ANEXO C 1. DISPOSIÇÃO GERAL 1.1 Em todas as fases da obra deverá ser observado o que dispõe as Normas Regulamentadoras da Portaria 3.214/78 e suas alterações, as normas internas da Eletrosul, as Normas Técnicas Nacionais e na ausência, Normas Internacionais. 2. ESCAVAÇÃO E FUNDAÇÕES 2.1 Todas as atividades deverão ser previamente planejadas, levando em conta o que determina: 2.2 NR-18 - item 18.6 Escavações, Fundações e Desmonte de Rocha; Item 18.14 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas; Item 18.22 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas; NBR 9061/85 Segurança de Escavação a Céu Aberto; Recomendações Técnicas de Procedimento Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas (FUNDACENTRO). 2.3 Nas escavações com equipamentos atender o que dispões a Norma Regulamentadora n 12 Segurança do Trabalho em Máquinas e Equipamentos. 2.4 Os escoramentos dever ser verificados diariamente e inspecionados periodicamente. 2.5 Quando da utilização de escoramentos de madeira ou quando da existência de gases inflamáveis, devem ser tomadas precauções especiais contra incêndio. 2.6 A escavação deverá ter sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento em todo o seu perímetro. 2.7 As fôrmas e escoramentos para as estruturas de concreto deverão ser projetadas e executadas de modo a suportarem o peso de concreto fresco, os esforços provocados pelo lançamento e pela vibração do concreto e a movimentação de pessoas. 2.8 Deverá ser construída junto à parede lateral do túnel, vala para escoamento das águas de infiltração, de combate ao pó e de utilização dos equipamentos de perfuração. Caso o avanço seja descendente, deverá ser previsto poço para recolhimento dessas águas, as quais serão retiradas através de recalque, quando necessário. 2.9 Os espaços entre a blindagem do escoramento e as paredes da escavação devem ser mantidos totalmente cheios de material. 2.10 Na abertura de túneis, poços e galerias devem ser observadas as recomendações contidas na NR-22 (Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração), NR-18 e NR 33.
2.11 Os sistemas de ventilação devem ser dimensionados e instalados o mais próximo da frente de trabalho, desde que não obstrua as atividades executadas, e que garanta a eficiência na remoção de contaminantes gerados. 2.12 As atividades de escavação, remoção e transporte de materiais dentro do túnel e no canteiro de obras não devem expor os trabalhadores a riscos de acidentes. 2.13 O sistema de iluminação dos poços, túneis e galerias deve ser compatível com NR- 17 e NBR 5413. 3. TERRAPLENAGEM, ENROCAMENTO E BARRAGEM 3.1 Executar os cortes de barrancos de acordo com as normas de engenharia, de modo a evitar a queda de árvores, deslizamentos de terra em área de trabalho. 3.2 Os limites externos das bancadas utilizada como estradas devem estar demarcados e sinalizados, de forma visível durante o dia e a noite. 3.3 A largura mínima das vias de trânsito deve ser duas vezes maior que a largura do maior veículo utilizado, no caso de pista simples, três vezes, para pista dupla. 3.4 Nas laterais das bancadas ou estradas onde houver risco de quedas de veículos devem ser construídas leiras com altura mínima correspondente a metade do diâmetro do maior pneus de veículo que por elas trafegue. 4. DESMONTE DE ROCHA 4.1 Todas as atividades deverão ser previamente planejadas, levando em conta as recomendações: NR-18 - item 18.6 Escavações, Fundações e Desmonte de Rocha; NBR 9061/85 Segurança de Escavação a Céu Aberto; Recomendações Técnicas de Procedimento Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas (FUNDACENTRO). 4.2 Devem ser adotadas técnicas e medidas de segurança no planejamento e execução do desmonte de rocha com o uso de explosivos. 4.3 O transporte, manuseio e armazenagem de explosivos deverão seguir o que dispõe a NR-19 Explosivos, o Regulamento R-105 do Ministério do Exército, Portaria nº 204/MT de 1997 as Normas Reguladoras de Mineração NRM - e outras normas oficiais vigentes. 4.4 Os profissionais responsáveis pela manipulação de explosivos deverão possuir capacitação específica em Bláster e estar com seus registros devidamente atualizados, cujas cópias deverão ser encaminhadas à Eletrosul.
