A Cultura do Linho. (Linum usitatissimum L.)

Documentos relacionados
FIBRAS VEGETAIS FIBRAS NATURAIS

Steel Cord. Introdução

Climas. Professor Diego Alves de Oliveira

SUBSTÂNCIAS, MISTURAS E SEPARAÇÃO DE MISTURAS

4. ESTÁDIOS FENOLÓGICOS

PREPARO DE GRÃOS DE SOJA PARA EXTRAÇÃO

NABO FORRAGEIRO E BIOCOMBUSTÍVEL

Rodas Laminadas para Acabamento Rodas Laminadas para Remoção de Rebarbas Leves Scotch-Brite Industrial

tipos, características, execução e função estética Concreta, 29 de Outubro de 2004 José Severo

O corte de metais é uma operação mecânica que consiste em se obter seções com dimensões determinadas.

PEX - Extra Pesado Axial

Introdução à Meteorologia Agrícola

A Cultura do Cevada (Hordeum vulgare)

PLUS CONFORTO TÉRMICO PODE SER LAVADO USO COMERCIAL INSTALAÇÃO RÁPIDA E LIMPA GARANTIA DE 10 ANOS. Plus (cores , e )

ESTRUTURAS DE MADEIRA

CÉLULA VEGETAL - PAREDE CELULAR

QUEM É QUEM NA FAMÍLIA DAS ANONÁCEAS. José Antônio Alberto da Silva PqC do Pólo Regional da Alta Mogiana/APTA

Características gerais

PX - Super Pesado Axial

MANCHAS E DANOS NO ENXOVAL: COMO PREVENIR? Por: Marcelo Pierri

Briquetes produzidos com resíduos

POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS. Maria Aparecida Salles Franco Curso de Veterinária Disciplina: Forragicultura e Plantas Tóxicas

TELAS DE SOMBREAMENTO NO CULTIVO DE HORTALIÇAS FOLHOSAS

MATEMÁTICA PROVA 3º BIMESTRE

Glossário de Fibras e fios. Materiais Texteis Aplicados à modelagem

AERAÇÃO DE GRÃOS INTRODUÇÃO

Química - 9º ano. Água Potável. Atividade complementar sobre as misturas e suas técnicas de separação

Características e propriedades da madeira

Física 2 - Termodinâmica

FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO VEGETAL. Katia Christina Zuffellato-Ribas

FICHA DA CENOURA. Opções de escolha na solicitação de compra. Kuroda, Nantes e Brasília. Extra, Extra A, Extra AA

Critério de Classificação Phalaenopsis Mini, Midi e Multiflora Vaso.

Divisórias Sanitárias Newplac

USO DA CASCA DA BANANA COMO BIOADSORVENTE EM LEITO DIFERENCIAL NA ADSORÇÃO DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

Agricultura: Boas práticas no plantio, colheita, transporte e armazenamento dos alimentos

FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO VEGETAL. Katia Christina Zuffellato-Ribas

Módulo 08 - Mecanismos de Troca de Calor

lubrificação. A extrusora de plástico de uma empresa Propriedades dos lubrificantes

Guia de Soluções. Escovas de aço Circulares - Copo - Pincel - Manual. Discos Flap Costados Fenólico e Usinável. Discos Corte e Desbaste.

Biomas e formações vegetais. Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina: Geografia IFMG Campus Betim

CIÊNCIAS PROVA 1º BIMESTRE 9º ANO PROJETO CIENTISTAS DO AMANHÃ

Estaca Escavada Circular

MECÂNICA DOS SOLOS I 1º RELATÓRIO GRUPO 2 TURMA C 3

8º GRANDE ENCONTRO SOBRE VARIEDADES DE CANA DE AÇÚCAR 2014 GRUPO IDEA FISIOLOGIA DA ISOPORIZAÇÃO E SEUS EFEITOS NA CULTURA DA CANA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I. Máquinas Térmicas I

Mobilização = propiciar às culturas condições próximas às ideais para o seu desenvolvimento.

O Setor de Celulose e Papel

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Departamento de Produção Vegetal

DÂNICA PRESENTE EM TODA A AMÉRICA LATINA.

CÉLULA VEGETAL E PAREDE CELULAR

Nº Revisão: Nome: Compactação Próctor Normal Sem Reuso. Objetivo/Resumo: Determinar o teor de umidade dos solos.

