Ata da 2ª Reunião Extraordinária do Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima



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48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 Marco Aurélio Cabral (BNDES). CONVOCAÇÃO: ABERTURA E APROVAÇÃO DA AGENDA PROPOSTA: O presidente do Comitê Gestor, Sr. Francisco Gaetani, Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente, abriu a sessão com boas vindas aos Conselheiros do Fundo Clima e agradeceu à Embrapa a cessão da sala de reuniões. A sra. Vania Oriundi, representando a presidência da Embrapa, deu boas vindas aos presentes e apoiou as iniciativas da 2ª Reunião Extraordinária do FNMC. O Sr. Eduardo Assad, representante do MMA, recebeu do presidente a coordenação dos trabalho e procedeu à nomeação dos itens de pauta, submetendo-os à votação. PAUTA: - Abertura e informes - Aprovação da Ata da 2ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor - Aprovação final do Regimento Interno do Comitê Gestor - Proposta de inclusão de novas linhas de financiamento - Apresentação do processo de estruturação do FNMC - Planejamento de atividades de curto e médio prazos - Fluxos de atividades das ações da Secretaria Executiva do Comitê Gestor - Modelo para elaboração de projetos para o Fundo Clima - Recursos Não Reembolsáveis - Encerramento INFORMES, DISCUSSÕES E DELIBERAÇÕES: 1 - APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE DIRETRIZES E PRIORIDADES: O Sr. Eduardo Assad, coordenador dos trabalhos, lembrou aos conselheiros a importância no cumprimento regimental para liberação dos recursos do Fundo Clima, dependente da aprovação do Regimento Interno. Agradeceu ao Fórum pela confirmação dos conselheiros da sociedade civil, mencionando que a portaria do Regimento Interno foi publicada no DOU. Explanou que o próximo passo será a delegação de competência para os gestores do Fundo no MMA. Informou que foi enviado ao Conselho Monetário Nacional, em comum acordo com o BNDES, a proposta de Resolução que define os limites dos juros segmentados por setor. Informou, também, que o contrato entre MMA e BNDES encontra-se em elaboração a fim de viabilizar, ainda este ano, a execução dos recursos reembolsáveis. Quanto aos recursos não reembolsáveis, informou que a equipe técnica do Fundo Clima projeta lançar no mês de julho o chamamento público, com respectivos editais, com análise de projetos prevista para o mês de agosto. Mesmo sem lançamento de chamada pública, foram apresentadas aproximadamente vinte consultas informais ao MMA sobre projetos demandados. O Sr. Neilton Fidelis da Silva (suplente do FNMC) mencionou a necessidade de viabilizar a participação do conselheiro titular das OnG's com as diárias e passagens por conta do MMA. O Sr. Eduardo Assad informou que o MMA colocou à disposição a passagem solicitada em atendimento ao pleito, mas o conselheiro não compareceu por agendamento de compromissos na data da reunião. A representante do setor industrial, Sra. Paula Bennati, abordou questões sobre a redução de emissões da indústria, lembrando as iniciativas ambientais do Grupo de Mobilização Empresarial em reuniões regulares, colocando-o à disposição do Fundo a fim trocar informações. O Sr. Francisco Gaetani, Presidente do Comitê Gestor, agradeceu a proposta e mencionou a 2

94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 participação de vários setores com possibilidades de financiamentos pelo Fundo Clima, destacando a importância do setor industrial para as ações de mitigação do clima.. O Sr. Eduardo Assad explicou algumas linhas de ação do Fundo, tais como a matriz energética para o setor de geração de energia, modal de transportes em etanol e outras fontes renováveis. O Sr. Eduardo Assad pediu à representante da CNI que o setor participe das decisões do Fundo Clima sem maiores limitações das formalidades, pedindo atenção especial dos conselheiros sobre os Planos Setoriais (Transportes, que pretende