4.5 A Contratada deverá encaminhar à Eletrosul cópia de toda a documentação emitida pelos Órgãos e Autoridades competentes, referentes à aquisição, uso, transporte, armazenamento e descarte de substâncias perigosas e explosivos. 4.6 Onde for necessário o desmonte de rocha com uso de explosivos, deve estar disponível no plano de fogo: Disposição e profundidade dos furos; quantidade de explosivos; tipos de explosivos e acessórios utilizados; seqüência das detonações; razão de carregamento; volume desmontado; e, tempo mínimo de retorno após a detonação. O desmonte com uso de explosivos deve obedecer as seguintes condições: ser precedido do acionamento de sirene; a área de risco deve ser evacuada e devidamente vigiada; horários de fogo previamente definidos e consignados em placas visíveis na entrada de acesso às áreas de trabalho; dispor de abrigo para uso eventual daqueles que acionam a detonação, e; seguir as normas técnicas vigentes e as instruções do fabricante. 4.7 Não devem ocorrer lançamentos de fragmentos de rocha além dos limites de segurança. 4.8 O retorno à frente detonada só é permitido com autorização do responsável pela área e após verificação da existência das seguintes condições: dissipação dos gases e poeiras, observando-se o tempo mínimo determinado pelo projeto de ventilação e plano de fogo; confirmação das condições de estabilidade da área, e; marcação e eliminação de fogos falhados. Na constatação ou suspeita de fogos falhados no material detonado, após o retorno às atividades, devem ser tomadas as seguintes providências: os trabalhos devem ser interrompidos imediatamente; o local deve ser evacuado, e; informado o técnico responsável ou bláster para adoção das providências cabíveis. 4.9 A retirada de fogos falhados deve ser executada pelo técnico responsável ou bláster ou, sob sua orientação, por trabalhador qualificado e treinado.
4.10 A retirada de fogos falhados só pode ser realizada através de dispositivo que não produza faíscas, fagulhas ou centelhas. 4.11 Os explosivos e acessórios de fogos falhados devem ser recolhidos a seus respectivos depósitos, após retirada imediata dos dispositivos entre eles. 4.12 Deverá ser proibida a utilização de explosivos que tenham sido submetidos à umidade ou calor excessivo, ou de material que tiver falhado depois da detonação das outras cargas. 4.13 É proibido o aproveitamento de restos de furos falhados na fase de perfuração. 4.14 Na perfuração: 4.14.1 Seguir o que dispõe a NR-18 - item 18.22 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas. 4.14.2 Não é permitida a realização de perfurações concomitante com o carregamento. 4.14.3 As operações de perfuração ou corte devem ser realizadas, sempre que possível e necessário, por processos umidificados, para evitar a dispersão de poeiras no ambiente. 4.14.4 Posicionar a perfuratriz em local estável. 4.14.5 As perfurações subterrâneas só poderão ser reiniciadas após a detonação e liberação da área pelo responsável. 4.15 No carregamento e detonação: 4.15.1 O transporte e utilização de material explosivo devem ser efetuados por pessoal devidamente treinado, respeitando-se as Normas do Departamento de Fiscalização de Produtos Controlados do Ministério da Defesa e legislação que as complemente; 4.15.2 A execução do plano de fogo, operações de detonação e atividade correlatas deve ser supervisionadas ou executadas por técnico responsável, engenheiro de minas ou bláster legalmente registrado. 4.15.3 Ao técnico responsável ou Bláster compete: ordenar a retirada dos paióis, o transporte e o descarregamento dos explosivos e acessórios nas quantidades necessárias ao posto de trabalho a que se destinam; orientar e supervisionar o carregamento dos furos, verificando a quantidade carregada; orientar a conexão dos furos carregados com o sistema de iniciação e a seqüência de fogo;
