TRAÇO CONTÍNUO. Estrada fora. Bruno Rosa gere a frota da Rosas Construtores rumo à internacionalização



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Transcrição:

TRAÇO CONTÍNUO O SEU VOLVO NA FAIXA CERTA # 1 2010 Inovar para vencer CARRIS REJUVENESCE O PARQUE A PENSAR NO CLIENTE Estrada fora Bruno Rosa gere a frota da Rosas Construtores rumo à internacionalização

TRAÇO CONTÍNUO 1/2010 CONTEÚDO & EDITORIAL 04 Trilhar o caminho O apoio após-venda é um dos motivos para aposta da Rosas Construtores em Volvo. A empresa que trata das estradas portuguesas prepara-se agora para reforçar o investimento no mercado africano, com uma incursão em Moçambique. 2 TAMBÉM NESTA EDIÇÃO: 3 COVIBUS REFORÇA COM VOLVO 6 AS PRINCIPAIS CARACTE- RÍSTICAS DO NOVO VOLVO FM 22 NOTÍCIAS DO MUNDO VOLVO 23 EU & O MEU VOLVO TRAÇO CONTÍNUO 10 Precisão a grande altitude Com base no aeroporto internacional do Dubai, a Emirates Flight Catering serve diariamente cerca de 100 mil refeições. Uma missão de respeito para a qual contribuem sete camiões de carga Volvo. 16 Esta relação é bastante positiva O ambiente, os recursos humanos, a frota. O director de Inovação e Desenvolvimento da Carris aponta as apostas de uma empresa que, graças aos investimentos realizados, voltou a ganhar passageiros. 18 Cortes no consumo No Laboratório de Características de Veículos (LCV) da Volvo Trucks, situado na ilha de Hisingen, em Göteborg, Suécia, trabalha- -se afincadamente para conseguir reduzir o consumo de combustível sem penalizar as emissões de CO2. A REVISTA DA VOLVO TRUCKS & BUS PORTUGAL Editor/proprietário: Auto Sueco, Lda. Director: Henrique Nogueira Director adjunto: Armando Ribeiro Subdirector: João Pinheiro Torres Tel.: 226 150 300 Fax: 226 150 395 E-mail: camioes@autosueco.pt Projecto gráfico e editorial: Tidningskompaniet Edição: Divisão Customer Publishing da Impresa Publishing Impressão: David J. R. Barbosa Tiragem: 4000 exemplares Periodicidade: Trimestral Distribuição: Gratuita N.º Depósito legal: 258637/07 Inscrição na ERC: 125272 Estradas de Portugal Regressamos em 2010 ao contacto com os nossos leitores numa edição recheada de motivos de interesse. Chamamos à capa a Empresa que tem construído muitas das nossas estradas e que agora ruma a outros países para poder continuar a crescer. Estrada fora, sempre com o apoio dos nosso camiões, também eles responsáveis pelo desenvolvimento permitido por vias rodoviárias que, sem dúvida, conferem uma nova mobilidade ao País. Idealmente, todos queremos percorrer mais quilómetros com menos combustível. Na Suécia, um laboratório da Volvo Trucks desenvolve, todos os dias, pesquisas para conseguir esse objectivo sem penalizar o meio ambiente. Trata-se de um dos muitos desa os que a Volvo enfrenta e que a nossa revista trás ao vosso conhecimento: no Aeroporto do Dubai, a ajudar a servir milhares de refeições por dia; em Lisboa, a transportar, com a Carris, mais passageiros com mais conforto. Nesta Traço Contínuo temos também oportunidade de abordar as características do novo Volvo FM bem como alguns dos nossos últimos negócios, nomeadamente com a Covibus e o consórcio CESPA/Ecoambiente. Por m, uma palavra de solidariedade para com os nossos amigos e clientes da Ilha da Madeira, recentemente fustigada por intempéries sem precedentes, e o agradecimento à organização da prestigiada competição náutica a nível mundial a Volvo Ocean Race que escolheu Lisboa para acolher uma das etapas da prova 2011/2012. Boa viagem e boas leituras! HENRIQUE NOGUEIRA Unidade de Negócio Camiões, Autocarros e Penta da Auto Sueco Gerente

INÍCIO Missão com futuro Um Volvo de excelência destinado a percorrer as exigentes estradas da Serra da Estrela. A Covibus detém o serviço urbano de transportes público de passageiros na cidade da Covilhã, e no sentido de renovar a frota de autocarros ao serviço da população, adquiriu 14 novos autocarros Volvo B7R LE, sendo cinco deles com 10 metros e os restantes nove com 12 metros. A nova administração que irá operar o serviço de transportes por dez anos, está também a investir na edificação de novas instalações, construídas de raiz na zona industrial. João Queirós Lino, administrador da empresa, justifica a escolha Volvo com consumos, conforto, isolamento acústico e acima de tudo um serviço de assistência após venda sem paralelo, que já constatamos na Corgobus, em Vila Real. JOÃO PINHEIRO TORRES Limpeza com bom ambiente O consórcio CESPA/Ecoambiente, contratado para a prestação de serviços de limpeza urbana, recolha de ecopontos e recolha de contentores semienterrados no Município da Maia, reforçou recentemente a sua frota com a aquisição de sete unidades Volvo duas FL varredoura, uma FLL 16 com caixa RSU e quatro FM11 6X2 pusher com polibenne, grua e autocompactador, as primeiras a operar neste sector em Portugal a cumprirem as exigências legais da norma Euro 5. Os novos Volvo respondem à necessidade de uma maior intervenção na limpeza urbana na área geográfica adstrita à Maiambiente E.E.M. (Entidade Empresarial Municipal), preenchendo, com uma atitude mais amiga do ambiente, um dos principais requisitos da empresa. Para a Maiambiente, reduzir as emissões de partículas e de óxidos de azoto (NOx), com origem nos veículos de transporte, em especial aqueles que usam o gasóleo como combustível, é um factor importante para melhorar a qualidade do ar que respiramos e assim proteger a saúde de todos. A empresa destacou recentemente em comunicado os atributos que presidiram à eleição da Volvo como fornecedor, referindo o baixo consumo de combustível, a fiabilidade e segurança, motores amigos do ambiente e, especificamente no que toca a conforto, oferece ao motorista maior comodidade e satisfação no trabalho. As novas unidades Volvo vão actuar na área geográfica adstrita à Maiambiente. 3