lançar em breve, Mineração, que teve contribuição e colaboração de consultores para agilizar a análise, Agrícola que fez um plano muito bom, programando várias reuniões, Pesca fez sua contribuição, Saúde fez sua apresentação, em dois meses de ativação do Grupo Executivo. Na indústria, a estratégia que o MIDIC está usando é de juntar todos os planos num só, ao invés de ter construção civil, metalurgia, para não ser repetitiva em abordar justificativas fora do escopo. O Sr. Demétrio Toledo (Representante do MDIC) afirma que a ideia é ter um plano que contemple ações transversais e ações setoriais específicas focando os setores que foram descritos na lei e ações transversais da eficiência energética. A Srª. Fernanda Carvalho (suplente das OnG's) comenta que é muito interessante esse informe sobre os planos setoriais porque não está informada de como esses primeiros cinco setores estavam em elaboração. Acompanhou alguma medida no observatório do clima, afirmando que o setor da agricultura andou muito bem, o PPCDAM e o PPCerrado, pelo decreto foram considerados planos de clima, o plano de energia que, na verdade, é o plano decenal de energia, entrou nessa mesma situação. Os planos que tinham elaboração definitiva em construção seriam os setores da indústria e os setores da agricultura, mas ficou sem informação ao final desse processo, seja pela Casa Civil da Presidência da República, ou com cada um que se estabeleceu conversa. Os planos já foram lançados, já estão prontos, mas não houve um lançamento oficial, sugerindo que seria interessante se os conselheiros pudessem fazer um esclarecimento. Outro ponto sugerido pela Sra. Fernanda Carvalho(suplente das OnGs) diz respeito à inclusão de novas linhas de financiamento pelo Fundo ao fim dos demais pontos de pauta. Acrescentou que a representação da sociedade civil tem toda a disposição em colaborar, mas gostaria de saber como ficam os antigos planos de clima. O Sr. Eduardo Assad informou que não houve o lançamento dos cinco setores porque o último, da agricultura, foi entregue no dia 30 de maio. Essa questão foi colocada na mesa da reunião do Grupo Executivo. Qual é o instrumento que legitima essa iniciativa? Vai ser uma portaria ministerial, vai ser um decreto? Não foi respondido ainda as proposições expostas, mas certamente a estratégia pode ser recuperada a tempo. Destacou, ainda, a importância dos Planos Setoriais para o PNMC e que eles estão prontos, ressaltando que o da Agricultura ficou muito bom e que está servindo de modelo, utilizado pelos outros planos setoriais. Cita o exemplo da CNI que pressionou e quis participar, comentando que não há nenhuma intenção de guardar informação, ocultar, ou mesmo guardar segredo. 2 - APROVAÇÃO DA ATA ANTERIOR, DO REGIMENTO INTERNO E DO FUNCIONAMENTO DO FUNDO CLIMA: O Sr. Eduardo Assad pede inversão da pauta de acordo com a sugestão da Sra. Fernanda Carvalho (ONG), incluindo a discussão sobre novas linhas de financiamento ao final da reunião, o que foi aprovado pelos presentes. Então, propõe a aprovação da Ata anterior. O Sr. Sérgio Eduardo Weguelin Vieira (BNDES) solicita retificação nas linhas 245 a 252 da ata anterior. A Sra. Paula Bennati (representante da CNI) solicita o registro de sua presença como participante na reunião anterior. Sem outras considerações a Ata anterior foi aprovada. O Sr. Eduardo Assad informou que, após receber observações dos representantes sobre o Regimento Interno, restou uma pendência notada pelo representante do BNDES a ser resolvida pelo Comitê Gestor. Com a palavra, do Sr Sérgio Weguelin citou o art. 8º e o 14º em dúvida, questionando qual é a diferença dessas duas deliberações, porque os dois artigos tratam do processo de deliberação. O Sr Eduardo Assad esclareceu que o art 8º trata da deliberação das matérias da ordem do dia, para aprovação da pauta, enquanto o art 14º trata das deliberações em plenário, para discussão de cada item de pauta. A Sra. 3

