Gemini Op. Científica... 2



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Transcrição:

F oi instalado no LNA o servidor de dados HP ProLiant DL380R05 da Hewlett Packard com uma capacidade de armazenamento de 12 Tera bytes e processador Intel Quad-Core Xeon E5405. Este servidor é dedicado e otimizado ao gerenciamento de tarefas de transferência de informações, justamente para o tipo de demanda exigida pelo Observatório Virtual (OV). próprio servidor de armazenamento já possui as configurações de multiprocessamento que garantem a sua integração em um ambiente de grid. O servidor recentemente adquirido é apenas o primeiro passo na consolidação de um ambiente OV no LNA. O que deve caracterizar os próximos passos possivelmente será a aquisição de equipamentos capazes de serem integrados em um ambiente de processamento em grid, e dedicados ao processamento remoto de tarefas, o reconhecimento de padrões em imagens e o processamento de modelos numéricos em aplicações astronômicas. O SOAR Balanço 2009A... 6 Chamada 2010A... 9 OPD Câmaras CCDs... 10 Poluição Luminosa... 13 Echelle... 15 Inicialmente previsto para abrigar a parte brasileira das observações no SOAR, o servidor de dados poderá armazenar o conjunto de observações dos demais parceiros do consórcio, Chile, Universidade de Michigan e Universidade da Carolina do Norte. O equipamento é extremante versátil e poderá ser expandido em sua capacidade, o que deve garantir o armazenamento dos dados de outros telescópios ou mesmo a curadoria de dados e observações organizadas em forma de catálogos por pesquisadores brasileiros. Com isto, os astrônomos contarão com um ambiente seguro e confiável em que são aplicados todos os protocolos empregados em OVs. Gemini Op. Científica... 2 LNA SIFS...16 Cinelândia... 18 Visita... 19 Curtas... 20 Servidor de Dados da HP (direita) junto ao rack de equipamentos de rede, na Central de comunicação de dados do LNA. O esforço do LNA em garantir o máximo uso dos dados do SOAR e a necessidade de desenvolvimento do Observatório Virtual Astrofísico Brasileiro tem como parceria o Laboratório Associado de Computação e Matemática Aplicada do INPE (LAC/INPE). A aquisição deste equipamento está de acordo com a missão institucional do LNA, de garantir a infraestrutura para a realização da pesquisa astronômica no Brasil, e coroa o grande empenho do LNA no desenvolvimento de uma estrutura de Observatório Virtual no país. Iranderly Fernades de Fernandes é bolsista de Pós-doutoramento do LNA/IAG

A presentamos aqui um resumo das operações científicas do semestre passado (2009A), do atual (iniciado em 01 de agosto, 2009B) e do próximo semestre (2010A), baseado nas informações obtidas na XVII reunião do Grupo de Trabalho das Operações Científicas ( Operations Working Group ) do Observatório Gemini. Este grupo reúne-se a cada seis meses para discutir diversos tópicos relacionados às operações científicas e dele fazem parte os representantes dos escritórios nacionais ( National Gemini Office NGO) dos países membros do consórcio e os diretores de operações científicas do Gemini. A XVII reunião foi realizada em Warwick, Inglaterra, nos dias 29 e 30 de julho deste ano. 1) Semestre 2009A Um fato que devemos destacar em 2009A foi o longo inverno sofrido pelo Gemini Norte, que aumentou em muito a perda de horas de observação devido ao clima. Nesse período de 18 semanas o tempo de ciência total utilizado no Gemini Norte foi de cerca de 40% abaixo dos valores típicos para esta época do ano. Além do tempo de observação perdido devido ao clima, quando as observações eram possíveis, as condições foram piores do que o usual. O diagrama da figura 1 ilustra as frações de tempo (percentagem do tempo total) utilizadas com ciência, engenharia e comissionamento, e as não utilizadas devido a perdas por falhas e por clima (em cinza) e também por paralisação, Figura 1 - Frações de tempo (percentagem do tempo total) utilizadas com ciência ( science ), engenharia ( engineering ), comissionamento ( commissioning ), perdas por falhas ( fault loss ), perdas por clima ( weather loss ) e paralisação ( shutdown ), para os semestres 2007A, 2007B, 2008A, 2008B e 2009A, dos telescópios Gemini Norte e Gemini Sul.

