MANEJO INTEGRADO DE CUPINS



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Notas de Aula de ENT 115 Manejo Integrado de Pragas Florestais 1 MANEJO INTEGRADO DE CUPINS Os cupins ou térmitas são insetos da ordem Isoptera, que contêm cerca de 2.750 espécies descritas no mundo. Mais conhecidos por sua importância econômica como pragas; estes insetos também têm atraído a atenção de cientistas devido ao seu singular sistema social. Além dos consideráveis danos econômicos provocados em áreas urbanas e rurais, os cupins também são importantes componentes da fauna do solo de regiões tropicais, exercendo papel essencial nos processos de decomposição e de ciclagem de nutrientes. Existem vários nomes atribuídos popularmente a esses insetos em certas regiões do Brasil, tais como, cupins, termitas ou térmitas, formigas -brancas, formigas de asas, aleluias, sarassará, siriri, siriluia e siri-siri. Vários nomes também são atribuídos aos termiteiros, que são pequenas elevações de terra produzidas pelos cupins, como, por exemplo, aterroada ou itapecuim (na Amazônia), munduru (no Ceará), murundu, tacuri ou tacuru (no Rio Grande do Sul) e cupim, este último mais conhecido por ser o nome do inseto que também é atribuído ao montículo de terra por ele produzido. O desenvolvimento deste inseto é por paurometabolia (ovo-ninfa-adulto). As espécies dos cupins, sem exceção, são sociais. Vivem em sociedades ou colônias mais ou menos populosas, nas quais há uma divisão de tarefas (reprodução, segurança, cuidados com a rainha, com a limpeza e com os jardins de fungos etc.), realizada por determinado grupo de indivíduos, denominados castas, representadas por cupins ápteros ou alados, que vivem alojados em ninhos chamados normalmente de cupinzeiros ou termiteiros. Os cupins são insetos mastigadores, constituindo importante grupo de insetos daninhos às florestas. Os indivíduos alados (reprodutores) possuem dois pares de asas membranosas semelhantes, daí o nome da ordem (iso = igual; ptera = asa). As asas possuem uma sutura basal característica, a qual favorece a sua queda, após a revoada, sobrando, adjacente ao corpo do inseto, uma escama, importante na taxonomia dos cupins. Os operários e soldados dos cupins possuem uma depressão com poro frontal na cabeça, denominada fontanela, que é ligada a uma glândula cefálica, e expele um líquido viscoso e espesso, com função de defesa. Outra característica importante de insetos dessa ordem é a associação mutualística existente entre o inseto e protozoário (Filo Mastigophora, Classe Hypomastigina) ou bactérias, que se localizam no intestino do mesmo, responsável pela digestão do material celulósico ingerido pelo inseto. A. Princiapis espécies No Brasil ocorrem quatro famílias de cupins: Kalotermitidae: cupins considerados primitivos que não possuem fontanela. Atacam madeira seca e nunca constroem ninhos; não apresentam operárias; alimentam-se exclusivamente de madeira; possuem simbiontes (protozoários flagelados) no interior do intestino. Os principais gêneros são Cryptotermes, Neotermes e Rugitermes, que são mais importantes como pragas de madeira processada. Rhinotermitidae: cupins com fontanela; alados possuem asas com as escamas alares anteriores longas, cobrindo ou pelo menos tocando a base das escamas posteriores; as formas ápteras têm o pronoto plano, sem lobo ou projeção anterior no tórax; soldados não apresentam dentes basais nas mandíbulas; constroem ninhos subterrâneos, atacando plantas vivas e madeira morta. Os principais gêneros são Coptotermes e Heterotermes, que são conhecidos por cupins de cerne, pois atacam preferencialmente essa parte da madeira. Termitidae: é a principal família dos cupins; presença de fontanela; asas com as escamas alares anteriores curtas ou do mesmo tamanho das posteriores; soldados com projeção ou lobo anterior no pronoto em forma de sela ; apresentam dentes mandibulares basais desenvolvidos; Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br