144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 Fernanda Carvalho (OnG) lembrou uma discussão anterior com o BNDES sobre a periodicidade em que o Comitê Gestor receberia relatórios sobre a execução dos recursos reembolsáveis, afirmando que o Fundo Amazônia recebe relatórios semestrais. Acrescentou que gostaria de propor que no inciso 1º do art. 21 fosse acrescentada a expressão com relatórios semestreais. Colocado em votação, a proposta foi aprovada pelos presentes. A Srª. Josilene Ticianelle (suplente dos Estados) intervém no que diz respeito ao artigo 19, inciso XI parágrafo único, solicitando esclarecimentos. Observa que a expressão abster-se de votar em deliberações que envolvam matéria sobre as quais haja qualquer tipo de interesse pessoal supõe que qualquer entidade com representação no Comitê Gestor que apresentar um pedido de acesso a recursos do Fundo automaticamente estará impedida e o conselheiro deverá se abster. O Srº Francisco Gaetani explica que quando uma entidade apresentar um projeto, ela não poderá votar nesse projeto específico por ser de interesse declaratório. O Srº Carlos Afonso Nobre (Titular/MCT) observa que o artigo 2, que trata da composição do Comitê Gestor, afirma que os representantes não governamentais serão indicados no âmbito do Fórum de Mudanças Climáticas. O Sr. Francisco Gaetani esclarece que o regimento reproduz o que a própria legislação sobre o Fundo indica. O Sr. Neilton Fidelis da Silva (FBMC) esclarece que o processo de constituição do Regimento não podia fugir do decreto que originava a conformação desse Comitê Gestor. Acrescentou que essa não foi uma demanda do Fórum e que as nove representações não governamentais teriam origem nas suas respectivas instituições ou comunidades organizadas e o Forum apenas chancelaria as indicações. O Sr. Eduardo Assad (SMCQ) sugere uma redação alternativa, propondo acrescentar ao final do 1º do art 2º a expressão ouvidas as respectivas entidades representativas. Colocado em votação, a proposta foi aprovada pelos presentes. O Sr. Sérgio Eduardo Weguelin (BNDES) propõe a supressão da alinea d) do artigo 21 e do item IV do artigo 20. No primeiro caso, o MMA já indica os integrantes da Secretaria Executiva do Fundo e no segundo caso, no inciso IV, ao BNDES, na qualidade do agente financeiro dos recursos reembolsáveis não compete indicar os integrantes em relação aos recursos reembolsáveis. O sr. Eduardo Assad colocou a proposta em votação e foi aprovada pelos presentes. O Srº Eduardo Assad (SMCQ) passou a expor a estrutura em formação do MMA para o acompanhamento do Fundo Clima, dentro da Secretaria de Mudanças Climáticas, ainda não devidamente formalizada, mas em processo avançado de discussão. A nova Secretaria chamar-se-á Secretaria de Mudanças do Clima e Recursos Hídricos. A área de Qualidade Ambiental irá juntar-se à Secretaria de Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental. A Diretoria de Mundanças Climáticas terá três diretorias: clima, recursos hídricos e revitalização de bacias. Há uma discussão se algum componente de floresta, principalmente no que diz respeito ao desmatamento, entrará também nessa nova Secretaria. A Diretoria de Mudanças Climáticas tem hoje uma gerência do Fundo Clima e o Sr. Marcos Del Prette está colaborando nessa gerência, está com uma equipe inicial e tem ajudado nas reuniões do Fundo Clima. Doravante, deveremos entrar em uma parte analítica, de como serão orientados os projetos, executados os recursos, etc. O Sr. Marcos Del Prette vai mostrar um pouco como a Gerência do Fundo Clima está sendo estruturada. A segunda etapa dos trabalhos da Gerência deverá mostrar a profunda intersecção com o BNDES para acompanhamento dos projetos reembolsáveis, como eles estão e em que estágio estão inseridos, se estão cumprindo as determinações legais, fazer um acompanhamento mais detalhado das atividades. O Sr. Marcos Del Prette apresenta os fluxos de trabalho interno