desde o semestre 2007A, de cada um dos telescópios. Em conseqüência desse clima, as taxas de conclusão dos programas também foram seriamente afetadas. O diagrama da figura 2 ilustra as taxas de conclusão de programas para as diversas bandas, para vários semestres, separados por telescópio. Pode-se verificar que as taxas de conclusão para GN2009A ficaram bem abaixo dos semestres anteriores. A exceção se dá em relação às frações de programas completos das bandas 2 e 3 do semestres 2003A-2004B, quando ainda não era feito o planejamento da fila de observação. Mais detalhes sobre as 18 semanas de inverno em Mauna Kea podem ser encontrados no site do Gemini (http://www.gemini.edu/node/11257). Figura 2 Taxas de conclusão de programas para as bandas 1 e 2 (programas completos), bandas 2 e 3 (75% dos programas iniciados) e banda 3 (programas completos), para vários semestres, separados por telescópio. As linhas horizontais indicam os requisitos de conclusão. Observação: os valores para os semestres 2008B e 2009A podem ainda mudar porque há programas de banda 1 em ativos ( rollover ). Gemini Norte Utilização efetiva do tempo: 48% ciência, 3% engenharia+comissionamento, 4,5% falhas, 38% clima, 6,5% paralisação. Programas em fila: 70 de 2009A com algum dado (32 GMOS-N, 27 NIRI & NIRI+Altair, 5 NIFS+Altair, 6 compostos). Dos programas NIRI+Altair e NIFS+Altair, 8 são programas LGS ( Laser Guide Star ). Programas clássicos: 4 NIRI, NIRI+Altair, 3 GMOS-N (incluindo intercâmbio com Subaru), 1 NIFS+Altair (intercâmbio c/ Subaru). Programa em rollover para 2009B: 1 h (2008B) + 48 h (2009A). Programas tempo ruim: 81 h executadas em fila (tempo não creditado aos parceiros). Programas de intercâmbio: 2 HIRES/Keck, 3 SuprimeCam/Subaru, 1 MOIRCS/Subaru: 53h creditadas. Dos programas brasileiros no GN foram completados todos os 2 da Banda 1, mas nenhum dos 2 classificados em Banda 3 (não havia nenhum programa em Banda 2), resultando em 5,92 horas observadas. Como o Michelle não foi oferecido, um programa que havia sido aprovado para este instrumento foi transferido para o T-ReCS/GS, resultando em um total de 16,5 horas alocadas para o Brasil. Portanto, foram observados cerca de 36% do alocado. Essa fração está abaixo da fração efetivamente utilizada em ciência, mas por outro lado, contribuiu para a redução do número de horas em haver, devido ao desequilíbrio gerado em semestres anteriores (ver parágrafo no final desta subseção).

Tempo de LGS em fila: ~ 61 horas imputadas aos programas LGS pouco foi utilizado entre dezembro e abril, devido ao clima. Como houve uma baixa demanda por Michelle, este instrumento não foi utilizado em 2009A Gemini Sul O semestre começou com um clima muito bom e terminou com um clima muito ruim, especialmente pior no tempo escuro: somente 25% de tempo utilizado com ciência durante os períodos escuros e cinzas de maio a 23 de julho. Estas condições climáticas afetaram principalmente os programas GMOS de final de semestre. Utilização efetiva do tempo: 63% ciência, 2% engenharia+comissionamento, 2% falhas, 23% clima, 10% paralisação. Programas em fila: 68 de 2009A com algum dado (47 GMOS, 10 Phoenix, 7 T-ReCS, 1 NICI, 2 programas da campanha do NICI). Programas clássicos: 10, sendo 3 com GMOS-S, 4 Phoenix, 3 T-ReCS (incluindo os de intercâmbio). Programas em rollover para 2009B: 35 h (2008B) + 34 h (2009A). Relativamente pouco tempo de tempo ruim: 23 h executadas em fila de 3 programas. Dos programas brasileiros no GS foram completados os programas em Banda 1 e 2 (um em cada banda), e 2 dos 3 programas classificados em Banda 3, resultando em 14,26 horas observadas. Como haviam sido alocadas 19 horas, observamos cerca de 75%, o que correspondente a 1,5% do total observado por todos os parceiros. Nosso desequilíbrio em tempo relativo à média geral observada está diminuindo lentamente, graças ao método de correção que tem sido aplicado desde 2007A. Atualmente está em 28,69 horas em haver, sendo que estava em 38,51 horas em 2008B e já foi de 72,13 horas em 2007A. Lembramos que a correção aplicada ao tempo disponível para o Brasil é 60% do valor resultante da subtração da correção aplicada no semestre anterior ao desequilíbrio agregado. A campanha do NICI totalizou cerca de 125 horas, principalmente devido às excelentes condições climáticas da primeira metade do semestre. Assim, aproximadamente 40% da campanha foi realizada, contando com as observações de 2008B. A paralisação para engenharia precisou ser prorrogada para resolver um problema urgente com o espelho secundário. O trabalho restante será concluído entre setembro e outubro. 2) Semestre 2009B Gemini Norte - Filtros de banda estreita para GMOSN: o comissionamento estava previsto para entre final de julho e início de agosto. - Como em semestres anteriores, o tempo usando LGS está programado em blocos. As datas-alvo para a apresentação de listas estão listados na web (OT Special Instructions 2009B http://www.gemini.edu/sciops/observingwith-gemini/phase-ii-and-s/w-tools/observing-tool/instructions-completingphase-ii?q=node/11269 Gemini Sul - A fila está preenchida em cerca de 60% do tempo com programas GMOSS, 20% com Phoenix e 10% com NICI e T-ReCS. - As máscaras do GMOS-S em 2009B serão cortadas em La Serena, a partir de agosto de 2009. - O prazo final para a Fase II dos programas NICI foi estendido para 15 de agosto. - Está prevista uma paralisação de 16 noites para completar a manutenção do espelho secundário. 3) Semestre 2010A - Chamada para propostas A chamada para propostas para 2010A foi anunciada em 28 de agosto, sendo dia 30 de setembro, às 24h de Brasília, a data limite para a submissão de propostas. O tempo disponível para a comunidade Brasileira será de 25 horas no Gemini Norte e de 24 horas no Gemini Sul.