2 constroem diferentes tipos de ninhos e possuem hábitos alimentares variados, como, por exemplo, madeira, folhas, húmus etc. Existem espécies que são cultivadores de fungos; no entanto, em condições brasileiras isto não ocorre. Os principais gêneros são Cornitermes, Nasutitermes, Syntermes e Anoplotermes, que são as principais pragas de mudas no campo. Serritermitidae: até recentemente continha uma única espécie, Serritermes serrifer, que ocorre apenas no Brasil. Novas evidências indicam que Glossotermes oculatus, espécie da Amazônia previamente incluída em Rhinotermitidae, também pertence a Serritermitidae. Estas famílias podem ser agrupadas em três grupos: Xilófagos: são os cupins que vivem no interior do tronco das árvores ou de madeiras tratadas (móveis, mourões de cercas etc.) e não entram em contato com o solo. Todos os cupins deste grupo pertencem à família Kalotermitidae. Arborícolas: esse grupo refere-se aos cupins que constroem ninhos nos troncos das árvores ou em paus podres, mas se comunicam com o solo através de galerias superficiais, de onde saem para buscar o alimento, voltando depois para o ninho. Além da madeira, eles se alimentam de húmus, sendo que no intestino há presença de microorganismos bacterianos. A família Rhynotermitidae é a família mais comumente encontrada nesse grupo, seguida pela Serritermitidae. Humívoros: são aqueles cupins que vivem em ninhos feitos no chão e nunca em cima de árvores, os quais se alimentam de húmus. No intestino também há a presença de microorganismos do grupo das bactérias. A principal família é a Termitidae, encontrada em todo o Brasil, construindo ninhos grandes e complexos. Essa família é bastante diversificada e compreende cerca de 85% das espécies de cupins conhecidas do Brasil. Os cupins podem consumir vários tipos de alimento, como húmus, madeira, vegetais vivos, couro, lã, matéria orgânica etc., graças à simbiose que apresentam com bactérias e protozoários, que excretam enzimas capazes de transformar esses produtos em substâncias que podem ser assimiladas pelos cupins. Esses simbiontes vivem junto à membrana do intestino posterior (proctódeo). Como essa membrana é eliminada durante o processo de ecdise ou troca de tegumento, os cupins perdem parte de sua fauna intestinal. Para repor os simbiontes, os cupins desenvolveram o comportamento de trofalaxia anal, que corresponde à troca de alimento proctodéico entre indivíduos. Outra forma de troca de alimento é através da boca, conhecida como alimento estomodéico, que é um líquido claro, usado para alimentar as formas reprodutoras e os soldados. Além disso, há um comportamento típico, conhecido como "grooming" (limpeza), através do qual os indivíduos lambem-se uns aos outros. Isso parece funcionar como forma de comunicação, mas, principalmente, age na eliminação de partículas estranhas ou de patógenos que podem causar doenças em indivíduos de uma colônia. A trofalaxia, o grooming e o acentuado canibalismo são muito importantes quando se introduz algum agente de controle desses insetos, pois irão potencializar a ação controladora entre os indivíduos da colônia. As principais espécies de importância florestal são: Cupins subterrâneos Heterotermes tenuis (Hagen, 1858) e Heterotermes longiceps (Snyder, 1858) (Rhinotermitidae). Características: ninhos subterrâneos e difusos; operárias pequenas, esbranquiçadas e de aspecto vermiforme; Prejuízos: provocam dano às raízes, colo e caule, causando perda do poder germinativo e prejudicando o desenvolvimento das plantas. Também atacam o cerne da planta, provocando perda de material lenhoso.

