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Transcrição:

4DMrr;Dc. NUM.E-LE.1 E P Ii B L 0 ti E Eaix A_j} Grnsãc b-i1o /o3/ 3 ir PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MINISTROS 0 PRESDENTE, LJJ PL 357/2014 2015.02.26 Proposta de Lei n. J( \I1/ Iii I P.s A ]i f A 4% \l /O/c9j flitr gt;fl It Crr Zrt*t,It 0 Deoutco Secretjro ci- Mesi (4 de Motivos 0 Decreto-Lei n. 231/2004, de 13 de dezembro, estaheleceu o regime aplicável a distribuiçäo das açôes informativas e de publicidade do Estado, em território nacional, prevendo a afetacão as ridios locais e imprensa regional, em suporte de papel ou em suporte eletrónico, de uma percentagem do custo global previsto para compra de espaço em radiodifusão e na imprensa em cada trimestre. A Resoluçio do Conselho de Ministros n. 47/2010, de 25 de junho, veio, pot seu tumo, frxar as diretrizes e os eixos fundamentais para a realizacão de açöes de publicidade institucional. A evoluçao dos meios de comunicação social resultante da transição para meios de distribuição online, entre outros aspetos estruturais ligados a distribuicão da publicidade do Estado, tern contribuido para que o atual regime juridico sobre a afetacão de despesa corn publicidade do Estado se encontre desadequado. Acresce que este regime tern revelado niveis de cumprimento reduzidos por parte dos vrios organismos püblicos, quer do ponto de vista do reporte trirnestra], quer do ponto de vista da afetacão dos gastos corn publicidade do Estado, sendo a sua distribuiçâo parcial pela imprensa local e regional ineficaz. I

Proposta de Lei n. Neste sentido, revela-se necessária uma reforma do regime, não apenas corn o objetivo de adequar os meios aos fins a que se destinarn, mas, tarnbém, de simplificar o procedimento e a transparência da afetacão da despesa corn publicidade institucional do Estado, corn o objetivo de garantir urn meihor resultado e uma major eficácia das campanhas publicitárias prornovidas pelo Estado, valorizando ern especial a atividade dos órgos de cornunicação social de ârnbito local e regional e a sua rnais-va]ia para a otimizacäo das campanhas publicitárias, através da ligacão entre as mensagens pretendidas e os leitores e ouvintes das cornunidades regionais. Esta lógica de valorização dos órgãos de comunicação social de proxiniidade c da sua ligação as cornunidades encontra-se, alias, igualmente refletida no Decreto-Lei n. 137/2014, de 12 de setembro, que estabeleceu o modelo de governação dos fundos europeus estruturais e de investimento para o perlodo de 2014-2020, o qual, no seu artigo 80., veio estabelecer que todas as operacöes aprovadas sao objeto de publicitaçäo näo apenas nurn jornal de âmbito nacional rnas tarnbém, e alternadarnente, nurn dos dois jornais locais ou regionais de rnaior circulaço do conceiho ou dos conceihos onde a operação será executada. Deste modo, a presente lei clariflca, por urn lado, o que deve ser considerado publicidade institucional do Estado. E alargado o âmbito de aplicação as campanhas de publicidade institucional das entidades do sector empresarial do Estado concessionarias de servicos püblicos. Por outro lado, é necessário implernentar urn processo de flscalizacäo mais transparente que se adeque I evolução dos rneios de cornunicação social envolvidos, de acordo corn a prossecuçio de interesses piblicos relevantes na atividade de divulgação de publicidade institucional do Estado. 2

b PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Proposta de Lei fl. Tendo em conta o principio da transparência na fiscalização dos procedimentos que aqui se invocam, reafirmam-se os poderes da Endade Reguladora para a Gomunicaçâo Social (ERG) no que se refere I flscalizaçäo do cumprimento dos deveres de cornunicaçio e da aplicação da percentagern a afetar a órglos de cornunicaçào local e regional em cada campanha, bem corno I verificaçio da afetaçio do uso de deterrninado meio de cornunicação social local e regional em detrimento de outro. E ainda criado urn mecanismo de supervislo ex-ante do cumpi:imento das normas relativas I comunicaçio de gastos corn publicidade e afetaçio das despesas baseado no pagamento das campanhas de publicidade institucional, fazendo assim recair quer sobre Os organismos promotores das campanhas, quer sobre os privados que corn eles contratam o dever de verificar se os requisitos do regime agora criado esto a set cumpridos. Gorn efeito, constituern já atribuiçöes e competências da ERC, no exercicio de frmnçöes de regulação e supervisio, <<fiscalizar a conformidade das carnpanhas de publicidade empreendidas pelo Estado, Regiôes Autónornas e Autarquias locais corn os principios constitucionais da imparcialidade e isençäo da Administraçäo Püblica>>, incluindo o poder de decretar a suspenslo provisória da sua difusâo, ate decisão da autoridade judicial competente. Ainda neste dommnio, cabe I ERG <<assegurar o regular e eflcaz funcionamento dos mercados de imprensa escrita e audiovisual em condiçôes de transparéncia e equidade>. Ora, o mobil das regras ora aprovaclas é o de garantir uma cobertura mais abrangente, mais imparcial e mais equitativa dos püblicos destinatários das comunicaçöes institucionais do Estado, zelando dessa forma pot urna maior eficácia da publicidade institucional do Estado junto de todos os Orgãos de comunicaçio social, incluindo a comunicacio social local e regional. 0 presente regime fornece o enquadramento necessário e instrumental para a execucão das referidas atribuiçöes da ERG. Atentas a natureza e a extenso das modificacöes a introduzir, opta-se pela aprovação de uma proposta de lei, revogando-se o Decreto-Lei n. 231/2004, de 13 de dezembro. Foi ouvida a Entidade Reguladora para a GomunicaçIo Social. 3

Proposta de Lei n. Assirn: Nos termos da alinea d) do n. 0 1 do artigo 197. da Constituição, o Governo apresenta a Assembleia da Repiblica a seguinte proposta de lei: Artigo 1.0 Objeto A presente lei estabelece as regras e Os deveres de transparência a que fica sujeita a realização de campanhas de publicidade institucional do Estado. A presente lei estabelece ainda as regras aplicáveis a distribuição da publicidade institucional do Estado, em território nacional, através dos órgãos de comunicaçâo social locais e regionais. Artigo 2. Ambito Ficam abrangidas pela presente lei as açöes de publicidade institucional da iniciativa das seguintes entidades: a) Serviços da administracao direta do Estado; b) Institutos piblicos; c) Empresas püblicas concessionárias de serviços püblicos, relativamente as respetivas obrigacöes de serviço püblico. 4

Proposta de Lei n. Artigo 3 o Conceitos Para efeitos da presente Iei, entende-se por: a) <Publicidade Institucional do Estado>, as campanhas, acöes informativas e publicitirias e quaisquer outras formas de comunicação realizadas pelas entidades referidas no artigo anterior, divulgadas a urna pluralidade de destinatários indeterrninados, corn o objetivo direto ou indireto de promover iniciativas ou de difundir urna mensagem relacionada corn os seus fins, atribuiçöes ou missöes de servico püblico, mediante a aquisição onerosa de espaços publicitários; b) Orgäos de comunicacão social regional ou locab>, aqueles que, independentemente do suporte de distribuiço ou difusào e tendo sede em qualquer das areas geográflcas de atuaçäo das comissöes de coordenação e desenvolvirnento regional, se encontrem devidarnente registados e demonstrem que o espaco ou tempo de ernissão é predominantemente declicado a publicar ou difundir conteüdos respeitantes a aspetos da vida politica, cultural, económica, social ou ambiental de uma comunidade regional ou local, de acordo corn o seu estatuto editorial; c) <Orgãos de cornunicação social digitais>>, aqueles que, corn distribuicào ou acesso exclusivo através das plataformas digitais, se encontrern devidamente registados e demonstrem que mais de metade do seu conteüdo redatorial ou tempo de emissão radiofónico ou televisivo, consoante o caso, é predominantemente dedicado a publicar ou difundir, de forrna regular, conteüdos próprios respeitantes a aspetos da vida poiltica, cultural, económica, social ou ambiental da comunidade regional ou local onde se insere, de acordo corn o seu estatuto editorial; 5

Proposta de Lei n. d) <Meios de comunicacão social regional ou 1oca1>, a imprensa, a radio, a televisão e inforrnaço inclulda em suportes eletrónicos que se dedicam a publicar ou diftindir contejidos respeitantes a aspetos da vida politica, cultural, econórnica, social ou ambiental de urna comunidade regional ou local; e) ((Entidades prornotoras>>, as entidades abrangidas pela presente lei, nos termos do art go anterior. Artigo 4 o Promoção das campanhas de publicidade institucional do Estado A prornocão de campanhas ou açôes de publicidade institucional do Estado deve ser desenvolvida na prossecução das atribuiçoes próprias ou de competências delegadas da entidade prornotora, quando fundadas razôes de interesse püblico o justificarem. As canipanhas de publicidade institucional do Estado devem indicar claramente a sua natureza e os fins que visam prosseguir, identificando de forma percetivel aos destinatários a identidade da entidade promotora. 3 - As campanhas de publicidade institucional do Estado devem contribuir para fomentar uma cultura de respeito pelos direitos fundamentals e para fomentar a igualdade de género e, sempre que possivel ou quando o seu objeto o perniita, assegurar a disponibilização dos seus conteidos através de suportes adequados aos cidados corn necessidades especiais. 6

