INQUÉRITO ÀS NECESSIDADES DE QUALIFICAÇÃO DAS MICROEMPRESAS DA RAM 2006/2008

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Transcrição:

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DIRECÇÃO REGIONAL DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL INQUÉRITO ÀS NECESSIDADES DE QUALIFICAÇÃO DAS MICROEMPRESAS DA RAM 2006/2008 SÍNTESE DE INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA A Direcção de Serviços de Estatísticas, Estudos e Avaliação da Direcção Regional de Formação Profissional, realizou em 2005, na Região Autónoma da Madeira, o Inquérito às Necessidades de Qualificação das Microempresas da RAM 2006/2008. O inquérito foi realizado por amostragem e abrangeu as empresas com menos de 10 pessoas ao serviço de todas as actividades económicas, com excepção dos sectores de actividade correspondentes às secções: L, P e Q. Foi realizado por entrevista directa e a taxa de resposta foi de 83%. O objectivo do inquérito foi diagnosticar as necessidades de qualificação das microempresas regionais a curto (2006) e a médio prazo (2007 e 2008) em áreas de formação ou profissões específicas, em interligação com o conhecimento da estrutura organizacional da empresa. INFORMAÇÃO GERAL De acordo com os resultados obtidos as empresas da RAM com menos de 10 pessoas ao serviço tinham, em 31 de Agosto de 2005, cerca de 18.000 pessoas ao serviço, cuja distribuição por níveis de qualificação e sexo é a seguinte: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS PESSOAS AO SERVIÇO NAS EMPRESAS, POR NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO E SEXO Empresários/sócio-gerentes Outros dirigentes, quadros e técnicos superiores Quadros e técnicos médios Encarregados e contramestres Pessoal altamente qualificado e qualificado Pessoal não qualificado Homens Mulheres Aprendizes e praticantes 0 10 20 30 40 50 60 70 % São os níveis de qualificação Empresários/sócio-gerentes e Pessoal não qualificado que apresentam maior percentagem de trabalhadores (34% e 31%, respectivamente). Por sexo, predomina o sexo masculino com 62% dos trabalhadores. DSEEA Direcção Serviços de Estatísticas, Estudos e Avaliação 1

Por sector de actividade aqueles que apresentam maior percentagem de empresas com menos de 10 pessoas ao serviço, de um total de cerca de 5.200 empresas, são o Comércio por Grosso e a Retalho: Reparação de Veículos Automóveis, Bens de Uso Pessoal e Doméstico e o Alojamento e Restauração com 28% e 18%, respectivamente. Em relação ao número de pessoas ao serviço são estes dois sectores de actividade e a Construção aqueles que empregam maior número de pessoas, representando 26% no sector do Comércio e 19% no Alojamento e na Construção. Analisando as pessoas ao serviço nas empresas por habilitações académicas constata-se que mais de metade (54%) possuem habilitações iguais ou inferiores ao 2º ciclo do ensino básico (6º ano). Refira-se ainda que apenas 9,1% das pessoas ao DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE PESSOAS AO SERVIÇO NAS EMPRESA, POR HABILITAÇÕES ACADÉMICAS E SEXO Outros (Homens) Ensino superior Ensino secundário (12º ano) 3º ciclo do ensino básico (9º ano) 2º ciclo do ensino básico (6º ano) 1º ciclo do ensino básico (4ª classe) Inferior ao 1º ciclo do ensino básico (4ª classe) 0 5 10 15 20 25 30 35 % Mulheres Homens serviço nas empresas possuem o Ensino Superior. Analisando por sexo verificamos que a percentagem de homens com habilitações académicas iguais ou inferiores ao 2º ciclo do ensino básico (6º ano) é superior às mulheres enquanto nas habilitações iguais ou superiores ao 3º ciclo de ensino básico (9º ano) a percentagem é superior nas mulheres. Em relação às habilitações académicas dos empresários ou sócios-gerentes verifica-se que os índices mais elevados registaram-se no 1º ciclo do ensino básico (4ª classe), no Ensino superior e no Ensino secundário com 24%, 20% e 19% respectivamente. 19% DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE EMPRESÁRIOS OU SÓCIOS- GERENTES POR HABILITAÇÕES ACADÉMICAS 16% 20% 5% 16% 24% Inferior ao 1º ciclo do ensino básico (4ª classe) 1º ciclo do ensino básico (4ª classe) 2º ciclo do ensino básico (6º ano) 3º ciclo do ensino básico (9º ano) Ensino secundário (12º ano) Ensino superior Segundo a caracterização feita pelas próprias empresas 53% encontram-se Em estagnação e DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS EMPRESAS POR SITUAÇÃO DA EMPRESA SEGUNDO OS ANOS DE ACTIVIDADE 25% Em expansão. Cruzando com os anos de actividade a maioria das empresas com menos de 3 anos de actividade indicaram Em expansão enquanto que as empresas com mais de 3 anos de actividade indicaram, maioritariamente, Em estagnação. Mais de 7 anos 3 a 6 anos Até 3 anos 0 10 20 30 40 50 60 % Outra Em recessão Em estagnação Em expansão DSEEA Direcção Serviços de Estatísticas, Estudos e Avaliação 2

