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Transcrição:

Direito Administrativo Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda

Síntese do estudo AGENTES PÚBLICOS Classificação Considera-se agente público toda pessoa física que exerça, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública. Agentes Políticos Agentes Administrativos (servidores públicos) Particulares em colaboração Militares

Agentes públicos Cargo público (vínculo estatutário). Cargo vitalício: maior garantia de permanência de seu ocupante (processo judicial) Cargo efetivo: permanente (demite por PAD ou processo judicial); Cargo em comissão: transitório, relação de confiança com a autoridade nomeante. Emprego (vínculo CLT) É o vínculo estabelecido entre a pessoa natural e a Administração Pública Indireta (empresas públicas e sociedades de economia mista). Função não é cargo nem emprego. São as funções de confiança e as exercidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público. Importante: as funções de confiança são privativas de detentores de cargo efetivo.

Agentes públicos Agentes Políticos Estão nos mais altos escalões do Poder Público, são responsáveis pela elaboração das diretrizes governamentais e pelas funções de direção, orientação e supervisão geral da administração pública. Características: competências constitucionais; cargos por meio de eleição, nomeação ou designação; não são hierarquizados. Exceção: Auxiliares imediatos dos chefes do Executivo são hierarquizados, pois se subordinam ao chefe deste poder e são eles: Ministros de Estado e Secretários estaduais e municipais. Os membros do poder judiciário e do ministério público também são considerados agentes políticos para parte da doutrina. (CESPE segue essa tendência).

Agentes políticos

Agentes Administrativos Servidores Públicos (sentido AMPLO) ou Agentes Administrativos Pessoas que exercem atividade pública Natureza profissional, permanente e remunerada, Existe hierarquia funcional O regime jurídico é estabelecido pelo ente ao qual pertencem. Vínculo de natureza permanente. Subdivisão Servidores públicos (sentido ESTRITO - estatutários) Empregados públicos e Servidores temporários

Agentes públicos SERVIDORES PÚBLICOS (ESTRITO): São efetivos e comissionados, vinculados ao seu cargo através de um estatuto. Servem a Administração Direta e na administração indireta (nas autarquias e fundações públicas). Ocupantes de cargo efetivo - realização de concurso público. Para ocupantes de cargo em comissão não são contratados por concurso público (livre a nomeação e a exoneração). EMPREGADOS PÚBLICOS: São os ocupantes de Emprego Público, eles são vinculados ao seu emprego através da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). (SEM e EP) Art. 37 inc. II da CF: A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. TEMPORÁRIOS: São contratados para atender necessidade temporária de excepcional interesse público. Função pública temporária e remunerada, vinculados à administração pública através de um contrato de direito público e não de natureza trabalhista. Processo seletivo simplificado e não o concursos público.

Agentes públicos. PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO AGENTES HONORÍFICOS: cidadãos transitoriamente requisitados ou designados; geralmente sem remuneração (mesários, jurados, dentre outros). AGENTES DELEGADOS: particulares que recebem a incumbência de prestar certas atividades do Estado através da descentralização por delegação. Autorizadas à prestação de serviços públicos Concessionárias de serviços públicos Permissionárias de serviços públicos AGENTES GESTORES DE NEGÓCIOS: assumem a função pública em razão de situação excepcional. Ex. guerra, calamidade pública.

Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Regime jurídico dos servidores públicos é o conjunto de princípios e regras referentes a direitos, deveres e demais normas que regem a sua vida funcional. A lei que reúne estas regas é denominada de Estatuto e o regime jurídico passa a ser chamado de regime jurídico Estatutário. Art. 39, caput> A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas

Acessibilidade: brasileiros e aos estrangeiros, na forma da lei. A regra é que seja feito concurso público de provas ou de provas e títulos. Exceções ao concurso público:. Cargo em comissão. Servidores temporários (processo seletivo simplificado). >Exceção: calamidade pública ou emergência ou contratação de professor visitante. Cargos vitalícios do quinto constitucional (tribunais, TC, STF, STJ). Contratação por processo seletivo público: > Agentes comunitários de Saúde > Agentes de combate a endemias

Estabilidade * 3 anos de efetivo exercício para os ocupantes de cargo de provimento com concurso público; * Avaliação especial de desempenho (antecedida pelas Avaliações Periódicas) Estágio Probatório A aptidão e a capacidade do servidor para o desempenho do cargo serão avaliados observandose os seguintes fatores : assiduidade; disciplina; capacidade de iniciativa; sigla : A DI CA PRO RES produtividade; responsabilidade. O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação.