do Fundo Clima e seus processos. Informa que nos primeiros meses tem procurado sistematizar os procedimentos, eliminando passos desnecessários, organizando os processos de trabalho e, ao mesmo tempo, precisando acelerar os procedimentos de execução dos recursos, sobretudo aqueles que precisam ser executados ainda no corrente ano, em 2011. Apresenta e reproduz em tela esses procedimentos de trabalho do Fundo Clima. A seguir, o Sr. Eduardo Assad passa a ordem de inscritos para o Sr. Carlos Nobre (MMA) que pede simplificação nos processos de descentralização, identificando os processos com informatização, para o sistema de alerta de desastres naturais. O Sr. Aloísio Lopes Pereira (Ministério da Fazenda) comenta suas preocupações de como os projetos devem chegar ao Comitê Gestor para análise e em que condições 4

194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 o Comitê vai analisar e efetivamente se manifestar sobre a qualidade dos projetos, o acesso a documentação original, propondo definição de parâmetros e uma análise prévia tempo hábil. O Sr. Fabiano Chaves da Silva (MPOG) sugere a emissão de parecer com base em parâmetros a serem esclarecidos para a pontuação e critérios de aprovação dos projetos. O Sr. Fábio Marques (Empresarial Rural) observa os limites de detalhamento dos procedimentos internos do Comitê Gestor, além de critérios e prazos que devem ser compartilhados e discutidos dentro do Regimento Interno. O Sr. Eduardo Assad observa que é possível simplificar as descentralizações através de um plano de trabalho quando o projeto é de um ministério. A CONJUR do MMA leva em média 10 dias para análise. Quanto aos projetos com outras entidades não federais, o instrumento é o convênio, como no caso de entidades de excelência USP e Unicamp ou com entidades civis. Assim, teríamos ações estruturantes, como por exemplo criação de um centro de monitoramento em emissões em agricultura ou de sistema de alerta contra desastres naturais. Já, parte dos recursos deverão ser destinados à livre concorrência de projetos pelas entidades interessadas. A Sra. Fernanda Carvalho (OnG) indaga porque as questões dos Planos Setoriais não estão colocadas para o Fundo em 2012, enfatizando que o grande beneficiário seria o governo, e que a sociedade civil não está participando, trazendo boas práticas da FBONGS e Observatório do Clima, sugerindo o montante dos recursos e a justa partilha dos recursos a sociedade civil em 2012. O Sr. Eduardo Assad observa que a demanda da sociedade civil está contemplada e pode participar, uma vez que os recursos de 2011 foram praticamente divididos equitativamente. O Sr. Carlos Nobre (MCT) comenta que está chegando há cinco meses no MCT e tem ficado surpreso com o nível de burocracia do Governo Federal. No MCT, a equipe de técnicos está conversando realmente sério e recomenda ao membros do Fundo Clima uma informatização segmentada, uma simplificação radical. E talvez valesse a pena rever um pouco essa estrutura toda do sistema de aprovação do Fundo Clima. Declara que não é especialista no assunto, destacando em primeiro lugar, a informação e, em segundo lugar, simplificação, seguindo a lei, seguindo todos os ditames dos órgãos de controle, de fiscalização, avaliação. Reforça que no MCT realmente estão fazendo um estudo sério sobre o assunto e no próximo ano estarão implementando um novo modelo de gestão totalmente informatizado. O Sr. Aloísio Lopes Pereira de Melo (MF) comenta que o que deve interessar aos conselheiros em suas ações é saber como os projetos chegam até o Comitê Gestor para análise e combinação com antecedência mínima para receber informação dos projetos. O Sr. Sérgio Eduardo Weguelin Vieira (BNDES) sugere a indicação de um relator ou relatora para determinados projetos, que essa pessoa se encarregaria de ler maiores detalhes, fazer uma pequena observação. Com relação ao SICONV, comenta que houve um progresso extraordinário, acha que esses