Bruno Rosa, director de equipamentos da Rosas Construtores. Trilhar o caminho Encurtar distâncias é o trabalho da Rosas Construtores. Há décadas que as estradas portuguesas têm a sua marca. TEXTO JOÃO PAULO BATALHA FOTOGRAFIA BRUNO BARBOSA 4 Asede da Rosas Construtores, em Águeda, é um espaço amplo e bem decorado, espelho da imagem de seriedade e con ança que a empresa passa para o mercado há mais de 45 anos e que se re ecte na certi cação o cial do seu sistema de gestão de Qualidade, Segurança e Ambiente. Mas, para perceber o que faz a Rosas Construtores, nada como ir ao terreno. É por isso que a conversa com Bruno Rosa, director de equipamentos da empresa e membro da terceira geração da família fundadora da construtora, tem lugar nos acessos ao Porto Comercial de Aveiro, uma obra que a Rosas Construtores está a ultimar e que vai criar uma ligação rápida e e ciente à A25 (por sinal outra das grandes obras que nos últimos anos lhes passaram pelas mãos). Geralmente andamos um pouco em contraciclo, explica Bruno Rosa. É precisamente nas alturas em que a economia abranda que os Estados costumam esforçar-se por lançar programas de obras públicas para dinamizar a actividade económica e criar emprego. Ainda assim, Portugal tem sentido o impacto da crise internacional. Até porque, tirando as últimas concessões lançadas pelo Governo nas quais a Rosas está presente o Plano Rodoviário Nacional está praticamente concluído e não se vislumbram novas obras nos tempos mais próximos. A internacionalização é por isso uma opção natural. Depois de algumas experiências na Irlanda e na Roménia, África é um destino que tem suscitado atenção. Neste ROSAS CONSTRUTORES Fundada em 1964, a Rosas Construtores especializa-se na construção e conservação de estradas, tendo estado presente nas principais obras viárias em Portugal. Nos últimos anos, a empresa alargou o negócio às concessões rodoviárias e tem investimentos no ramo hoteleiro, imobiliário e energias alternativas. A internacionalização é o desafio mais recente para os 360 colaboradores, com operações na Irlanda e na Roménia e uma aposta forte em África. A Rosas Construtores já actua em Angola. Moçambique é o próximo destino.

Construção e conservação de estradas são especialidade de uma empresa que trabalha essencialmente com Volvo momento a nossa aposta está em Angola, aponta Bruno Rosa. Há grandes desenvolvimentos por lá. É um país que está numa fase de ascensão enorme. A Rosas Construtores é membro de consórcios com obras já adjudicadas em Angola e está também à procura de novos negócios em Moçambique. NA ALTURA EM QUE VISITAMOS os trabalhos no Porto de Aveiro está-se precisamente na fase nal, a colocação do asfalto um processo feito com uma precisão incrível pelas máquinas e os operários da Rosas Construtores. É nesta fase que a frota de camiões da empresa ganha protagonismo. A construtora tem estaleiros permanentes em Aveiro e na Adiça, em Tondela, de onde saem os betuminosos usados nas suas obras por todo o país. A preocupação fundamental da frota de camiões é garantir que o material está no sítio certo à hora certa, para garantir o bom ritmo dos trabalhos. A Rosas Construtores tem cerca de 60 camiões na sua frota perto de 95 por cento dos quais são marca Volvo. Escolhemos a Volvo porque achamos que é um bom produto, justi ca o director de Equipamentos. Mas, sobretudo, o que conta é a qualidade do serviço após-venda da Auto Sueco Coimbra, parceira de longa data da Rosas Construtores. A ligação vem de há muitos anos, do tempo do meu avô, conta Bruno Rosa. Temos boas relações com a o cina e rapidamente nos atendem. Essa capacidade de resposta é fundamental. Um camião não pode estar imobilizado muito tempo, porque isso nos custa bastante dinheiro, explica. Ora, nas o cinas da Auto Sueco Coimbra, qualquer peça está cá em 24 ou 48 horas, o que garante tempos de imobilização curtos para o equipamento. De resto, o facto de a Auto Sueco ter uma rede nacional de assistência garante uma capacidade de resposta que mais nenhuma marca dá. Raramente temos um problema que não seja rapidamente ultrapassado congratula-se Bruno Rosa. Tudo se resolve. Essa con ança é a base de uma relação antiga que permite à Rosas Construtores manter as nossas estradas na direcção certa. Consideramos a Volvo um dos nossos melhores parceiros, assume o director de equipamentos. 5

