ECOLOGIA E BIODIVERSIDADE

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Transcrição:

ECOLOGIA E BIODIVERSIDADE

DIEGO DANTAS AMORIM Contado: diego.dantas@ifmg.edu.br Engenheiro Agrônomo Universidade Vale do Rio Doce UNIVALE Msc. em Agricultura Tropical Universidade Federal do Espírito Santo

SUCESSÃO ECOLÓGICA

INTRODUÇÃO Conceito - Processo natural de formação ou recuperação de comunidades vegetais; Quando a sucessão ocorre em áreas onde não havia a presença anterior de uma comunidade vegetal, recebe o nome de sucessão primária; Se o processo ocorre em áreas anteriormente vegetadas, e consequentemente com propágulos (sementes e partes vegetativas vivas) da comunidade anterior, ocorre o que se chama de sucessão secundária;

INTRODUÇÃO Mesmo em ambiente tão inóspito podem se instalar liquens, trazidos pelo vento; Eles apresentam grande capacidade de reter água e são poucos exigentes, pois realizam fotossíntese e fixam nitrogênio atmosférico, por isso são capazes de viver apenas com água e fixam o nitrogênio atmosférico; São capazes de viver com água, ar e alguns sais minerais (comunidade pioneira);

INTRODUÇÃO Aos poucos a comunidade pioneira modifica as condições iniciais da região; Os liquens produzem ácidos que dissolvem partes da rocha e formam-se fendas, onde se acumulam liquens mortos, excretas do fungo e minerais das rochas; Com isso formam-se um solo local; À medida que morrem, os seres pioneiros enriquecem o solo com matéria orgânica em decomposição (húmus).;

INTRODUÇÃO Desse modo o terreno fica mais rico em umidade e sais minerais; Essas novas condições possibilitam a instalação de plantas de pequeno porte, que necessitam de poucos nutrientes para crescer e atingir rapidamente o período reprodutivo; Trazidos pelo vento esporos de musgos podem se instalar no solo úmido; Com o aumento da população de musgos, aumentam a umidade no local e a camada de solo;

INTRODUÇÃO Assim há condições para instalação e a sobrevivência de plantas herbáceas e o aumento de matéria orgânica possibilita a vida de minhocas e de outros animais; Isso leva a modificações ambientais, que favorece o desenvolvimento de plantas maiores, como arbustos, e, aos poucos, os animais também se estabelecem no local;

INTRODUÇÃO A partir da instalação da comunidade pioneira, ocorre uma sequência de comunidades; Cada comunidade temporária é chamada de comunidade intermediária; Quanto maior a opção de alimento, mais animais chegam e formam-se as cadeias alimentares mais complexa, aumentando o número de associações entre os seres vivos;

INTRODUÇÃO Em geral o tamanho médio dos organismos também aumenta e o ciclo de vida ( o período até a reprodução ou a morte) torna-se mais longo; Nesse processo os ciclos biogeoquímicos tendem a se fechar, isto é, a reciclagem dos elementos minerais fica mais eficiente; Assim, estabelece-se uma comunidade climax, que fica em equilíbrio com o solo e o clima da região, sem ser substituída por outra;

INTRODUÇÃO A sucessão ecológica pode durar várias décadas, muitos séculos ou alguns milhares de anos;

TIPOS DE SUCESSÃO ECOLÓGICA Sucessão primária A sucessão que ocorre em uma região estéril (sem vida) é a chamada primária; Ela ocorre, por exemplo, em terrenos cobertos por lava, rochas expostas por recuo de geleiras, ilhas vulcânicas e dunas de areia; Essa sucessão também pode ocorrer em plantações abandonadas, matas destruídas por incêndios e etc. Nesses locais a vegetação foi parcialmente ou mesmo completamente removida, mas o solo não foi destruído e ainda persistente semente e esporos. Ex cerrado

TIPOS DE SUCESSÃO ECOLÓGICA Sucessão secundária A sucessão que ocorre em locais já habitados, cujo equilíbrio foi rompido por alguma mudança ambiental, causada ou não pelo ser humano, é chamada de secundária; Ex: áreas desmatadas

SUCESSÃO ECOLÓGICA É a sequência de mudanças pelas quais uma comunidade passa ao longo do tempo. Durante esse processo, comunidades mais simples vão sendo gradualmente substituídas por comunidades mais complexas até que estabeleça um equilíbrio entre comunidade e ambiente - Comunidade Clímax;

SUCESSÃO ECOLÓGICA Uma sucessão ecológica passa por três fases: comunidade pioneira; comunidade intermediária; comunidade estabilizadora ou clímax.

TIPOS DE COMUNIDADES Comunidade Pioneira (Ecese): são os primeiros organismos a se instalarem no ambiente: líquens, musgos, gramíneas e insetos. Comunidade Intermediária (Série): representadas por vegetação arbustiva e herbácea. Nessa atapa ocorrem profundas alterações no ambiente e na diversidade das espécies. Comunidade Clímax: Nessa fase, a comunidade atinge a estabilidade, com elevado número de espécies e de nichos ecológicos e apresenta grande biomassa.

TIPOS DE COMUNIDADES Ocorre ao longo de uma sucessão ecológica: Aumento da produtividade bruta; Aumento do consumo; Diminuição da produtividade líquida; Aumento da biomassa; Aumento da diversidade de espécies; extinção de algumas espécies e surgimento de outras.

PRODUTIVIDADE PRODUTIVIDADE Produtividade Bruta (PB): total de matéria orgânica, produzida pela comunidade, através da fotossíntese Produtividade Líquida (PL): representa o saldo obtido, da relação entre a produção (fotossíntese) e o consumo (respiração) de uma comunidade. PL = PB - R

PRODUTIVIDADE Etapas PB PL Biomassa Biodiversidade Primária Pequena Elevada Pequena Pequena Secundária Aumenta gradativamente Diminui gradativamente Aumenta gradativamente Aumenta gradativamente Clímax Elevada Pequena Elevada Elevada