A NTAC não impõe limite ao tamanho das propostas, mas recomenda que a distribuição de horas entre as bandas científicas seja seguida como limitação de tamanho (ver Regras para Propostas - http://www.lna.br/gemini/ngo/gemntac.html). A comunidade Gemini toda terá direito ao intercâmbio de até 5 noites no Keck e entre 5 e 10 noites no Subaru - ver as orientações sobre o intercâmbio em "Intercâmbio de tempo com Keck e Subaru" (http://www.lna.br/gemini/ngo/gem_intercambio.html)e "Exchange Time" (http://www.gemini.edu/sciops/observing-with-gemini/call-proposals-supporting-information#exchange_time_). Instrumentos disponíveis: - Gemini Norte: GMOS-N, NIRI, NIFS, Altair, Michelle - Gemini Sul: GMOS-S, NICI, T-ReCS, Phoenix - Keck (intercâmbio): HIRES - Subaru (intercâmbio): COMICS, FOCAS, HDS, IRCS, MOIRCS e SuprimeCam Limites de acessibilidade aos alvos para 2010A: Gemini Norte: 4h < AR < 1h e -37 < dec. < +79 - Michelle estará disponível somente em fevereiro e em julho de 2010: os alvos devem ser limitados a 5h < AR < 1h. - O "Laser Guide System" (LGS) tem uma restrição em elevação mais rigorosa (deve ser de > 40 graus) e os alvos devem ser limitados a 5h < AR < 0h e 27 < dec. < +68. Gemini Sul: 5h < AR < 2h e -89 < dec. < +28 - T-ReCS estará disponível somente entre abril e julho: os alvos devem ser limitados a 8h < AR < 2h. Para elaborar uma proposta, seguir as orientações das páginas web: - Chamada para Propostas: semestre 2010A (http://www.lna.br/gemini/ngo/brgocfp.html) Observando como Gemini (http://www.lna.br/gemini/ngo/gemngo.html) - Semester 2010A Call For Proposals (http://www.gemini.edu/sciops/observing-with-gemini/2010a-call-for-proposals) Esclarecimento importante: A aba "Band 3" do PIT serve para especificar como o programa pode ser otimizado para ser executado nesta banda, caso a posição do programa no ranking científico assim o classifique. Ao manter selecionada a opção "Consider this proposal for band 3", o usuário apenas afirma que sua proposta poderia ser executada nesta banda. Por outro lado, deve-se solicitar que o programa não seja considerado para banda 3 se as condições observacionais realmente necessárias são muito rígidas, se o programa é "time-critical" ou se necessita o uso do LGS. Ver mais orientações na página web "Propostas classificadas em Banda 3" (http://www.lna.br/gemini/ngo/gemband3.html). Marília J. Sartori é a Gerente do Escritório Brasileiro do Gemini

O primeiro semestre de 2009 (Fevereiro-Julho/2009) esteve recheado de desafios sob vários pontos de vista. Pela primeira vez, 80% do tempo disponível foi dedicado a ciência, o que, para o Brasil, se traduz em aproximadamente 42 noites de observação. Ainda, o anunciado retiro do Goodman para realizar trabalhos de engenharia na estrutura do telescópio nos meses de junho e julho impunha desenhar uma estratégia de observação atípica. Isso porque deveria ser dada prioridade a programas com o espectrógrafo nos primeiros meses do semestre, sem perder de vista aqueles projetos aprovados com outros instrumentos e que também tinham alta prioridade. Assim, durante 2009A foram aprovados pela Comissão Brasileira de Programas do SOAR (CBP/SOAR) um total de 25 propostas, totalizando 438 horas de observação. Duas das propostas, de duas noites cada, faziam parte do acordo de troca de tempo entre o SOAR e o CTIO. A Figura 1 mostra a porcentagem de execução dos diferentes projetos organizados em ordem decrescente de prioridade (de esquerda para direita). SO-30 e SO-34 foram aprovadas para o Telescópio Blanco. As cores representam as bandas (quatro) em que foram distribuídos. Constata-se que três dos cinco projetos da banda 1 foram totalmente concluídos. Os dois primeiros (SO-2 e SO-1) não puderam ser finalizados já que SO-2 era um programa de monitoramento ao longo do semestre, e SO-1, um programa de alvo de ocasião, ambos utilizando o espectrógrafo Goodman. De fato, o recesso forçado do espectrógrafo, que teve de ser desmontado do porto óptico para permitir a abertura dos furos que suportarão o SAM e o STELLES, foi um dos principais responsáveis da relativa baixa taxa de observação dos programas da Banda 2. Em contrapartida, os programas da Banda 3 foram beneficiados, já que a grande maioria utilizava o imageador SOI ou o espectrógrafo infravermelho OSIRIS. A Tabela 1 lista o número de horas observadas por mês durante 2009A (coluna 2), assim como as horas perdidas por mau tempo e problemas instrumentais/overhead (colunas 3 e 4, respectivamente). Por hora observada entende-se o tempo em que a cúpula esteve aberta executando um programa brasileiro, incluido o tempo de apontamento e o utilizado em calibrações. Mau tempo indica cúpula fechada por condições atmosféricas ruins (chuva, vento, nevoeiro, neve e/ou nuvens espessas com cobertura de 100% do céu). Na categoria problemas instrumentais / overhead inclui-se qualquer falha nos equipamentos, nos instrumentos e no telescópio que impediram realizar observações ou tempo que foi utilizado refazendo a ótica do espelho. Também, ocasionalmente perde-se tempo em programas que foram iniciados mas sua execução foi interrompida por causa de mudanças bruscas nas condições de observação e cujos dados não podem ser aproveitados cientificamente por estarem fora das especificações mínimas solicitadas pelo astrônomo dono do programa. Os números apresentados na Tabela 1 permitem constatar que das 418 horas disponíveis para observação durante o semestre, 291 horas foram efetivamente utilizadas em operações de ciência, o que equivale a um aproveitamento de 69%. A porcentagem do tempo perdida por mau tempo foi atipicamente grande, de 21%. Problemas instrumentais / overhead contribuíram negativamente com 10%, sendo que apenas um terço desse valor foi devido a problemas técnicos.

