Insegurança Jurídica no Processo de Licenciamento Ambiental 4º Seminário de Meio Ambiente - CREA e OAB/SC Florianópolis/SC, 11 de maio de 2016
Marcos André Bruxel Saes Advogado e Consultor Jurídico RIO DE JANEIRO/RJ Av. Nilo Peçanha, 50, 5º Andar, Sala 517, CEP 20020-100 FLORIANÓPOLIS/SC Av. Rio Branco, 691, 3º Andar, CEP 88015-203
01 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL Procedimento previsto ao art. 10 da Lei n. 6.938/1981 (Política Nacional do Meio Ambiente), destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental (art. 2º, I, da LC n. 140/2011). É por meio do processo de licenciamento ambiental que os órgãos ambientais dos três níveis da federação (art. 23, III, VI e VII, da CF/1988) avaliam a viabilidade ambiental da obra ou atividade.
Usina Hidrelétrica de Belo Monte/PA Arena Fonte Nova/BA Porto do Açu/RJ Usina Hidrelétrica de Itaipu/PR Porto de Suape/PE Usina de Angra III/RJ Rodoanel/SP
Usina Hidrelétrica de Itaipu/PR
Porto de Suape/PE
Usina Hidrelétrica de Belo Monte/PA
Mata Atlântica Áreas de Preservação Permanente Ação Civil Pública Política Nacional do Meio Ambiente Sistema Nacional de Unidades de Conservação Auto de Infração
Licenciamento Ambiental: Mecanismo que demanda coerência, ordem e união de esforços Área Técnica 30% J T Área Social 30% Área Política 30% Área Jurídica 10% P S
02 LEI GERAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL Projeto de Lei n. 3.729/2004
A Lei Geral do Licenciamento Ambiental definirá as regras aplicáveis a todos os processos de licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades no Brasil; Importância da aprovação de uma lei federal específica sobre o tema, com regras gerais claras, uniformes e eficientes; Iminente aprovação do Projeto de Lei n. 3.729/2004: momento fundamental para o futuro do desenvolvimento econômico brasileiro; Ao mesmo tempo em que traz grandes avanços, verifica-se ao projeto uma série de pontos de atenção, a demandar aprimoramento e alterações pontuais.
03 ADIs CONTRA O NOVO CÓDIGO FLORESTAL
As Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 4901, 4902, 4903 (Procuradoria-Geral da República) e 4937 (PSOL), de relatoria do Ministro Luiz Fux (STF), aventam a inconstitucionalidade de uma série de dispositivos do Novo Código Florestal (Lei n. 12.651/2012). Em suma, as ADIs alegam que os dispositivos afrontariam o princípio da proibição do retrocesso ambiental, o dever geral de proteção ambiental e o art. 225 da CRFB/88 e seus incisos. Apesar dos avanços trazidos pelo Novo Código (como CAR e PRA), o diploma é alvo de críticas por ter supostamente reduzido o grau de proteção ambiental no País. Principais aspectos debatidos: Reserva legal: i) redução pelo Poder Público destas em face da existência de terras indígenas e unidades de conservação no território municipal, localizados na Amazônia Legal e (ii) autorização do cômputo das Áreas de Preservação Permanente no percentual da Reserva Legal; Recuperação de áreas degradadas e anistia de atividades em áreas onde ocorreu desmatamento irregular antes de 22 de julho de 2008; Ampliação das hipóteses de intervenção em Área de Preservação Permanente.
04 IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO INSTITUCIONAL
Necessidade das associações de classe e entidades acompanharem e participarem ativamente da regulamentação do processo de licenciamento ambiental e matérias correlatas junto ao órgãos ambientais, bem como ao Poder Legislativo estadual e dos Municípios, a fim de: Assegurar regras claras, uniformes e eficientes, bem como sua aplicação acertada; Representar os interesses do setor e contribuir para com o desenvolvimento do Estado; Participar do exercício da competência legislativa pelo Estado e Municípios; Aportar novidades e solucionar alguns dos principais problemas do licenciamento; Atentar às novas previsões, evitando ataques do Ministério Público, ONGs, etc.
05 ESPAÇO PARA DÚVIDAS
Obrigado!