Consequências da Estabilidade Só perde o cargo: a) Em virtude de sentença transitada em julgado; b) Mediante processo administrativo (PAD) que lhe seja assegurada a ampla defesa; c) Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de Lei complementar, assegurada a ampla defesa. d) Cortes em razão do limite de despesas com pessoal. Ver art. 169, da CF: Art. 169. (...) providências: I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II - exoneração dos servidores não estáveis. (...) 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.

PROVIMENTO É preenchimento de cargo vago. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder. Poderá ser originário ou derivado. Formas de provimento: Nomeação Promoção Readaptação - Reversão Reintegração - Recondução.

Validade do CONCURSO PÚBLICO: 2 anos, prorrogável uma vez por igual período. Início do prazo homologação do concurso. Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira Direito à nomeação: STF e STJ direito líquido e certo à nomeação se aprovado dentro do número de vagas. Súmula 686 STF: Exame psicotécnico em concurso público somente pode ser exigido por lei.

REMOÇÃO Lei 8112/90 Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: I - de ofício, no interesse da Administração; II - a pedido, a critério da Administração; III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados

REDISTRIBUIÇÃO Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: I - interesse da administração; II - equivalência de vencimentos; III - manutenção da essência das atribuições do cargo; IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.

1 o A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. 2 o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos. 3 o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. 4 o O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento.

SUBSTITUIÇÃO Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. 1 o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. 2 o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.

VACÂNCIA O artigo 33 da Lei 8.112 trata da vacância, que é a destituição do cargo, emprego ou função, decorre das seguintes situações: I exoneração; II demissão; III promoção; IV readaptação; V aposentadoria; VI posse em outro cargo inacumulável; VII falecimento.

Atenção: STJ posiciona-se pela legitimidade da vacância em caso de posse em cargo de outro ente federativo A Corte parece fixar o entendimento de que vacância e recondução servem para a nomeação e posse em cargo de outro ente federativo. Decisão STJ: Recondução no serviço público federal independe de regime jurídico do novo cargo. Servidor federal estável, submetido a estágio probatório em novo cargo público, tem o direito de ser reconduzido ao cargo ocupado anteriormente, independentemente da esfera administrativa a que pertença o novo cargo.

EXONERAÇÃO: Ocorrerá em caso de cargo efetivo ou cargo em comissão. a) De cargo efetivo A pedido do servidor; De ofício (estágio probatório OU tomou posse e não entrou em exercício) Insuficiência na avaliação periódica de desempenho (Art. 41, 1º O servidor público estável só perderá o cargo: III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa) não é DEMISSÃO. Por excesso de despesas; Por extinção/reintegração no cargo se o servidor não for estável ( 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.) b) De cargo em comissão e dispensa de função de confiança

Demissão: é decorrente de punição, sanção aplicada quando o PAD resultar em falta grave SISTEMA REMUNERATÓRIO: Constituição da República, no art. 37, incs. X a XV, e nos incisos do artigo 39, com as expressivas alterações introduzidas pela Emenda Constitucional 19/98. A CF prevê hoje DUAS formas de retribuição pecuniária para agentes públicos: remuneração ou vencimento e o subsídio. Haverá também o salário para empregados públicos (CLT). Medauar (2005), define que vencimentos ou remuneração designam o conjunto formado pelo vencimento - (Alinhada à definição inscrita no artigo 40 da Lei n. 8.112/90.) - (referência) do cargo ou função, mais outras importâncias percebidas, denominadas vantagens pecuniárias. EC 19/98, por meio do artigo 39, parágrafo 4º, mais um tipo de estipêndio (para os agentes políticos e para certas categorias de servidores públicos), adimplido em parcela única, insuscetível de qualquer acréscimo ou aditamento, à exceção das verbas admitidas pelo parágrafo 3º do mesmo artigo de lei (décimo terceiro salário, adicional noturno, remuneração por serviço extraordinário, adicional de férias).

Art. 39, 8º, CF, prevê a edição de lei regrando a extensão do subsídio aos demais servidores públicos. Segundo o artigo 39, parágrafo 4º (e outros dispositivos da CF) devem receber subsídio: I. os membros de Poder, os parlamentares, magistrados, chefes de executivo; II. os detentores de mandato eletivo; III. os Ministros do Estado; IV. os Secretários Estaduais; V. os Secretários Municipais; VI. os Ministros do Tribunal de Contas da União e os Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais e dos Municípios (artigo 73, parágrafo 3º, e artigo 75); VII. os integrantes do Ministério Público (artigo 128, parágrafo 5º, inciso I, c); VIII. os membros da Advocacia-Geral da União, os Procuradores do Estado e do Distrito Federal e os membros da Defensoria Pública (artigo 135); IX. os servidores policiais (artigo 144, parágrafo 9º).

