TÍTULO: O AUXILIO DOENÇA FRENTE AS IMPLICAÇÕES DA INEXISTÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO AUTOR(ES): VITORIA DALL'OSSO DINIZ ORIENTADOR(ES): FERRUCIO JOSÉ BISCARO
1- RESUMO O trabalho em tela busca a analise do auxílio-doença sobre o prisma da inexistência de contribuição social durante seu gozo bem como suas implicações. Ressalta-se que devido o que foi analisado, o período de recebimento do auxílio-doença apesar da não contribuição previdenciária, considera-se como tempo de contribuição, todavia, existem posicionamentos divergentes na doutrina e na jurisprudência pátria. 2- INTRODUÇÃO Precipuamente, a presente pesquisa tem como objeto os indivíduos que tem direito, sendo beneficiários da previdência social, a usufruir do beneficio do auxílio-doença fazendo uma analise tendo em vista a não contribuição previdenciária quando da utilização do referido beneficio. Portanto, é dada a devida atenção ao beneficio do auxílio-doença o qual é calcado na legislação e na doutrina brasileira, demonstrando assim suas peculiaridades e implicações dadas pela não recolhimento previdenciário no período de utilização deste beneficio. 3- OBJETIVOS O objetivo dessa pesquisa é analisar o auxílio-doença e a inexistência de contribuição social. 4- METODOLOGIA Para esta pesquisa foi utilizado pesquisas em artigos científicos, livros jurídicos, jurisprudências e legislação especifica.
5- DESENVOLVIMENTO O auxílio-doença esta previsto nos art. 59 a 64 da Lei n 8213/91, este é um beneficio previdenciário em que o segurado tem direito quando ficar incapaz de trabalhar ou fazer suas atividades habituais por mais de quinze dias consecutivos. De acordo com Odonel Gonçales (1993, p. 81), o auxílio-doença é um Benefício de trato continuado devido mensal e sucessivamente, na hipótese de incapacidade total e temporária para o trabalho, por mais de 15 (quinze dias) O auxilio doença trata-se de um beneficio de risco pelo seu fato gerador ser de acontecimento incerto, como também é um beneficio involuntário pelo fato de sua concessão estar atrelada a um episodio que não contou com sua vontade, por fim mas não menos importante o referido beneficio é classificado como uma prestação continuada/indeterminada não sabendo ao certo o seu final. Insta salientar, que os dependentes dos segurados estão proscritos deste beneficio o qual é concedido unicamente aos segurados obrigatórios e facultativos. Diante dos conceitos supra elencados, importante se faz atentar-se para o período de carência, requisito indispensável a ser analisado para a concessão do beneficio; tal requisito é descrito no Art. 24 da Lei 8213/91 que diz Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. Porem, para o segurado ter direito ao auxílio-doença deverá atingir o período de carência estipulado no art. 25, inciso I da Lei 8213/91, que são 12 contribuições mensais, com exceções, de não cumprimento de período de carência descritas no art. 26, inciso II da Lei 8213/91, das quais uma delas é o
segurado sofrer acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho. Neste contexto, mister salientar que o acidente de qualquer natureza é o padecido pelo segurado do período em que o mesmo estiver exercendo sua profissão ou durante sua vida diária, nos moldes do art. 19 da lei 8213/91. Ao receber o auxílio-doença o segurado fica licenciado, visto que seu contrato de trabalho está suspenso. A Lei 8213/91, diz que quem estiver recebendo o beneficio não irá receber remuneração, pois não esta trabalhando e nem contribuindo, pelo fato da contribuição incidir apenas sobre a remuneração recebida e não sobre o beneficio, os quais têm natureza distinta. Entretanto a doutrina minoritária diz que o valor do beneficio corresponde a 91% do salario de beneficio e não de sua totalidade, o qual denota uma presunção de desconto para a contribuição a seguridade social, desta forma acredita-se que existe contribuição. 6- RESULTADOS PRELIMINARES A pesquisa visa identificar efeitos jurídicos da não contribuição social para o segurado que goza do auxilio doença, levando-se em conta as hipóteses de contagem desse período como tempo de contribuição. O referido assunto tem posicionamentos contraditórios nos julgados, no que se refere a contagem deste período como tempo de contribuição para efeito de carência, tal fato demonstra a complexidade do tema em pesquisa. 7- FONTES CONSULTADAS ALENCAR, Hermes Arrais. Benefícios previdenciários. São Paulo: Universitária de Direito, 2003.
. Lei 8.213, de 24 de julho de 1991.Dispõe sobre os planos de benefícios da previdência social e dá outras providências.. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 198. As ausências motivadas por acidente do trabalho não são descontáveis do período aquisitivo das férias. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 46. As faltas ou ausências decorrentes de acidentes do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina.. Tribunal Regional Federal (1ª região). Previdenciário. aposentadoria por idade - requisitos: idade mínima e período de carência - lei nº 8.213/91 (arts. 15- I, 24/25, 29-paragrafo 5º, 48 e 142). Apelação cível nº 92.01.27435-1.Apelante: Maria Ferreira Alves. Apelada: Instituto Nacional do Seguro Social- INSS. Relator: Desembargador Federal Jirair Aram Mereguian, GONÇALES, Odonel Urbano. Manual de direito previdenciário: Acidentes do Trabalho. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993. GONÇALES, Odonel urbano. Diretio Previdenciario para concursos. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2006.