No Dia: 12/06/2013 às 15h00 no Auditório do NAEA/UFPA terá continuidade o Ciclo de Conferências que o NAEA realizará, até outubro deste ano, para debater os impactos causados por projetos hidrelétricos na Amazônia. Com o tema: Movimentos Sociais e Impactos de barragens foram convidados a Dra Sônia Magalhães - UFPA, MSc. Dion Monteiro Xingu Vivo, Dr. Guilherme Carvalho FASE. E com a palestra Direitos e Determinantes Sociais da Saúde em Obras de Hidrelétricas - Felício Pontes Junior iniciou no 21/05/2013, no Auditório do NAEA/UFPA, este Ciclo de Conferências que se estendera até outubro deste ano, para debater os impactos causados por essas hidrelétricos na Amazônia. Entre os convidados das futuras palestras estarão professores e pesquisadores da UFPA e de outras instituições de ensino e pesquisa, além de representantes de organizações civis e do terceiro setor, que abordarão o problema sob os mais variados aspectos. Felício Pontes Junior que é Procurador da República iniciou falando da importância e excelência que tem o NAEA como referencia dos seus trabalhos na área acadêmica e cientifica da Amazônia. Ao abordar o principal tópico da palestra disse dos danos que Projetos de Hidrelétricas vem causando e que estes poderão ficar mais graves diante da continuidade destas construções, uma vez que estão previstas 153 construções na região e também na Pan-Amazônia cujo principal financiador e o BNDS. Felício Pontes Jr. é procurador da República há 15 anos. Formado em Direito pela Universidade Federal do Pará, é mestre em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Iniciou a carreira como advogada do Centro de Defesa de Direitos Humanos do Rio de Janeiro e, posteriormente, como Oficial de Projetos da Organização das Nações Unidas, em Brasília. Ingressou no Ministério Público Federal como Procurador da República em Santarém, no oeste do Pará, em 1997. A partir de 2000 passou a atuar em Belém, onde foi Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Procurador Regional Eleitoral e Procurador-chefe. Atualmente atua em casos de improbidade administrativa, proteção
ao meio ambiente e aos direitos indígenas. Desde 2001 vem denunciando ao Judiciário, irregularidades cometidas pela associação entre o governo federal e grandes empreiteiras no projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte. As informações acimas constam no endereço eletrônico: (http://www.simposioenergia.com.br/?area=palestrantes&palestrante=felicio&lingua =pt-br). Imagens do Google sobre a ocupação do canteiro de obras de Belo Monte Alguns impactos causados na Amazônia pelas Hidrelétricas: Migração de 130 mil pessoas ao Pará; 32 comunidades alagadas; Dois mil km de áreas protegidas alagadas; Especulação fundiária; Perdas de ervas medicinais; Mudança no regime hidrológico; Interrupção na navegação; Contaminação da água por ervas venenosas; Destruição de lugares sagrados e cachoeiras como as sete quedas, que segundo a população local, vive a mãe dos peixes, um músico chamado Karupi, espírito dos antepassados etc.
Hidrelétrica de Belo Monte Foto do endereço http://www.guiadacarreira.com.br/artigos/atualidades/usina-hidreletrica-belo-monte/ Felício disse que a situação de Belo Monte é gravíssima e com muitos riscos para a Amazônia, pelos impactos que ela e todas as outras hidrelétricas que serão construídas, trarão ao meio ambiente e a sociedade e em função disso, a Usina tem recebido críticas por esses impactos ambientais e sociais, que incidirão sobre os ecossistemas, os povos indígenas, as populações ribeirinhas e os trabalhadores rurais do Xingu. Imagens do Google sobre a ocupação do canteiro de obras de Belo Monte Felício Pontes Jr. citou o fato ocorrido sexta-feira (3), três jornalistas foram impedidos de cobrir a ocupação dos indígenas nas obras de Belo Monte. O deputado federal Padre Tom (PT-RO) também teria sido impedido de entrar nos canteiros da usina do Pará. Cerca de 150 indígenas ocupam o local desde quinta-feira (2). Foram cerca de 150 indígenas de oito povos atingidos pela construção de hidrelétricas nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires que ocuparam o principal canteiro da barragem, o Sítio Belo Monte, exigindo que as obras sejam suspensas até que eles sejam ouvidos pelo governo federal.
O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) também pediu à Justiça Estadual que concedesse reintegração de posse contra não indígenas (neste caso os jornalistas e o deputado) que estivessem no canteiro. A juíza Cristina Sandoval Collier da 4a. Vara Cível de Altamira concedeu pedido, o que levou à expulsão de dois jornalistas e a aplicação de multa em um terceiro. Os três jornalistas são o fotógrafo da Reuters, Lunaé Parracho, o jornalista do Conselho Indigenista Missionário, Ruy Sposati e o correspondente da Radio France Internazionale (RFI) no Brasil, François Cardona tem realizado cobertura diária dos acontecimentos que envolvem a ação dos indígenas contra a construção de grandes barragens que afetam seus territórios. Felício Pontes lamentou o fato ocorrido com os jornalistas, pois sabe que a cobertura jornalística ajuda muito a esclarecer a opinião publica. Sabe que matérias desse tipo tem peso para fazer com que a juíza retire o pedido de reintegração de posse, não aplique multas e permita que jornalistas, acadêmicos, voluntários e organizações possam continuar testemunhando o que se passa no local dos conflitos, e ajudar a transmitir sua voz para o mundo. (Ocupação do canteiro de obras Belo Monte, Vitória do Xingu, Sábado, 4 de maio de 2013). O procurador Felício Pontes Jr. tocou também em pontos que tratam das formas de educar a população a economizar energia adotando medidas alternativas tais como: Redução das perdas nas linhas de transmissão; Repotenciação de geradores antigos; Investimento em energia eólica, solar etc. Outras informações sobre as ações do procurador no Site do Ministério Público Federal ou no Blog: belomontedeviolencia.blogspot.com@feliciopontesjr Serviço: Evento: Palestra proferida por Felício Pontes Jr. (Procurador da República) com o tema Direitos e Determinantes Sociais da Saúde em Obras de Hidrelétricas. Em 21/05/2013 no Auditório do NAEA/UFPA. Veja outras matérias do procurador Felício Pontes Jr. sobre o assunto em: Custos de Belo Monte http://www.ecodebate.com.br/2011/04/20/o-custo-de-belomonte-artigo-de-felicio-pontes-jr/
Texto: Cristina Pinheiro - Coordenação de Comunicação e Difusão Cientifica Núcleo de Altos Estudos Amazônicos - CCDC/NAEA da Universidade Federal do Pará/UFPA - Rua Augusto Corrêa, 01 Guamá. CEP 66075-110 - Setor Profissional - telefone 3201-8521 - mail: comunicacao_naea@ufpa.br, comunicação.naea@gmail.com - Site do NAEA: www2.ufpa.br/naea