A retribuição pecuniária pelo trabalho à Administração Pública, dado o seu imediato caráter alimentar, incorre nas seguintes premissas: o a proibição de desconto, salvo por imposição legal, mandado judicial ou consentimento do servidor (artigo 45 da Lei 8.112/90); o existência de limite para descontos, que não pode exceder um percentual (O artigo 46 da Lei n. 8.112/90 fixa até a décima parte os descontos mensais para reposições e indenizações ao erário.;) o preferência de pagamento das diferenças ou parcelas fixadas por sentença judiciária (artigo 100 da Constituição Federal)

Teto das remunerações e subsídios Com o advento da Emenda Constitucional 41/03 considera o valor da maior remuneração atribuída aos Ministros de Estado vencimento, verba de representação e adicional por tempo de serviço. Di Pietro (2006), apresenta a seguinte sistematização: o teto atinge a todo o sistema remuneratório, independendo do regime jurídico a que se submete o servidor, à exceção das empresas públicas, sociedades de economia mista e subsidiárias, que somente seria alcançado pela norma limitadora se recebessem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, para pagamento das despesas de pessoal ou de custeio geral, como se infere do parágrafo 9º, do artigo 39, da Constituição Federal; o teto atinge os proventos de aposentadoria e de pensão devidos aos dependentes do servidor falecido; o servidor que estiver em regime de acumulação, sujeita-se a um teto único que abrange a soma da dupla remuneração (artigo 37, XVI, da Constituição Federal); na aplicação do teto estão excluídas as parcelas de cunho indenizatório, conforme o disposto no parágrafo 11, do artigo 37, incluído pela Emenda 47/05, com efeitos retroativos à data da vigência da Emenda Constitucional 41/03

Teto no âmbito federal: é o mesmo para todos os servidores, correspondendo ao subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Teto no âmbito estadual: é diferenciado para os servidores de cada um dos três Poderes do Estado, sendo representado pelos subsídios dos Deputados, do Governador e dos Desembargadores, incluindo-se no teto destes últimos algumas categorias do Executivo (membros do Ministério Público, Procuradores e Defensores Públicos); Artigo 37, p8 (EC47/05): para fins do teto previsto no incisoxi do caput, os Estados e o Distrito Federal fixem, por emenda à CF e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto nesse parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais, Distritais e Vereadores. Teto no âmbito municipal: é igual para todos os servidores: subsídio de Prefeito

Irredutibilidade de remuneração e de subsídio Art. 37 (CF) XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, 4º, 150, II, 153, III, e 153, 2º, I Devemos observar a ressalva dos incisos XI e XIV do próprio artigo 37, e nos artigos 39, parágrafo 4º, 150, II, 153, III e 153, parágrafo 2º, I. Portanto, a norma constitucional da irredutibilidade é limitada, a exemplo do que decidiu o Superior Tribunal de Justiça (RMS n. 8.852- ES, 6. Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgamento em 15/08/ 2000), ao decidir que só os vencimentos são irredutíveis, as gratificações, salvo aquelas de caráter individual, podem, para efeito de aplicação do denominado redutor salarial, sofrer limitações quantitativas. Neste caso, aquela Corte de Justiça determinou que a gratificação de produtividade deve ser alcançada pelo mencionado redutor salarial, se a remuneração, no total, ultrapassar o limite legal estabelecido.

Férias e décimo terceiro salário Como não é mais constitucionalmente possível a contagem de tempo fictício, a questão que se alinha para debate é o entendimento dos direitos decorrentes da não fruição de férias. Neste sentido, o Supremo Tribunal Federal, ao interpretar o artigo 78, parágrafo 3º do Estatuto Federal, reconheceu o direito indenizatório à servidora que se aposentara com férias não gozadas (RE n. 234.068-DF, 1. Turma, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 19/10/2004). O décimo terceiro salário, com base na retribuição pecuniária integral, é concedido aos servidores, inclusive aos aposentados, por força do artigo 39, parágrafo 3º, da Constituição Federal. Licenças Licenças são os afastamentos do servidor permitidos em lei. A Constituição Federal, por exemplo, em seus artigos 39, parágrafo 3º e 7º, incisos XVIII e XIX, concede aos servidores a licença maternidade, de 120 dias, e paternidade, disciplinadas pelos estatutos, ambas remuneradas. O direito ao gozo de férias anuais de trinta dias e ao acréscimo de um terço sobre a remuneração (Adicional de férias na linguagem empregada do Estatuto Federal), atribuído aos trabalhadores do setor privado pelo artigo 7º, inciso XVII, da Carta Federal, foi estendido aos servidores ocupantes de cargo público pelo artigo 39, parágrafo 3º, da Constituição Federal.