A Figura 2 apresenta, graficamente, os dados consolidados do semestre. A Figura 3 apresenta a relação do número de horas observadas e perdidas em cada mês ao longo de 2009A. O destaque é para os três primeiros meses de 2009A, em que a eficiência de observa- ção foi, em média, de 83%. Já maio, junho e julho foram particularmente ruins por causa do mau tempo. De fato, no mês de junho, a fração perdida por tempo ruim ultrapassou aquela efetivamente observada. Figura 1. Histograma que apresenta a porcentagem de execução dos diferentes projetos, ordenados em ordem decrescente de prioridade. Cada cor representa as bandas nas quais foram distribuídos (vermelho, banda 1; amarelo, banda 2; azul, banda 3; e grafite, banda 4. Os projetos na cor verde foram executados no Telescópio Blanco do CTIO. Figura 2. Dados consolidados do semestre 2009A. Os números representam a porcentagem em que cada variável contribuiu durante o semestre e são relativos ao número total de horas efetivamente disponíveis para observação, que totalizou 418 horas.

Figura. 3. Histograma que mostra a distribuição, por mês, do número de horas observadas (verde) e perdidas por mau tempo (vermelho) e falhas técnicas (creme) do telescópio SOAR. As horas observadas no telescópio Blanco não estão contabilizadas na figura. Os resultados apresentados acima mostram que 2009A foi um semestre complexo. Por um lado, foi o de maior número de horas dedicadas a ciência desde que o SOAR começou suas operações. Isso permitiu a observação de um grande conjunto de programas, alguns com mais de três noites de observação. Por outro, o mau tempo atrapalhou significativamente as observações durante a segunda metade do semestre. Ainda, durante dois meses, Goodman não pode ser utilizado. Contudo, os resultados apresentados mostram a flexibilidade que possui a operação no modo fila, já que permite operar de forma bem sucedida o telescópio, ainda em condições adversas. Aqui, é importante mencionar o labor do astrônomo residente Luciano Fraga, que durante uma boa parte do tempo esteve na frente dessa atividade sozinho. Tabela 1. Número de horas observadas e perdidas (SOAR e Blanco) por mês em 2008A Alberto Rodríguez Ardila é pesquisador do LNA e Gerente Nacional do Telescópio SOAR

DATA LIMITE - 15 de outubro de 2009 às 24h de Brasília A Comissão de Programas do SOAR informa a abertura da chamada para o envio de propostas para observações a serem realizadas com o Telescópio SOAR durante o semestre 2010A. A previsão é de que até 80% do tempo disponível seja dedicado a observações de ciência, o que equivale a até 43 noites para o Brasil. Três instrumentos serão oferecidos durante 2010A: o imageador óptico do SOAR (SOI), o espectrógrafo e imageador infravermelho OSIRIS, e o espectrógrafo e imageador óptico Goodman. No modo de imageamento direto, Goodman estará preferencialmente disponível para projetos que tenham associado algum programa de espectroscopia, ou para projetos que justifiquem a necessidade de um campo maior de visão (7.1' x 7.1'). Há possibilidades de que a câmera imageadora infravermelha do SOAR, Spartan, esteja disponível para 2010A mas isso só será confirmado em finais de setembro. Poderão ser solicitadas observações no modo serviço ou remoto para os três primeiros instrumentos. O formulário para a elaboração dos pedidos e as instruções para seu preenchimento estará dis- ponível na página do LNA a partir de 24 de setembro de 2009. Ainda, até um máximo de cinco noites de observação durante o semestre serão oferecidas no telescópio Blanco do CTIO através do tempo brasileiro no SOAR. Essas observações somente poderão ser realizadas no modo clássico. Os instrumentos disponíveis nesse telescópio são as câmeras MOSAIC (ótico, campo de visão de 36' x 36') e ISPI (infravermelho-próximo, campo de visão de 10.25' x 10.25') e os espectrógrafos de fenda longa RC (Cassegrain) e multi-objeto HYDRA. Detalhes sobre o desempenho e configuração desses instrumentos podem ser obtidos diretamente na página do CTIO. Conforme a recomendação do CTC do LNA, a partir de 2010A duas noites do tempo brasileiro do SOAR serão reservadas para Tempo de Diretor (TD). Propostas para uso desse tempo poderão ser submetidas fora das datas de submissão tradicionais. O TD visa atender a demanda de projetos de curta duração e de risco mas com um alto potencial de resultados de impacto. João Steiner é o Presidente da Comissão Nacional de Programas do SOAR.