A cabina Disponível em seis configurações diferentes, desde a cabina curta até à Globetrotter LXL. Há imenso espaço de arrumação, encontrando-se entre as opções um sistema áudio de alta qualidade e faróis de xénon. Interior Novas cores para os revestimentos interiores e cortinas da cabina, a condizer com a gama FH. Novo sistema de admissão de ar O novo sistema de admissão consegue fornecer ar mais limpo ao motor, impondo ao mesmo tempo menos restrições à sua passagem. A sua posição elevada permite uma melhor visibilidade para a retaguarda, pelo espelho retrovisor, ao fazer marcha-atrás. Segurança do motorista ALARME: mantém os criminosos à distância. COFRE: para guardar valores. FUNÇÃO ESTACIONAMENTO SEGURO: Mantendo os faróis de médios e mínimos acesos por um período pré-determinado, este sistema permite ao condutor afastar-se do veículo por um percurso devidamente iluminado. AIRBAG: um suplemento, e nunca um substituto, para o cinto de segurança. PRÉ-TENSORES DOS CINTOS DE SEGURANÇA: reduzem a folga dos cintos de segurança em caso de colisão, aumentando a sua eficiência. Utilização preferencial em conjunto com o airbag. Grelha frontal Tanto a grelha superior como a inferior vão buscar a sua inspiração ao Volvo FH, ligeiramente modificadas para se adaptarem à frente mais baixa do FM. Outra característica são os degraus antiderrapantes. 6 Faróis Os novos faróis transmitem um toque moderno. Faróis de nevoeiro e faróis de auxílio à mudança de direcção estão integrados na unidade inferior, que inclui luzes de mínimos com a tecnologia LED. Chassis O chassis está disponível em cinco alturas diferentes (quatro para rígidos), de 810 a 1000 mm. Podem ser especificados com diferentes sistemas de suspensão, sistemas de travagem e equipamento auxiliar. É por esta razão que tanto pode encontrar o Volvo FM a trabalhar em terreno difícil, equipado com tracção integral e um robusto chassis com suspensão de molas, como a fazer transporte de grandes volumes em estrada, com chassis rebaixado e suspensão pneumática integral.

O novo Volvo FM Depois da sua apresentação, o Volvo FM alcançou a reputação de ser um camião verdadeiramente versátil; os desenvolvimentos e aperfeiçoamentos contínuos apenas reforçam essa posição. Agora, mais um passo foi dado veja o novo Volvo FM. texto Thomas Pettersson FOTOGRAFIA Volvo Trucks OPÇÕES Sistemas de segurança inteligentes Linha motriz CAIXA DE VELOCIDADES: como alternativa à icónica transmissão I-Shift, o Volvo FM pode ser equipado com uma caixa manual de 9 ou 14 velocidades, ou uma caixa automática Powertronic de 6 velocidades. MOTOR: duas alternativas de motor, de 11 ou 13 litros, com quatro níveis de potência em cada um. O motor mais poderoso debita 500 hp. Também disponível em versão EEV (Veículo Ecologicamente Avançado). EIXO TRASEIRO: existem sete variantes diferentes. Para operações exigentes, disponibiliza tracção integral tanto na configuração 4x4 como 6x6. SISTEMA DE TRAVAGEM ELECTRÓNICO (EBS): distribui a potência de travagem uniformemente entre as várias rodas para assegurar uma interacção mais suave entre o tractor e o semi-reboque. CONTROLO ELECTRÓNICO DE ESTABILIDADE (ESP): monitoriza continuamente a aceleração lateral do veículo, o ângulo do volante e a rapidez com que o veículo muda de direcção. Se o camião se comportar de forma anormal, a potência do motor é reduzida e o sistema de travagem é automaticamente activado. SENSOR DE ÂNGULO MORTO: um sensor instalado junto à cava da roda dianteira alerta o condutor se um veículo aparecer no ângulo morto do espelho retrovisor, enquanto tenta mudar de faixa de rodagem. CRUISE CONTROL ADAPTATIVO: através de uma unidade de radar ligada ao motor e aos travões, mantém um intervalo de distância adequado em relação ao veículo da frente. 7

O cavalo de batalha que aguenta tudo O Volvo FM tem uma forte posição em operações de transporte regionais e de distribuição. Este mais recente desenvolvimento vem reforçar ainda mais essa posição. Encontramo-nos com três clientes que utilizam o Volvo FM em operações completamente distintas. Distribuição regional com exigentes requisitos de segurança Distribuição urbana ambientalmente optimizada Operações de transporte em terrenos difíceis STEVE DIXON, DENNIS DIXON LTD, GRÃ-BRETANHA A SEGURANÇA ESTÁ EM PRIMEIRO LUGAR É POR ISSO QUE ESCOLHEMOS VOLVO STEVE DIXON é director executivo da Dennis Dixon Ltd, uma das maiores empresas transportadoras regionais da Grã- -Bretanha, que transporta carga a granel e produtos químicos. A Volvo está na linha da frente no que diz respeito a segurança. Essa é uma das principais razões por que escolhemos Volvo, refere. A firma, baseada em Middlesbrough, tem uma frota de 39 veículos, 19 dos quais são Volvo FM. O Volvo FM tem inúmeras vantagens e áreas de aplicação, de acordo com Steve Dixon. Outra razão pela qual a Dennis Dixon escolheu o Volvo FM foi pela economia de combustível e conforto da cabina. Os motoristas gostam e há uma assinalável economia de combustível. O consumo de combustível dos camiões Volvo FM da empresa é de 34,2 l/100 km, graças à combinação do sistema Dynafleet e da formação dos motoristas, levada a cabo em cooperação com o concessionário. Por ano, cada camião percorre, em média, 140.000 km. Todos os Volvo FM têm a mesma configuração: 6x2, motor D13, caixa de velocidades I-Shift e cabina Globetrotter. Para Steve Dixon, o baixo peso é também muito importante. Os seus mais recentes Volvo FM, 12 dos quais se juntaram à frota em 2009, pesam 8 toneladas, incluindo adaptação para ADR e equipamento de bombagem. Todos os veículos que compram devem ser capazes de transportar 28 toneladas de carga,operando com a combinação de peso bruto mais alta permitida na Grã- Bretanha, 44 toneladas. FOTOGRAFIA: MARTIN AVERY 8 COMBUSTÍVEL UM CUSTO QUE PODE SER INFLUENCIADO Independentemente da forma como uma empresa utiliza os seus veículos, o combustível é sempre um grande custo. Normalmente, chega a representar um quarto do custo total de operação de um camião. Este é o custo que a Volvo está a ajudar a reduzir. FORMAÇÃO DE MOTORISTAS E DYNAFLEET: Esta combinação tem já sucesso comprovado. Um motorista que tenha feito um curso de condução ecológica pode reduzir o consumo de combustível até 10%. Com o Dynafleet, as empresas transportadoras têm acesso a informação detalhada de quanto combustível cada veículo consome. LINHA MOTRIZ: Neste domínio, a Volvo é líder. Nas últimas duas décadas, os engenheiros da Volvo conseguiram reduzir o consumo de combustível em mais de 20%. O objectivo para o futuro é 25% reduzir o consumo de combustível pelo menos 1% por ano. 75% CONTRATO DE ASSISTÊNCIA: Para que um camião continue a oferecer a maior poupança de combustível possível, deve ser assistido devidamente. A Volvo Trucks oferece vários tipos de contratos de assistência. n Custos com combustível n Outros custos operativos