solicitar a execução das medidas de concentração gasosa, antes e durante o carregamento dos furos, em frentes de trabalho sujeitas a emanações de gases explosivos; certificar-se do adequado funcionamento da ventilação auxiliar e da aspersão de água nas frentes em desenvolvimento; certificar-se de que não haja mais pessoas na frente de desmonte e áreas de risco antes de proceder a detonação; certificar-se da inexistência de fogos falhados e, se houver, adotar as devidas providências; comunicar ao responsável pela área ou frente de serviço o encerramento das atividades de detonação. manter durante o carregamento e transporte, os explosivos e acessórios distantes uns dos outros; demarcar toda a área do desmonte com bandeirolas; levar as caixas, uma a uma, para o local próximo do carregamento, a medida que forem sendo necessárias; fazer proteção com malhas de aço ou outro dispositivo, quando a detonação em aberturas de valas oferecer risco a estrutura ou equipamentos vizinhos. dar conhecimento de cada Plano de Fogo a todos os setores da obra; isolar a área de detonação, estabelecendo o raio de segurança de acordo com o Plano de Fogo; iniciar a detonação somente após os sinais sonoros e vistoria de toda a área a ser atingida pelo fogo, a fim de sanar possíveis irregularidades. tomar as seguintes providências, após a detonação: quando toda fumaça, poeira e gases tóxicos provenientes da detonação estejam dissipados completamente, vistoriar a área antes da liberação da mesma; na hipótese de serem constatadas falhas de explosivos e ou acessórios para detonação, que ocorram possibilidade de explosões sem aviso, não liberar a área, até que se tomem medidas em comum acordo com a contratante para solução do caso. 5. INSTALAÇÕES E OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 5.1 As instalações que compõem as operações industriais são: central de britagem; central de concreto; central de armação;
central de forma; pátio e oficinas de montagem/ manutenção 5.2. Ensilagem de cimento e cinzas 5.2.1. Munir de dispositivos de segurança em ambas as extremidades do mangote, quando o transporte de cimento se fizer por caminhões graneleiros e utilizado ar comprimido. 5.2.2. Construir, sempre que possível, bocas receptoras em nível diferente ao do operador e dotá-las de grade de proteção quando o recebimento e descarga for através de containers. 5.2.3. Instalar guarda-corpo no contorno da cobertura, nas passarelas e nas escadas dos silos. Seguir o que dispõe a NR-18 item 18.12 e alteração. 5.2.4. Nos serviços de manutenção, os empregados deverão estar com cinto de segurança tipo pára-quedista preso em cabo de segurança e com trava-queda. 5.2.5. O funcionamento do silo deve ser interrompido quando da execução de serviços de manutenção e/ou inspeção. 5.3. Central de britagem 5.3.1. Instalar batentes limitadores de fim de curso para os caminhões junto à boca de descarga do britador. 5.3.2. Proteger partes móveis dos britadores, classificadores e transportadoras. 5.3.3. Prover de guarda-corpo as escadas, passarelas e plataformas, onde houver. 5.3.4. Prover a central de alarme sonoro para anunciar o início das operações. 5.3.5. Deverão ser adotadas medidas preventivas para diminuir a dispersão de partículas provenientes deste local (comprovação mediante análises quantitativas dispostas no PCMAT). 5.4. Central de concreto 5.4.1. Prover de guarda-corpo as escadas, passarelas e plataformas, onde for necessário. 5.4.2. Proteger as partes móveis das betoneiras e isolar as áreas delimitadas para movimentação das caçambas. 5.4.3. A cabine de comando deve permitir a perfeita visualização do local de descarga. 5.4.4. As escadas e rampas deverão estar de acordo com NR18 item 18.12.