O Ronaldo da Cunha Vasconcelos é Tecnologista, Nivaldo Manoel Gonçalves é Técnico de Operação e Manutenção e Rodrigo Prates Campos é Coordenador do Observatório do Pico dos Dias s detectores CCDs refrigerados com nitrogênio líquido funcionam a uma temperatura entre 70 C e 100 C. Devido a essas condições extremas de operação, eles requerem manutenção periódica da pressão dos criostatos. Normalmente, as câmeras possuem em sua parte interna um sistema auxiliar de manutenção de vácuo, constituído por pastilhas especiais, denominadas molecular sieve. Quando resfriadas, essas pastilhas apresentam a propriedade de absorver moléculas que, liberadas pelos diversos materiais dentro das câmaras, acabam prejudicando a qualidade do vácuo. Com o tempo, essas pastilhas vão saturando e perdem a propriedade de absorção. A partir desse momento, faz-se necessária a limpeza do molecular sieve, processo que requer o aquecimento das pastilhas dentro da câmara a uma temperatura relativamente alta (por volta de 75 C), conjugado com o processo de sucção de ar, durante aproximadamente 36 horas. Com a finalidade de facilitar e tornar mais segura essa longa operação, que antes requeria uma disponibilidade integral do operador durante 36 horas ininterruptas, com grandes riscos aos detectores, concebeu-se um controle automático da temperatura das câmaras, durante o processo de aquecimento e bombeamento, com sistema de proteção. Descrição do sistema Os principais componentes do sistema são mostrados na Figura 1. Consiste de um sensor de temperatura marca ZURICH (modelo PT-100-I), um controlador Universal de processos marca NOVUS (modelo PLN-22) e um circuito interfaceador da porta paralela, desenvolvido no próprio OPD. Para controle do processo foi utilizado o programa BAKE, que acompanha os CCDs fabricados pela Wright Instruments. Foram efetuadas modificações em seu código fonte, originalmente desenvolvido em linguagem C, seguido de uma nova compilação. A montagem do sistema pode ser vista na Figura 2.

Figura 1: Componentes Principais Figura 2: Montagem do Sistema

Descrição do funcionamento processo de Após várias tentativas de utilização da porta serial RS-485 do controlador universal, optou-se pela utilização da porta paralela do PC e pelo desenvolvimento de um hardware específico para a interface. Este hardware monitora os estados ligado e desligado do controlador e, em função desse dado, informa à porta paralela a mudança de estado. O programa interpreta as variações da porta paralela do PC e, em resposta, liga ou desliga o aquecimento do CCD. Para garantir a segurança do CCD, evitando superaquecimento, o hardware monitora também a porta do controlador, que permite desligar os equipamentos da rede elétrica em caso de pane no PC ou do programa de controle. Os desenvolvimentos do hardware, programa de controle e a integração do sistema se deram de forma participativa entre vários setores do LNA, desde a fase de pesquisa e concepção até a execução. Equipe de desenvolvimento: - Ronaldo Vasconcelos - COPD - Nivaldo M. Gonçalves - COPD Apoio técnico: - Francisco Rodrigues - CEDP - Clemens Darvin Gneiding - DIR - Rodrigo Prates Campos - COPD - Henrique D. P. Luz - CEDP - Francisco Nazareth - SEMA Preparando suas observações no OPD: preenchimento do Plano de viagem Tânia Dominici e Luiza Torres Reforçamos para o usuário a necessidade de incluir o preenchimento do Plano de viagem na preparação prévia de suas observações no Observatório do Pico dos Dias. Esse formulário fornece informações essenciais para o Serviço de Suporte Logístico (SSL/OPD). Considerando a quantidade limitada de alojamentos, a crescente demanda por treinamento de estudantes, a necessidade de planejar as refeições e o transporte, pode não ser possível atender aos usuários que não comuniquem a sua ida ao Pico com a antecedência necessária. Portanto, solicitamos que os observadores procurem enviar o formulário até cerca de uma semana antes do início da missão. Lembramos que não podem observar, sem a companhia e supervisão de usuários experientes, observadores com menos de 30 horas de experiência em telescópios do OPD ou 50 horas comprovadas em outros telescópios. Esse controle é realizado pelo SSL baseado nos dados enviados através do Plano de viagem e dos Relatórios de fim de noite dos telescópios. Tânia Dominici é pesquisadora do LNA e Luiza Torres é analista em Ciência e Tecnologia O formulário on-line do Plano de viagem e reserva de alojamento está disponível no endereço: http://www.lna.br/opd/info_obs/viagem.html