Proposta de Lei fly Artigo 5. Adjudicação da publicidade institucional As campanhas ou açöes de publicidade institucional do Estado referidas no artigo anterior podem ser adjudicadas pela entidade prornotora a agendas de publicidade que reünam, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) Se encontrem em exercicio de atividade ha mais de 12 meses a data do inicio do processo de adjudicaco; e b) Apresentem elementos curriculares indicadores de solidez e capacidade profissional exigiveis para a rea]ização das tarefas a contratar, nomeadamente na area de publicidade institucional do Estado. Sem prejuizo do disposto em legislação especial, a adjudicaçäo das acöes informativas publicitárias previstas na presente lei obedece ao disposto no Código dos Contratos Püblicos, aprovado pelo Decreto-Lei n. 18/2008 de 29 de janeiro, sem prejuizo do cumprimento dos demais regimes que se mostrern aplicáveis. 3 - As entidades promotoras devem acompanhar a execução dos contratos celebrados nos termos dos nümeros anteriores, nomeadamente no que respeita as relacôes de subcontrataçäo e a aquisição de espaços publicitirios através de agências de pub]icidade, corn vista a assegurar niveis elevados de eficiência da aquisiçâo publicitâria e a recoiha de elementos para os seus relatórios de atividades, bern como assegurar o estrito cumprimento das norrnas relativas a contratação de serviços de colocaçäo de publicidade. 4 - Os órgãos de cornunicação social locais e regionais beneficiários do regime previsto na presente lei devem dispor de uma situação tributiria e contributiva regularizada perante o Estado e a Segurança Social. 7

Proposta de Lei fl. Artigo 6. Publicidade institucional do Estado vedada Não é permitida a realizacão e divulgação de acöes informativas e publicitárias pelas entidades referidas no artigo 1 que: a) Incluam mensagens corn teor discriminatório, nomeadarnente de teor sexista, racista, homofóbico ou contrário aos principios, valores e direitos constitucionalmente consagrados; b) Incitem, de forma direta ou indireta, a violência ou a comportarnentos contrários ao Estado de Direito dernocrático; c) Incluarn simbolos, expressöes, desenhos ou irnagens que possam conduzir a confusão corn qualquer formação poiltica ou organizaçào religiosa ou social. No é tambérn permitida a realizacão de açôes publicitárias do Estado em: a) Orgàos de comunicaçào social que sejam rnaioritariarnente deddos por entidades püblicas; b) Publicaçöes que ocupem corn conteüdo publicitirio cornercial urna superficie superior a5o% do espaco disponivel de edicão, incluindo suplernentos e encartes, calculada corn base na media das ediçôes publicadas nos ültimos 12 rneses; c) Publicaçöes que pertencam ou sejam editadas, direta ou indiretamente, por organismos ou serviços da administracão central, regional ou local, bern como por quaisquer serviços ou departamentos deles dependentes; d) Publicaçöes que não se integrem no conceito de imprensa, nos termos da lei; e) Publicacôes periódicas gratuitas. 8

