Texto complementar: Litosfera evolução Disciplina: Geografia. As esferas da Terra

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Transcrição:

MODALIDADE: EJA Ensino Médio PERÍODO 1º Período Texto complementar: Litosfera evolução Disciplina: Geografia geológica da Terra Professor (a): Kátia Silene Data: 09/03/2016 Nome do Aluno: As esferas da Terra A litosfera é a camada superficial de nosso planeta. Formada por rochas e minerais, ela faz parte do cenário onde se desenvolve a vida na superfície terrestre. Esse cenário, porém, é mais complexo e envolve também outras camadas, ou esferas, intimamente relacionadas entre si. Vejamos quais são elas: A hidrosfera: é o conjunto de todas as águas do planeta: dos oceanos, dos mares, dos rios, dos lagos, as águas subterrâneas e o vapor d água existente na atmosfera. A atmosfera: é a camada de gases que envolve a Terra. Ela equilibra a temperatura do planeta e contém gases importantes para a vida, como o nitrogênio, o oxigênio e o gás carbônico. Na biosfera, vivem os animais e vegetais. Ela é formada por elementos encontrados na atmosfera, na litosfera e na hidrosfera. Contém, o solo, o ar, a água, a luz, o calor, os alimentos, que são as condições necessárias para o desenvolvimento da vida. As camadas da Terra foram formadas ao longo de bilhões de anos. No entanto, elas continuam em transformação, devido à evolução natural da Terra e à interferência antrópica (seres humanos).

ESTRUTURA DA TERRA Didaticamente o planeta Terra pode ser comparado a um ovo, não em termos de forma, mas de proporção de suas estruturas: sua casca, externamente fina, seria a crosta terrestre, a clara, seria o manto, e a gema, o núcleo. A crosta terrestre possui espessura média de 25 km (por volta de 6 km em algumas partes do assoalho oceânico e de 70 km nas regiões de cadeias montanhosas). O manto, com 2.900 km de espessura média, é formado por magma pastoso e denso, em estado de fusão. O núcleo é formado predominantemente por níquel e ferro (minerais). É subdividido em duas partes: o núcleo externo, em estado de fusão, e o núcleo interno (a parte mais densa do planeta, também chamado de nife). Este, apesar das elevadas temperaturas, está em estado sólido devido à alta pressão no centro da Terra. As informações existentes sobre o interior do planeta foram obtidas por procedimentos indiretos complexos, como a análise da propagação das ondas sísmicas (ondas de choques que se irradiam em círculos concêntricos a partir de um abalo sísmico). As perfurações mais profundas cerca de 12 km forneceram dados insuficientes, pouco significativos diante da espessura da Terra, cujo raio médio em 6378 km. Vamos imaginar agora que o ovo de nossa comparação foi cozido e acabamos de retirá-lo do fogo. Nós o batemos, muito quente e cheio de energia em seu interior numa mesa. A casca fica totalmente rachada, mas continua presa à clara. Assim é a crosta terrestre. Ela não é inteiriça como a casca de um ovo cru, mas rachada como a de um ovo cozido batido numa mesa. Os vários pedaços de casca rachada seriam as placas tectônicas. Seus limites disformes, as rachaduras, seriam as falhas geológicas rupturas nas camadas rochosas da crosta que delimitam as placas. A litosfera compreende as rochas da crosta (continental e oceânica) e é formada por placas rígidas e móveis, as placas tectônicas ou litosféricas. Logo abaixo encontramos a astenosfera. Que é constituída por rochas parcialmente fundidas. Ao contrário da listosfera, é uma camada menos rígida e com temperaturas mais elevadas. Essas características dão mobilidade às placas tectônicas.