sistemas vão evoluindo, é um sistema imenso que pega o Governo Federal inteiro para cadastros e gestão de convênios. O Sr. Fabiano Chaves da Silva (MPOG) observa que diversas atividades constantes nos fluxos apresentados deverão ser seguidas, algumas precisam até serem mais esclarecidas, quais parâmetros devem ser utilizados para a seleção, para tornar a questão da análise mais objetiva possível porque pode haver muita contestação. Em segundo lugar, as formas dos convênios: algumas já estão informatizadas no banco de dados do SICONV. O Sr. Fabio Marques (Setor Industrial Rural) faz a seguinte indagação: precisaríamos detalhar o processo de aprovação dos projetos no Regimento Interno ou no anexo ao Regimento Interno do Comitê? Existe um processo de aprovação de projetos com critérios, prazos e inclusive, é muito complexo, o ponto nesse processo estaria diretamente dentro do MMA, de um ministério ou se esse processo deveria estar detalhado em alguma parte do Regimento Interno do Fundo, pode até ser um anexo, até porque ele tende a ser maior em termos de volume do que o próprio Regimento Interno. O Sr. Eduardo Assad lembrou que os projetos apresentados constituem apenas uma amostra de demanda informal e que deverá ser preparado um chamamento público. Tais projetos estão completamente fora de padrão. Ouvindo falar do Fundo Clima, interessados enviaram projetos, não fizemos nenhuma triagem, foi só para mostrar para vocês. A Sra. Fernanda Carvalho(OnG) observa que é muito importante consolidar tanto a credibilidade do Fundo no Brasil, como internacionalmente. O Sr. Eduardo Assad fez uma 5

244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 proposta de 3% de cada linha de recurso para a capacitação da sociedade civil. Deveríamos discutir isso porque seria interessante para o ano que vem, enfim, nós vamos fazer um trabalho das duas redes, FBOMS e Observatório do Clima, para discutir quais são as prioridades para 2012 porque, enfim, este ano, o Ministério fez ad referendum no Conselho, conforme coloca no Comitê, e no Decreto. Espera-se que a partir do ano que vem o Comitê tenha uma discussão mais ativa e que ao discutir não só o montante dos recursos reembolsáveis e não reembolsáveis, como está na lei e no decreto, nós possamos discutir também qual é a fatia desse recurso para a sociedade civil. Sr. Marcos Del Prette (Gerente do Fundo Clima) fala que tem que pensar a meio e longo prazo tudo o que tem que fazer e ao mesmo tempo tem que executar. Os critérios já estão sendo elaborados e vai ser proposto em debate, explica que o roteiro de padronização de projetos já está no sitio do MMA. Os projetos levam um tempo para entrarem em votação e depois tem um período muito curto para tramitar internamente no MMA e na burocracia que é inexorável, mas a estratégia a ser traçada é como se resolve isso no curto prazo. O Sr. Eduardo Assad (SMCQ) pede para voltar às propostas, que são três. O primeiro ponto é se os convênios, os recursos de descentralização orçamentária, que é de governo federal para governo federal. Lembra que estão sendo elaborados dentro do MCT os documentos relativos ao Centro de Prevenção de Desastres Naturais, que já foi criado efetivamente, foi motivo de comemoração 30 anos depois conseguir se criar um Centro de Prevenção de Desastres Naturais. Além disso, recursos que iriam para os ministérios devem acelerar os planos setoriais. A segunda observação se refere à proposição de um convênio com o setor do monitoramento, que é uma discussão antiga do plano setorial de agricultura, indicado para alguma instituição da Rede Clima. E o terceiro item que seria os recursos via convênios e outros chamamentos públicos. São os três itens transformados em proposta. O Sr. Aloísio Lopes (MF) questiona a plenária sobre o recurso para elaboração dos planos setoriais em questão: se na primeira proposta, como descentralização direta ou como demanda espontânea. A dúvida levantada pelo