5.5. Central de Fôrma e Carpintaria 5.5.1. Os materiais devem ser armazenados (empilhados e arrumados) conforme o que dispõe a NR-18 item 18.24. 5.5.2. Prover a central de um sistema de exaustão para retirada de pó de madeira. 5.5.3. Implantar sinalização de segurança. 5.5.4. Os níveis de iluminação deverão estar de acordo com NBR 5413. 5.5.5. As serras circulares deverão observar o disposto no item 18.7, da Norma Regulamentadora n 18. 5.5.6. Na carpintaria deverá ser colocado em local visível o nome das pessoas capacitadas e autorizadas para operarem a serra circular. 5.6. Oficina 5.6.1. Manter as áreas da oficina limpa e organizada. Sucatas e lixo deverão ser acondicionados em recipientes próprios e adequados. 5.6.2. Implantar sinalização de segurança. 5.6.3. Os níveis de iluminação deverão estar de acordo com NBR 5413. 6. MONTAGEM ELETROMECÂNICA 6.1 A montagem eletromecânica deverá ser precedida de planejamento e programa de segurança, considerando: serviços simultâneos e interdependentes existentes na mesma área de trabalho acesso e movimentação de pessoas, materiais, máquinas, equipamentos, etc.; sistemas de comunicações; proteção individual adequado a natureza da atividade e de acordo com a NR 6, coletiva e ambiental; nas áreas de soldagem e esmerilhagem, instalar anteparos contra radiações. No caso de ambiente fechado, prever,sistema de ventilação exaustora; os aparelhos de soldas oxiacetilênica devem ser equipados com válvula contra retrocesso de chama e os cilindros devidamente fixados para evitar sua queda; os aparelhos de solda devem ser ligados à rede passando antes por um sistema de proteção. 6.2 Em caso do emprego de Gás Liquefeito do Petróleo (GLP) no processo de solda, os butijões devem estar protegidos contra quedas e impactos, assumindo a contratada toda e qualquer responsabilidade pelo uso indevido. Deve ser proibida a utilização de estropos, cordas, arames, cabos, etc., para içamento, somente usar gaiolas apropriadas.
6.3 Para as inspeções de solda através de equipamentos de emissão de radiação ionizante, adotar as medidas preventivas das normas radiológicas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), com atenção especial ao transporte e armazenamento do equipamento e isolamento da área de trabalho. 6.4 Durante atividades de jateamento em locais confinados não permitir a execução simultânea de outras tarefas. 6.5 Os equipamentos de guindar e acessórios deverão ser inspecionados periodicamente, verificando garantir a execução dos serviços com segurança. 7. PROCEDIMENTOS PARA PREVENÇÃO DO RISCO DE QUEDA DE PESSOAS 7.1 É proibido o transporte de pessoas por equipamentos de guindar não projetados para este fim, exceto em dispositivos suspenso e no caso de complexidade técnica, com autorização especial por parte do Ministério do Trabalho e Emprego, nas quais outros meios tenham sido considerados inviáveis e inseguros, comprovado por Laudo Técnico elaborado pro Profissional Legalmente Habilitado. 7.2 Os andaimes deverão atender o disposto no item 18.15 da Norma Regulamentadora n 18 e a Norma Regulamentadora n 34, no que couber. 7.3 Os procedimentos para trabalho em altura para a obra deverão estar em Instrução Técnica, anexa ao PCMAT. 7.4 As escadas, rampas e passarelas deverão atender o disposto no item 18.12 da Norma Regulamentadora n 18 e serem dimensionadas, no mínimo, de acordo com a Recomendação Técnica de Procedimentos Escadas, rampas e passarelas (FUNDACENTRO). 7.5 As medidas de proteção contra quedas de altura deverão atender o disposto no item 18.13 e observar o disposto na Recomendação Técnica de Procedimentos Medidas de Proteção contra quedas de altura. 7.6 As aberturas em pisos e paredes devem ser protegidas para evitar quedas. 7.7 Em todo serviço executado a altura igual ou superior a 2 metros deverá ser previsto sistema de proteção contra queda. 7.8 Todo procedimento de subida, movimentações e descidas deve seguir o critério de 100% conectado, adequado a cada situação de trabalho e devidamente orientado por profissional de Segurança e/ou Supervisores e Fiscais de obra presentes no local. 7.9 Os trabalhadores deverão usar, no mínimo, cinto de segurança tipo pára-quedista, talabarte, calçado de segurança, luvas adequada a atividade e evitar roupas largas e soltas em altura elevada.
7.10 Os capacetes de segurança deverão ser bem ajustados à cabeça, admitindo circulação de ar junto à mesma e serem seguros ao queixo através da jugular. 7.11 Os cintos de segurança deverão ser sempre guardados e revisados. 7.12 O içamento de pessoas para trabalho em altura deverá seguir o anexo IV da NR-18 e item 34.6 da NR-34. Nas situações em que o trabalho for considerado de natureza especial e haja inviabilidade técnica para atendimento destes dispositivos, a Contratada deverá apresentar uma Instrução Técnica alternativa para execução destes trabalhos, homologado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.