Por sector de actividade, constata-se que os sectores com maior percentagem de empresas que se encontram Em expansão são a Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura; a Saúde e Acção Social; as Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas, com 83,9%, 58,6% e 48,7% respectivamente. Analisando a situação da empresa segundo os níveis de qualificação dos empresários ou sócios-gerentes, verifica-se que quanto maior o nível de habilitação, maior é a percentagem de empresas que indicam encontrarem-se Em expansão, atingindo os 45% nas empresas cujos empresários ou sócios-gerentes possuem o Ensino Superior. Caracterizando a situação das empresas de acordo com os diferentes aspectos constantes no quadro seguinte, salienta-se a elevada percentagem de empresas que indicaram ter Condicionalismos da concorrência (79%), Difícil escoamento dos bens e/ou serviços (51%) e Produtividade baixa (50%). Em contrapartida, apenas 3% das empresas indicaram possuir Excedentes de mão-de-obra. Se caracterizarmos a situação das empresas que tencionam proporcionar acções de formação profissional aos seus trabalhadores, salientam-se aspectos tais como Condicionalismos da concorrência, Introdução de novas tecnologias, Produtividade em crescimento, Aumento de encomendas dos bens e/ou serviços produzidos, enquanto que as empresas que não tencionam proporcionar acções de formação é mais saliente os Condicionalismos da concorrência, Produtividade baixa e o Difícil escoamento dos bens e/ou serviços produzidos. CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO DAS EMPRESAS QUE TENCIONAM OU NÃO PROPORCIONAR ACÇÕES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Empresa tenciona proporcionar acções de formação profissional nos anos 2006/2008 Sim Não Aumento de encomendas dos bens e/ou serviços produzidos, relativamente ao mês homólogo 28% 56% 26% Difícil escoamento dos bens e/ou serviços produzidos 51% 37% 49% Dificuldades no apoio financeiro/acesso ao crédito 24% 30% 27% Burocratização dos esquemas de apoio 42% 46% 46% Produtividade em crescimento 36% 60% 37% Produtividade baixa 50% 30% 54% Produtos e/ou serviços inovadores 28% 44% 30% Introdução de novas tecnologias 33% 62% 33% Condicionalismos da concorrência 79% 78% 80% Excedentes de mão-de-obra 3% 5% 2% Falta de mão-de-obra qualificada 23% 34% 29% Dificuldades na organização e gestão da empresa 11% 16% 14% Apoio das associações patronais 11% 17% 11% DSEEA Direcção Serviços de Estatísticas, Estudos e Avaliação 3

Se analisarmos os diferentes aspectos de acordo com o tempo em que a empresa se encontra em actividade observa-se que: -Nas empresas até 3 anos de actividade a percentagem das que indicaram um Aumento de encomendas dos bens e/ou serviços produzidos, relativamente ao mês homólogo é sensivelmente o dobro das empresas em actividade há mais de 3 anos (55%); -As empresas com mais de 3 anos de actividade têm maior Dificuldade no apoio financeiro/acesso ao crédito; -A percentagem de empresas que se encontram com a Produtividade em crescimento é muito superior nas empresas até 3 anos de actividade; -A percentagem de empresas que Introduziram novas tecnologias é superior nas empresas até 3 anos de actividade; -A Falta de mão-de-obra qualificada é mais sentida nas empresas mais novas (até 3 anos de actividade). AS EMPRESAS E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL Relativamente à atitude das empresas inquiridas face à formação profissional, observa-se que: -82% indicaram que a qualificação da mão-de-obra corresponde às necessidades da empresa; -27% afirmam que o pessoal está ocupado, não havendo possibilidade de participar em acções de formação profissional; -21% não têm conhecimento dos apoios disponíveis a nível oficial e gostaria de os conhecer; -12% das empresas estão situação difícil o que a impede realizar acções de formação; -8% indicaram que os horários das acções de formação existentes não são compatíveis com os da empresa. De acordo com os resultados obtidos, dois terços das empresas consideram que formação adequada contribuiria para melhorar e desenvolver a actividade da empresa, das quais apenas 25% tencionam proporcionar acções de formação profissional para o pessoal ao serviço na empresa nos anos 2006/2008 (correspondendo a 17% do total das empresas). De referir que a percentagem das empresas inquiridas que nos últimos três anos proporcionaram acções de formação profissional aos seus trabalhadores foi de 20%. Por sector de actividade os sectores com maior percentagem de empresas que tencionam proporcionar acções de formação profissional são as Actividades Financeiras (41,2%) as Actividades.Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas (34,5%). Verifica-se também que existe uma relação directa entre a dimensão das empresas e as intenções das empresas proporcionarem acções de formação profissional aos seus trabalhadores. DSEEA Direcção Serviços de Estatísticas, Estudos e Avaliação 4