RUDOLF MÄURERS, FAKO-M, ALEMANHA NICULAE SUDITU, HARDWOOD, ROMÉNIA COMPENSA TER VOLVO FM COM MOTOR EEV RUDOLF MÄURERS é gestor logístico na empresa de distribuição alemã Fako-M, que tem 430 funcionários. Para ele, o cuidado com o ambiente é um aspecto importante. Temos cerca de 160 camiões de diferentes marcas. Este ano comprámos dois novos Volvo FM, diz ele. Os dois Volvo FM têm motores com versão EEV (Veículos Ecologicamente Avançados) de 13 litros e 460 hp, e vão ao encontro dos requisitos da especificação Euro 5. Conduzimos em auto- -estradas e estradas citadinas, por exemplo em Neuss e Düsseldorf. Estas cidades são muito exigentes no que toca à protecção ambiental, por isso ter camiões optimizados é uma importante estratégia de marketing para nós. A preocupação com o ambiente traz ainda benefícios financeiros. Para companhias que não cumpram a especificação Euro 5, pode ser caro conduzir na cidade. A longo termo, compensa usar os Volvo FM com motores EEV, diz Rudolf Mäurers. A Fako-M transporta refrigerantes, champanhe, vinho e cerveja para lojas e supermercados no distrito de Ruhr. O eixo traseiro direccional torna o Volvo FM 6x2 mais fácil de manobrar nas estreitas ruas citadinas. Os nossos motoristas do Volvo FM estão bastante satisfeitos com o camião neste aspecto. Para além do mais, entram e saem bastantes vezes do camião. No Volvo FM o banco do motorista é baixo, apenas três degraus até à cabina, em vez dos habituais cinco ou seis. FOTOGRAFIA: Karsten Thormaehlen NA FLORESTA, NECESSITO DE UMA FORÇA INCONTESTÁVEL NÃO LONGE DA cidade romena de Valcea, Niculae Suditu gere a empresa Hardwood, uma serração que emprega cerca de 170 trabalhadores. A madeira é obtida a partir das montanhas perto da cidade. Bétula, carvalho e tília são transformados em placas de madeira e folheado para exportação, para fábricas de mobílias em todo o mundo. Conduzir nesta região pode ser um pesadelo. As estradas são montanhosas, tortuosas e escorregadias, diz Niculae Suditu. O transporte nesta região obriga a grandes exigências tanto para humanos como para veículos. O Volvo FM 6x6, com 480 hp, da Hardwood, faz o trabalho. A tracção integral é essencial. Para além do mais, gosto da cabina, espaçosa e baixa. Nas estradas de montanha, é essencial conseguir passar debaixo dos ramos das árvores, diz Niculae Suditu. O FM está equipado com uma grua Kesla, conseguindo o motorista controlar todas as operações sozinho. As viagens diárias são curtas, apenas 20 ou 40 km, mas são exigentes. A tracção 6x6 é bastante útil, nomeadamente quando percorremos descidas íngremes. Descer a montanha com o camião completamente carregado é uma verdadeira aventura, particularmente no Inverno, quando a maioria das estradas desta região está intransitável. É aqui que o travão de motor da Volvo, VEB (Volvo Engine Brake), pode demonstrar a sua utilidade. FOTOGRAFIA: Radu chindris COM DYNAFLEET, PODEMOS CONTROLAR A PERFORMANCE INDIVIDUAL DE CADA MOTORISTA EM DIFERENTES ÁREAS. ASSIM, SABEMOS SEMPRE O QUE FAZER PARA REDUZIR O CONSUMO DE COMBUSTÍVEL. STEVE SUDGEN, WH MALCOLM, GRÃ-BRETANHA Brevemente Visite www.volvofmx.com 9

Precisão a grande altitude Treze toneladas de carga, oito metros acima do chão em menos de 40 minutos. Quando a Emirates Flight Catering, EKFC, abastece os sete Airbus A380 da Emirates Airlines, não há margem para erro nem no que diz respeito a tempo nem a precisão. Sete camiões de carga Volvo, especialmente concebidos para o efeito, asseguram que o serviço é feito de forma rápida e segura. Texto TOBIAS HAMMAR FOTOGRAFIA Pontus Johansson 10 É manhã cedo no Dubai. O sol ainda não se levantou completamente no horizonte, mas para Haidar Abdelaziz Hamid o dia de trabalho já começou há muito. Os seus olhos estão fixados no trânsito, enquanto conduz com destreza o seu Volvo FL220 branco-giz, com uma superstrutura de carga, para fora da rampa de carregamento no coração do gigantesco Aeroporto Internacional do Dubai. O voo 201 da Emirates Airlines só parte para o Aeroporto JFK às 08.10 um pouco mais de duas horas e meia depois, mas Haidar, como todos os funcionários no mundo, sabe o valor de cada minuto que passa até que o seu avião saia do aeroporto, pronto para levantar voo até ao destino final. No entanto, nessa manhã em particular, o avião é excepcionalmente exigente. Estacionado no terminal da Emirates Airlines, a cerca de um quilómetro de distância, está o Airbus A380 o maior avião de passageiros não-militar do mundo. Construído para mais de 600 passageiros, o Superjumbo tem uns massivos 45% mais de volume em relação ao seu concorrente directo, o Boeing 747-400 Jumbo Jet. Antes de cada voo, 13 toneladas de alimento, carga e equipamento são carregadas para o avião. As portas para o andar superior dos passageiros estão localizadas a mais de oito metros de altura. O ambiente do aeroporto lembra uma colmeia, com pessoas e veículos a dirigirem-se para várias direcções. Haidar Abdelaziz Hamid sabe o que é exigido dele enquanto motorista. Sabe, diz ele, apontando para um transportador de bagagens que passa apressadamente a apenas um metro da frente do seu camião, há pessoas a movimentarem-se aqui a toda a hora. Para lidar com isso é preciso esquecer tudo o resto e concentrarmo-nos a 100% no trabalho. Cinco minutos mais tarde, estaciona, com precisão cirúrgica, ao lado da fuselagem gigante do Superjumbo. Dois funcionários sobem rapidamente para a plataforma de controlo, na frente da caixa de carga. Com um silvo, o chassis do camião desce em direcção ao chão, ao mesmo tempo que estabilizadores laterais pousam no alcatrão quente. Pouco depois, a caixa de carga começa a elevar-se lentamente. Aquilo que Tom Morgan não sabe sobre a logística do aeroporto provavelmente não vale a pena saber. Como vice-presidente da EKFC, ele é responsável por dois departamentos de produção, que todos os dias entregam quase 100 mil refeições abrangendo mais de 100 menus e mil receitas às cerca de 100 companhias aéreas que utilizam o Aeroporto Internacional do Dubai. Uma das cozinhas fornece unicamente voos da Emirates Airlines. Onde nós

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Haidar Abdelaziz Hamid e o seu Volvo FL220 asseguram-se que 13 toneladas de alimento, de carga e de equipamento são carregadas para bordo do Airbus A380. 12 estamos, numa cozinha soberbamente equipada, cerca de 20 chefs preparam as refeições do dia. Por toda a parte há um aroma que faz crescer água na boca. O que será, exactamente? Galinha Tangoori, sushi, pesto? A Emirates Airlines quer menus específicos para cada cidade onde voa. Os nossos 900 tem que ser literalmente capazes de cozinhar para todo o mundo, explica Tom Morgan. A logística deve ser meticulosamente planeada à medida de cada voo em particular e das últimas estatísticas dos passageiros. Cada período de 24 horas tem três picos de actividade, com até 60 partidas no espaço de apenas algumas horas. E os horários mudam a toda a hora, não podemos planear nada até muito perto da hora de saída de cada voo, afirma Tom Morgan. PLANEAR PARA OS SETE Airbus A380 da Emirates Airlines é decididamente mais fácil, uma vez que neste momento só voam para três destinos: Londres, Sydney e Nova Iorque. No entanto, quando a companhia aérea expandir a frota para 58 aviões no espaço de três anos, esta relativa calma será apenas uma memória distante. O maior desafio no que diz respeito ao A380 é o seu tamanho. A porta de carga principal para a divisão de 1.ª classe e classe executiva, no andar superior, não está apenas invulgarmente alta, mas também está posicionada no meio da enorme asa do avião. Tivemos muitas discussões com a Airbus acerca da localização daquela porta. Para lá chegar, precisamos de um veículo que consiga levantar a carga a oito metros e que, para além disso, seja capaz de a mover para os lados e para a frente e para trás, diz Tom Morgan. O voo inaugural do novo Airbus da Emirates, em Agosto de 2008, foi, assim, precedido de uma exploração minuciosa de potenciais veículos de fornecimento. A escolha recaiu em dois fornecedores: a Volvo Trucks para o chassis e a Thai Bodybuilder CTV Doll para o sistema hidráulico e a caixa de carga. Os camiões, equipados com suspensão a ar e eixos de retaguarda direccionais para uma máxima capacidade de manobra dentro da área do aeroporto, foram entregues pelo concessionário Volvo Trucks no Dubai: a companhia de automóveis e máquinas Al-Futtaim, FAMCO. Escolhemos a Volvo e a FAMCO porque queríamos um fornecedor com presença local. Já tínhamos trabalhado com a FAMCO e ficámos bastante satisfeitos. A nossa cooperação é mais uma parceria do que uma