C omo discutido no "LNA em Dia" número 8, o Laboratório Nacional de Astrofísica se empenha na conscientização da comunidade residente nas cidades nos arredores do OPD para a questão da poluição luminosa. Descrevemos aqui as ações recentes nesse sentido. Participação na Semana do Meio Ambiente de Pouso Alegre. A prefeitura de Pouso Alegre, através do seu Departamento de Meio Ambiente, convidou o LNA para participar das atividades da Semana do Meio Ambiente 2009. No dia 5 de junho, durante todo o dia, foram ministradas palestras (por T. Dominici, MCT/LNA) para as escolas que visitaram o pátio da Rodoviária. Naquele local foi oferecida uma série de atividades relacionadas à conscientização ambiental; Entrevista e debate na rádio Itajubá. No dia 16 de junho, a rádio Itajubá entre- vistou S. Gargaglioni e T. Dominici, oferecendo amplo espaço para a discussão da questão no programa Revista da Manhã, apresentado por Cotrim Salomon; Entrevista para o programa Itajubá em Foco. Nos dias 16, 17, e 18 de junho o Canal 20 de Itajubá veiculou uma entrevista com Saulo Gargaglioni (MCT/LNA) para o programa Itajubá em Foco, apresentado por Octávio Scofano. O vídeo completo do programa pode ser assistido no endereço: http://www.conexaoitajuba.com.br/itajuba/pagina.do?idsecao= 6&idNoticia=10102. Os interessados podem solicitar cópias em mídia mais conveniente para saulo@lna.br. Seminário no CODEMA/Itajubá. Em 24 de junho, Saulo Gargaglioni ministrou uma palestra, a convite, para o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Itajubá (CODEMA). Octávio Scofano entrevista o MSc. Saulo Gargaglioni (MCT/LNA) no programa Itajubá em Foco. Tânia Dominici é pesquisadora do LNA e Saulo Gargaglioni é técnico do LNA

Adicionalmente, o Prof. Dr. Francisco Dupas (UNIFEI) participou, discutindo a questão, do programa Globo Universidade dedicado ao LNA. O vídeo completo do programa, originalmente veiculado no dia 1 de agosto, pode ser visto em: http://globouniversidade.globo.com/globouniversidade/0,,8748,00.html. O texto do pacto entre prefeituras das cidades nos arredores do OPD está em processo avançado de elaboração, em estreita colaboração com a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio (SMICT) da Prefeitura de Itajubá. Esse acordo foi uma das resoluções da reunião de prefeituras do dia 11 de maio de 2009 ( LNA em Dia, no 8, pág. 11) e, através dele, as cidades assumirão o compromisso de que todos os novos sistemas de iluminação externa serão não-poluentes. Uma palestra sobre poluição luminosa está sendo oferecida às cidades do Sul de Minas pelos servidores do LNA (S. Gargaglioni & T. Dominici), através do Balcão de Palestras da página nacional do Ano Internacional da Astronomia. Maiores informações: http://www.astronomia2009.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=97&itemid=88 O Laboratório Nacional de Astrofísica concluiu a aquisição de equipamentos para a modernização da infraestrutura de informática com recursos do projeto MIRELA/FINEP. O projeto contemplou um enlace de rádio de 60Mbps entre o campus da sede do LNA e o campus do Observatório do Pico dos Dias, uma rede de pontos de acesso sem fio, permitindo conectividade de boa qualidade em todo o campus da sede do LNA, um firewall CISCO para ampliar a segurança da conexão com a Internet e ainda diversos switches para conectividade da rede com fio. O investimento total foi de R$105.000.

