10 g 3 Boveril Beauveria bassiana 15 g 4 Metarril SC Metarrizium anisopliae 250 ml 5 Mettarril SC Metarrizium anisopliae 500 ml 6 Metarril SC Metarrizium anisopliae 1000 ml 7 Actara 250 WG thiametoxam 100 g 8 Actara 250 WG thiametoxam 150 g 9 Actara 250 WG thiametoxam 200 g 10 Engeo Pleno thiametoxam + lambdacialotrina 200 ml 11 Orthene acefato 500 g 12 Testemunha
120 100 80 97,0 86,4 88,3 87,3 77,2 79,1 96,2 97,9 92,9 94,8 98,4 84,6 86,9 69,6 ninfas 60 adultos 40 Total 20 0 Actara 100 g/ha Actara 150 g/ha Actara 200 g/ha Engeo Pleno 200 ml/ha 0,0 Orthene 500 g/ha Eficiência de diferentes inseticidas no controle do percevejo bronzeado após 1 DAT. Pompéu, MG, 2009.
100 92,3 93,8 94,1 91,8 91,2 Eficiência (% 90 80 70 60 50 40 30 46,1 82,5 33,0 68,5 81,0 62,6 Ninfas Adultos Total 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Tratamentos Eficiência de diferentes inseticidas no controle do percevejo bronzeado após 12 DAT. Pompéu, MG, 2009.
Condições para aplicação aérea Aplicação aérea com inseticidas: Utilizar menor volume de calda/área (UBV) 5 L/ha com 50 % de óleo vegetal Aplicação aérea com fungos entomopatogênicos: Utilizar maior volume de calda/área 20 Ll/ha com 5 a 10 % de óleo vegetal
- Agosto de 2009: Epizootia natural de fungos entomopatogênicos (B. bassiana e M. anisopliae) Itirapina a Lençóis Paulista causa: alta UR. - Material sendo isolado em laboratório e preparado para multiplicação em meio de cultura visando teste de controle.
Inimigos naturais Crisopídeo: Chrysoperla externa (bicho-lixeiro)
Inimigos naturais Percevejo predador: Atopozelus opsimus
Proposta de pesquisa: - PROTEF: coordenação de pesquisas de biologia, monitoramento e controle - Estudo da bioecologia da praga (em andamento). - Experimentação: avaliação de inseticidas químicos e biológicos (em andamento). - Edital 49/2009 CNPq/Universal (aprovado) - Participação do grupo de estudos (Argentina, Uruguai, Brasil e Chile)
Empresas florestais participantes: - Eucatex - Veracel - Duratex - Copener (Bahia Pulp) - Lwarcel - Suzano (em andam.) - VCP (SP, MS e RS) - Arcelor-Mittal* - Conpacel - Ramires* - International Paper - V&M Florestal - Cenibra * Participação apenas no Projeto Psilídeo-de-concha
Atividades a serem desenvolvidas no PCMPEE: - Determinação da altura de vôo do percevejo bronzeado - Determinação de sistema de amostragem para a praga - Distribuição espacial intra-planta - Avaliação da eficiência de inseticidas químicos e biológicos no controle do percevejo bronzeado - Sistêmicos (Confidor, Actara e Engeo) - Biológicos (B. bassiana, M. anisopliae, L. longisporum)
Atividades a serem desenvolvidas no PCMPEE: - Importação do inimigo natural: - Reunião conjunta para estratégia da importação (África do Sul, Argentina, Brasil, Chile e Uruguai) - Custos da importação AU$ 26.500,00 - Solicitação encaminhada ao MAPA. - Participação conjunta IPEF-SIF
Agradecimentos - Empresas florestais - Estudantes de Graduação e Pós-Graduação - UNESP PROTEF LCBPF UNESP - Botucatu