Artigo 70 Proposta de Lel fl. A As 3 - Os Deve 0 disposto no nürnero anterior não é aplicãvel I publicidade institucional do Estado que seja especialmente destinada ao estrangeiro, não se considerando para este efeito a mera 3 -A distribuição da publicidade pelos vários meios de comunicação social locais e 9 norneadamente tendo em conta a audiência e circulação dos meios seiecionados. regionais tern pot objetivo promover a otirnizaço da difusão da mensagem, destinada ao estrangeiro. difuso da indicaçào em suporte eletrónico de que a publicidade é especia]mente ser afeta aos ârgãos de cornunicacão social locais e regionais urna percentagem não inferior a 25% do custo global previsto de cada campanha de publicidade institucional do Estado de valor unitário igual ou superior a 15 000. Distribuiçâo da publicidade institucional do Estado Artigo 8. dirigentes dos serviços e dos organismos abrangidos pela presente lei devem integrar na inforrnação da publicidade institucional do Estado, referida no nümero anterior, os dados relativos ao cumprimento do disposto no artigo seguinte. definidos na regulamentaço aplicivel. atividades e relatórios de atividades uma secção especificarnente dedicada I informação sintética sobre as iniciativas de publicidade institucional do Estado, nos termos entidades abrangidas pela presente lei devem incluir nos respetivos pianos de entidade promotora I ERG ate 15 dias após a sua contratação, através do envio de cópia aquisiço de espaço publicitário prevista na presente lei deve set cornunicada pela da respetiva docurnentação de suporte. Deveres de comurncaçao e transparência PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Sempre PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Proposta de Lei fl. 4 - Nos terinos do disposto nos niimeros anteriores, a distribuicão deve, sempre que adequado aos fins da campanha, respeitar tendencialrnente as seguintes percentagens de afetação: a) Imprensa: 7 %; b) Radio: 6 %; c) Televiso: 6 %; d) Orgãos de comunicação social digitais: 6 % 5 - que as percentagens previstas no nürnero anterior näo sejam cumpridas, a entidade promotora deve, quando solicitada pelo órgão de fiscalização, fundamentar tecnicarnente a necessidade de uso de deterrninado ou detenninados meios de comunicação local e regional em detrimento de urn outro ou outros e fazer prova da afetação realizada. 6 - A publicidade institucional do Estado realizada na Radio e Televisâo de Portugal, S,A. (RTP), concessionária dos serviços ptthlicos de radio e televiso, não releva para efeitos das percentagens de afetação constantes do n. 4. Artigo 9 o Planeamento da publicidade institucional do Estado A distribuiçào das percentagens de afetação referida no artigo anterior deve obedecer aos seguintes critérios, em funço de cada urn dos meios de cornunicação social local e regional: a) Imprensa: i) A incidência geográfica da pubhcaço; ii) iii) 0 püblico-alvo; 0 volume de tiragem e ntimero de assinantes; l0

Proposta de Lel fl. iv) A periodicidade das publicacoes; v) A audiência, quando exista estudo de mercado; e vi) A qualidade de impressào da publicacão; b) Radio: i) A incidência geográfica da radiodifusão; ii) iii) iv) 0 püblico-alvo a que se destina a radiodifusào; As audièncias radiofónicas, quando exista estudo de mercado; A qualidade radiofónica; c) Televisâo: z) A incidência geográfica da emissão; ii) iii) 0 püblico-alvo a que se destina a emissäo; As audiências televisivas, quando exista estudo de mercado; d) Orgäos de comunicação social digitais: i) 0 püblico-alvo a que se destina o suporte eletrónico; ii) iii) A periodicidade ou atualizaçâo de conteidos; Métricas de avaliação do impacto da publicidade em suporte digital, quando existam. No preenchimento e integraço dos critérios enunciados no nimero anterior, aplicam-se os regimes legais especificos da imprensa, da radiodifttso, da televisão e da publicidade. 11

Compete PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Proposta de Lei n. Artigo 1O. Registo e fiscalizaçao 2 3 - Compete a ERC verificar e fiscalizar o cumprirnento dos deveres de comunicação e Não transparéncia previstos na presente lei, bern como o dever de aplicação da percentagem a afetar a órgâos de comunicação local e regional em cada campanha, de acordo corn o n. 4 do artigo 8.. é permitido o pagamento de campanhas de publicidade institucional sem que a respetiva despesa esteja antecipadamente registada na ERC e sem que esteja cumprido o disposto no artigo 8.. A ERC deve comunicar ao Tribunal de Contas os casos de incumprimento dos deveres referidos no n. 1. Artigo 11.0 Informaçao sobre publicidade institucional do Estado A ERC fica responsável pela elaboração de urn relatório atualizado sobre a adjudicação das acöes inforrnativas e publicitiirias, bern como sobre a sua distribuição, a ser disponibilizado mensairnente no sitio na Internet daquela entidade, sem prejuizo do clisposto no nó.mero seguinte. ainda a ERG a elaboraçâo de urn relatório anual de avaliação sobre o grau de cumprimento da presente lei. Artigo 12. Disposiçâo transitória A base de dados eletrónica que integra a inforrnacão relativa a publicidade institucional do Estado mantém-se operacional, corn todos os efeitos aplicáveis, ate que seja acordada a sua forma de transmissão entre a secretana-geral da Presidência do Consellio de Ministros e a ERG. 12

Proposta de Lei fl. Artigo 13. Norma revogatória São revogados: a) 0 Decreto-Lei n. 231/2004, de 13 de dezembro; b) A alinea z) do n. 2 do artigo 2. do Decreto Regulamentar n. 49/2012, de 31 de agosto; c) A Portaria n. 1297/2010, de 21 de dezembro; d) A a1inea do artigo 3 0 da Portaria n. 58/201 3, de 11 de fevereiro. Artigo 14. Entrada em vigor A presefite lei entra em vigor 60 dias após a sua publicação. Visto e aprovado em Cofiseiho de Ministros de 26 de fevereiro de 2015 0 Primeiro-Ministro 0 Ministro da Presidêflcia e dos Assuntos Parlamentares 13