C om o intuito de manter o Observatório do Pico dos Dias OPD competitivo, o Laboratório Nacional de Astrofísica (MCT/LNA) propõe à comunidade astronômica brasileira a construção de um novo espectrógrafo para complementar o espectrógrafo Coudé. O novo espectrógrafo será do tipo projeto echelle, com ampla cobertura espectral. A necessidade de instalação de um espectrógrafo do tipo echelle para o OPD foi amplamente citada pela comunidade no relatório resultante da Comissão de Avaliação da Infraestrutura Observacional do LNA, divulgado no final de 2007. Vários projetos em andamento no OPD e novas linhas de pesquisa serão beneficiados como os estudos de abundâncias químicas, ventos estelares, astrosismologia estelar, rotação estelar, o estudo de regiões de formação de estrelas, e possivelmente até a procura de planetas extrasolares, entre outros. O novo instrumento tem grande potencial para colaborar para um aproveitamento otimizado do próprio STELES, trabalhando em conjunto na identificação de alvos para o SOAR. A proposta básica consiste de uma adaptação do projeto do STELES (http://www.lna.br/~steles/index.html), ou seja, um espectrógrafo de dois canais, para a medida do espectro separadamente na sua parte vermelha e azul, cada canal sendo alimentado por três fibras (objeto, céu, calibração). Porém, para viabilizar pesquisas que dependem de uma alta estabilidade do instrumento, ele deverá também possuir características semelhantes ao FEROS (ESO, http://www.eso.org/lasilla/instruments/feros/index.html): um espectrógrafo de bancada, por isso permitindo a alimentação por fibras e, eventualmente, a manu- tenção em ambiente controlado. A expectativa é que venha a operar entre 390 e 900 nm, com R = 40000. A utilização das fibras ópticas e as características do sítio limitam o aproveitamento no ultravioleta. A previsão inicial é de que as fibras tenham abertura em torno de 2,0 segundos de arco. Neste momento, o LNA solicita à comunidade sua colaboração para início do detalhamento do projeto, definindo se as características propostas para o instrumento se adequariam às suas necessidades de pesquisa e se não o que deveria ser mudado. Solicitamos portanto que os pesquisadores interessados em usar um espectrógrafo de alta resolução e de ampla cobertura espectral informem o LNA sobre as características necessárias para que o instrumento possa atender as demandas técnicas das suas pesquisas. Aguardamos a manifestação da comunidade, preferencialmente até 31 de outubro de 2009, tanto no sentido de oferecer sugestões quanto de constituir o grupo de trabalho para consolidar e realizar o projeto. Contatos: ci@lna.br. bruno@lna.br; tdomini-

C om a chegada da Bancada Óptica, das Lentes com cobertura anti-reflexo e dos motores e computadores de controle, o SIFS ( SOAR Integral Field Sspectrograph ) entra na fase de montagem nos laboratórios do LNA. A bancada óptica octogonal com 2,4 x 2,4 metros foi produzida com sistema de colméia (honeycomb) de fibras de carbono, pela firma Vere dos USA e já está montada na sala de integrações, onde está sendo iniciada a parte de montagem mecânica. A cobertura do espectrógrafo foi construída pela Metalúrgica Campos Viana, desanta Bárbara d'oeste (SP), com material de alta tecnologia Divinycell H, um material muito leve e altamente isolante utilizado em veleiros de competição. A cobertura será transportada para o LNA nas próximas semanas. As lentes do espectrógrafo, produzidas pela Harold Johnson em Los Angeles receberam o tratamento anti-reflexo na Spectrum Thin Films em Long Island e os conjuntos múltiplos foram colados pela Coastal Optics na Flórida. O acompanhamento do processo teve a colaboração do NOAO em Tucson que verificou as lentes e enviou o conjunto para o Brasil. As lentes já foram verificadas na Metrologia Ótica do LNA e estão sendo montadas nos suportes. Os novos motores de posicionamento usando a tecnologia de "encoders" e controladores integrados e os respectivos computadores de controle também estão no LNA. As equipes do Laboratório de Automação e Controle e de Informática já iniciaram os testes dos mesmos e preparam a instalação dos softwares operacional e de controle, que seguem o padrão especificado pelo SOAR. Está prevista para Outubro a visita do projetista ótico Damien Jones (Prime Optics, Australia) que fez o projeto ótico do espectrógrafo, para auxiliar no alinhamento dos conjuntos óticos, que é uma tarefa complexa e delicada. Figura 3: Tripleto da Câmara.

Figura 4: Lente do colimador em montagem na câmara limpa do LNA. Figura 5: Lente do colimador montada no suporte. Bruno Castilho é o Coordenador do Apoio Científico do LNA.

C omo parte da programação da XXVII Reunião da IAU (União Internacional dos Astrônomos), foi promovido pela Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia e pela Fundação Planetário, em parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins, entre os dias 4 e 8 de agosto na Cinelândia, centro da Cidade do Rio de Janeiro, o evento Astronomia na Cinelândia: o público é a estrela. A Cinelândia, local de grande confluência de público, foi escolhida como forma de popularização da pesquisa e da cultura científica na área de astronomia. As principais instituições de pesquisa e de divulgação na área de astrofísica foram reunidas em uma tenda de 450 metros quadrados. Estavam presentes: Observatório do Valongo, ON, SECT, MAST, CBPF, FAPERJ, INPE, IAG/USP, Fundação Planetário, Fundação CECIERJ, LNA, Grupo de Astronomia NGC-51, Clube de Astronomia do Rio de Janeiro, AEB e TWAN Exhibition. A entrada gratuita ga- rantiu ao público o acesso à divulgação de pesquisas e serviços, exposições, atividades interativas, oficinas, mostra de filmes, palestras, planetário inflável e observação do sol por meio de telescópio. Os colaboradores do LNA responsáveis pela Instituição apresentaram ao público um tour virtual da Instituição, maquete do telescópio Subaru, painel com apresentação dos Telescópios associados à Instituição e quadro interativo com a apresentação das constelações do céu do Rio de Janeiro em tempo real. O que chamou mais atenção dos visitantes foi o quadro digital de projeção do céu, desenvolvido em conjunto com o laboratório de eletrônica do LNA. Projetado em um telão, o céu podia ser visto de vários ângulos com o auxílio de uma caneta infravermelha. O evento contou com presença do Exmo Ministro da Ciência e Tecnologia, Dr. Sérgio Rezende e teve grande aceitação pública, com visitas diárias de aproximadamente 5000 pessoas. Figura 1: Foto dos colaborados do LNA no stand. Patrícia Aline de Oliveira é Suporte Administrativo da Coordenação do Apoio Científico do LNA e da SECOP - Secretaria das Comissões de Programas do LNA.