Notas de Aula de ENT 115 Manejo Integrado de Pragas Florestais 3 Syntermes molestus (Burmeister, 1839), Syntermes obtusus Holmgren, 1911 e Syntermes insidians Silvestri, 1945 (Termitidae). Características: ninhos subterrâneos com pequenas câmaras semelhantes às das formigas "lava - pés"; há comunicação entre as câmaras, e entre estas e o exterior, por meio de canais estreitos e tortuosos, que se abrem na superfície do solo como "olheiros", com diâmetro de 5 a 8 cm, principalmente à noite; Prejuízos: exercem o forrageamento das folhas e roletamento do caule na altura do coleto, prejudicando o seu crescimento. Cupins de montículo Cornitermes cumulans (Kollar, 1832) e Cornitermes bequaerti Emerson, 1952 (Termitidae). Características: ninhos em montículos; formato variado; 50 a 100 cm de altura; câmara externa de terra, de 6 a 10 cm de espessura, cimentada com saliva; parte interna de celulose e terra, menos dura, com galerias horizontais superpostas e separadas por paredes verticais, revestidas por camada escura; Prejuízos: dificultam os tratos culturais e o manejo, dependendo do nível de tecnologia adotado. Com relação ao consumo de plantas, é mais importante na fase inicial da cultura, quando pode reduzir o estande. Quando a cultura já está estabelecida, o cupim-de-montículo causa pouco dano às plantas. Cupins do cerne Coptoterme testaceus (Linnaeus) Características: ninhos subterrâneos; geralmente com alguma conecção com a madeira. Prejuízos: atacam as árvores vivas, instalando suas colônias no interior do cerne da planta cultivada. Provocam perda direta do material lenhoso. Além disso, as plantas perdem sua resistência e se quebram quando ocorrem ventos fortes. B. Formação da colônia de cupins As formas aladas são produzidas em grandes quantidades e ficam no cupinzeiro durante algum tempo, às vezes até três meses. Anualmente, no início do período chuvoso ocorre nas colônias de cupins um fenômeno conhecido como enxamagem ou enxameagem, caracterizado pelo surgimento desses reprodutores alados (siriris ou aleluias) em grande número. Os adultos alados voam do ninho preferencialmente no crepúsculo de dias claros e tardes nubladas e com alta umidade do ar, sendo que durante o vôo não há o acasalamento, diferente do que acontece com formigas e abelhas. Ao caírem no solo, livram-se de suas asas membranosas e só então estarão aptos para realizarem a primeira cópula após a procura por um parceiro sexual. Após a formação do casal real, eles encontram um local adequado e iniciam a escavação do cupinzeiro, que se inicia com uma galeria e termina na câmara nupcial, onde o casal copula e a fêmea inicia as posturas. Cerca de um mês após, aparecem as primeiras formas jovens, que serão criadas pelo casal real. Após algum tempo estas formas jovens começam a se locomover e, no último estágio ninfal, se diferenciam e passam a desempenhar todas as funções da colônia, exceto a procriação. O cupinzeiro cresce rapidamente, podendo ter milhões de indivíduos, e inicia o processo de revoada, fechando o ciclo (Figura 31). A rainha pode viver 10 anos e as rainhas de substituição por 25 anos. A rainha, quando completamente desenvolvida, possui o abdome muito volumoso, chegando a ter duzentas vezes o volume do resto do corpo, sendo esse processo conhecido por fisogastria ou fisiogastria. O número de ovos postos depende da espécie, da idade e condições do meio em que vivem; em média as rainhas ovipositam cerca de 50 mil ovos durante aproximadamente 6 a 10 anos de vida. Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br

4 Reprodutores alados ou imagos Reprodutores após perda das asas Soldado O p e r á r i o Ninfa Jovem Jovem Rei Ovos R a i n h a Reprodutores de substituição FIGURA 31. Ciclo de vida de cupim. Fonte: Berti Filho (1993). A colônia pode ser formada também através da fragmentação de uma colônia adulta, por quebra natural ou provocada por animais ou o homem. Isso ocorre porque em uma colônia adulta existem os reis e rainhas de substituição que servem para tomar o lugar do rei ou rainha quando estes morrem, por isso que não se deve quebrar um cupinzeiro antes de matá-lo, pois isso irá multiplicá-los. C. Castas de cupins Assim como em todos os insetos