Época 2: Semeadura da pastagem simultaneamente com a semeadura do milho safrinha numa única operação

Resumo. QM - propriedades mecânicas 1

II REDUÇÃO E ECONOMIA DE ÁGUA NO SETOR INDUSTRIAL DE CURTUME COM O REUSO DO SEU EFLUENTE TRATADO

1. DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE FORMA PELO MÉTODO DO PAQUÍMETRO NORMA: NBR 7809:2006

RENDIMENTO EM ÓLEO DAS VARIEDADES DE GIRASSOL CULTIVADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PARA O PROJETO RIOBIODIESEL

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA

Protocolo coleta de solos

Película Refletiva para Placas de Licenciamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica. Elementos de Máquinas I Elementos de União

2 Riscos de contaminação do solo por metais pesados associados ao lodo de esgoto

DESENHO E ARQUITETURA REVESTIMENTOS

PRODUTOS NO BRASIL VERNIZ EXTERIOR MULTIRESINA IMPERBOX ELASTEQ STAIN ELASTEQ LAJES

Materiais Os materiais naturais raramente são utilizados conforme os encontramos na Natureza.

É utilizada há vários séculos e baseia-se na selecção artificial para obter variedades de plantas com características vantajosas.

Vestibular Nacional Unicamp ª Fase - 13 de Janeiro de Física

Ensino Fundamental II. Prova Gabaritada

EXPOSIÇÃO MUSEU MUNICIPAL PENAMACOR. uma história do linho

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical - CNPAT

Descrição do produto. O Sanowet é um sistema de rega subterrâneo.

ME-16 MÉTODOS DE ENSAIO MOLDAGEM DE CORPOS-DE-PROVA DE SOLO-CIMENTO

Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA. Ondas Sonoras. Prof. Luis Gomez


Produção de açúcar mascavo

SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 Etimologia e evolução histórica Etimologia Evolução histórica A erva-mate nas diferentes regiões produtoras CAPÍTULO 2

Universidade Federal da Paraíba - UFPB Centro de Ciências Agrárias - CCA Grupo de Pesquisa Lavoura Xerófila - GPLX

FRUTO frutos Epicarpo: Mesocarpo: Endocarpo:

ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL

líder mundial em polimentos.

02 LINHA DE ESTANTES SLIT BICCATECA

Produção de carvão vegetal

Curso de Engenharia Civil

Dosagem para concreto

Anomalias na Colagem de Pedras Naturais

COMPORTAMENTO E DURABILIDADE DE TELHAS CERÂMICAS EM AMBIENTE MARÍTIMO ÍNDICE DO TEXTO

DESIDRATAÇÃO OSMÓTICA COMO PRÉ-TRATAMENTO À SECAGEM SOLAR NA OBTENÇÃO DO MELÃO CANTALOUPE COM TEOR DE UMIDADE INTERMEDIÁRIA

PROMOVE NOÇÕES DA CADEIA DE PETRÓLEO 2 MEIO AMBIENTE

no campo social, o setor de papel e celulose gera empregos, ajuda a reduzir a pobreza e inclui os pequenos produtores na cadeia da economia.

RUPES LHR 12E DUETTO

FORMULAÇÃO DE RAÇÕES PARA ANIMAIS DE PRODUÇÃO

Processamento do Fiambre

A expansão dos recursos naturais de Moçambique. Quais são os Potenciais Impactos na Competitividade da indústria do Arroz em Moçambique?

MATÉRIAS PRIMAS NA ALIMENTAÇÃO. Prof. Ana Paula Lopes

Definição Operações Unitárias Tipos de Op.Unitárias: Mecânicas Transferência Calor Transferência de Massa Principais Aplicações na Indústria

Aula 01 QUÍMICA GERAL

Classificação qualitativa do couro no Brasil

O que você precisa saber sobre óleos e gorduras ÓLEOS E GORDURAS

Água na atmosfera. Capítulo 5 - Ahrens

Transcrição:

A Cultura do Linho (Linum usitatissimum L.)

Introdução: - Planta herbácea; -Pode atingir um metro de altura; - Família botânica: lineáceas; - Composição: substância fibrosa (extração de fibras longas para tecidos) e substância lenhosa. - Sementes oleaginosas; - Farinha é utilizada para fins medicinais.

Centro de Origem e plantio: - Europa; - Bélgica e Países Baixos fornecem as melhores qualidades de linho; - Países produtores quanto ao volume: França, Polônia, Bélgica e Países Baixos; - No Brasil restrito a pequenas áreas com possibilidade de comercialização e extração da fibra.

Tipos de Linho: -Fibra: - Fibra têxtil; - Semente: - Óleo de linhaça; - Cruzamento: - Fibra e óleo; - Prejuízo na fibra.

População de plantas e semeadura: - Densidade alta: 120 plt / m 2. - Evitar ramificações; - Porte: 1,0 m; - Comprimento médio da fibra: 0,80 m; - Ramificações na parte superior; - OJETIVO: FIBRA; - Densidade baixa: 90 plt / m 2. - Mais ramificada, maior número de flores; - OBJETIVO: ÓLEO (indústria de tintas). - Época de semeadura: Abril e Maio.

População de plantas:

População de plantas:

Flor:

Flor:

Caule:

Sementes: - Das flores, de cor azul-claro, desenvolvem-se cápsulas, com cinco lojas ou células;

Fibra: - Retirada da filaça (entre a casca e o lenho); - Comprimento de cada filaça: 25 mm; - Retirada da pectina: - Mucilagem; - Máquina especial para retirada.

Clima e ciclo: - Clima temperado; - No Rio Grande do Sul, é considerada uma cultura de inverno; - Planta pode durar até 12 meses; - Ciclo para colheita: 120 a 150 dias.

Colheita: - Manual; - Retira-se a planta toda (inclusive raiz); - Plantas dispostas no mesmo sentido (raízes para um lado e baganhas para outro); - Ponto de colheita: - Caule amarelo-escuro; - Baganhas marrom-escuras e maturadas uniformemente; - A maturação termina após a colheita.

Colheita:

Ripagem: - Separação da baganha e da semente; - Plantas são secadas ao sol e quando secas são submetidas a batidas perpendiculares ao sentido da fibra; - Após separadas as sementes, secam ao sol por 5 a 7 dias;

Cortimento: - É uma das operações mais importantes; - A cola vegetal que une a camada de fibras aos tecidos da casca do lenho é removida para que as fibras possam ser retiradas; - Maceração excessivamente longa destruiria em parte a cola entre as fibras, o que prejudicaria a resistência destas. Há vários métodos de maceração; - Existem vários métodos de maceração manual; - Hoje em dia existem máquinas para fazer este trabalho.

Separação das fibras: - É uma das operações mais importantes; - A cola vegetal que une a camada de fibras aos tecidos da casca do lenho é removida para que as fibras possam ser retiradas; - Maceração excessivamente longa destruiria em parte a cola entre as fibras, o que prejudicaria a resistência destas. Há vários métodos de maceração; - Existem vários métodos de maceração manual; - Hoje em dia existem máquinas para fazer este trabalho.

Preparação das fibras: - Separação das fibras lenhosas e das fibras têxteis; - Esta operação é feita por processos diferentes conforme as regiões; - A separação das fibras dos talos macerados realizase em dois processamentos, que na separação mecânica podem ser feitos numa só máquina.

Características e propriedades do linho: - COMPRIMENTO DA FIBRA: - Fibra singela aprox. 25mm, fibra longa 40 a 70 cm, estopa 20 a 35 cm. - FINURA DA FIBRA: - Na fibra singela, irregular, afinada em direção da ponta. - SUPERFÍCIE DA FIBRA: - Lisa.

Características e propriedades do linho: -FINURA DA FIBRA: -COR: - Maceração no orvalho: cinza; maceração na água: amarelada. Quanto mais clara, tanto maior seu valor. -BRILHO E ASPECTO: - A calandragem dá à superfície lisa da fibra um aspecto sedoso.

Características e propriedades do linho: -CONSERVAÇÃO DO CALOR: - Reduzida, pois é bom condutor de calor -TOQUE: - Liso e frio. -TESTE DE COMBUSTÃO: - Chama um tanto amarela, rápida. O pequeno resíduo de cinzas incandesce por pouco tempo. Cheiro de papel queimado.

Características e propriedades do linho: -TESTE DE ROTURA: - Em fios, som claro; as pontas da rotura são longas, rígidas e se destacam. -ALONGAMENTO: - Pequeno; abaixo do alongamento do algodão. -RESISTÊNCIA: - A seco: muito alta, em fibras 35 a 60 km, em fios de linho 18 a 28 km, em fios de estopa 9 a 16 km. A úmido: em fios de linho 130 a 140% da resistência a seco.

Características e propriedades do linho: -ELASTICIDADE E RESISTÊNCIA AO AMASSAMENTO; -COMPOSIÇÃO QUÍMICA: - Linho compõe-se de 80,8% de celulose, 3,8% de pectina, 1,5% graxa e cera, 3,9% de substância solúvel em água, e 10% água. -DENSIDADE: - Cru 1,48 g/ cm ³; alvejado 1,55 g/ cm ³.

Características e propriedades do linho: -HIGROSCOPICIDADE: - Absorção de umidade quando a umidade relativa é 100% até 23% do peso seco. -ABSORÇÃO DE UMIDADE: - Muito alta. A água é otimamente absorvida, mas também liberada depressa. -COMPORTAMENTO PARA COM O CALOR: - No calor contínuo a 120ºC, a fibra fica amarela, e no calor contínuo de 150ºC ela decompõese.