conselheiro é se nessa pré autorização que está sendo feita contempla os requisitos. São programas que já têm dotação orçamentária. O Sr. Marcos Del Prette informa que estará abrindo um chamamento público até o começo de julho, que os projetos têm que ser escritos naquele padrão, naquele modelo que está sendo disponibilizado na Internet. O Sr. Eduardo Assad (SMCQ) responde ao Sr. Luiz Fernando do Amaral (Setor Empresarial) que se não tiver recursos para a elaboração dos planos setoriais, cada Ministério deverá providenciar recursos para fazer isso de outra maneira. O valor que Fundo poderá disponibilizar deve ser algo próximo de 200 a 300 mil reais por plano. O Sr. Carlos Nobre(MCT) observar que o Comitê Gestor deve ter cuidado para não fragmentar seus recursos, precisando avançar em projetos estruturantes. Por isso, precisa buscar um equilíbrio, fomentando algumas ações de pequena monta, ações de capacitação, a participação da sociedade civil nos projetos, mas se for tudo em uma direção de centenas de pequenos projetos, o Fundo Clima não atingirá seus objetivos. Esse Comitê deveria pensar numa estratégia de colocar porcentagem em ações estruturantes, por exemplo, como essa de dez milhões que já foram aprovadas, pois o Brasil não tem ainda o Sistema de Prevenção de Desastres Naturais, e isso são coisas estruturantes. O Sr. Eduardo Assad (SMCQ) afirma que a fragmentação de recurso muitas vezes não traz o retorno, e as discussões levantadas na reunião passada com relação aos recursos reembolsáveis foram no sentido de tentar encontrar produtos que estivessem, já na escala industrial, que assegurassem alguma coisa com relação a redução de emissão. Foi por isso que defendeu-se o ônibus a etanol porque existe indústria no Brasil que faz, existe interesse, existe linha de financiamento e é possível utilizar esse recurso atendendo não só o setor industrial, também como o setor rural, nessa linha. Então, foi uma proposta e, obviamente, que o modal de transporte virá muito pesado na discussão do ano que vem, serão discussões estruturantes. A questão da energia não convencional também vem sendo discutida em grandes projetos estruturantes, da utilização das energias das ondas do mar. Um país com oito mil quilômetros de costa não tem nada disso aproveitado. O Sr. Aloísio Lopes (MF) pede a palavra e se manifesta em apoio às propostas e, em especial, com relação a esse convênio da Unicamp, acha que cabe reforçar essa proposta, pois o monitoramento é uma ação do plano setorial da agricultura, 6

294 295 296 297 298 299 300 301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 cuja estratégia de implementação foi definida como sendo esta de parceria com a Embrapa, Unicamp, INPE e demais entidades da Rede Clima. É uma ação que consta do plano agricultura e ela vem atender a uma necessidade estratégica de monitorar efetivamente as iniciativas de redução de emissões a agricultura, que é um dos desafios mais complexos que tem nesse plano. O Sr. Eduardo Assad (SMCQ) Propõe em votação os Conselheiros. A Sra. Fernanda Carvalho(OnG) pede a palavra e concorda desde que se estabeleça o papel do Comitê Gestor nesta situação, mesmo que seja como o que foi colocado de talvez uma pequena Comissão, de algumas pessoas que acompanhem, tem que ter estabelecido um mecanismo de acompanhamento. O Sr. Eduardo Assad (SMCQ) comentou sobre as duas etapas da votação, a primeira votação, são essas três propostas, se o comitê concorda no encaminhamento dessas propostas. Elas são diferentes: uma é direcionada, a outra é livre concorrência. Os presentes aprovaram a proposição. A segunda proposta é sobre a indicação de pelo menos dois membros do Comitê para nos auxiliar no julgamento das propostas: se o Comitê concorda em indicar duas pessoas para ajudar o MMA na discussão das propostas que vão chegar. O Sr. Eduardo Assad (SMCQ) esclarece sobre as linhas de ação do Fundo já aprovadas em reuniões anteriores. A primeira é