COMO SE FORMARAM OS CONTINENTES DA TERRA A deriva continental No início do século XX, o cientista alemão Alfred Wegener desenvolveu uma teoria chamada de deriva continental. Por essa teoria, Wegener defendeu que os blocos continentais atuais são originários de um único e gigantesco continente que existiu há aproximadamente 230 milhões de anos, denominado Pangéia. A Pangéia se fragmentou em dois grandes blocos continentais: Laurásia e Gondwana. Esses blocos foram também se afastando lentamente um do outro e se fragmentando, num processo que durou milhões de anos, até que os continentes tivessem a forma atual. A principal evidência da teoria de Wegener era a possibilidade de um encaixe perfeito entre a costa ocidental da África e a costa oriental da América do Sul. Mais perfeito seria esse ajuste, se fossem consideradas as plataformas continentais dos dois continentes. Além disso, a teoria se fundamentava também em evidências paleontológicas (referentes a formas de vida que existiram em períodos geológicos passados), paleoclimáticas (referente a climas que existiram em períodos geológicos passados) e nas semelhanças das estruturas geológicas (tipos de rochas) das terras analisadas. As semelhanças maiores estariam entre Europa e América do Norte e entre Austrália, África e Índia, além da citada anteriormente, entre África e América do Sul. Apesar de seus estudos, Wegener não conseguiu explicar um ponto fundamental: por que os continentes teriam se movimentado pela superfície terrestre, durante o passado da Terra. Por isso, suas idéias foram recebidas com desconfiança pela comunidade científica da época e consideradas fantasiosas ou, até mesmo, absurdas. Após a morte de seu criador em uma expedição à Groelândia, em 1930, a Teoria da Deriva dos Continentes caiu no esquecimento.

Teoria das Placas Tectônicas A possibilidade de ter havido uma Deriva dos Continentes voltou a ser considerada quando novas técnicas foram desenvolvidas e utilizadas na fabricação de equipamentos como o batiscafo (pequeno submarino utilizado no estudo das profundezas dos oceanos) e o sonar (equipamentos que recolhe ecos do fundo dos oceanos), que permitiram conhecer melhor o fundo dos oceanos. Durante a década de 1960, os geólogos americanos Harry Hess e Robert Dietz conseguiram explicar o que tanto intrigava Wegener. A resposta estava no fundo dos oceanos. Por isso suas conclusões, expressas a seguir, foram chamadas de Teoria da Expansão do Fundo dos Oceanos: As rochas do fundo dos oceanos são de formações mais recente do que as bordas continentais. Ao longo das cordilheiras submarinas (dorsais oceânicas), abrem-se fendas por onde passa o material magmático, que, após resfriar-se, forma uma nova crosta, causando a expansão do fundo dos oceanos. Existem diferentes tipos de limites entre as placas tectônicas, o que permite que verdadeiras esteiras rolantes submarinas sejam responsáveis pela movimentação das placas tectônicas. As idéias de Wegener sobre a deriva dos continentes e as descobertas sobre a expansão do fundo dos oceanos permitiram a elaboração da Teoria das Placas Tectônicas. As placas tectônicas e seus limites A litosfera está dividida em placas com espessura bastante variada, as chamadas placas tectônicas ou litosféricas, que flutuam sobre a astenosfera (localiza-se abaixo da litosfera na parte superior do manto superior e é altamente viscosa, fraca e dúctil, onde o material pastoso está em estado de semifusão). Nas regiões de contato das placas, estão as zonas mais instáveis da Terra, onde ocorrem as atividades responsáveis pelas modificações na crosta: as atividades vulcânicas e os terremotos ou abalos sísmicos. As áreas mais estáveis, como o território brasileiro, localizam-se no interior das placas.

Tipos de Placas e Movimentos: * Convergentes As placas movem-se uma em direção a outra, provocando choques que originam tremores, podem ocorrer zonas de subducção, nas quais uma mergulha sob a outra, gerando a formação de cadeias de montanhas como a Cadeia do Andes e dos Alpes; ou ainda nas colisões continentais, formando grandes sistemas de cadeias de montanhas, como a Cadeia do Himalaia. * Divergente * Transformante Ocorre a movimentação das placas em direções opostas, nestas regiões há formação de novas rochas litosféricas que empurram as antigas, em processo denominado de expansão do assoalho oceânico, estes locais são chamados Dorsais Mesooceânicas, pois também formam cadeias montanhosas no fundo dos oceanos. Neste caso, as placas deslizam horizontalmente uma ao lado da outra, ao longo de uma linha conhecida como falha de transformação. São chamadas zonas de conservação, uma vez que não há destruição nem formação de novas crostas. Nesses deslizamentos as placas podem resvalar e causar terremotos de grandes proporções na superfície terrestre. No continente a mais conhecida é a falha de San Andreas (Califórnia, Estados Unidos).