SINTO-ME MUITO ORGULHOSO DE SABER QUE ESTOU A CONDUZIR UMA MÁQUINA TÃO INCRÍVEL COMO ESTA, AO MESMO TEMPO QUE TRABALHO PARA O AVIÃO MAIS AVANÇADO NO MUNDO. Haidar Abdelaziz Hamid, Emirates Flight Catering Cerca de 900 chefs trabalham nas duas cozinhas para preparar 100 mil refeições todos os dias. Tom Morgan, vice-presidente da EKFC, precisou de um serviço móvel de carga que conseguisse vencer o desafio que é o Airbus A380. normal relação cliente-vendedor, diz Tom Morgan, e continua: Para além do mais, sabíamos que a Volvo produzia camiões seguros, que são fáceis de manobrar e nos quais podemos confiar plenamente. Inicialmente, foram encomendados sete veículos, mas em Junho deste ano o número de camiões Volvo FL220 6x2 com suspensão a ar cresceu para 17 com mais a caminho, à medida que a frota de Airbus A380 da Emirates Airlines crescer. Na pista, o voo 201 da Emirates acabou de abrir as A EMIRATES FLIGHT CATERING, EKFC n Fornece catering para 110 companhias aéreas. n Em 2007, confeccionou mais de 25,5 milhões de refeições. n As refeições de bordo representam cerca de um terço das operações da EKFC. Todos os produtos e equipamentos dentro do avião são fornecidos pela EKFC. n Dos 5400 trabalhadores da companhia, 250 são motoristas. Todos têm acções de formação para conduzir os camiões de carga Volvo específicos para o A380. suas portas de carga. Quatro camiões de carga estão parados a apenas alguns centímetros do avião, carregando equipamento para o seu interior. Dois gigantescos braços hidráulicos mantêm o camião nivelado, ao mesmo tempo que cinco toneladas de carga deslizam para o interior do avião, bem acima do asfalto. Os camiões parecem formigas a alimentar uma rainha gigante. HAIDAR ABDELAZIZ HAMID está parado ao lado do seu camião e observa o processo. Pelo intercomunicador, mantém-se em contacto com o pessoal de carga que está a bordo. Enquanto condutor, não está directamente envolvido no processo de carga, mas é responsável pela segurança dentro e fora do camião. Se alguma coisa correr mal, ele pode desactivar imediatamente todos os sistemas através de dois botões de emergência de acesso fácil dentro do camião. Mas com toda a concentração no tempo de carga e segurança, será que alguma vez se cansa do seu trabalho? Não, nunca! Adoro conduzir este camião. É confortável, fácil de manobrar e de trabalhar. Só faço cinco ou seis quilómetros por dia, mas esse percurso tem tanta actividade que tenho que ter um veículo no qual me sinta completamente seguro. Sinto-me muito orgulhoso por saber que estou a conduzir uma máquina tão incrível como esta, ao mesmo tempo que trabalho para o avião mais avançado no mundo. n 13

Gangues ameaçam transportes Os gangues criminosos são uma epidemia nas estradas europeias. Os seus ataques são feitos à linha de vida do continente: os transportes. A indústria transportadora perde anualmente 8,2 mil milhões de euros em roubos e o problema não pára de crescer. Agora, novas iniciativas estão a ser adoptadas pela UE e pela Volvo Trucks para pôr fim a esta situação. Texto MATS TIBORN Fotografia SCAN PIX 14 De acordo com a União Internacional de Transportes Rodoviários (IRU), cerca de 17% dos motoristas de pesados europeus foram já vítimas de roubo durante o seu horário de trabalho, a dada altura, num período de cinco anos. Os ladrões levam tudo, desde bens electrónicos até tabaco, chocolate e creme de barbear. O valor exacto de quanto a indústria perde para gangues criminosos é difícil de determinar com precisão. Há estimativas que apontam para 1% da circulação total de bens em alguns países. De acordo com a Europol, bens no valor de 8,2 mil milhões de euros são roubados todos os anos na Europa. Se adicionarmos a isto todos os outros custos, tais como reparações, substituição de carga e horas com a polícia, os números sobem significativamente. O REINO UNIDO é um dos países mais atingidos na Europa. Em 2008, este tipo de crime custou ao país quase mil milhões de libras, de acordo com a polícia britânica. Steven Rounds, do Grupo de Polícia Central Motorway, diz que muitos dos criminosos que anteriormente roubavam carros blindados se dedicam agora ao roubo de camiões. Comparado com um carro blindado, um camião é um alvo muito mais fácil: sem guardas, sem blindagem para desbloquear, com grandes lucros e com penas mais leves se forem apanhados, explica. Há cerca de dez anos, os principais locais de roubos na cadeia de transportes eram os terminais de carga e os armazéns. As soluções encontradas foram muros, vedações e controlos rigorosos, mas isso apenas significou a passagem do problema para as estradas e estações de serviço. ANNE E JENSEN, membro do Comité Parlamentar de Transportes, faz campanha há muito tempo por uma abordagem firme ao problema. Há já vários anos que trabalha com Steven Rounds, Grupo de Polícia Central Motorway, Grã-Bretanha representantes da indústria dos transportes para construir estações de serviço seguras para motoristas de longo curso. Na Europa, precisamos, pelo menos, de 200 paragens seguras, diz Anne E Jensen. Actualmente há apenas cinco: duas na Alemanha, uma no Reino Unido, uma em França e uma na Bélgica. No Brasil, a situação é particularmente alarmante. Desde os anos 80 que o país tem inúmeros problemas com ataques a camiões e a indústria perde todos os anos mercadoria no valor de 350 milhões de euros. O custo para a sociedade em geral é ainda mais alto. Se formos bem sucedidos na eliminação destes assaltos, iremos parar algumas das fontes que financiam o crime organizado, incluindo cartéis de droga, diz Christiano Blume, gestor de Projecto da Volvo Telematics no Brasil, e continua: Apesar de alguns transportes serem escoltados por guardas armados, são atacados por criminosos ainda mais fortemente armados. Uma vez que as empresas de transportes brasileiras têm tido problemas