É de salientar ainda, que as habilitações dos empresários ou sócios-gerentes das empresas que tencionam proporcionar acções de formação proporcional são superiores às habilitações da totalidade das empresas. Nas empresas que tencionam proporcionar acções de formação profissional a percentagem de empresários ou sócios-gerentes com habilitações iguais ou superiores ao Ensino secundário (12º ano) é de 52,3%, na totalidade das empresas este valor é de 35,2%. Por anos de actividade constata-se que a percentagem de empresas que tencionam proporcionar acções de formação profissional é superior no escalão das empresas que estão em actividade à menos tempo (até 3 anos). Relativamente à fonte de financiamento que pretendem recorrer para assegurar as acções de formação profissional que pensam proporcionar ao pessoal ao serviço, 89% das empresas indicaram do Próprio, 33% Público e 13% de Outras entidades privadas. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS EMPRESAS QUE TENCIONAM PROPORCIONAR ACÇÕES DE FORMAÇÃO POR ANOS DE ACTIVIDADE Mais de 7 anos 4 a 6 anos Até 3 anos 0 10 20 30 % QUANTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Quantificando as necessidades de formação identificadas pelas empresas, constata-se que o total de pessoas a formar é de 2.732, sendo 2.362 a curto prazo (2006) e 370 a médio prazo (2007 e 2008). Do total, 21,4% são empresários ou sócios-gerentes. Por sector de actividade, é nas Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas que se encontra o maior volume de necessidades de formação a curto e a médio prazo (849), seguindo-se o Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos Automóveis, Bens de Uso Pessoal e Doméstico (755), o Alojamento e Restauração (297) e as Indústrias Transformadoras (285). Por dimensão da empresa consta-se que é no escalão de dimensão mais elevado (7 a 9 pessoas), que representa 12% do total de empresas inquiridas, que se encontra maior volume de necessidades (921), o que corresponde a 34% do total das necessidades de formação. Em termos de grandes grupos de profissões aqueles que apresentam maior valor absoluto de necessidades de formação (a curto e a médio prazo) são: Unidades Pessoal dos serviços e vendedores 693 Técnicos e profissionais de nível intermédio 641 Operários, artífices e trabalhadores similares 511 Pessoal administrativo e similares 318 Especialistas das profissões intelectuais e científicas 257 DSEEA Direcção Serviços de Estatísticas, Estudos e Avaliação 5

As necessidades de formação para o triénio quando analisadas em termos de áreas de educação e formação permitem salientar, em valores absolutos, as seguintes: Unidades Contabilidade e fiscalidade 308 Hotelaria e restauração 272 Informática na óptica do utilizador 242 Construção e reparação de veículos a motor 211 Metalurgia e metalomecânica 184 Gestão e administração 172 Secretariado e trabalho administrativo 170 Comércio 157 Marketing e publicidade 108 Construção civil e engenharia civil 104 Quando questionadas se tencionam recrutar pessoal com formação apenas 9,4% das empresas indicaram intenção de recrutar pessoal com formação para o triénio 2006/2008, 68,4% Não e 22,2% Não sabe. Analisando por escalão de dimensão, constata-se que estas percentagens são relativamente idênticas para todos os escalões. De acordo com a classificação actual das empresas é nas empresas Em expansão que existe maior percentagem de empresas que tencionam recrutar pessoal com formação. Por actividade económica, o maior número de empresas que tencionam recrutar pessoal com formação é do sector das Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas(36%), seguindo-se o Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos Automóveis, Bens de Uso Pessoal e Doméstico (25%). Para o triénio 2006/2008 as empresas tencionam recrutar 1.000 pessoas com formação, das quais 935 são a curto prazo. Por actividade económica, 40% serão recrutadas pelas Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas, 18% pelo Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos Automóveis, Bens de Uso Pessoal e Doméstico e 13% pelas Indústrias Transformadoras. Por grandes grupos de profissões as necessidades de recrutar pessoas com formação fazem-se sentir essencialmente no grupo do Pessoal dos serviços e vendedores (25%), nos Operários, artífices e trabalhadores similares (24%), nos Técnicos e profissionais de nível intermédio (19%) e nos Especialistas das profissões intelectuais e cientificas (16%). Informações suplementares estão disponíveis na Direcção de Serviços de Estatísticas, Estudos e Avaliação da Direcção Regional de Formação Profissional Estrada Comandante Camacho de Freitas 9020 148 Funchal 291701090 DSEEA E-mail: Direcção geeavaliacao@madeira-edu.pt Serviços Estatísticas, Estudos e / Avaliação Web site: www.drfp.pt 6