Direito de greve JAS e Gasparini, respeitados doutrinadores, disciplinam que o direito de greve do servidor público é exercitável, ressalvadas, como ensina Celso Antônio Bandeira de Mello, apenas as necessidades inadiáveis da comunidade não podem sofrer solução de continuidade, conforme se infere do disposto no parágrafo 1º do artigo 9º. da Constituição Federal. STJ: servidor público tem o direito subjetivo e constitucional de declarar greve (STJ, RMS, 2675. Rel. Ministro Luiz Vicente Cernicchiaro, DJ 09.08.1993 p. 15237). Haverá desconto dos dias não trabalhados (STJ). É fato que o referido dispositivo legal alude a necessidade de regulamentação do referido direito à lei específica, de cunho federal, observe-se, válida para todos os entes federados.

Sindicalização O direito à sindicalização é assegurado pelo artigo 37, inciso VI e VII, da Carta Federal, com a redação da Emenda Constitucional 19/ 98, norma de eficácia plena e imediata. RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR Servidor público, no exercício de suas funções, sujeita-se à responsabilidade civil, penal e administrativa. O artigo 121 da Lei 8.112/90, prescreve: servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Art. 125: as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se entre si. STF: Administração pode aplicar a pena de demissão em processo disciplinar, ainda que em curso a ação penal a que responde pelo mesmo fato.

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR Responsabilidade civil Art. 186 do Código Civil Brasileiro determina um princípio basilar de que todo aquele que causa dano a outrem é obrigado a repará-lo. O ilícito civil se configura na presença de dano, de ação ou omissão jurídica, da culpa ou dolo, o nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o dano. A responsabilidade civil do servidor não é objetiva, é necessário comprovar que o servidor agiu com culpa civil, ou seja, por meio de comportamento doloso ou culposo, apurado em processo administrativo, informado pelo direito ao contraditório e ampla defesa, conforme o artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal. As leis estatutárias estabelecem os critérios para ressarcimento dos prejuízos apurados, por meio do desconto da remuneração do servidor faltante, circunscrevendo limites mensais para estes descontos. Servidor celetista desconto só é possível se com ele o servidor concordar (salvo em caso de dolo). STF veda a auto-executoriedade administrativa impositiva do desconto. Danos causados a terceiros (art. 37, p. 6º, da CF) o Estado responde objetivamente.

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR Responsabilidade penal Neste campo a responsabilidade decorre da conduta tipificada pelo Código Penal como ilícito penal, de competência do Poder Judiciário. Para fins criminais o conceito de servidor público é ampliado para alcançar a noção de agente público, conforme o artigo 327 do Código Penal, com a redação dada pela Lei 9.983, de 13/07/2000. Os crimes praticados contra a Administração Pública estão previstos nos artigos 312 a 326 do Código Penal, cuja tipificação suscita comportamento culposo ou doloso, daí descartando-se a responsabilidade objetiva. De acordo com o artigo 229, da Lei 8.112/90 é assegurado o auxílio-reclusão à família do servidor ativo, nos seguintes valores: dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão; metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude da condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine a perda do cargo.

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR Responsabilidade administrativa É a responsabilidade atribuída em razão da prática de ilícito administrativo, que pode configurar-se por conduta comissiva ou omissiva, prevista pela lei estatutária. A Lei 8.112/90 enumera os deveres do servidor no artigo 116 e as proibições no artigo 117, seguidas das penalidades inscritas no artigo 127. Este último artigo enumera as penas passíveis de aplicação: advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, destituição de cargo em comissão e destituição de função comissionada. Medidas Preventivas que podem ser adotadas pela Administração Pública: afastamento preventivo do servidor por prorrogáveis 60 dias o seqüestro e perdimento de bens

Direito Administrativo Exercícios de fixação. Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda