DROGAS E SEUS RESULTADOS Manuel Cardoso Conselho Directivo IDT
Assuntos a tratar: Enquadramento Marcos fundamentais Pilares: Coordenação Estratégia Entidade especializada Avaliação Dissuasão Referências 2 2
Assuntos a tratar: Enquadramento Marcos fundamentais Pilares: Coordenação Estratégia Entidade especializada Avaliação Dissuasão Referências 3 3
Enquadramento População residente 10 627 250 Comprimento máximo Norte/Sul das unidades territoriais Comprimento máximo Este/Oeste das unidades territoriais 561km 218 km Área 92 090 Km 2 4 4
Enquadramento O Problema: - Cannabis a substância mais consumida - Heroína A principal droga do consumo problemático - Heroina + cocaina - Cocaína - Consumo por via endovenosa (partilha de material de injecção) - Principal preocupação dos portugueses 5
Enquadramento Evolução Histórica: - 1975 CEPD/Gabinete Coordenador - Ministério da Justiça - 1987 Projecto VIDA Presidência do Conselho de Ministros - 1987 Resposta do Ministério da Saúde Centro das Taipas - 1990 SPTT (CEPD + Taipas) - MS - 1993 Programa troca de seringas Criação e instalação do OEDT - 1999 IPDT (PV+GCCD) - 2002 IDT (SPTT + IPDT) - 2007 IDT, I.P. (ilícitas e álcool) 6
Assuntos a tratar: Enquadramento Marcos fundamentais Pilares: Coordenação Estratégia Entidade especializada Avaliação Dissuasão Referências 7 7
Marcos fundamentais 1. Tratamento (rede de unidades de tratamento) 2. Políticas inovadoras em matéria de redução de danos e de saúde pública baseadas na assumpção de que o toxicodependente é um doente - Programa Nacional de Troca de Seringas (1993) - Rede de Respostas Integradas e complementares, parcerias público-privadas (1999/2004) 3. Descriminalização do consumo - Dissuasão - Criação das Comissões de Dissuasão da Toxicodependência (2000/2001) 4. Redução da Procura (2006/2007) - Abordagem e Respostas Integradas e Focalizada - Centralidade no Cidadão e Territorialidade 8
Assuntos a tratar: Enquadramento Marcos fundamentais Pilares: Coordenação Estratégia Entidade especializada Avaliação Dissuasão Referências 9 9
Pilares Estrutura de coordenação nacional Estratégia Nacional/Plano Nacional Entidade especializada para dar resposta : à coordenação nacional às necessidades da área de Missão da Redução da Procura IDT 10
Pilares Estrutura de coordenação nacional 11
Pilares Coordenação Conselho interministerial Coordenador Nacional Conselho Nacional Comissão Técnica Comissão Técnica Comissão Técnica Comissão Técnica Sub Comissões Governos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira; Conselho Superior da Magistratura; Procuradoria-Geral da República; Associação Nacional de Municípios Portugueses; Associação Nacional de Freguesias; Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas; Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos; Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado; Conferência Episcopal; Igrejas e comunidades religiosas radicadas no País; União das Misericórdias; União das Instituições Particulares de Solidariedade Social; Federação Portuguesa das Instituições Ligadas ao Combate à Droga e à Toxicodependência; União das Mutualidades Portuguesas; Associações de profissionais que intervenham no domínio da droga e da toxicodependência; Associações cívicas que intervenham no domínio da luta contra a sida; Conselho Nacional da Juventude; Associações de Estudantes do ensino superior e do ensino secundário; Confederação Nacional das Associações de Pais; Confederação Nacional das Associações de Famílias; Sindicato dos Jornalistas; Representantes da Indústria e Comércio de bebidas contendo álcool. OUTROS 12
Pilares Estratégia Nacional/Plano Nacional 13
Pilares Plano Nacional Princípios: Cooperação internacional Prevenção Humanismo Pragmatismo Segurança Coordenação e racionalização de meios Subsidiariedade Participação Centralidade no cidadão Territorialidade Abordagens integradas Melhoria da qualidade e Certificação 14
Estrutura: Pilares Plano Nacional 2 Áreas de Missão Redução da Procura Prevenção Dissuasão Redução de Riscos e Minimização de Danos Tratamento Reinserção Redução da Oferta Áreas transversais Coordenação; Cooperação Internacional; Informação, Investigação, Formação e Avaliação 15
Área de Missão da Redução da Procura Pilares Plano Nacional Objectivo: Construção de uma rede global de respostas integradas e complementares, a nível local, com parceiros públicos e privados, visando a redução do consumo de substâncias psico-activas O IDT tem por missão promover a redução do consumo de drogas lícitas e ilícitas, bem como a diminuição das toxicodependências 16
Área de Missão da Redução da Procura Pilares - Estratégia Tratamento Prevenção Dissuasão Reinserção Redução de Danos 17
Pilares Plano Nacional (procura) A construção dessa rede global de respostas integradas e complementares desenvolve-se através dos seguintes instrumentos: PORI Plano Operacional de Respostas Integradas PRI - Programas de Respostas Integradas PIF Programa de Intervenção Focalizada 18
Pilares Entidade especializada para dar resposta : - à coordenação nacional - às necessidades da área de Missão da Redução da Procura IDT 24
Entidade especializada Ministério da Saúde Organização dos Serviços de Saúde Sistema Nacional de Saúde - Serviço Nacional de Saúde: - cuidados primários - cuidados hospitalares - cuidados continuados - IDT - Privados 25
Entidade especializada O IDT tem por missão promover a redução do consumo de drogas lícitas e ilícitas, bem como a diminuição das toxicodependências 26
Entidade especializada CD Conselho Directivo CC - Conselho Consultivo CNCDT Conselho Nac. Combate à Droga e Toxicodependência AE - Assessorias Especializadas * CES - Comissão de Ética para a Saúde DIC Departamento de Intervenção na Comunidade DTR ** Departamento de Tratamento e Reinserção DPAG Departamento de Planeamento e Administração Geral DMFRI Departamento de Monitorização, Formação e Relações Internacionais NP Núcleo de Prevenção NT Núcleo de Tratamento NGEF Núcleo de Gestão Económica e Financeira NE Núcleo de Estatística GAD Gabinete de Apoio à Dissuasão NRD Núcleo de Redução de Danos NR Núcleo de Reinserção NGRH Núcleo de Gestão de Recursos Humanos NPD Núcleo de Publicações e Documentação NAI Núcleo de Atendimento e Informação NLF Núcleo de Licenciamento e Fiscalização NI Núcleo de Informática NEI Núcleo de Estudos e Investigação NGP Núcleo de Gestão e Planeamento NF Núcleo de Formação NRI Núcleo de Relações Internacionais DRN Delegação Regional do Norte DRC Delegação Regional do Centro DRLVT Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo DRA Delegação Regional do Alentejo DRAL Delegação Regional do Algarve * A criar conforme o n.º 8 do art.º 1 do Anexo da Portaria n.º 648/2007 de 30 de Maio. ** Junto ao DTR funciona o Conselho Clínico Interno, o Coordenador Nacional de Enfermagem e o Coordenador Nacional de Serviços Farmacêuticos. Serviços Centrais Serviços Regionais DPAG/NGP-Org/2010 27
Entidade especializada Estruturas de tratamento do IDT 22 CRI Centros de Respostas Integradas: Prevenção, Tratamento, Reinserção e Redução de Danos 45 Atendimento a Toxicodependentes (Existem mais 32 outros locais de consulta) 3 CT- Comunidades Terapêuticas 4 UD Unidades de Desabituação 2 CD Centros de Dia 28
Assuntos a tratar: Enquadramento Marcos fundamentais Pilares: Coordenação Estratégia Entidade especializada Avaliação Dissuasão Referências 29 29
Plano Nacional 2005-2012 Plano de Acção - Horizonte 2008 Avaliação Interna: A nomeação de uma Sub-comissão específica da Comissão Técnica Interministerial dedicada ao acompanhamento da implementação deste Plano Nacional O acompanhamento permanente deste grupo de trabalho pelo Conselho Nacional Avaliação Externa: Contratação de entidade externa Uma equipa de trabalho com competências multidisciplinares, incluindo consultores internacionais 30
Avaliação Plano de Acção Horizonte 2008 4 Áreas Transversais Coordenação; Cooperação Internacional; Informação, Investigação, Formação e Avaliação e Reordenamento Jurídico 2 Áreas de Missão Redução da Procura e Redução da Oferta 6 vectores na área de missão Redução da Procura 19 Resultados a atingir 87 Objectivos específicos 246 Acções 11 Subcomissões, 88 representantes de 36 entidades públicas e privadas (CIP, UGT e CGTP) 31
Avaliação Plano de Acção Horizonte 2008 Os resultados Processo 210 Acções executadas (86,8%) 18 Acções parcialmente executadas (7,4%) 14 Acções não executadas (5,8) 4 Acções não consideradas Resultados a atingir Dos 19 resultados, 17 foram atingidos, 2 foram parcialmente atingidos (área Reordenamento Jurídico e vector Dissuasão da Toxicodependência) Impacto Comparação situação Relatórios Anuais 2004 e em 2007 32
Avaliação Comparação da Situação entre Relatórios Anuais de 2004 e de 2007 Redução quantificável em: Prevalências consumo no último ano na população jovem (15-24 anos): 8,3% em 2001 e 7,0% em 2007 (Balsa et al., 2008) Taxas de continuidade dos consumos para qualquer droga (excepto heroína) na população geral (15-64 anos), na população jovem adulta (15-34 anos) e na população jovem (15-24 anos), respectivamente, 44%, 52% e 67,1% em 2004 e 31%, 40% e 45,3% em 2007 (Balsa et al., 2008) 33
Avaliação População Geral, Portugal (15-64 anos) 2001-2007 Prevalências de Consumo de Droga (qualquer substância ilícita) 40 35 30 25 % 20 15 10 5 0 15-64. 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 2001 2007 Balsa et al.,2008 34
Avaliação % 25 População Geral, Portugal (15-24 anos) 2001-2007 Prevalências de Consumo de Droga (qualquer substância ilícita) 20 15 10 5 0 15-24 15-19 20-24 2001 2007 Balsa et al.,2008 35
Avaliação Comparação da Situação entre Relatórios Anuais de 2004 e de 2007 Redução quantificável em: Prevalências de consumo ao longo da vida na população escolar do 3º ciclo e Secundário, respectivamente 14,2% e 27,9% em 2001 e 8,4% e 19,9% em 2007 (Feijão, 2008) 36
Avaliação % 35 30 População Escolar - Prevalências de Consumo de Qualquer Droga ao Longo da Vida 1995-2007 28 30 27 25 20 15 10 5 8 12 18 14 4 9 8 14 8 20 5 4 0 1995 1999 2003 2007 1998 2002 2006 2001 2006 2001 2006 2003 min. 2003 máx. 2007 min. 2007 máx. ESPAD HBSC/OMS* INME 3. Ciclo INME Secundário ECATD * Prevalências ao Longo da Vida de Cannabis. Hibell et al., 1997; Hibell et al., 2000; Hibell et al., 2004; Hibell et al., 2009; Matos et al., 2000; Matos et al., 2003; Matos et al., 2006; Feijão & Lavado, 2002; Feijão, 2008; Feijão & Lavado, 2006; Feijão, 2009; / IDT, I. P.: DMFRI NE 37