sociais (formigas, abelhas etc.), existem divisões morfofisiológicas de indivíduos dentro de uma colônia de cupins, na qual existem grupos responsáveis por desempenharem determinadas tarefas, como por exemplo, reprodução, segurança da colônia, cuidados com a prole, com a limpeza, com o forrageamento etc., sendo esses grupos denominados castas (Figura 32). A origem das castas pode ser explicada por duas teorias ainda não comprovadas. A primeira recorre a uma questão hereditária, ou seja, na fase embrionária da blastogênese se daria a definição da casta a que pertenceria o indivíduo. A segunda teoria baseia-se em questões nutricionais, ou seja, insetos que, na fase de ninfa, recebem alimento proctodeal contendo saliva, têm uma inibição na permanência de protozoários no intestino, o que daria espaço para o desenvolvimento normal do aparelho reprodutor, originando as formas reprodutoras (aleluias). Nas colônias, além das formas jovens mencionadas anteriormente, nos vários estágios de desenvolvimento, há sempre duas categorias de indivíduos adultos formadas por castas bem distintas. A primeira compreende os indivíduos reprodutores, sexuados alados, machos e fêmeas, que propagarão a espécie. A segunda é constituída pelas formas ápteras de ambos os sexos, férteis ou estéreis. Estes últimos constituem a categoria de indivíduos que apresentam os seus órgãos reprodutores não completamente desenvolvidos. Nesta categoria há indivíduos de duas castas, a dos obreiros ou operários e a dos soldados. Estas duas formas são as mais conhecidas pelo nome de cupins, devido à sua presença constante no termiteiro. São ninfas e adultos de ambos os sexos que realizam a maior parte do

Notas de Aula de ENT 115 Manejo Integrado de Pragas Florestais 5 trabalho de uma colônia. Desempenham todas as funções na comunidade, menos a de procriação, uma vez que essas duas castas são, em regra, completamente estéreis. Castas Temporárias (alados e sexuados) Permanentes (ápteros sexuados) Fêmeas e Machos (aleluias) Férteis Estéreis Reprodução sexuada da colônia Rainha e rei Rainhas e reis de substituição Soldados Operários Reprodução sexuada da colônia Produção de ovos Substituem o casal real quando morrem Defendem a colônia Cuidam da prole, forrageiam alimento e constroem o ninho FIGURA 32. Castas da colônia de acordo com a função na sociedade. Os operários, também conhecidos por obreiros, geralmente são esbranquiçados ou de cor amarelo-pálida, ápteros, possuem mandíbulas pequenas e, normalmente, são desprovidos de olhos compostos e ocelos. Pelo fato de não possuírem olhos compostos e de serem fototrópicos negativos, desenvolvem as suas atividades sempre na obscuridade, sendo que ao forragearem um material mais ou menos longe do ninho, estabelecem comunicações mediante galerias ou túneis construídos de partículas de terra e dejeções cimentadas pela saliva. Geralmente, os operários são responsáveis por buscar o alimento, alimentar as rainhas e os soldados jovens, construir ninhos, túneis e galerias. Desta forma, são eles os responsáveis pelos danos às culturas. Além disso, eles cooperam com os soldados na defesa da comunidade. Os soldados são bem semelhantes aos operários por serem, na maioria das espécies, ápteros e cegos, diferindo daqueles essencialmente por apresentarem a cabeça muito mais volumosa e esclerotizada, de cor amarelo- pálida; apresentam mandíbulas bastante desenvolvidas, porém incapazes de servir na mastigação. Assim, exercem a função de defenderem a comunidade contra qualquer intruso, além de proteger o trabalho dos operários, podendo agarrar-se ao inimigo durante o ataque, quando possuem mandíbulas robustas. Os operários e os soldados ocasionalmente podem apresentar órgãos reprodutores funcionais, podendo excepcionalmente colocar ovos. Uma mesma espécie pode ter somente soldados grandes ou pequenos, sendo que em outras espécies pode haver grandes e pequenos soldados e um só tipo de operário, ou, então, grandes e pequenos operários e um só tipo de soldado. Quando em um cupinzeiro falta um dos representantes do casal real, a proliferação da colônia é mantida à custa de indivíduos que, embora se apresentem como formas jovens providas de Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br

