1 Nº 03 de 31 de Março/2015 Publicação em: 31 de Março de 2015 GABINETE DO REITOR O REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALA- GOAS, no uso das atribuições que lhe confere o 1º, artigo 15, do Estatuto da UFAL, aprovado pela Portaria nº 4067/MEC, de 29.12.2003, tendo em vista o que consta no Processo nº 23065.008584/2015-05, e o SUPERIN- TENDENTE DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES, no uso de suas atribuições legais conferidas pela delegação de competência constante na Portaria nº 29/2014, de 03 de fevereiro de 2014 EB- SERH. NORMATIZAÇÃO [Portaria de 31 de Março de 2015] 451 CONSIDERANDO o que preconiza o art. 19 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com a redação dada pela Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991, que define os limites mínimo e máximo de seis e oito horas diárias de trabalho, respectivamente, ressalvadas as jornadas de trabalho estabelecidas em legislações específicas; CONSIDERANDO o disposto no art. 1º, inciso I, do Decreto nº 1.590, de 10 de agosto de 1995, que determina que a jornada de trabalho dos servidores da Administração Pública Federal direta, das autarquias e das fundações públicas federais, será de 8 horas diárias e carga horária de 40 horas semanais, exceto nos casos previstos em lei específica, para os ocupantes de cargo de provimento efetivo; CONSIDERANDO o disposto no art. 1º do Decreto nº 1.867, de 17 de abril de 1996, que determina que o registro de assiduidade e pontualidade dos servidores públicos federais da Administração Federal direta, autárquica e fundacional será realizado mediante controle eletrônico de ponto; CONSIDERANDO a determinação Judicial proferida no processo nº. 0004788-54.2011.4.05.8000, da 13ª Vara Federal da Justiça Federal Seccional Alagoas por meio da qual ficou determinado a implantação do sistema de controle eletrônico de ponto. RESOLVE: Art. 1º. Dispor sobre as regras de controle eletrônico de frequência dos servidores Estatutários do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes HU- PAA/UFAL, contemplando temas relacionados ao registro e controle da jornada de trabalho, bem como os períodos de descanso. Art. 2º. Para os efeitos desta portaria, consideramse os seguintes conceitos: I Controlador do Ponto Eletrônico: é o equipamento utilizado para o registro informatizado do ponto eletrônico; II Espelho de Ponto Eletrônico: é o relatório gerado pelo controlador do ponto eletrônico, contendo os registros de entrada e saída dos servidores. Art. 3º. Fica instituída a utilização do controlador do ponto eletrônico com identificação biométrica, objetivando o controle da jornada de trabalho dos servidores ocupantes de cargo técnico-administrativo em exercício no HUPAA, incluindo os cedidos de outras instituições para o hospital, os com lotação provisória e aqueles que prestam colaboração técnica, nos termos da legislação Parágrafo único. A identificação biométrica consiste na leitura da imagem das impressões digitais dos servidores, em confronto com os elementos biométricos previamente armazenados no banco de dados. Art. 4º O sistema de registro eletrônico de ponto tem por finalidades: I racionalizar a rotina de controle de assiduidade e pontualidade, proporcionando transparência no processo de registro; II armazenar dados de forma eletrônica;
2 III permitir acesso às informações pelo servidor, pela chefia imediata, pela área de gestão de pessoas e pelos órgãos de controle. IV Auxiliar o gerenciamento dos recursos humanos. Art. 5º A atribuição de supervisionar a implantação e de coordenar a gestão do sistema de registro eletrônico de ponto caberá ao HUPAA. 1º Quando possível, serão armazenadas as impressões digitais de pelo menos dois dedos distintos, sendo um da mão esquerda e o outro da mão direita. 2º Na hipótese de impossibilidade de captura das imagens das digitais, por motivos físicos, o controle de frequência será realizado pela digitação de senha pessoal no próprio teclado do equipamento de registro eletrônico de ponto. 3º As imagens das digitais capturadas serão utilizadas exclusivamente para o controle de frequência dos servidores, ficando vedado o seu uso para fins não previstos em lei. Art. 6º Os servidores deverão registrar as ocorrências de entrada e saída das dependências da HUPAA nas seguintes circunstâncias: I início da jornada diária de trabalho; II início do intervalo para alimentação ou descanso; III fim do intervalo para alimentação ou descanso; IV fim da jornada diária de trabalho. Parágrafo único - Na hipótese de o servidor não efetuar o registro no controlador do ponto eletrônico, presumir-se-á falta, a qual será descontada automaticamente da jornada mensal de trabalho, ressalvadas as hipóteses previstas nesta portaria. Art. 7º O intervalo para alimentação ou descanso não poderá ser inferior a 1 (uma) hora nem superior a 3 (três) horas e deverá ser obrigatoriamente usufruído em obediência às normas legais vigentes, conforme os critérios abaixo: I Servidores com carga horária superior a 6 (seis) horas diárias têm direito a no mínimo 1 (uma) hora e no máximo 3 (três) horas de intervalo intrajornada; II Servidores com trabalho contínuo, não excedente de 6 (seis) horas diárias, e superior a 4 (quatro) horas diárias e os servidores em regime de escala de 12 (doze) horas não registrarão os intervalos para descanso e/ou alimentação. 