) e enxofre (S), compostos que reagem na atmosfera produzindo ácidos.

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Transcrição:

Chuvas ácidas são chuvas, ou qualquer outra forma de precipitação que, ao contrário do normal, têm características ácidas. Estas são prejudiciais para as plantas, animais, edifícios e também para a saúde humana. Isto é maioritariamente causado por emissões humanas de azoto (N 2 ) e enxofre (S), compostos que reagem na atmosfera produzindo ácidos.

Embora a amónia e os compostos orgânicos voláteis, com destaque para o dimetilsulfureto (DMS) de origem oceânica e o ácido fórmico nalgumas regiões de floresta tropical, contribuam para a acidez da precipitação, os dois principais grupos de compostos que geram a acidez da precipitação são os óxidos de azoto e os óxidos de enxofre, com predominância para estes últimos, os quais são esmagadoramente de origem antrópica.

Central eléctrica de carvão em Cheshire, Ohio O gás mais influente na acidificação da chuva é o dióxido de enxofre (SO 2 ). No entanto as emissões dos óxidos de azoto (NO x ) que oxidam formando ácido nítrico são de importância maior devido aos controlos rígidos nas emissões de compostos contendo enxofre. Cerca de 70 Tg(S) por ano na forma de SO 2 são provenientes da queima de combustíveis fósseis e da indústria, 2.8 Tg(S) de fogos florestais e 7-8 Tg (S) de vulcões.

A acidez acrescida que está na origem da precipitação ácida resulta na sua maior parte da interacção dos componentes naturais da atmosfera terrestre com poluentes primários, entre os quais avultam os óxidos de azoto e os óxidos de enxofre, os quais reagem com a água atmosférica para formar ácidos fortes como sejam o ácido sulfúrico e o ácido nítrico. A principal fonte desses poluente primários é a queima de combustíveis fósseis para produção de energia térmica, energia eléctrica e para a propulsão de veículos.

O acréscimo de acidez da chuva provém da reacção dos poluentes atmosféricos primários, tais como os óxidos de enxofre (SO x ) e óxidos de azoto/nitrogénio (NO x ), que juntamente com a água formam no ar ácidos fortes ácidos sulfúrico e nítrico. As principais fontes destes poluentes são os transportes, indústrias e centrais eléctricas (principalmente as de carvão). Processos que intervêm na formação das chuvas ácidas

Na ausência de qualquer contaminante atmosférico, a água precipitada pela chuva é levemente ácida, sendo de esperar um ph de aproximadamente 5,2 a 20 ºC, valor inferior ao que resultaria se a solução ocorresse em água destilada (ph = 5,6) devido à presença de outros compostos na atmosfera terrestre não poluída. Essa acidez natural, apesar de localmente poder ser influenciada pela presença de compostos orgânicos voláteis e de óxidos de azoto gerados por trovoadas, resulta essencialmente da dissociação do dióxido de carbono atmosférico dissolvido na água, formando um ácido fraco, conhecido como ácido carbónico, segundo a reacção: CO 2 (g) + 2H 2 O (l) H 2 CO 3 (aq)

Os efeitos adversos sobre as florestas resultam dos impactes directo e indirecto da acidez, incluindo os efeitos sobre a mobilização de iões nos solos e as altas concentrações dos gases precursores no ar. As florestas situadas a grande altitude são particularmente vulneráveis pois estão frequentemente imersas em nevoeiros e nuvens cujas gotículas são mais ácidas do que a chuva. Pelas mesmas razões, a precipitação oculta tende a ser mais ácida do que a chuva, afectando particularmente as florestas de montanha. As árvores são danificadas pela precipitação ácida de vários modos: a superfície cerosa das suas folhas é rompida e nutrientes são perdidos, tornando as árvores mais susceptíveis a gelo, fungos e insectos; o crescimento das raízes torna-se mais lento e, em consequência, menos nutrientes são transportados; iões tóxicos acumulam-se no solo, causando fito toxicidade, em geral afectando as zonas de crescimento das raízes, e minerais valiosos são dispersos e arrastados pelas águas ou (como no caso dos fosfatos) ligam-se às argilas de forma a ficarem inacessíveis para mobilização pelas raízes.

Estudos ecológicos e toxicológicos revelam uma forte relação entre baixos níveis de ph e a perda de populações de peixes em lagos. Com ph inferior a 4,5 praticamente nenhum peixe sobrevive, enquanto níveis iguais ou superiores a 6,0 promovem populações saudáveis. Os lagos são particularmente afectados por receberem e concentrarem a acidez proveniente do escorrimento através de solos acidificados pela precipitação e por concentrarem parte importante da carga dos iões solubilizados.

Nos solos, a alteração do ph altera a sua biologia e química, levando a alterações na solubilidade de diversos compostos e a alterações na microbiologia do solo, já que alguns microorganismos são incapazes de tolerar as alterações resultantes. Os enzimas desses microorganismos são desnaturados, perdendo a sua funcionalidade. O iões hidrónio também levam à mobilização toxinas e à solubilização e consequente perda de nutrientes e micronutrientes essenciais à vida vegetal e ao equilíbrio trófico dos solos. Um dos caminhos para a solubilização é o seguintes: arg2h + (aq) + Mg 2+ (ilas) 2H + (argilas) + Mg 2+ (aq)

Se se olhar para as diversas construções, especialmente as velhas, poder-se-á notar muito bem que os materiais de construção estão a dissolver. Eles desgastam-se naturalmente pela acção do tempo, mas isso leva séculos a realizar-se. A chuva ácida acelera o processo. Por exemplo, em 1984, a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque teve, de ser parcialmente desmontada para ser restaurada, porque a poluição ácida corroeu a estrutura metálica e o revestimento de cobre. Foram gastos milhões de dólares para recuperar o seu antigo esplendor.

Antes Depois

Estudos epidemiológicos sugerem uma ligação directa entre a acidez atmosférica e a saúde das populações, sendo os iões tóxicos libertados devido à precipitação ácida a maior ameaça. O cobre mobilizado foi implicado nas epidemias de diarreia em crianças jovens e acredita-se que existem ligações entre o abastecimento de água contaminado com alumínio e o aumento da ocorrência de casos da doença de Alzheimer. Estudos demonstraram que partículas finas em suspensão no ar, uma grande parte das quais são formadas por sais dos ácidos formados na precipitação ácida (sulfatos e nitratos), estão correlacionadas com o aumento da morbilidade das pessoas e a morte prematura em resultado de doenças como o cancro.

As regiões particularmente afectadas pela precipitação ácida incluem a maior parte da Europa, particularmente a Escandinávia, onde muitos dos lagos estão tão acidificados que já não têm peixes e com extensas áreas florestais fortemente danificadas, grande parte do nordeste dos Estados Unidos da América e do sueste do Canadá. Outras regiões afectadas são sueste da China e Taiwan.

Utilizar transportes colectivos: reduz a emissão de gases poluentes Utilizar fontes de energia menos poluentes: Energia hidroeléctrica, geotérmica e eólica. Purificar os escapes dos veículos: utilizar gasolina sem chumbo e adaptar um conversor catalítico Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre Utilizar purificadores nas indústrias para transformar grande parte das emissões de CO 2 em substâncias menos poluentes

Neste trabalho conseguimos concluir que temos um grave problema. Se todos nós nos unir-mos pela mesma causa iremos conseguir reduzir estas catástrofes naturais. Esperamos que os nossos colegas consigam aprender com este trabalho.

Uma pequena brincadeira

Trabalho elaborado por: Rui Faria Marco Pereira Sofia Silva