O Dr. Christopher J. Corbally, Vice-Diretor do Grupo de Pesquisas do Observatório do Vaticano, sediado no Observatório Steward da Universidade do Arizona em Tucson, visitou o LNA e o OPD entre os dias 17 e 19 de agosto de 2009. O Dr. Corbally foi o Project Scientist do Vatican Advanced Technology Telescope durante sua construção e comissionamento. Desde 1989, ele é professor associado de Astronomia da Universidade do Arizona em Tucson. Durante sua visita à sede do LNA, o Coordenador de Apoio Científico do LNA, Bruno Castilho, mostrou os laboratórios de desenvolvimento instrumental, apresentando o projeto do espectrógrafo Stelles detalhadamente e todos os componentes prontos para sua montagem. O Dr. Corbally apresentou a palestra intitulada "The Puzzling Lambda Boötis Stars", na qual ele revisou as caraterísticas das estrelas tipo Lambda Boötis, utilizando como exemplo a estrela HR 8799 e a descoberta de seus exoplanetas. O Dr. Corbally foi co-editor dos proceedings, The MK Process at 50 Years (1994), The Garrison Festschrift (2003), e o Exploiting Large Surveys for Galactic Astronomy (2006). Sua ultima contribuição é a co-autoria do livro Stellar Spectral Classification (2009), da Princeton Series in Astrophysics, obra esta dedicada ao especialista em classificação espectral, Professor Robert Garrison. Figura 1: O Dr. Christopher Corbally durante a palestra na sede do LNA. Figura 2: Cofee break de confraternização após a palestra. Max Faundez-Abans é pesquisador do LNA e Presidente da Comissão de Programas do OPD.

O Comitê Científico do Gemini (Gemini Science Committee GSC) é um órgão de assessoramento ao Observatório sobre assuntos de cunho científico. Inicialmente o GSC se reportava ao Conselho Diretor do Gemini, e os países membros nomeavam seus representantes no GSC. Em 2007, o papel do Comitê foi reformulado. O GSC agora fica subordinado diretamente ao Diretor do Gemini, que também nomeia seus membros. Depois de servir 4 anos como representante brasileiro no GSC, o colega Basílio X. Santigo (IF/UFRGS) solicitou desligamento do Comitê. O CTC/LNA elaborou uma lista tríplice de candidatos para substituição que foi encaminhado para o Diretor do Gemini em resposta a uma solicitação do mesmo. A partir dessa lista o colega Laerte Sodré Jr. (IAG/USP) foi escolhido e nomeado como novo representante brasileiro no GSC. O LNA como Escritório Nacional do Gemini agradece ao Basílio Santiago pelos serviços prestados no GSC em prol da comunidade brasileira e deseja sucesso ao Laerte Sodré na sua atuação futura no Comitê. Para reforçar a equipe Nacional do SOAR, Sérgio Scarano Jr. iniciou atividades como astrônomo residente do SOAR em La Serena desde 18 de agosto de 2009. Sérgio é Doutor em Astronomia pelo IAG/USP e tem tido envolvimento ativo na construção dos instrumentos brasileiros que em breve serão instalados no telescópio, isto é, no SOAR Integral Field Unit (SIFS) e no Brazilian Tunable Imager Filter (BTIF). A Secretaria Nacional do SOAR deseja a Sérgio sucesso na suas atividades e uma excelente estada no Chile. O Escritorio Nacional do SOAR tem o prazer de informar à Comunidade Brasileira que o módulo de óptica adaptativa do SOAR (SAM) teve, com sucesso, sua primeira luz em 6 de agosto de 2009. Membros da equipe do SAM assim como astrônomos, técnicos e engenheiros do SOAR testemunharam quando o software do SAM completou, em tempo real e de forma bem sucedida, o ciclo da óptica adaptativa em imagens da estrela alpha centauri. SAM é um projeto de longo prazo e esses primeiros resultados indicam um grande feito no seu desenvolvimento. No próximo ano será finalizado com a expansão estrela guiada a laser. O instrumento explora um novo tipo de óptica adaptativa, denominada "compensação do seeing pela camada base" (do Inglês "Ground layer seeing compensation"). O projeto foi proposto pelo cientista Andrei Tokovinin e foi construído pela Divisão de Serviços Técnicos e de Engenharia do CTIO. Imagens da instalação do SAM e da sua primeira luz podem ser apreciadas em: http://www.ctio.noao.edu/new/telescopes/soar/instruments/sam/first-light/first-light.html. O resultado é altamente promissório para o futuro do SOAR e da astronomia brasileira. Parabéns à equipe responsável por esse grande feito.