1º Na hipótese de o servidor não efetuar os registros referentes aos intervalos para alimentação ou descanso, presumir-se-á que ele tenha usufruído duas horas, as quais serão descontadas automaticamente da jornada diária de trabalho. Art. 8º A jornada de trabalho terá início e término estabelecido pelas gerências e chefias imediatas, com vistas a atender sempre ao interesse público e às peculiaridades de cada unidade de lotação. Deverá ser respeitada a jornada máxima de trabalho de 8 (oito) horas diárias e de 40 (quarenta) horas semanais, excetuando os cargos com jornada de trabalho reduzida estabelecida na legislação 1º O HUPAA funcionará ininterruptamente, cabendo ao servidor cumprir a jornada de trabalho fixada na legislação, em razão de seu cargo. 2.º Nos setores onde os serviços exigirem atividades contínuas de regimes de turnos ou escalas, em período igual ou superior a 12 (doze) horas ininterruptas, em razão de atendimento ao público ou trabalho no período noturno e autorizado pelo dirigente máximo da Instituição, os servidores poderão cumprir a jornada de seis horas diárias e carga horária de trinta horas semanais. 3.º Para os serviços que exigirem atividades continuas de 24 horas, os servidores poderão cumprir a jornada de doze horas diárias e carga horária de trinta horas semanais conforme art. 2º do Decreto 1.590/95. Art. 9º É vedada a formação de banco de horas.
3 1º O órgão Central do SIPEC, por intermédio da Nota Técnica nº 667/2009/COGES/DENOP/SRH-MP, reconheceu que o servidor público, por força do art. 117 da Lei nº 8.112/90, tem obrigação de cumprir a carga horária estabelecida para o seu cargo, sendo que, em situações excepcionais e transitórias, poderá ser convocado para prestar serviços extraordinários. 2º Somente será permitido serviço extraordinário com solicitação expressa da chefia imediata (art. 74 da Lei nº 8112/1990). 3º A realização de serviços extraordinários somente será autorizada para atender casos excepcionais que fogem ao planejamento realizado, e se não superados, poderão prejudicar a execução das tarefas, cujo adiamento ou interrupção importe prejuízo manifesto para o serviço (Nota Técnica nº 283/2010/COGES/DE- NOP/SRHMP). 4º. A comprovação da prestação do serviço extraordinário, assim entendido aquele que excede a jornada de trabalho normal, dar-se-á por meio do registro eletrônico da frequência, cabendo à chefia atestar o cumprimento do serviço extraordinário. Art. 10. O controle de frequência dos servidores beneficiários do Adicional de Plantão Hospitalar APH, regulamentado pelo Decreto nº 7.186/2010, será realizado via módulo específico no sistema de registro eletrônico de ponto. Art. 11. Será concedido horário especial ao servidor estudante, sem prejuízo do exercício do cargo, sempre que houver incompatibilidade entre o horário escolar e o fixado na unidade, mediante compensação a ser realizada durante o horário de funcionamento do órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. 1.º Havendo incompatibilidade entre o horário escolar e o fixado na unidade, o servidor e o chefe imediato deverão adequar a jornada de trabalho do servidor de modo que ocorra compensação, na forma da legislação 2º Em todo começo de semestre, o servidor deverá apresentar a chefia imediata comprovante de matrícula expedida pelo estabelecimento de ensino que se encontra matriculado. 3º Durante o período das férias escolares, o servidor estudante irá cumprir sua jornada de trabalho de acordo com as necessidades da instituição. 4º A concessão de horário especial a servidor estudante não será deferida em prejuízo do serviço e não poderá implicar redução da jornada de trabalho a que estiver submetido. Art. 12. Também será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário. Parágrafo único. As disposições do caput são extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de horário na forma da legislação Art. 13. O controle da frequência dos servidores Técnico-administrativos em Educação, bem como o cumprimento da carga horária mensal de trabalho, é de responsabilidade da chefia imediata a que estiver vinculado o servidor. 1 A ocorrência de impontualidades, atrasos, faltas injustificadas e demais situações que demandem descontos na remuneração do servidor, deverá ser encaminhada pelo HUPAA ao DAP por meio do boletim de ocorrência, até o 10º dia subsequente ao mês de registro. 2. Havendo a necessidade de ajuste do Espelho de Ponto, relativo às ocorrências de licenças e faltas justificadas, deverá o servidor solicitar à chefia as alterações diárias, mediante o preenchimento de Termo de Ocorrência, disponível portal da UFAL, e anexando documento comprobatório. 3. O Termo de Ocorrência deverá ser entregue à respectiva chefia imediata, impreterivelmente até