6 tecas alares, são sexualmente bem desenvolvidos, constituindo, assim, uma outra casta de reprodutores chamados reis e rainhas de reserva, de substituição, de complemento ou complementares. Em geral, são indivíduos que se originam de um tipo especial de jovens, diferentes dos que dão origem às formas aladas. Tais indivíduos distinguem-se das ninfas que originarão os reprodutores alados por apresentarem o tegumento menos esclerotizado e pigmentado, além de possuírem tecas alares mais curtas. Existem casos em que podem ser encontrados indivíduos reprodutores de substituição oriundos de jovens de operários e até mesmo de soldados. A existência de indivíduos de substituição só ocorre após o desaparecimento de um ou de ambos os representantes do par real. Mas em algumas espécies, também pode ocorrer normalmente a substituição por indivíduos sexuados complementares. Além da reprodução sexuada, novas colônias de cupins podem também ser formadas assexuadamente, através da fragmentação de uma colônia adulta por quebra natural ou provocada por animais ou pelo homem. Isso ocorre porque os reis e rainhas de substituição tomam o lugar do casal real na parte fragmentada, formando nova colônia. Por essa razão não se deve fragmentar um cupinzeiro antes de controlá-lo, pois isso poderá multiplicá-lo. D. Estrutura da colônia Um cupinzeiro típico é constituído das seguintes partes: Camada externa: camada de terra endurecida pela saliva dos cupins e de consistência quase pétrea, que protege a colônia do meio externo e dá forma ao cupinzeiro. Endoécia ou câmara nupcial: é a câmara onde vive o casal real e onde são depositados os ovos. Periécia ou canais de comunicação: são as galerias periféricas que se comunicam com o exterior e com as fontes de alimento. Paraécia ou bolsas de manutenção climática: é o espaço que existe entre o cupinzeiro e o solo que o circunda, destinado à manutenção de umidade e temperatura constantes no interior do ninho. Câmara de celulose: é o local onde é depositada matéria orgânica e criadas as formas jovens, constituindo a maior parte do ninho. Os cupins podem construir vários tipos de ninhos, como galerias e câmaras simples (cupins de madeira seca), ninhos subterrâneos (cupim-de-terra-solta), ninhos arborícolas (túneis cobertos) ou de montículos ("murunduns") (Figura 33).

Notas de Aula de ENT 115 Manejo Integrado de Pragas Florestais 7 Coptotermes sp. Nasutitermes Heterotermes Nasutitermes Cornitermes Amitermes Anoplotermes Syntermes FIGURA 33. Tipos de ninhos de cupins. Fonte: Berti Filho (1993). E. Monitoramento de cupins Amostragem pré -plantio: a amostragem prévia pode ser realizada dividindo toda a área de plantio em parcelas de 50x50 m (2500 m 2 ). No centro de cada parcela é enterrado um rolo de papelão corrugado (termitrap) pelo menos 30 dias antes do plantio. A avaliação é feita pouco antes do plantio, contando-se os ninhos do cupim subterrâneo Syntermes spp. (montículos de terra solta) em cada parcela e o número de cupins nos tremitrap. As parcelas que tiverem densidade maior que 1 ninho de Syntermes ou mais de 10 cupins por termitrap devem receber nota 1 e as demais recebem nota 0. Com isso obtem-se um mapa de infestação de cupinzeiros do talhão. As parcelas que receberam nota 1 devem receber mudas tratadas previamente com calda inseticida. As demais recebem mudas não tratadas. Amostragem pós-plantio: essa amostragem é feita durante as operações de ronda pós-plantio, com o lançamento de transectos ao acaso, correspondentes às linhas de plantio (Figura 34). Selecionamse 3% das linhas de plantio, com no mínimo duas linhas por talhão. Em cada linha, conta-se o número total de mudas e o número de mudas atacadas, anotando-se a informação na ficha de amostragem e calculando-se a percentagem de mudas atacadas (Figura 35). O nível de controle é de 2 a 5% de mudas atacadas. Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br

8 Contar o número total de mudas e o número de mudas danificadas Talhão Linha de plantio selecionada FIGURA 34. Esquema de amostragem de cupins por transectos em linhas de plantio. Ficha de Monitoramento de Cupins e Avaliação de Mudas Atacadas Região: Fazenda: Projeto: Talhão: Área: Data: Espécie Planta: Idade: Monitor: Amostra Número de mudas Totais Danificadas Total