apoio á difusão e tecnologias premiadas, mudanças climáticas, a segunda é manejo florestal, comunitário, pesquisa e difusão de tecnologia. Essas são de livre concorrência. A terceira, já discutida na reunião passada, como complemento à campanha da Secretaria de Comunicação à campanha do lixo, seria dirigida para descentralização para a SECOM. Uma nova linha seria destinada aos planos setoriais, cerca de 1 milhão para a finalização: eles são 5, dá 200 mil para cada um. Propõe, também, colocar um item adicional, que é o uso para apoio a finalização dos planos setoriais, apoio para os planos setoriais, 1 milhão de reais esse é de centralização. Outra linha de ação nova seria a recuperação de área degradadas por mineração, bem como para estudos sobre a erosão costeira. O Gerenciamento Costeiro do MMA fez quatro bons estudos de monitoramento costeiro e ficou fora das discussões do Fundo Clima, não sendo contemplados e que havia sido decidido em reuniões anteriores que deveria entrar. A Sra. Fernanda CArvalho (OnG) interroga o Sr. Eduardo Assad acerca de um entendimento anterior com setor de mineração, que vai ser uma das áreas mais demandadoras de recursos no tema adaptação nos próximos anos, sendo necessário saber da intensidade deste problema. Esse foco aparece principalmente porque vários grupos de mineração têm uma série de ações locais e que mostram a viabilidade de recuperação com alguma celeridade de áreas que são realmente críticas, então nós estamos querendo usar isso como algo emblemático. Pegamos o que tinha de pior no Brasil e conseguimos recuperar em tanto tempo. Então é possível fazer em outra áreas. O Sr. Aloísio Lopes Pereira Melo (MF) afirma que está sendo iniciada uma discussão do plano de mudanças do clima para o setor de mineração e, pela apresentação prévia feita no Grupo Executivo, o grosso da contribuição do plano setorial é justamente a recuperação. Então, comenta se deve apoiar, inclusive com recursos não reembolsáveis, e se não seria mais adequado ver e esperar o plano setorial ficar pronto e definir o mecanismo de apoio à recuperação de áreas degradadas em geral. Sugere fazer um piloto. Sr. Eduardo Assad (SMCQ) comenta que o projeto piloto deve começar a ter uma certa aderência com o plano de mineração. À luz do que foi feito com os não reembolsáveis como transportes, foi colocado recurso reembolsável no transporte sem ter o plano setorial definido, mas sabendo que aquele ponto seria um dos entraves de financiamento. O Sr. Carlos Nobre (MCT) concordou e apoiou a ideia de fazer esse primeiro investimento não reembolsável para difundir a ideia de recuperação, apesar de recuperação ser muito cara. Alertou para recuperação de áreas de mineração ou de recuperação florestal e recuperação dos ecossistemas e a recuperação de áreas degradadas por mineração. Há um espectro muito amplo das atividades que não se adequam inteiramente ao Fundo Clima. A Sra. Paula Bennati (CNI) que é interessante ter isso como uma ideia de difusão da medida, dentro desse projeto piloto. Sugere a necessidade de um detalhamento acerca das medidas de recuperação, porque realmente algumas delas não implicam ma redução de emissão considerável. A Sra. Fernanda Carvalho (OnG) observou que adaptação é o carro chefe desse fundo. Nesse sentido, solicitou esclarecimentos sobre essa questão de recuperação de áreas 7

344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 393 degradadas pela mineração. Achou que a questão de recuperação de áreas degradadas pode ser vista por uma perspectiva mais ampla. O Sr. Fabiano Chaves da Silva (MPOG), a princípio concordou com a proposição do plano piloto para mineração. Isso seria um bom exemplo de uma metodologia temática para a recuperação. O Sr. Eduardo Assad (SMCQ) informou que existem metodologias prontas para o setor de mineração e que estão sendo aplicadas. A ideia era tentar mostrar isso. Na agricultura, a recuperação em áreas degradadas tem 30 anos