Avaliação Comparação da Situação entre Relatórios Anuais de 2004 e de 2007 Redução quantificável em: Prática de consumo endovenoso nos 30 dias anteriores à 1ª consulta na rede pública, 25% em 2004 e 17% em 2007 38
Avaliação Consumo Endovenoso nos 30 Dias Anteriores à 1.ª Consulta Novos Utentes em Tratamento - Rede Pública 2002-2008 35 30 25 28 28 25 21 20 % 20 15 17 14 10 5 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 IDT, I. P.: DR / DMFRI NE 39
Avaliação Comparação da Situação entre Relatórios Anuais de 2004 e de 2007 Redução quantificável em: Proporção de notificações de casos de infecção pelo VIH de toxicodependentes passou de 34,2% em 2004 para 21,6% em 2007 40
Avaliação Indivíduos Notificações VIH/SIDA: Toxicodependentes e não Toxicodependentes, por Ano de Diagnóstico 2003-2009 1600 1400 1397 1411 1278 1392 1448 1422 1200 1000 943 800 751 645 602 600 541 500 507 445 408 395 400 416 421 385 227 352 331 352 200 261 164 176 148 70 0 a) b) 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Toxicodependentes VIH Toxicodependentes SIDA Não Tox. VIH Não Tox. SIDA FONTE: INSTITUTO NACIONAL DE SAÚDE DOUTOR RICARDO JORGE, I. P. (INSA, I. P.): a) Em 2005, a infecção pelo VIH foi integrada na lista de doenças de declaração obrigatória. b) A actualização posterior das notificações, de casos diagnosticados em anos anteriores, impõe a leitura destes dados como p rovisórios. INSA, I. P.: Núcleo de Vigilância Laboratorial das Doenças Infecciosas, (31/12/2008) / IDT, I. P.: DMFRI - NE 41
Avaliação Comparação da Situação entre Relatórios Anuais de 2004 e de 2007 Aumento do número de processos de contraordenação, que passaram de 5370 em 2004 para 6744 em 2007 42
Avaliação Processos de Contra-Ordenação e Decisões* 2002-2008 7000 6000 5000 4000 5580 4358 6100 4626 5370 6260 6216 51% 49% 6744 6543 70% 50% 4602 3000 3631 3192 3020 3338 2000 1000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Processos Decisões * Entre 2003 e 2008, a falta de quórum em algumas CDT condicionou a sua capacidade decisória. A reposição de quórum foi concretizada em 2008, persistindo no entanto algumas lacunas técnicas nas equipas técnicas de algumas CDT. Informação recolhida a 31/03 do ano seguinte ao das ocorrências. IDT, I. P.: GAD / DMFRI NE 43
Assuntos a tratar: Enquadramento Marcos fundamentais Pilares: Coordenação Estratégia Entidade especializada Avaliação Dissuasão Referências 44 44
A Dissuasão enquanto área específica de intervenção 45
Dissuasão Lei 30/2000 de 29 de Novembro Objectivos: Dissuadir o consumo de drogas ilícitas; Promover a integração social dos indiciados; Motivar e encaminhar para tratamento consumidores toxicodependentes; Promover a saúde em geral, do ponto de vista clínico e sanitário; Despistar situações que carecem de um acompanhamento específico; Informar e sensibilizar os indiciados para os riscos do consumo. 46
Dissuasão A partir de 2001 Consumidores ocasionais e recreativos e os toxicodependentes passaram a procurar mais a rede pública de tratamento Passou a ser possível identificar e encaminhar consumidores e toxicodependentes para outros serviços, prevenindo a exclusão social e a marginalização estigma social Funcionamento em rede da Administração Pública 47
Assuntos a tratar: Enquadramento Marcos fundamentais Pilares: Coordenação Estratégia Entidade especializada Avaliação Dissuasão Referências 50 50
Referências Internacionais: 51
Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P. www.idt.pt manuel.cardoso@idt.min-saude.pt Praça de Alvalade, nº 7 5º ao 13º 1700-036 Lisboa Tel.: +351 21 111 91 83 52