Notas de Aula de ENT 115 Manejo Integrado de Pragas Florestais 9 % Mudas atacadas: Ação: FIGURA 35. Ficha de monitoramento e avaliação de mudas atacadas por cupins. F. Estratégias e táticas do manejo de cupins - Táticas de controle cultural Estudos mostram que adubação adequada das plantas propicia maior resistência ao ataque de cupins. Alem disso, recomenda-se fazer o plantio em época chuvosa para acelerar o desenvolvimento das plantas e escapar da fase de danos por cupins, que geralmente ocorre após 6 meses após o plantio. Recomenda-se, também, não fazer aração nem arrancar os cupinzeiros antes de matá-los, pois irá multiplicar os ninhos, devido à possibilidade de haver reprodução da colônia por fragmentação, quando são formados reis e rainhas nas partes do ninho que ficaram sem eles. - Táticas de controle biológico A utilização de fungos entomopatogênicos no controle de cupins, tem-se mostrado altamente promissora. A estratégia utilizada é aplicar grande quantidade de fungos sobre os insetos, através de polvilhadeira, adaptada com uma câmara na mangueira de descarga para melhorar a distribuição do fungo dentro do ninho (Figura 36), ou através da impregnação em iscas de material celulósico. FIGURA 36. Polvilhadeira manual utilizada na aplicação de fungos em cupinzeiros. A - câmara adaptada à mangueira; B - orifício de aplicação no cupinzeiro; C - câmara de celulose; D - camada externa. Fonte: Moino Júnior (1998). Essas iscas ou armadilhas atrativas são impregnadas com conídios de entomopatógenos ou a associação destes com inseticidas para controlar os cupins subterrâneos. Essa técnica consiste na ação lenta do material impregnado sobre a população de cupim quando eles se alimentam das iscas. Além do controle, podem-se usar essas iscas, sem os agentes impregnantes, para o monitoramento das populações desses insetos. Vários tipos de materiais de origem celulósica têm demonstrado eficiência na atratividade dos cupins, como, por exemplo, blocos de madeira de baixa densidade, papel toalha, papel-filtro, rolo de papel higiênico e papelão ondulado. Outros estudos demonstraram que a atratividade intensifica-se Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br

10 quando esses materiais celulósicos foram associados com outros produtos, como, por exemplo, bagaço de cana-de-açúcar in natura, rolão de milho, fezes secas e frescas de bovinos e folhas de celulose picadas. É importante salientar que essa técnica de monitoramento e controle encontra-se em fase experimental, não sendo ainda comercializada. - Táticas de controle químico Tratamento do cupinzeiro: no caso de cupins de montículo, que são facilmente encontrados, podese fazer o combate diretamente nos ninhos, bastando perfurar o montículo com uma lança de ferro até atingir a câmara de celulose e aplicar o inseticida com auxílio de uma mangueira acoplada a um funil. Fazer o combate dos cupins de montículo de 30 a 60 dias antes do preparo do solo, independente de amostragem (Figura 37). Não é necessário tampar o orifício após a aplicação do produto, que são listados na Quadro 22. combate cupim montículo tratamento pré-plantio + plantio ronda ronda J F M A M J J A S O N D monitoramento pré-plantio FIGURA 37. Planejamento das operações de controle químico contra cupins em reflorestamentos. QUADRO 22. Produtos químicos recomendados para o tratamento de cupinzeiros. Nome Técnico Nome Comercial Dosagem fention Lebaycid 500 CE 300 ml/100 l água - 1 l calda/ninho imidacloprid Confidor 700 GrDA 30 g/100 l água - 1 l calda/ninho fipronil Regent 20 G 5 g/ninho Se forem encontrados cupinzeiros do gênero Syntermes (cupim subterrâneo) pode-se combatê-los diretamente através da aplicação de inseticidas em pó ou termonebulização, semelhante à aplicação de formicidas. Porém, existem poucos produtos registrados e os ninhos são profundos e difíceis de serem localizados, o que dificulta esse tipo de combate. Tratamento das mudas: no caso de cupins subterrâneos, que são dificilmente encontrados, podese fazer o combate através do tratamento das plantas antes ou após o plantio (Figura 37). Tratamento pré-plantio: o tratamento pré-plantio consiste na imersão das mudas em calda inseticida (Quadro 23) imediatamente antes do plantio, conforme Figura 38. QUADRO 23.Recomendação para tratamento de mudas pré-plantio contra cupins. Nome Técnico Nome Comercial Dosagem fipronil Tuit NA 500g/100 l água (para tratar 8000 mudas) imersão das mudas até o