OS ATAQUES EM NÚMEROS n 17% dos motoristas estão sujeitos a ser atacados durante o horário de trabalho. n 30% das vítimas foram atacadas mais do que uma vez. n 21% dos motoristas atacados são agredidos fisicamente. n Em 60% dos casos o veículo ou a carga são o alvo. n 42% dos ataques acontecem em estações de serviço. n 30% dos motoristas não apresentam queixa do crime de que são alvo. ESTES NÚMEROS DIZEM RESPEITO À EUROPA E FORAM TIRADOS DO FÓRUM DE TRANSPORTE INTERNACIONAL E DO SINDICATO DE TRANSPORTES INTERNACIONAL, 2000-2005 Ranking de risco para a Europa, 2007 1. Reino Unido 2. Holanda 3. Luxemburgo 4. Bélgica 5. França com funcionários infiltrados com origem no mundo do crime organizado, o seu processo de contratação é extremamente importante. Outra medida tem sido o desenvolvimento de tecnologia de comunicação mais avançada. Via satélite, as empresas de segurança podem monitorizar a rota exacta de um veículo, incluindo paragens e controlos de estrada. O veículo está normalmente equipado com tecnologia que reage caso uma porta seja arrombada ou se o atrelado for desprendido. A partir de Fevereiro de 2010 todos os novos camiões do Brasil têm, por lei, de ser equipados com um sistema GPS. Jonas Thorngren, perito de segurança em transportes do Grupo Volvo Assim, o VOLVO Link, sistema de controlo satélite da Volvo, tem sido o sistema usado nos veículos das empresas. Agora, a Volvo Trucks, no Brasil, está a fazer o upgrade para o Dynafleet e tem como objectivo equipar as companhias transportadoras com um sistema abrangente, no qual o problema seja resolvido tanto do ponto de vista do motorista como do veículo. Este sistema estará também disponível no mercado europeu. Inclui, entre outros, o Security Service (Serviço de Segurança), um serviço suplementar do Dynafleet no qual o camião é constantemente monitorizado. Através da cooperação com a empresa de segurança Securitas, a Volvo oferece ao condutor um serviço no qual ele tem apenas que carregar num botão de alarme, numa situação de emergência, para pedir assistência à polícia ou aos colaboradores da Securitas. No entanto, a indústria tem que fazer muito mais para combater este problema de uma vez, diz Jonas Thorngren, perito de segurança em transportes do Grupo Volvo. Em conjunto com um parceiro externo, a Volvo Trucks está a desenvolver uma quinta roda que pode ser trancada e controlada remotamente, impedindo que o atrelado seja separado da frente do camião e desapareça. O próximo passo no sistema de segurança oferece protecção contra o roubo do camião em si. Com a ajuda de um alarme manual ou de um sistema que despoleta um alerta logo que o camião ultrapasse um determinado perímetro geográfico, será possível impedir que este volte a andar depois de parar, ou fazer com que diminua gradualmente de velocidade até atingir a paragem total. Apesar disto, a solução não reside só na tecnologia. Os conhecimentos do motorista e as suas rotinas são muitíssimo importantes, diz Jonas Thorngren. A Volvo Trucks desenvolveu um programa de formação cujo objectivo é a segurança do condutor. O enfoque está tanto na crescente informação acerca de situações de crime, que pode reduzir o risco de ser vítima delas, como na redução do nível de risco caso algo de errado aconteça. Quando os criminosos se aperceberem de que os sistemas de segurança à volta do camião os forçam a correr mais riscos, e que o motorista não corre qualquer risco, acreditamos que menos criminosos sintam que o esforço vale a pena, diz Jonas Thorngren. n 15

16 Jorge Nabais, director de Inovação e Desenvolvimento da Carris

Esta relação é bastante positiva A Carris está outra: nova frota, melhores colaboradores e melhor serviço. Para o director de Inovação e Desenvolvimento da empresa trata-se apenas de pôr o cliente em primeiro lugar. TEXTO JOÃO PAULO BATALHA FOTOGRAFIA RUI MARTO Quem só se lembrasse dos velhinhos autocarros de dois andares, à londrina, que circulavam por Lisboa há uns 30 anos di cilmente reconheceria a empresa de transportes públicos no serviço que ela presta hoje à capital. Há quase seis anos, a Carris pegou numa frota com uma idade média de mais de 16 anos e começou a renová-la. Resultado: a idade média dos 750 autocarros da companhia rejuvenesceu 10 anos. Os novos autocarros não são apenas mais novos e menos poluentes. Os padrões de conforto não têm comparação: 80% da frota da Carris tem piso rebaixado, 35% está equipada com rampas de acesso a de cientes e 70% já cumpre as mais exigentes normas europeias sobre emissões poluentes são autocarros Euro 3, 4, 5 ou EEV. A renovação da frota é essencial, justi ca o director de Inovação e Desenvolvimento da Carris, Jorge Nabais. O serviço urbano é muito exigente e Lisboa então, com as suas sete colinas e o aperto da condução nos bairros históricos, coloca desa os adicionais. Por isso mesmo, a Carris é um cliente exigente quando se trata de comprar novos veículos. Actualmente, 30% da frota da Carris é marca Volvo. Os carros mais recentes, 40 Volvo B7RLE Mk III, chegaram no nal de 2009. A relação com a marca, aliás, já é antiga. Começou há 35 anos, lembra Jorge Nabais, que acompanhou nessa altura a chegada dos primeiros Volvo à Carris (200 unidades). Foi uma revolução na empresa, recorda. Na hora de escolher a frota, a transportadora lisboeta valoriza a qualidade dos autocarros, mas para agradar à Carris é preciso mais do que isso. O produto é importante, mas tão ou mais importante do que isso é a assistência. E A CARRIS Como parte da vida lisboeta há 137 anos, a Carris emprega 2.761 colaboradores (1.714 dos quais motoristas da sua frota de 750 autocarros). Apostada em como melhorar o serviço ao cliente, a empresa começou em 2004 a renovar a sua frota que, desde então, passou de uma idade média de 16,5 anos para 6,5 anos. A empresa está certificada na Gestão Ambiental, Gestão da Qualidade e Serviço de Transporte. Esta última certificação estende-se a mais de metade das carreiras da Carris. Fomos pioneiros nessa matéria, enfatiza o director de Inovação e Desenvolvimento, Jorge Nabais. O resultado está à vista: depois de anos de quebras na procura, a Carris voltou a ganhar passageiros. O popular chassis B7R da Volvo, na variante LE, agora ao serviço da Carris esse tem sido um dos pontos fortes da Auto Sueco/Volvo, congratula-se o director de Desenvolvimento. Esta relação é bastante positiva. De resto, acentua Jorge Nabais, é fundamental que os fornecedores acompanhem de perto a actividade da empresa. Nós procuramos hoje responsabilidades partilhadas. CARRIS MAIS SUSTENTÁVEL A Carris está a fazer um esforço enorme na formação dos seus colaboradores e na melhoria da e ciência energética, que passa por coisas tão simples como promover uma condução económica e defensiva, e também em inovações como os autocarros a gás natural (40 deles são Volvo) ou a tecnologia híbrida, que vem a caminho. Graças a uma cultura de parceria estreita com os fabricantes e, desde logo, com a Auto Sueco, nos últimos anos tem havido acções conjuntas neste particular, refere Jorge Nabais. A cidade de Lisboa é um bom laboratório para testar soluções. É graças a esse espírito de inovação que a centenária transportadora lisboeta está a conquistar cada vez mais a con ança dos passageiros. Todos os dias, a Carris transporta mais de 650 mil pessoas pelas ruas da capital. E os inquéritos de satisfação dos clientes, realizados todos os anos de acordo com modelos de avaliação europeus, são cada vez mais animadores. Não há dúvida de que se tem registado um crescimento da satisfação, salienta o director de Inovação e Desenvolvimento. Um bom exemplo do trabalho feito está nos mostradores electrónicos nas paragens da Carris, que mostram quantos minutos demorará a chegar o próximo autocarro. Para Jorge Nabais, a loso a é simples: pôr o cliente em primeiro lugar, para assegurar o melhor serviço possível. 17