4 o 2º dia do mês subsequente, para análise e adequação com o Espelho de Ponto, caso deferido. Parágrafo único. A não entrega do Termo de Ocorrência dentro do prazo estabelecido no caput ratificará as informações registradas no Espelho de Ponto. Art. 14. Os atestados médicos comprobatórios de licença para tratamento de saúde do próprio servidor ou de pessoa da família, nos termos da lei, deverão ser apresentados à DivGP no prazo máximo de 72 (setenta e duas horas) horas e entregues pelo servidor à Perícia Médica no prazo máximo de 5 dias consecutivos, contados a partir da data de início do afastamento. Art. 15. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício nos termos do parágrafo único do art. 44 da Lei nº 8.112/90. Art. 16. O servidor que realiza atividades fora da sede do órgão em que tenha exercício, razão pela qual seja inviabilizado o registro de sua frequência no ponto eletrônico, deverá preencher formulário de frequência diário ou semanal, conforme o 4º do art. 6º do Decreto nº 1.590/95. Art. 17. Controlador do ponto eletrônico deverá emitir relatório mensal com todos os registros de frequência, para fins de homologação pela chefia imediata. Art. 18. Para o pleno funcionamento do controlador do ponto eletrônico, deverá o servidor: I apresentar-se à DivGP, para fins de cadastramento das imagens digitais; II registrar diariamente, no equipamento de ponto eletrônico, suas movimentações, por meio da leitura de sua impressão digital; III apresentar documentação comprobatória das ausências autorizadas por lei; IV comunicar imediatamente, à chefia imediata, a inoperância ou irregularidade no funcionamento do equipamento de leitura biométrica. Art. 19. São responsabilidades da chefia imediata: I orientar os servidores para o fiel cumprimento das disposições desta portaria; II encaminhar à DivGP, até o 5º dia útil do mês subsequente, os relatórios mensais de frequência homologados, contendo as informações das ocorrências verificadas; III tornar sem efeito os registros de períodos trabalhados em desacordo com as disposições desta Portaria; IV - autorizar horário especial para estudantes e deficientes, previsto em lei; V - afixar nas dependências do setor e em local visível e de grande circulação de usuários dos serviços, de quadro permanentemente atualizado, com a escala nominal dos servidores, constando dias e horários dos seus expedientes. Art. 20. São atribuições da Gestão do HUPAA: I supervisionar a implantação; II coordenar a gestão do sistema de registro eletrônico de ponto; III manter sob sua guarda os registros eletrônicos e atender às solicitações dos órgãos de controle interno e externo; IV promover o acompanhamento do funcionamento regular do controlador sistema de registro eletrônico de ponto, contribuindo para o seu aperfeiçoamento e efetuando as atualizações exigidas; V fornecer aos usuários as informações constantes do banco de dados do sistema eletrônico;
5 VI promover o cadastramento dos elementos biométricos indispensáveis ao registro eletrônico de ponto. VII dar suporte, manutenção corretiva, preventiva e evolutiva, backup, a garantia de segurança, integridade, armazenamento e preservação dos dados, bem como a disponibilização das informações arquivadas. VIII alimentar o sistema de registro eletrônico de ponto com informações relativas a férias, licenças e afastamentos legalmente concedidos, evitando-se o registro indevido do débito de horas. Art. 21. Excepcionalmente, fica autorizado o uso concomitante do sistema de registro eletrônico de ponto com o registro manual de frequência, por meio da assinatura de folha de ponto, nas ocasiões em que o sistema eletrônico estiver temporariamente indisponível, devendo, para tal finalidade, ser usado o modelo de folha de ponto de que trata o art. 10 do Decreto nº 1.590/95. Art. 22. Responderá civil, penal e administrativamente o servidor que causar danos ao controlador do ponto eletrônico. Art. 23. Os casos omissos nessa portaria serão decididos pela Pró-reitoria Gestão de Pessoas e do Trabalho, ouvido o HUPAA. Art. 24. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. EURICO DE BARROS LOBO FILHO REITOR PAULO LUIZ TEIXEIRA CAVALCANTE SUPERINTENDENTE DO HUPAA/UFAL