Notas de Aula de ENT 115 Manejo Integrado de Pragas Florestais 11 coleto durante 20 segundos e deixar escorrer por 2 minutos. imidacloprid Confidor 700 WG 400g/100 l água (para tratar 8000 mudas) imersão das mudas até o coleto durante 20 segundos e deixar escorrer por 2 minutos. Tratamento pós-plantio: é realizado quando a amostragem pós -plantio indicar necessidade de combate (Figura 37). Nesse caso, basta pulverizar as mudas na altura do coleto com calda inseticida (Quadro 24), usando bico de jato cônico, conforme Figura 38. QUADRO 24. Recomendação para tratamento de mudas pós-plantio contra cupins. Nome Técnico Nome Comercial Dosagem fipronil Tuit NA 125g/ha - pulverizar as mudas no coleto com 20 ml calda/planta imidacloprid Confidor 700 WG 150g/ha - pulverizar as mudas no coleto com 20 ml calda/planta Fipronil 0,5% Tratamento préplantio Tratamento pós-plantio FIGURA 38. Esquemas dos tipos de tratamentos de mudas contra cupins realizados nas fases de pré-plantio e pós-plantio. Tratamento com iscas atrativas: podem-se usar iscas atrativas (papel cartonado ou outro material celulósico) impregnadas com fungos entomopatogênicos e inseticidas estressores (imidacloprid) em concentrações subletais. Esse tipo de tratamento encontra-se em fase experimental, não sendo utlizado ainda comercialmente. BILBIOGRAFIA CONSULTADA ANGEL, R.V. La ecologia y el control de las plagas florestais. In: Seminário Plagas Florestais, Socolen, Pereira, Colômbia, p. 1-33, 1980. ANJOS, N. Entomologia Florestal: Manejo integrado de pragas florestais no Brasil. Notas de aula. UFV. 1994. BARBOSA, P. & SCHULTZ, J.C. Insect outbreaks. Academic Press, New York, 1987, 578p. BERRYMAN, A.A. Forest insects: principles and practice of population management. Plenum Press, London. 1986. 279p. BERTI FILHO, E. Cupins ou térmitas. Manual de Pragas em Florestas, vol.3. IPEF/SIF. 1993. 56p. COULSON, R.N. & WITTER, J. A. Forest entomology: ecology and management. John Wiley & Sons, New York, 1984, 669 p. Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br

12 CROCOMO, W.B. (Ed.). Manejo de pragas. Botucatu, UNESP, 1990, 237 p. WALLINGFORD, D. Biotechnology and integrated pest management. CAB International, 1986, 475 p. DELLA LUCIA, T.M.C. (Ed.). As formigas cortadeiras. Viçosa, Folha de Viçosa, 1993, 262 p. DENT, D. Insect pest management. Wallington CAB. International, 1991, 640 p. DIEHL-FLEIG, E. Formigas: organização social e ecologia comportamental. Editora Unisinos, 1995. 166p. GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. Ed. Agronômica Ceres. São Paulo, 2002. 578p. HORN, D.J. Ecological approach to pest management. Guilford, New York, 1988, 285 p. IEDE, E.T. et al. Atas do treinamento sobre uso de inimigos naturais para o controle de Sirex noctilio. EMBRAPA florestas. Colombo, PR, 1996. 100p. METCALF, R.L. & LUCKMANN, W.H. (Ed.). Introduction to insect pest management. 2 nd. ed.. New York, John Wiley, 1982. 578p. PEDIGO, L.P. Entomology and pest management. Macmillan, New York, 1989, 646 p. PEDROSA MACEDO, J.H. et al. Pragas Florestais do Sul do Brasil. Manual de Pragas em Florestas, vol.2. IPEF/SIF. 1993. 111p. PFADT, R.E. (Ed.) Fundamentals of applied entomology. 4 th. ed.. New York, Macmillan, 1985. SPEIGHT, M.R. & WAINHOUSE, D. Ecology and management of forest insects. Oxford, Clarendon Press, 1989. 374p. TVEDTEN, S. History of pest management. http://www.safe2use.com/ca-ipm/01-04-27.htm. 2006. ZANETTI, R.; CARVALHO, G. A.; A.; SANTOS, A.; SOUZA-SILVA,A.; GODOY, M. S. Manejo Integrado de Formigas Cortadeiras. Lavras: UFLA, 2002. 16p. ZANETTI, R.; CARVALHO, G. A.; SOUZA-SILVA, A.; SANTOS, A.; GODOY, M. S. Manejo Integrado de Cupins. Lavras: UFLA, 2002. 29p. ZANUNCIO, J.C. et al. Lepidópteros desfolhadores de eucalipto: biologia, ecologia e controle. Manual de Pragas em Florestas, vol. 1. IPEF/SIF. 1993. 140p.