de experiência. Propõe, então, ao Comitê Gestor a posição anterior: 1 milhão para a finalização do plano; 2 milhões para estudo de mineração; 2 milhões para mineração. O Sr. Hamilton Moss de Souza (MME)explica ao Comitê que é plenamente favorável a mineração, até porque infelizmente os representantes do setor mineral não estão presentes para esclarecer o efeito demonstração, mas dentro dos argumentos que foram apresentados é exatamente esse efeito demonstração que vai poder alavancar e possibilitar um plano de mineração que está sendo elaborado por área geográfica no País. O Sr. Aloísio Lopes Pereira de Melo (MF) registra seu seu voto comentando que é contrário à destinação de recursos não reembolsáveis à mineração pelos seguintes motivos: primeiro, o que é externalidade negativa de atividade econômica, deve ser internalizado pela atividade. Vale para a agricultura, vale para a mineração, vale para a siderurgia, carvão vegetal etc. Não haveria neste momento justificativa para usar o recurso orçamentário não reembolsável para subvencionar uma obrigação de um setor da economia. Se a siderurgia precisa, a agricultura vai dizer que precisa, o carvão vegetal vai dizer que precisa. Cada um tem um rastro de passivos ambientais que devem ser resolvidos, mas isso não deve ser subvencionado pelo recurso não reembolsável do Fundo Clima. O Sr. Eduardo Assad (SMCQ) iniciou a votação: o primeiro é 1 milhão de reais para Planos Setoriais de Clima. Quem discordar deve se manifestar, argumenta. Aprovado. O segundo item seria 2 milhões de reais para estudos de adaptação na zona costeira. Sem manifestação contrária, foi aprovado. O terceiro item seria investimentos de recursos não reembolsáveis para recuperação de áreas degradadas por mineração. Seis (6 votos) foram favoráveis (MIDC, MCT, CNI, MAPA, MME, BNDES), cinco (5 votos) contrários (MF, MPOG, ONG, CONTAG, ESTADOS), quatro (4 votos) abstenções (FBMC, SETOR RURAL, CC, MRE). Sra. Márcia do Valle Real (Estados) esclarece que gostaria que constasse em ata que os Estados são contra destinação de recursos não reembolsáveis para o setor privado, no caso para recuperação de mineração de áreas degradadas da mineração que representa setor privado. A Sra. Fernanda Carvalho (OnG) se pronuncia votando sua posição em que ficasse consignado em ata que as ONGs são contra, na ausência de uma discussão mais ampla e com base em dados que embasem a escolha por um determinado setor, e ressaltando que as ações do Fundo Clima devem ter o seu impacto climático demonstrado em painel. O Sr. Carlos Nobre (MCT) afirma que o MCT vota a favor, mas dentro do entendimento de que o recurso vai ser usado na recuperação como piloto. O ponto central é para estudos. 3 - ENCAMINHAMENTOS: Realização da 3ª Reunião Ordinária que foi marcada para dia 12 de julho. Pediu a todos os presentes para mudar esta data. A proposta é fazer a próxima Reunião Ordinária para discutir projetos apresentados ao Fundo. Proposição da Sra. Fernanda Carvalho (OnG): Solicita que a 4ª Reunião Ordinária, a ser realizada ao final do ano, tenha na agenda uma visão estratégica dos recursos para 2012. O Sr. Eduardo Assad (SMCQ) propõe representantes entre os conselheiros presentes para o julgamento dos projetos. Nessa etapa, estariam presentes técnicos do Fundo Clima, de outras áreas do MMA afins com os temas avaliados, e com integrantes do Comitê Gestor. O Sr Neilton Fidelis (FBMC) apresentou-se como voluntário para a avaliação. O Sr Carlos Nobre (MCT) comprometeuse a enviar o suplente da instituição no Fundo Clima para participar da avaliação. Os presentes nada opuseram à proposição. 8

394 395 396 397 398 4 - ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS: A 2ª reunião extraordinária do Comitê Gestor foi encerrada pelo Sr. Eduardo Assad, às 13h:20, que agradeceu a presença dos membros do Comitê Gestor e demais participantes, colocando-se à disposição para o esclarecimento de eventuais dúvidas. 9