Cortes no consumo Seria simples para a Volvo fazer grandes reduções no consumo de combustível de uma vez só. Mas há uma contrapartida importante: consumos mais baixos significariam emissões poluentes mais elevadas. É algo difícil de equilibrar. O Laboratório de Características de Veículos da Volvo está a tentar resolver esta difícil equação. TEXTO Kenneth Tonef 18 FOTOGRAFIA Sören Håkanlind

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LABORATÓRIO DE CARACTERÍSTICAS DE VEÍCULOS n O camião é testado num Factos: banco de rolos montado Velocidade dos rolos: 0 a 120 no chão do laboratório. A km/h. resistência dos rolos pode ser Distância entre eixos: 3,4 a ajustada para simular subidas 7 m. mais íngremes ou cargas Resistência máxima dos rolos: mais pesadas, à medida das - Frente: 12 kn/150 kw. necessidades. - Traseira: 125 kn/700 kw. 20 Todos os departamentos de Investigação e Desenvolvimento da Volvo Trucks estão empenhados em evoluir o produto, por mais pequena que seja a evolução conseguida. O peso tem de ser reduzido e a potência disponibilizada de forma mais eficiente, de modo a garantir que a próxima geração de camiões seja ainda mais económica. Bo Kihlander é gestor do equipamento de testes no Laboratório de Características de Veículos (LCV), localizado na ilha de Hisingen, em Göteborg, Suécia. As instalações tornaram-se um ponto de encontro, onde engenheiros de diferentes departamentos da Volvo vêm testar, simular e verificar as suas ideias. E todos têm o mesmo dilema. É possível fazer grandes cortes no consumo de combustível, mas isso significa ignorar todos os nossos objectivos ambientais. Na realidade, trabalhamos ao contrário, ou seja, asseguramos primeiro os objectivos ambientais e só depois trabalhamos no consumo de combustível, conta Bo Kihlander, que trabalha no desenvolvimento de camiões desde que acabou o curso na Universidade de Tecnologia de Luleå. ATÉ HÁ ALGUNS MESES, um Volvo FH 480 rugia a altas rotações no laboratório, mas o engenheiro Björn Cederqvist levantou o acelerador e o camião rola agora com suavidade. Hoje é dia de calibragem nos laboratórios. Mal tenhamos o grau certo de resistência nos rolos, repetimos o processo cerca de dez vezes, para verificar as afinações, explica o operador Lennart Lindström, que, juntamente com o seu colega Lars Rudling, está sentado à frente de 12 ecrãs de computador e um grande painel de vidro. O sistema do LCV simula as condições de muitos dos itinerários mais difíceis através de um software programado. Por exemplo, é possível simular conduzir através do espectacular Kassel Pass, na Alemanha. Ser capaz de simular situações reais no banco de rolos é essencial para o desenvolvimento de novas soluções. Na estrada, as condições mudam a todo o momento e nenhum dia é igual ao anterior. No laboratório de testes, no entanto, cada parâmetro pode ser repetido quantas vezes os engenheiros quiserem. Se a equipa tem um problema, podemos criar uma repetição exactamente nas mesmas condições, diz Bo Kihlander. O itinerário teste é reproduzido em quatro rolos dinamométricos cuja resistência pode ser ajustada para se assemelhar a uma estrada real. Uma variedade de sensores está ligada ao FH 480 cinzento. Para medir os níveis das emissões, há um indicador ao lado do turbocompressor e outro do tubo de escape. Para além da estrada rolante, existe ainda uma enorme ventoinha, que simula velocidades de vento até 90 km/h e temperaturas entre 6ºC e 55ºC. DESDE 1989, os camiões Volvo tornaram-se 100 vezes mais limpos. E 20% mais económicos. Em Outubro de 2009 deu-se a implementação da norma Euro 5, para redução da emissão de gases de escape. Comparada com a Euro 4, as emissões de Óxidos de Azoto (NOx) foram cortadas em 30% e as emissões de partículas foram cortadas uns expressivos 80%. A norma Euro 6, que entra em vigor a 1 de Setembro de 2014, é ainda